San Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.2) escrita por Biax
Notas iniciais do capítulo
Olááá, xuxus!
Cá estamos finalmente com a peça de teatro. Será que vai dar bom?
Boa leitura!
Eu acabei pegando só um chá de camomila para acalmar os nervos. Graças ao meu pai fiquei com medo de comer e vomitar pela ansiedade.
— E você lembra quando fizemos protesto contra as provas da Zilda? — Meu pai ainda falava com o pai da Lili.
— Claro que lembro, ela ferrou com a gente o resto do ano! — Deu risada.
Terminei o chá em dois goles e fiquei lá ouvindo as histórias deles.
— Bru? — James apareceu. — Tá na hora.
— Preciso ir. — Levantei.
— Boa sorte! — Mamãe, Ana, pais do bebê, Lili e sua mãe disseram.
— Obrigada.
James e eu seguimos para o jardim, e no caminho vi Yan com seus pais, também indo para o teatro. Cláudia olhou para trás, me vendo, e parou de andar, puxando Yan pela camisa. Ele a olhou assustado e também me viu, assim como seu pai.
Chegamos perto.
— Olá, Bruna. Lembra de mim? — Ela sorriu.
— Oi, claro que sim. Como você está?
— Estou ótima, obrigada. E você?
— Bem, mas nervosa. — Ri, sem jeito.
— Imagino Yan me disse que é a primeira vez que você se apresenta. — Yan a olhou de canto de olho.
— Sim, é... Mas ter esses dois junto me tranquiliza um pouco.
— Você também está na peça? — Se dirigiu a James.
— Sim, sim.
— Manhê. — Yan chamou a atenção dela. — Nós temos que ir.
— Ah, é! — Riu. — Vamos.
Lancei um olhar engraçado para James e voltamos a andar.
— Ah, esse é meu pai, Vagner. — Yan o indicou.
— Prazer. — Ele sorriu, mostrando a mesma covinha na bochecha.
— Prazer.
Será que os dois voltaram? Pelo jeito vieram juntos...
Entramos no teatro. A plateia estava vazia, mas havia muita gente no palco, arrumando as coisas.
— Que ótimo! — Cláudia se entusiasmou. — Vou sentar lá na frente!
— Se prepara porque vai ver muitos flashes. — Vagner riu.
— Ah não, mãe. Sério? — Yan fez cara de sofrimento.
— Eu não ia deixar de trazer a câmera, né meu bem.
— A câmera do celular já era suficiente.
— Nem pensar!
Descemos tudo e os dois adultos entraram na segunda fileira.
— Boa sorte para vocês. — Cláudia desejou.
Agradecemos e subimos, indo para os bastidores.
— Ótimo, vocês estão aqui. — Beatriz surgiu do nada. — Vão se trocar.
Ela nos empurrou para o camarim. O povo que estava lá nos entregou nossas roupas e fomos para os respectivos banheiros. Depois que coloquei o vestido, calcei os sapatos e fui arrumar o cabelo e maquiagem.
Me entregaram brincos e um colar e fiquei ali respirando fundo enquanto terminavam.
Erica apareceu e logo tomou meu lugar. Fiquei perto de onde James e Yan estavam sendo arrumados. Os cabelos normalmente meio bagunçados do James estavam penteados e modelados para o lado.
— Que engraçado — comentei dele.
— O Yan falou a mesma coisa, tô com medo de me olhar no espelho.
Nós rimos. — Tá engraçado, não feio.
— Hm... Ok, então vou olhar. — Se virou para o espelho. — É... engraçado, realmente.
— Vocês estão elegantes.
— Estou me sentindo no livro. — Yan olhou para suas roupas. — Você também está elegante.
Sorri, olhando meu vestido. — Eu poderia me vestir assim sempre.
— Nada te impede. — James riu.
As meninas terminaram com eles e outros sentaram lá. Ficamos por ali, vendo o movimento e conversando.
Parece que foi ontem que eu estava fazendo a audição para fazer a peça... que eu estava em um dilema... preocupada em ter que beijar alguém... Como o tempo passa.
Fui para os bastidores e dei uma olhada pela cortina lateral do palco. A plateia já estava enchendo, os adultos pegaram todos os lugares da frente e eu até consegui ver meus pais... sentados ao lado dos pais do Yan.
— O que está olhando? — Ouvi Yan ao meu lado e senti seu rosto encostando no meu, para olhar também, e colocou a mão no meio das minhas costas.
— Estou me dando motivos para ficar nervosa — brinquei.
Ele tirou minhas mãos da cortina, me fazendo ficar de costas para ela. — Pode parar, te proíbo. Você tem que procurar por coisas que te deixem calma, e não mais nervosa.
— Eu não consigo evitar — admiti com o rosto quente.
Yan balançou a cabeça, fingindo estar bravo, mas acabou sorrindo e dei aquela olhada para a covinha dele. — Tá, vamos trabalhar isso. Fecha os olhos. — Ri e fechei. — Faz uma respiração profunda e solta o ar devagar.
Fiz o que ele falou, enquanto sentia seus dedões massageando as costas das minhas mãos.
— Você já sabe como vai ser, já ensaiamos hoje, então está tudo planejado, vai dar tudo certo. Você acredita nisso?
— ... sim.
— Não, você hesitou. Acredita ou não? — Ele estava segurando o riso.
— Acredito!
— Ótimo. Lembre-se do clichê do teatro, se ficar nervosa, imagina todo mundo pelado.
— Mas aí eu vou rir. — E morrer de vergonha!
— Mas pelo menos vai liberar a tensão. Agora a última coisa para acalmar. — Ele colocou minhas mãos em seus ombros e me abraçou pela cintura.
Fiquei na ponta dos pés e o abracei direito. Ele me apertou e eu me senti mais segura.
— Obrigada — sussurrei.
— Estamos aqui para isso. — E se afastou. — Vamos dar outros abraços em cena, podemos aproveitar para acalmar os nervos.
Eu ri. — Claro.
Ele deu uma leve beliscada na minha bochecha e ouvimos a professora chamar todos.
— Está na hora, gente! Boa sorte para todos, vocês conseguem fazer tudo perfeitamente que eu sei muito bem... Bruna, Erica, é com vocês.
Suspirei. Troquei um olhar rápido com Yan e fui com Erica para o palco.
Nos olhamos, dando risinhos de nervoso e ouvimos a professora falar com o público. Logo ficou silencioso e as cortinas foram abertas, as luzes diminuídas, deixando apenas as mais fortes focadas em nós.
— Como vou poder? Eu não gosto dele, Marilya — falei exasperada.
***
— Agora podemos esquecer as coisas ruins. — Yan disse, enquanto estávamos abraçados no meio do palco. Segurou meu rosto entre suas mãos. — Não precisamos mais nos esconder... Podemos viver juntos.
— É tudo o que eu sempre quis.
Nos abraçamos e ouvimos as palmas começando. Esperamos as cortinas se fecharem e nos soltamos.
— Viu? — Yan continuou segurando minhas mãos. — Eu disse que você ia conseguir.
— Sim... Foi melhor do que eu achei que seria.
— Rápido, todo mundo! — Beatriz quase gritou para que ouvíssemos, puxando uns para o palco.
Todos deram as mãos, ficando alinhados e as cortinas abriram. Mais palmas e fizemos a reverência.
Meus pais acenaram e eu retribuí, sorrindo orgulhosa de mim mesma.
De novo, as cortinas fecharam e o barulho de conversas não parou mais.
Olhei para todos, pensando no trajeto que fizemos.
Aquele era o fim. O fim da peça, quase o fim do ano... O fim do contato com o Yan... Eram muitos finais de uma vez só.
— Que cara é essa? — Yan ficou na minha frente e tocou meu ombro.
— Nada... É que... acabou. — Dei de ombros, tentando não chorar.
Ele me afagou, meio sentido. — É, acabou.
Sem pensar, o abracei pela cintura e rapidamente ele colocou os braços ao meu redor. Algumas lágrimas escaparam e eu funguei.
— Por que você está chorando? — Ouvi James ao nosso lado. — Devia estar feliz por não ter mais que se estressar com as falas — brincou, esfregando minhas costas.
Acabei rindo. — Eu sei, não consegui segurar.
Abri um braço o convidando. James sorriu e se juntou ao abraço, que foi rápido.
— Vai, vamos para fora. — James me deu um tapinha na cabeça.
Descemos para a plateia lotada. Tentei procurar meus pais, mas não os vi.
— Acho que meus pais devem ter ido para o jardim. — Yan falou.
— Acho que os meus também.
Passamos pelo povo e subimos. Vi meus pais perto do começo das arvores, junto com os pais do Yan, da Lili e do Bebê, junto dos dois. Fomos até lá e mamãe me agarrou.
— Você foi incrível! Nem parecia minha menininha tímida!
— Mãe. — Ri, sem graça.
— Realmente, vocês foram ótimos. — Cláudia se orgulhou. — Só posso dizer que os personagens principais foram feitos para vocês dois. — Abraçou o filho de lado.
— Nem tanto, vai. — Yan riu.
Mãe me soltou. — E aí, pronta para ir para casa?
Quê?! — Como assim?
— Acabou as aulas, agora é férias, não é?
Pisquei, sem reação. — Não, ainda não.
— Ué...
— Ainda tem o baile! — Lili se animou. — É sexta que vem.
— Ah... poxa, achei que já íamos te levar junto... E com quem você vai nesse baile?
Engoli seco. — E-eu vou com meus amigos, ora.
Vi Yan e Cláudia trocando olhares e Lili riu.
— Claro, vamos aproveitar todos juntos. — Ela disse.
Mãe chegou mais perto. — Nenhum menino te convidou? — Mesmo falando baixo, todos ouviram.
— Mãe — briguei, sussurrando.
— Eu só quero saber, ué.
Cláudia não conseguiu segurar o riso, e fez com que todos rissem também.
— Bom, tudo bem. Semana que vem nos vemos.
Concordei e fomos juntos até o refeitório para nos despedirmos.
Ficamos lá mais uns vinte minutos até os adultos resolverem parar de conversar e irem embora.
Acenei para minha família e eles foram para a secretaria.
Suspirei e Lili segurou minha mão.
Agora sim... Entramos na última semana.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
No começo de tudo, eu achei que conseguiria escrever a peça toda, mas agora que chegou nela não deu ahuahuauah se eu escrevesse, provavelmente teria que pegar mais um ou dois capítulos só com o enredo, então achei melhor deixar para lá.
Além do mais, estava muito mais ansiosa para partir logo para o próximo evento incrível.
O baile dos estudantes! Aaaaaaaaaaaaaa!
Lembro como se fosse ontem do Yan contando para a Bru sobre o baile que faziam no ginásio, sempre tentei imaginar esse momento e ele chegou! :')
Bom, espero que tenham gostado e nos vemos sexta que vem! o/