San Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.2) escrita por Biax


Capítulo 48
124. Papeis Secundários


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoinhas!

Desculpe a demora, só consegui terminar o capítulo agora. Isso porque eu não costumo dormir tão tarde, olha o amor que sinto pelos meus leitores hsuashu

Enfim, boa leitura!



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Voltamos ao nosso lugar e as professoras voltaram ao palco.

— Agora, precisamos de dois personagens secundários, uma menina e um menino — disse Aline. — Alguém se interessa?

Bernardo levantou a mão e ela veio lhe entregar uma folha.

— Seu personagem se chama Guardião, ele não tem um nome.

— Hm, ok. — Começou a ler.

Teve mais dois garotos que resolveram tentar, e tiveram o tempo para decorar suas falas. Uns minutos depois, Bebê foi o primeiro a ir ao palco e a Eduarda foi atuar com ele, se sentando no chão explicando algo em voz baixa.

— Peço desculpas por seus amigos, não foi a intenção fazer mal a eles, mas sabe como é. Preciso defender este livro, é meu trabalho — falou de forma séria, porém gentil.

— Ah... tudo bem — respondeu Eduarda, meio perdida.

Bebê deu dois passos para perto dela. — É, você está um tanto diferente daquela época. Tanto tempo se passou... mas até que não está tão diferente.

— Aloys disse que... eu o invoquei.

— Está correto — disse de forma pensativa, e Eduarda hesitou. — É muito curioso o que aconteceu. Você é a mesma, mas também não é. — Soou misterioso.

— Eu não entendo...

— Não há problema. Eu também não.

— Não entende? Mas... espera, por que queria falar comigo?

— Queria ter a certeza de que era você. Ou iria atrás daqueles dois rapazes que seu aprendiz me pediu para soltar. — Deu uma olhada no papel.

— Meu aprendiz?

— Aloys. Ah, sim, ele não é mais seu aprendiz, é claro. É uma pena que não possua acesso as suas memórias... Mas tudo está bem.

— Você não tem olhos?

— Meus olhos? Estão aqui. — Apontou para seu rosto.

— O que você é?

— Eu? Uma entidade, um espírito, uma coisa. Como queira me chamar. Não tenho um nome. Para você, nesta vida, sou apenas um guardião...

Senti alguém se sentando ao meu lado, e quando virei o rosto, vi que era Micaela. Diferente de muita gente, ela não havia mudado absolutamente nada.

— Oi, Bruna — sussurrou, sorrindo. — Como vão as coisas?

— Ótimas, e com você? — cochichei. — Veio tentar um papel?

— Não, o Bernardo me disse para vir vê-lo atuar, ou quase isso. — Olhou para o palco.

Nisso, percebi que Bia olhava em nossa direção com certa curiosidade. Talvez por Mica ter os cabelos platinados e ela coloridos, tenha ficado admirada.

Logo Bebê terminou sua parte e voltou ao lugar, falando com a nova chegada. Os outros dois garotos tiveram sua chance, e as professoras conversaram com Bia para decidir quem seria melhor.

Não por que Bernardo era meu amigo, mas ele foi muito melhor do que os outros dois.

— Nós conversamos com a escritora e... — Eduarda fez mistério. — Bernardo ganhou o papel. Parabéns. — Puxou as palmas.

— Aê! — Dei uma empurrada nele, brincando.

— Nós ainda precisamos de uma menina para fazer uma amiga de Rebeca, a Maria, e também alguns figurantes, como os pais de Rebeca, e a Cecília, uma senhora amiga da família. Alguém se interessa nos personagens?

Dessa vez, mais gente levantou as mãos, e ela foi entregar as folhas para eles. Ficamos mais um tempinho conversando, e depois os alunos foram interpretar no palco.

— James... — chamei baixo e ele me olhou. — A Erica não vai participar esse ano?

Ele deu de ombros. — Não, ela quis aproveitar as aulas extracurriculares. Ela sempre quis aprender francês e só deu para fazer no horário das seis da tarde. Não daria para fazer o teatro.

— Hm... E o que você achou disso? Não vai ser estranho sem ela?

— Não, por que seria? — Riu.

— Não sei, ué.

— Na verdade, acho até bom. Assim não ficamos tanto tempo juntos.

— Ué, mas isso não é ruim?

— Depende. Quando você já vê a pessoa todo santo dia e fica com ela algumas horas, você não sente... falta. Eu acho, pelo menos.

— Então ficar longe é melhor porque você sente falta? — considerei aquilo.

— Exatamente. E aí, quando nos vermos, teremos mais assunto. Entendeu?

— Entendi. Faz sentido.

— Você tem muito o que aprender sobre namoro, Brubru — brincou, dando tapinhas na minha cabeça.

— Desculpa aí, experiente. — Dei risada.

— E aí, você não vai participar? — Bernardo perguntou à Mica, alheio a nossa conversa.

— Participar do quê? — Ela o olhou, confusa.

— Do teatro, ué. Não é um incentivo suficiente eu estar na peça?

Ela fez um biquinho, pensativa. — Não sei.

— Você tinha me dito que queria sair da sua zona de conforto, não foi?

— Eu disse?

— Claro que disse. Ano passado, na última semana de aula.

— Ah, mas... O que tem a ver teatro?

— Ora, tem tudo. Você é extremamente tímida e fechada, apesar de querer mudar. O teatro é forma perfeita para te fazer ser mais confiante.

Micaela olhou para o palco, parecendo considerar. — Mas já estão fazendo os papeis terciários. Eu posso até tentar, só não será nada relevante.

— Na verdade, precisavam de uma menina para um papel secundário. — James entrou na conversa. — Para fazer uma amiga da personagem principal.

— Verdade, acho que é Maria o nome da personagem — comentei. — Você seria minha amiga — brinquei.

— Bom, tudo bem... Posso tentar, mas não acho que me colocariam para interpretar...

— Você não sabe — disse Bebê. — Seja confiante e interprete como se sua vida dependesse disso.

Mica riu. Apesar de aparentar estar receosa, olhava de forma firme ao palco, como se estivesse ansiosa para tentar o papel.

Uns minutos depois que os alunos fizeram suas audições, as professoras e Bia conversaram de novo, e anunciaram quem tinha ficado com aqueles papeis.

— Bom, para ser a mãe de Rebeca, Maristela, será a Elizabete! — Beatriz anunciou e batemos palmas. — Para fazer o pai, será o Fernando. — Mais palmas. — E para fazer a Cecília, será a Geovana. — E as últimas palmas.

— Nós ainda precisamos de alguém para fazer o papel secundário, da amiga da Rebeca, a Maria. — Aline disse. — Não tem mesmo ninguém interessado?

Vi Bernardo cutucando Micaela no braço, e com uma certa hesitação, ela levantou o braço.

As professoras fizeram uma cara de alívio e deram uma folha com o texto para ela.

Enquanto ela lia e ensaiava, tentávamos ajudar com entonação, gestos e feições que ela poderia fazer.

Minutos depois, ela foi ao palco e até que foi bem.

Assim que ela terminou, vi Bia acenando para a professora Beatriz que estava encenando com a Mica, como se tivesse gostado e aprovado.

— Bom, então temos a nossa Maria. — Ela já disse de lá e batemos palma.

Micaela voltou ao lugar toda corada, mas aparentemente feliz por ter conseguido.

— Então, pessoal. — Aline subiu e falou. — Os ensaios serão das cinco as oito da noite. Diferente do ano passado, não teremos ensaios separados. Serão todos juntos, tá? — Houve um coro de “tá”.

— Ah sim, nos dias. — Beatriz disse. — Como percebemos ano passado, algumas pessoas não conseguiam aguentar de ansiedade e voltar para casa na sexta depois do almoço, então, conversando com a diretora, resolvemos mudar os dias do ensaio. Agora será de segunda, quarta e quinta. Assim vocês ficam livres na sexta para irem para casa mais cedo.

— Certo, pessoal? Começaremos na quarta-feira sem falta. Antes de sair, venham pegar seus roteiros.

Aline foi para trás das cortinas e voltou pouco depois com uma pilha de papeis. Ficou na escadinha do palco e começou a distribuir os roteiros para todo mundo, colocando os nomes na capa de cada um.

Pegamos a pequena fila e cada um recebeu seu roteiro.

Eu estava muito ansiosa para ler e saber o que rolava na história.

— Já vai subir para ler? — James questionou enquanto íamos para fora.

— Estou pensando seriamente nisso. E você?

— Eu estou pensando em ler no jardim, porque não lemos juntos? Assim já vamos nos ajudando.

Considerei o convite. Seria útil lermos juntos para já irmos fazendo algumas anotações.

— Tá bom. É bom ir pegar uns lápis para ir anotando, né? — Saímos do teatro.

— Sim, é bom. Vou pegar meu estojo e nos encontramos na nossa mesa, pode ser?

— Pode.

Nos separamos e rapidamente subi para ir pegar meu estojo. Fiquei pensando se devia chamar Lili para ficar lá conosco e ler também, e fui no quarto dela primeiro.

Bati na porta e entrei. — Lili?

— Oi, Bru. — Ela estava sentada na cama lendo algo. — E aí, como foi?

— James e eu conseguimos os papeis principais. E o Bebê e a Mica os secundários.

— Caraca, que sorte!

— Ah, não chamaria de sorte. Ninguém quis nem tentar esses papeis. O único que teve mais dois participantes foi para o papel do Bebê, mas ele foi o melhor — comentei rindo.

— Queria ter visto isso, afe.

— James quer ler o roteiro lá no jardim, quer ir também?

— Claro! — Levantou e calçou seus sapatos.

Passamos no meu quarto para pegar o estojo e descemos.


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Notas finais do capítulo

Olha nossos queridos todos juntos no teatro, que coisa mais fofa! :3

Só quero ver como será isso shaush

Espero que tenham gostado e nos vemos semana que vem o/



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