San Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.2) escrita por Biax


Capítulo 32
108. Alimentando o Yan + Hora de Estudar


Notas iniciais do capítulo

Ei, pessoinhas! Tudo certo?

Continuamos com a festa da Lili, um momento fofo com o Gean (para variar um pouquinho) e uma semana de estudos!

Boa leitura!



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Fomos para a cozinha.

— Mãe temos uma emergência! — Lili falou.

— Como assim? — A mãe dela nos olhou, alarmada.

— Eu descobri agora que o Yan não come carne e nem nada que tem leite.

— Ué, por quê?

— O leite é porque ele é intolerante, e a carne já não sei. O que podemos fazer para ele comer? O coitado tá comendo só amendoim.

— Vocês podem fazer brusqueta — sugeriu Luana.

— E o que é isso? — Lili questionou.

— Torradas com tomate picado, basicamente.

— Então ajuda a gente! — Lili foi até a geladeira e pegou vários tomates.

— Tem pão aí, Mi? — Luana perguntou a irmã.

— Sim, mas tem que ver se tem leite. — Abriu o armário a procura, e quando achou, leu o rótulo. — Que sorte, não tem. É pão italiano mesmo. — Entregou a ela.

— Ótimo. Toma. — Me entregou. — Corta em fatias, não muito finas, mas também não muito grossas.

Peguei um lugar na pia e comecei o trabalho. Enquanto eu cortava o pão, Lili picava os tomates, Luana passava azeite nas fatias já cortadas e grelhava na frigideira.

Lili fez tipo uma salada de tomate temperada com sal e ervas frescas. Depois colocamos o tomate nos pães e levamos no forno por uns minutos. Nesse meio tempo, a mãe da Lili começou a fritar umas tiras de polenta empanada.

Em menos de meia hora voltamos para fora com dois petiscos para Yan.

Ele estava com Matheus no sofá e paramos em sua frente, mostrando os pratos.

— Caramba... fizeram só para? — Ele ficou boquiaberto.

— Nossa, eu também quero. — Mateus botou o “zoião”.

— Sai fora. — Yan brincou, pegando uma brusqueta e mordendo. — Hm... Isso tá muito bom — falou de boca cheia e engoliu. — Obrigado, de verdade.

—Não foi nada. — Lili ficou toda orgulhosa. — Acho que vou até falar para minha mãe fazer mais, assim não vão roubar sua comida.

— É uma boa ideia. — Mateus riu, pegando uma polenta.

Pronto, alimentarmos o Yan e Lili aquietou.

O resto da festa ocorreu tranquilamente, Sem mais berros de parentes chatos.

O parabéns foi cantado tarde, e Lili pediu para que Mateus e Yan ficassem, já que ela queria fazer tipo um acampamento no quintal. E eles aceitaram.

No final, como todo mundo ajudou na limpeza, a folga veio rápido.

Estava numa noite quente, mas o mesmo tempo gostosa.

O pai da Lili arranjou um projetor e vimos alguns filmes de comédia na parede da varanda, deitados e sentados em sacos de dormir e colchões infláveis.

Foi uma noite incrível. Todos estavam interagindo, até Júlio e Mateus, o que foi demais.

Eu nunca pensei que pudesse estar “envolvida” com dois garotos, e ainda menos que eles estivessem no mesmo lugar, mas… eu precisava admitir que foi legal vê-los se dando tão bem.

Bom, uma hora o povo ia querer dormir, então ajeitamos as coisas.

James e Júlio ficaram em um colchão inflável de casal, juntamos um de solteiro para o Gean e outro de casal para mim e Lili. Bebê, Yan e Mateus ficaram em sacos de dormir de solteiro.

Ficamos batendo papo, e aos poucos todos foram caindo no sono, mas eu ainda estava meio acordada quando vi Lili e Mateus dando uma escapulida.

Ri internamente e adormeci depois.

 

Comemos de café o que sobrou da festa, e antes do almoço, Yan e Mateus foram embora. Os meninos foram jogar vídeo game, e Lili e eu ficamos na cozinha, conversando com sua mãe e tia. Gean apareceu e ficou lá com a gente.

— Esse almoço não vai sair? Tô morrendo de fome — choramingou.

— Vai sair quando tiver que sair, ora. — Luana disse, fingindo estar brava.

Ele fez sinal de rendição com as mãos e riu. Ficou ao meu lado. — Sabe de uma coisa?

— O quê?

— Do jeito que a Lili falava, eu achava que você era tipo muito apaixonada pelo Yan. — E eu corei com essa. — Mas você esconde bem, fiquei surpreso até.

— Eu escondo bem onde? — ironizei.

Gean riu. — É sério. Eu achei que você ia ficar olhando para ele toda hora, com aquela cara de “puta merda como ele é lindo”, sabe? — Deu risada. — Mas não ficou. Acho que alguém só perceberia se conhecesse você, ou soubesse que gosta mesmo dele.

Considerei. — Então você ficou me olhando, é? — Brinquei.

— Ah, eu precisava aprofundar a pesquisa. — Deu de ombros, sorrindo. — Eu gosto de observar reações.

— Sei... — Ri. — Bom, então acho que fico mais aliviada. Para mim parece que fico vermelha sempre que ele me olha.

— Quando ele chegou, você ficou mesmo, mas depois ficou normal.

Concordei. — Menos mal. Uma vez o Bebê disse que... — Soltei sem pensar e parei. Aí sim fiquei vermelha.

— Disse o quê? — Me olhou, curioso.

Tapei o rosto e neguei.

— Fala, mulher. — Tentou puxar minhas mãos, sem sucesso. — Se você não falar vou lá perguntar para o Bernardo — ameaçou rindo.

— Não! — O segurei no lugar rapidinho. Se ele for lá é bem capaz do Bebê aumentar a história. — Tá, tá.

Gean sorriu, vencedor. — Conte.

Suspirei. — Ele disse que... você fez bem para mim.

— Fico muito feliz em saber disso, mas por que exatamente?

— Não sei... Ele disse que eu pareço mais tranquila.

— Hm... — Pensou. — Acho que é normal. A partir do momento que você se envolve com outras pessoas, acaba desfocando um pouco da pessoa que gosta. Eu acho.

— É, tipo isso.

— Vocês aí, parem de fofocar e vem ajudar. — Lili nos chamou.

O assunto encerrou e fomos ajudar no almoço.

***

O fim de semana passou e chegamos a semana de revisão antes das provas finais.

Durante alguns dias, depois do almoço, ficávamos estudando no jardim, na mesa, e até Yan e Mateus vinham estudar e rir de desespero conosco.

Eu estava um pouquinho nervosa sim, mas nada se comparava ao nervosismo do dia da peça.

Mesmo sabendo tudo de cor, eu ainda fazia questão de ler o roteiro sempre que conseguia.

O medo de esquecer algo era muito grande para me deixar ficar tão confiante quanto eu ficava com as matérias.

No fim de semana fomos para a casa do Júlio, já que lá era mais tranquilo para estudar.

Era sábado, um dia bem quente e lá estávamos nós, na mesa da cozinha estudando.

— Vocês têm noção de que daqui a pouco é férias? — James perguntou, escrevendo em seu caderno.

— Tenho plena noção disso, pode ter certeza. — Júlio falou exagerado, também escrevendo. — Não vejo a hora desse dia chegar, não aguento mais isso.

— Eu também quero muito essas férias, mas... — comentei — a parte ruim é que vamos ficar longe.

Lili parou sua leitura para me olhar, fazendo um biquinho triste. — É mesmo... Eu nem quero pensar nessa parte ainda.

— Pelo menos temos o msn. — Bernardo disse.

— Mas não é a mesma coisa. A Bru nem tem webcam! — Me lançou um olhar feio.

— Eu vou arranjar uma, não precisa me bater. — Brinquei e ela riu.

— Se ela não arranjar, eu empresto a minha para ela por uns minutos.

— Por horas, você quer dizer. — Lili apontou sua caneta para ele, ameaçadora.

— Aí depende o que vou receber em troca, né?

— Meu Deus, que absurdo. — Ela fingiu indignação. — Arranja um homem para ele, Bru, daí ele vai nem lembrar que te emprestou a câmera! — Começou a rir.

— Você que pensa. Sou ciumento com as minhas coisas.

— Nossa, é para sua amiga que você vai emprestar, não para um estranho.

Bebê me deu uma olhada de canto de olho e fez uma cara de “é, talvez”. Eu ignorei e todos riram.

Apesar de estarmos rindo, cheios de preocupações com as notas, eu não conseguia não pensar nas férias.

Era uma sensação estranha. Parecia que eu ficaria excluída do grupo. Estarei longe, enquanto os três vão continuar aqui, se vendo, rindo, indo à praia...

Nossa, que deprê, credo. Não posso pensar assim...

Por mais que eu vá ficar longe, eu sei que continuarei sabendo de tudo.

Vai ser um pouquinho pior do que nas férias de julho, afinal, são dois meses de férias. Vou sentir saudade rapidinho, tenho certeza... Mas pelo menos o Bebê estará para sentir comigo.

É quase como se eu levasse um pedaço do grupo. Mas é praticamente isso mesmo.

Tá, Bruna, se concentra no agora. Aproveita.

— Em todo caso, é melhor você comprar uma, Bru. — James riu.

— Também acho. Vou pedir para o meu pai, podem ficar tranquilos.

— Vou cobrar assim que você chegar em casa. — Lili disse.

— Tá bom, tá bom. Se acalma.

— Acho bom. — Voltou a ler. — Vai, todo mundo presta atenção e estuda. Eu ainda quero ir para a praia.

— Poderíamos ir agora — sugeriu Júlio, com ar inocente. — Ainda temos muito tempo para estudar.

Pela primeira vez na vida, Lili não brigou, mas sim o olhou considerando aquilo.

— Quer saber? Eu estou cansada disso. Chega por hoje.

Todos se olharam, e em um segundo todo mundo levantou, largando tudo lá para ir se trocar.

Com certeza eu sentiria falta dessa bagunça.

Mas logo estaríamos de volta.


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Notas finais do capítulo

E esse momento tristeza pré férias? Me pegou de jeito :T Já estou sentindo saudade desse grupo e ainda nem acabaram as aulas D:

NO PRÓXIMO CAPÍTULO TEREMOS SABE O QUÊ?

O QUE ESPERAMOS O ANO TODO?

Não, o Yan não vai ficar e pedir a Bru em namoro, tirem o cavalinho da chuva (q?)

TEREMOS FINALMENTE O GRANDE DIA DA PEÇA! Estou sentindo o nervouser da Bruna, vocês estão? ahuhusasu

Bom, nos vemos semana que vem :B

Até mais o/



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