San Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.2) escrita por Biax


Capítulo 34
110. A Peça de Teatro


Notas iniciais do capítulo

Olááá, xuxus!

Cá estamos finalmente com a peça de teatro. Será que vai dar bom?

Boa leitura!



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Eu acabei pegando só um chá de camomila para acalmar os nervos. Graças ao meu pai fiquei com medo de comer e vomitar pela ansiedade.

— E você lembra quando fizemos protesto contra as provas da Zilda? — Meu pai ainda falava com o pai da Lili.

— Claro que lembro, ela ferrou com a gente o resto do ano! — Deu risada.

Terminei o chá em dois goles e fiquei lá ouvindo as histórias deles.

— Bru? — James apareceu. — Tá na hora.

— Preciso ir. — Levantei.

— Boa sorte! — Mamãe, Ana, pais do bebê, Lili e sua mãe disseram.

— Obrigada.

James e eu seguimos para o jardim, e no caminho vi Yan com seus pais, também indo para o teatro. Cláudia olhou para trás, me vendo, e parou de andar, puxando Yan pela camisa. Ele a olhou assustado e também me viu, assim como seu pai.

Chegamos perto.

— Olá, Bruna. Lembra de mim? — Ela sorriu.

— Oi, claro que sim. Como você está?

— Estou ótima, obrigada. E você?

— Bem, mas nervosa. — Ri, sem jeito.

— Imagino Yan me disse que é a primeira vez que você se apresenta. — Yan a olhou de canto de olho.

— Sim, é... Mas ter esses dois junto me tranquiliza um pouco.

— Você também está na peça? — Se dirigiu a James.

— Sim, sim.

— Manhê. — Yan chamou a atenção dela. — Nós temos que ir.

— Ah, é! — Riu. — Vamos.

Lancei um olhar engraçado para James e voltamos a andar.

— Ah, esse é meu pai, Vagner. — Yan o indicou.

— Prazer. — Ele sorriu, mostrando a mesma covinha na bochecha.

— Prazer.

Será que os dois voltaram? Pelo jeito vieram juntos...

Entramos no teatro. A plateia estava vazia, mas havia muita gente no palco, arrumando as coisas.

— Que ótimo! — Cláudia se entusiasmou. — Vou sentar lá na frente!

— Se prepara porque vai ver muitos flashes. — Vagner riu.

— Ah não, mãe. Sério? — Yan fez cara de sofrimento.

— Eu não ia deixar de trazer a câmera, né meu bem.

— A câmera do celular já era suficiente.

— Nem pensar!

Descemos tudo e os dois adultos entraram na segunda fileira.

— Boa sorte para vocês. — Cláudia desejou.

Agradecemos e subimos, indo para os bastidores.

— Ótimo, vocês estão aqui. — Beatriz surgiu do nada. — Vão se trocar.

Ela nos empurrou para o camarim. O povo que estava lá nos entregou nossas roupas e fomos para os respectivos banheiros. Depois que coloquei o vestido, calcei os sapatos e fui arrumar o cabelo e maquiagem.

Me entregaram brincos e um colar e fiquei ali respirando fundo enquanto terminavam.

Erica apareceu e logo tomou meu lugar. Fiquei perto de onde James e Yan estavam sendo arrumados. Os cabelos normalmente meio bagunçados do James estavam penteados e modelados para o lado.

— Que engraçado — comentei dele.

— O Yan falou a mesma coisa, tô com medo de me olhar no espelho.

Nós rimos. — Tá engraçado, não feio.

— Hm... Ok, então vou olhar. — Se virou para o espelho. — É... engraçado, realmente.

— Vocês estão elegantes.

— Estou me sentindo no livro. — Yan olhou para suas roupas. — Você também está elegante.

Sorri, olhando meu vestido. — Eu poderia me vestir assim sempre.

— Nada te impede. — James riu.

As meninas terminaram com eles e outros sentaram lá. Ficamos por ali, vendo o movimento e conversando.

Parece que foi ontem que eu estava fazendo a audição para fazer a peça... que eu estava em um dilema... preocupada em ter que beijar alguém... Como o tempo passa.

Fui para os bastidores e dei uma olhada pela cortina lateral do palco. A plateia já estava enchendo, os adultos pegaram todos os lugares da frente e eu até consegui ver meus pais... sentados ao lado dos pais do Yan.

— O que está olhando? — Ouvi Yan ao meu lado e senti seu rosto encostando no meu, para olhar também, e colocou a mão no meio das minhas costas.

— Estou me dando motivos para ficar nervosa — brinquei.

Ele tirou minhas mãos da cortina, me fazendo ficar de costas para ela. — Pode parar, te proíbo. Você tem que procurar por coisas que te deixem calma, e não mais nervosa.

— Eu não consigo evitar — admiti com o rosto quente.

Yan balançou a cabeça, fingindo estar bravo, mas acabou sorrindo e dei aquela olhada para a covinha dele. — Tá, vamos trabalhar isso. Fecha os olhos. — Ri e fechei. — Faz uma respiração profunda e solta o ar devagar.

Fiz o que ele falou, enquanto sentia seus dedões massageando as costas das minhas mãos.

— Você já sabe como vai ser, já ensaiamos hoje, então está tudo planejado, vai dar tudo certo. Você acredita nisso?

— ... sim.

— Não, você hesitou. Acredita ou não? — Ele estava segurando o riso.

— Acredito!

— Ótimo. Lembre-se do clichê do teatro, se ficar nervosa, imagina todo mundo pelado.

— Mas aí eu vou rir. — E morrer de vergonha!

— Mas pelo menos vai liberar a tensão. Agora a última coisa para acalmar. — Ele colocou minhas mãos em seus ombros e me abraçou pela cintura.

Fiquei na ponta dos pés e o abracei direito. Ele me apertou e eu me senti mais segura.

— Obrigada — sussurrei.

— Estamos aqui para isso. — E se afastou. — Vamos dar outros abraços em cena, podemos aproveitar para acalmar os nervos.

Eu ri. — Claro.

Ele deu uma leve beliscada na minha bochecha e ouvimos a professora chamar todos.

— Está na hora, gente! Boa sorte para todos, vocês conseguem fazer tudo perfeitamente que eu sei muito bem... Bruna, Erica, é com vocês.

Suspirei. Troquei um olhar rápido com Yan e fui com Erica para o palco.

Nos olhamos, dando risinhos de nervoso e ouvimos a professora falar com o público. Logo ficou silencioso e as cortinas foram abertas, as luzes diminuídas, deixando apenas as mais fortes focadas em nós.

— Como vou poder? Eu não gosto dele, Marilya — falei exasperada.

***

— Agora podemos esquecer as coisas ruins. — Yan disse, enquanto estávamos abraçados no meio do palco. Segurou meu rosto entre suas mãos. — Não precisamos mais nos esconder... Podemos viver juntos.

— É tudo o que eu sempre quis.

Nos abraçamos e ouvimos as palmas começando. Esperamos as cortinas se fecharem e nos soltamos.

— Viu? — Yan continuou segurando minhas mãos. — Eu disse que você ia conseguir.

— Sim... Foi melhor do que eu achei que seria.

— Rápido, todo mundo! — Beatriz quase gritou para que ouvíssemos, puxando uns para o palco.

Todos deram as mãos, ficando alinhados e as cortinas abriram. Mais palmas e fizemos a reverência.

Meus pais acenaram e eu retribuí, sorrindo orgulhosa de mim mesma.

De novo, as cortinas fecharam e o barulho de conversas não parou mais.

Olhei para todos, pensando no trajeto que fizemos.

Aquele era o fim. O fim da peça, quase o fim do ano... O fim do contato com o Yan... Eram muitos finais de uma vez só.

— Que cara é essa? — Yan ficou na minha frente e tocou meu ombro.

— Nada... É que... acabou. — Dei de ombros, tentando não chorar.

Ele me afagou, meio sentido. — É, acabou.

Sem pensar, o abracei pela cintura e rapidamente ele colocou os braços ao meu redor. Algumas lágrimas escaparam e eu funguei.

— Por que você está chorando? — Ouvi James ao nosso lado. — Devia estar feliz por não ter mais que se estressar com as falas — brincou, esfregando minhas costas.

Acabei rindo. — Eu sei, não consegui segurar.

Abri um braço o convidando. James sorriu e se juntou ao abraço, que foi rápido.

— Vai, vamos para fora. — James me deu um tapinha na cabeça.

Descemos para a plateia lotada. Tentei procurar meus pais, mas não os vi.

— Acho que meus pais devem ter ido para o jardim. — Yan falou.

— Acho que os meus também.

Passamos pelo povo e subimos. Vi meus pais perto do começo das arvores, junto com os pais do Yan, da Lili e do Bebê, junto dos dois. Fomos até lá e mamãe me agarrou.

— Você foi incrível! Nem parecia minha menininha tímida!

— Mãe. — Ri, sem graça.

— Realmente, vocês foram ótimos. — Cláudia se orgulhou. — Só posso dizer que os personagens principais foram feitos para vocês dois. — Abraçou o filho de lado.

— Nem tanto, vai. — Yan riu.

Mãe me soltou. — E aí, pronta para ir para casa?

Quê?! — Como assim?

— Acabou as aulas, agora é férias, não é?

Pisquei, sem reação. — Não, ainda não.

— Ué...

— Ainda tem o baile! — Lili se animou. — É sexta que vem.

— Ah... poxa, achei que já íamos te levar junto... E com quem você vai nesse baile?

Engoli seco. — E-eu vou com meus amigos, ora.

Vi Yan e Cláudia trocando olhares e Lili riu.

— Claro, vamos aproveitar todos juntos. — Ela disse.

Mãe chegou mais perto. — Nenhum menino te convidou? — Mesmo falando baixo, todos ouviram.

— Mãe — briguei, sussurrando.

— Eu só quero saber, ué.

Cláudia não conseguiu segurar o riso, e fez com que todos rissem também.

— Bom, tudo bem. Semana que vem nos vemos.

Concordei e fomos juntos até o refeitório para nos despedirmos.

Ficamos lá mais uns vinte minutos até os adultos resolverem parar de conversar e irem embora.

Acenei para minha família e eles foram para a secretaria.

Suspirei e Lili segurou minha mão.

Agora sim... Entramos na última semana.


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Notas finais do capítulo

No começo de tudo, eu achei que conseguiria escrever a peça toda, mas agora que chegou nela não deu ahuahuauah se eu escrevesse, provavelmente teria que pegar mais um ou dois capítulos só com o enredo, então achei melhor deixar para lá.

Além do mais, estava muito mais ansiosa para partir logo para o próximo evento incrível.

O baile dos estudantes! Aaaaaaaaaaaaaa!

Lembro como se fosse ontem do Yan contando para a Bru sobre o baile que faziam no ginásio, sempre tentei imaginar esse momento e ele chegou! :')

Bom, espero que tenham gostado e nos vemos sexta que vem! o/



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