San Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.2) escrita por Biax


Capítulo 33
109. Ansiedade + Pais na Escola


Notas iniciais do capítulo

Ei, pessoinhas! Como estão?

Ansiosos? Estou sentindo o nervoso da Bru como se eu estivesse no lugar dela xD Época de provas é sempre estressante.

Boa leitura!



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Respirei fundo e peguei minha lapiseira.

— Podem começar — anunciou a professora Amanda.

Virei a folha da prova de biologia e já fui escrevendo meu nome, número e série.

Aquele nervoso no estomago continuou ali comigo a manhã toda. Foram três provas apenas, mas foi o suficiente para estressar.

— Acho que errei a terceira. — Júlio choramingou, enquanto almoçávamos.

— Eu acho que eu também. — James falou. — A professora Aline adorar colocar pegadinhas.

— Credo, agora eu fiquei na dúvida. — Lili queixou-se. — Olha o que vocês fazem comigo.

— Temos que sofrer juntos. — James riu.

— Sai fora, garoto!

Depois de comer, ficamos no quarto revisando as matérias do dia seguinte.

No ensaio, ficamos sabendo que mandaram convites para os pais dos alunos, para virem ver a peça.

Já não bastava ter todos os alunos da escola nos vendo, e agora queriam colocar os pais também.

Eu não sabia se meus pais viriam, mas provavelmente vão.

A professora Eduarda percebeu nosso nervosismo crescendo, então nos fez fazer alongamentos e uma meditação rápida antes do ensaio.

James e Yan pareciam tranquilos. Até senti um pouco de inveja deles. Se eu estava nervosa no ensaio, não queria nem pensar em como ficaria no dia da peça.

O alongamento e a meditação só ajudaram nos primeiros cinco minutos, porque o nervoso voltou depois.

Percebi que acabei comendo mais do que geralmente comia. Eu devia ter engordado uns quilos nessa ultima semana, e mais outros ainda nessa, certeza.

Assim seguiu a semana.

Acorda, nervoso, come, nervoso, provas, come, nervoso, estuda, come, ensaio, estuda, come, dorme. Acorda, nervoso...

Acabei dormindo pouco de quinta para sexta. Toda a ansiedade das provas foi para a peça.

Como não tinha mais nada nas aulas, fiquei repassando mentalmente as falas e cenas. Os alunos que ajudavam em outras coisas da peça nem ficaram na aula, foram ajudar a montar o palco.

Enchi o prato no almoço, cheia de fome.

— Você tá muito nervosa, Bru. — James comentou, afagando minhas costas. — Precisa se acalmar ou vai ter um treco.

— Eu sei, mas não consigo.

— Nós vamos para o teatro as duas horas fazer o ultimo ensaio. Depois você vai ficar mais calma, tenho certeza.

— Espero que sim.

Depois de comer, fui para o quarto me deitar um pouco. Até consegui cochilar, mas a mente não parava.

As duas em ponto fomos para o teatro. Estava uma correria de pessoas indo para lá e para cá, com tecidos, móveis e os fundos de cenário em papel.

Yan estava lá falando com outros alunos da peça que ajudavam. Ele nos viu chegando e acenou.

Acenamos e fomos nos sentar. Logo ele veio até nós e sentou do meu lado.

— Nervosa?

Estiquei a mão e toquei seu rosto rapidamente, e ele riu, vendo como eu estava gelada.

Ele segurou minha mão entre as dele, tentando esquentá-la.

— Estou nervoso também, mas como eu já sei como funciona, acaba me dando mais confiança... Respira fundo. Vai dar tudo certo.

Afirmei, tentando me acalmar. Yan continuou me olhando, então me puxou para ele e me abraçou.

Fechei os olhos quando encostei em seu peito.

Com certeza ele conseguia me deixar um pouco mais calma.

Yan não me soltou enquanto a professora não chegou. E quando chegou e liberou o palco, me deu um aperto e um olhar confiante.

Eu precisava ficar calma, ou aí sim poderia esquecer alguma fala. Estava tudo na minha cabeça, precisava ter mais confiança de que ia conseguir.

Assim que subi no palco, olhei para a plateia, vendo todos ali. Além dos que estavam sempre vendo os ensaios, também tinham os alunos que cuidavam dos figurinos e outros que eu nunca tinha visto.

Como das últimas vezes, os responsáveis pelos cenários arrumaram os móveis para a primeira cena.

Erica e eu tomamos nossos lugares e começamos.

Estava tudo fluindo muito bem. É claro que estava, eu sei essa peça de cabo a rabo e ensaiei o ano inteiro.

Seu medo não tem sentido, Bruna. Se liga.

A peça era dividida em quatro atos e tinha duas horas de duração, que passaram em um piscar de olhos, afinal, eu estava acostumada. E os outros também, claro.

Assim que acabamos, as cortinas fecharam e abriram, para testar se estava funcionando direito. Todos levantaram, batendo palmas.

Os atores deram as mãos e fizeram uma reverencia para o público, agradecendo.

Lili estava toda contente em seu lugar, e sorrimos uma para a outra.

— Isso aí, pessoal! — Beatriz subiu ali. — Estão liberados por enquanto. A escola abrirá os portões para os pais daqui a pouco, as quatro., para que vocês possam ir tomar café com eles, e as cinco a peça começará. Estejam aqui as quatro e meia, tá? — Todos concordaram. — Agora vão descansar um pouco.

Suspirei e desci, encontrando o pessoal na escada.

— Para quem estava nervosa, você foi muito bem. — Bebê elogiou.

— Sério? Que bom... Acho que eu esqueci do nervosismo quando estava lá.

— E é assim mesmo, Bru. — James concordou. — Eu falei. Por mais que você veja o público, está muito focado para lembrar de ficar nervoso.

— Sim... Minha cabeça fica ocupada com o que vem a seguir... É engraçado, até.

Saímos do teatro.

— Seus pais vieram? — James me perguntou.

— Não sei. Minha mãe disse que me avisaria hoje, mas até agora nada.

— Aí ela está lá no refeitório. — Bebê riu, olhando o celular. — Já devem ter aberto o portão.

— Isso vai ser estranho... Eu não tinha pensado nisso antes...

— Sobre o quê? — Lili me olhou.

— Meus pais... Eles vão me ver beijando dois garotos em cima de um palco... — ressaltei, começando a ficar aflita.

— Ué, é teatro, eles devem saber como funciona.

— Ainda assim não deixa de ser estranho.

Então fomos para o refeitório. Já vimos alguns adultos espalhados e entrando, e enquanto pegávamos nossa mesa, fiquei olhando.

E aí vi uma mulher de cabelos bem curtos e a reconheci na hora.

Ela olhava pelo lugar, e um homem que estava logo atrás dela disse algo.

E sem duvida alguma, aquele era o pai do Yan...

O olhar de Cláudia parou em mim, e ela acenou, toda feliz.

Meu rosto corou e acenei de volta. O homem pelo jeito perguntou de mim, e ela respondeu com um sorriso.

Percebi que Yan estava indo ao encontro deles, e sua mãe o abraçou muito apertado. O pai dele riu e bagunçou seus cabelos curtos e...

— Ei. — Levei um tapinha na testa de Bernardo. — Acorda, olha seus pais ali. — Apontou e acenou para seus próprios pais, que notei só naquele instante, e ele foi até lá buscá-los.

— Meu Deus, você é a cara da sua mãe! — Lili exclamou.

— Sério? Não acho tanto.

— Igualzinho... Ah, olha meus pais ali. — Acenou para eles.

Vi meus pais vindo e fui ao encontro deles.

— Oi, amor! — Minha mãe me abraçou. — Surpresa!

— Poderia ter me avisado, né? — Ri, a soltando e abraçando meu pai.

— Eu disse para avisar. — Ana se juntou ao abraço.

— Tudo bem.

— Está nervosa? — Papai questionou. — Eu lembro quando fiz teatro no primeiro ano aqui. Fiquei tão nervoso que vomitei. — Fiz cara de nojo. — A propósito, como essa escola mudou, hein?

— Claro né, pai. — Ana falou. — Faz uns cinquenta anos que você se formou, uma hora tinha que mudar.

Mamãe começou a rir e meu pai cruzou os braços.

— Vamos conversar sobre isso em casa. — Deu uma puxadinha na orelha dela, e ela riu.

— Bru! — Lili chegou perto com seus pais e Alex.

— Oi. — Acenei para eles e Alex quis vir no meu colo, todo sorridente.

— Olá! — Lili cumprimentou meus pais.

— Oi. — Eles disseram juntos.

— Essa é a Lili — apresentei. — Meus pais, Agnes e Edson, e minha irmã mais nova, Ana.

— Bom, esse é meu irmão Alex, minha mãe Michele e meu pai Anderson. — Lili os apresentou.

Nossos pais trocaram apertos de mão e nossas mães um beijo no rosto.

— Anderson... — Meu pai falou, parecendo pensar. — Botelho?

— Isso... — Estranhou enquanto se encaravam. — Espera... Edson Signori? — Abriu um sorriso. — É você mesmo?!

Papai começou a rir e os dois se abraçaram.

Lili e eu nos olhamos, não sabendo se riamos ou sei lá o quê.

— Amor. — Papai chamou minha mãe ao soltar o pai de Lili. — Lembra que eu falava de um amigo que era apaixonado por uma ruivinha da escola? Era ele!

Tanto a minha quanto a mãe de Lili riram.

— E olha só quem eu consegui fisgar. — Anderson indicou Michele, que revirou os olhos, sorrindo.

Gente... nossos pais eram amigos. É mole?

— Eu sei que vocês estão felizes aí, mas é melhor irmos comer logo, porque a Bru tem que ir para o teatro as quatro e meia. — Lili anunciou.

E assim fomos nós para a fila da cantina, com nossos pais recordando sua amizade.


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Notas finais do capítulo

Pais da Bruna e da Lili eram amigos! Quer amizade mais predestinada do que essa das nossas queridas personagens? hsuhasuh Tão fofo!

Agora fica os dois lá lembrando das coisas que eles aprontavam kkk

Yan sendo fofo, pra variar um pouco, e agora aparece a mãe dele! Nem está na cara que ela gosta da Bru, né nom? husahush

Bom, no próximo capítulo teremos a apresentação. Estejam prontos!

Até lá o/



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