San Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.2) escrita por Biax


Capítulo 27
103. Presente + Cabelo


Notas iniciais do capítulo

Oláááá! Vão bem?

Semana passada falei que vocês seriam impactados, né? Acho que exagerei saytsauhsg

Mas teremos algo inesperado :B

Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/746722/chapter/27

Naquela noite, juntamos os colchoes na sala e dormimos todos juntos vendo filme. No domingo, ficamos até o meio da tarde e voltamos para a casa da Lili, e depois para a escola.

Quando finalmente cheguei no meu quarto, me joguei na cama, cheia de saudade.

Fiquei de barriga para cima e encarei o teto, pensando em tudo o que aconteceu. Parecia que fazia semanas que eu não vinha pra escola... E também que não via Yan.

Ai, Deus... E agora? Parando para pensar... acho que estou confusa.

Eu sei que ainda gosto dele, mas tudo isso que aconteceu com o Gean...

Não sei, não sei! Aah!

Okay, Bruna, respira, querendo ou não, você ainda gosta dele e sabe-se lá quando e se vai deixar de gostar.

Gean já disse que não temos compromisso, ainda assim... rola um sentimento estranho e confuso.

Suspirei e levantei. Abri a porta da varanda e encostei na grade, vendo a luz do quarto do Yan acesa.

Ele já chegou... Espero que a mãe dele esteja bem.

Olhei pelo jardim, vendo os postes iluminados, os alunos andando pra lá e pra cá... Acho que eu estou meio sentimental, tô emocionada só de ver a escola.

Resolvi arrumar a mochila, coloquei as roupas sujas no cesto, arrumei o material e organizei as coisas por ali.

Li um livro qualquer até a hora da janta, e desci com a Lili para comer. Só Bebê apareceu, já que provavelmente os meninos ainda não tinham chego, e comemos tranquilos.

Claro que eu fiquei procurando por Yan, mas não o vi.

Terminamos de comer, levamos as bandejas e saímos. Eu e Lili estávamos cansadas e decidimos subir.

Bernardo seguiu pro dormitório dele, e seguimos pro nosso, andando devagar.

Antes de chegarmos na porta, ouviu alguém me chamando e nos viramos ao mesmo tempo. E nesse momento senti as pernas gelando.

Yan chegou perto. — Oi, gente — cumprimentou timidamente.

Ele... Ele cortou o cabelo...!

— Oi, Yan. — Lili disse, apertando minha mão, talvez para me tirar do transe.

Tentei tirar a cara de surpresa/apaixonada. — Oi.

— Seu cabelo tá muito legal. — Lili comentou, descontraída.

— Valeu. — Passou a mão nos fios, não muito curtos. — É um pouco estranho, ainda não acostumei.

— Mas por que cortou? Enjoou dos cachos?

— Não... — Pareceu meio sem graça. — Eu cortei junto com a minha mãe.

— Ah... — Lili fez uma carinha sem graça. — Bom, vou deixar vocês conversarem. — Me lançou um olhar rápido e nos deu as costas.

Engoli seco e olhei para Yan, que também me olhou.

— Como foi seu aniversário? — Colocou as mãos no bolso do moletom.

— Foi ótimo... Obrigada por ter lembrado.

— Eu não poderia esquecer. — Deu um sorriso fofo. — Ah... toma. — Então tirou a mão, estendendo uma caixinha.

Olhei para aquele objeto e para ele algumas vezes, sem saber como reagir. Com a cara quente, peguei a caixa e a abri.

— Eu procurei algo pra te dar, mas nunca achava algo bom, e aí vi isso e gostei.

Descansando em uma esponjinha, havia um pingente de prata com o formato de duas máscaras, uma feliz e uma triste. O clássico ícone de teatro.

Meio boquiaberta, peguei, tomando cuidado com a corrente fina e olhei de perto.

— Gostou? — Ele perguntou, apreensivo.

Sorri e o olhei. — Amei... Obrigada, sério — falei encantada.

Ele pareceu aliviado. — Que bom. Quer que eu coloque?

Entreguei a corrente e me virei, puxando o cabelo para o lado. Vi o fio abaixar na minha frente e descansar no meio peito. Puxei de novo o cabelo e Yan fechou.

— Pronto.

Me virei, olhando para o peito e encarei Yan, hesitando em como agradecer.

Yan abriu um pouco os braços, como se estivesse dando uma sugestão, e sem cerimonias o abracei pelo pescoço. Ele me apertou pela cintura, e escondi o rosto entre seu pescoço e meu braço, aproveitando e sentindo aquele perfume tão bom que eu sentia falta.

Será que ele conseguia sentir meu coração acelerado pelo peito dele? Espero que não.

Ficamos ali um tempo sem nem fazer menção de nos soltar.

— Obrigada, eu realmente gostei — sussurrei.

Suas mãos deslizaram pela minha cintura antes de me soltar. — Fico feliz, então. — Sorriu.

Sorri também. — E... como estão as coisas com a sua mãe?

Ele deu uma suspirada rápida, pensando. — Bem, na medida do possível.... Estamos na fase onde o cabelo cai, então... ela quis cortar, e eu cortei junto. Só não cortei igual ao dela porque ela não deixou. — Deu risada.

— Por quê?

— Porque ela tem dó dos meus cachos. Sempre teve e nunca deixou cortarem tão curto assim. — Apontou para a sua cabeça. — Esse foi o máximo que eu consegui fazer ela aceitar.

Ri. — Acho que eu também teria dó.

— Você acha que fica melhor assim ou maior?

Aí você me complica. De qualquer jeito fica lindo. — Ah... não sei... Fica bom dos dois jeitos. — Tive que admitir, morrendo de vergonha.

Ele riu. — Obrigado, então... Já jantou?

— Hm, já.

— Ah... então amanhã no ensaio conversamos, combinado?

— Combinado.

Yan deu um beijinho no meu rosto e se afastou.

Como eu lido com isso? Ele corta o cabelo e fica mais lindo ainda, e me dá um presente! Ô sofrimento, viu.

Subi rápido e fui pro quarto da Lili, que estava sentada na cama.

— Que cara é essa? — Ela questionou quando me sentei.

Segurei o pingente mais alto, e ela se aproximou, o pegando para ver de perto.

— Ele te deu isso?

— Sim! Por que ele tinha que ser tão fofo?

Ela riu, soltando a corrente. — Difícil, hein?

Suspirei, fazendo drama. — Muito. Ele me deu um abraço tão apertado. — Me abracei, lembrando da sensação.

— E agora? — Cruzou os braços. — Deve estar toda confusa.

— Eu estou! E também sei que estou sendo trouxa de novo.

— Para, você só está feliz que ele te deu um presente. Ele quis retribuir o que você fez no aniversário dele.

— É, né...? — Parei para pensar. — Tem razão... Bom, vou dormir.

— Okay.

Voltei ao meu quarto e tranquei a porta. Tirei a corrente para tomar banho, mas a coloquei de novo depois.

Quando me deitei, fiquei admirando aquele pingente até pegar no sono.

***

Na manhã seguinte acordei animada. Fiquei bem atenta nas aulas e logo cegou o ensaio.

Ficamos lá no nosso lugar, e vi Yan andando até mim.

— Oi. — Ele sentou do meu lado.

— Oi — respondi.

— Tá usando o colar?

— Ah, sim. — Puxei a corrente para fora da camisa. — Tá aqui.

Ele sorriu. — O que fez no fim de semana?

Recapitulei os dias e contei o que fizemos, pulando a parte do Gean, claro. E ele me contou que fez o fim de semana da faxina com a mãe dele. E apesar dela estar debilitada, estava cheia de energia para ajudar o filho na limpeza.

Logo a professora chegou e subiu no palco.

— Oi, gente! Amanhã entramos no ultimo mês, hein? Passou muito rápido! — Alguns concordaram. — Bom, já marcamos o dia que a peça será apresentada.

Yan e eu trocamos olhares rápidos ansiosos.

— E será no dia vinte e cinco, numa sexta. Infelizmente vai ter que ser na semana de provas, mas imagino que vocês não terão dificuldade de lidar. Tinha que ser nesse dia, já que na outra sexta será o baile.

Baile? Como assim?!

— É, eu tô vendo a cara assustada de vocês. — Ela riu. — Amanhã serão colocados os cartazes, mas eu acabei falando mesmo, então paciência. Enfim. Vamos pegar pesado nesses últimos ensaios, beleza?

— Sim! — Todos falaram juntos.

— Então bora! Do começo hoje.

Levantei e fui para o palco com a Erica.

Fizemos tudo certinho até o ultimo minuto do ensaio. A professora nos liberou.

— Só lembrando que quarta não tem ensaio, hein? É feriado, mas imagino que vocês já saibam.

Feriado?

— Feriado de quê? — perguntei para Yan enquanto descíamos.

— Finados.

— Ah, é! Tinha esquecido.

Yan me olhou um tempinho. — Por falar em feriado... Eu e o Mateus estávamos querendo ir num parque que tem aqui perto. Ele quer levar a Lili e... estava pensando se você não quer ir também.

Por essa eu não esperava...

— Ah... tá, claro.

Ele sorriu. — Ok. Depois vemos o horário.

— Tudo bem.

Saímos do teatro, e Yan seguiu com Mateus quando ele desgrudou da Lili.

— Já tá sabendo do parque? — Lili me perguntou.

— Sim, Yan falou.

— E você vai querer ir? Eu entendo se não quiser.

— Não, eu vou. Acho que vai ser legal.

Bernardo nos alcançou e ele notou algo diferente.

— Onde você arranjou esse colar?

— Hm... o Yan me deu.

— Por quê?

— De aniversário.

Ele cruzou os braços. — E você ficou toda derretidinha, né?

— Ai, não enche.

Bebê riu. — Eu sei, eu sei.

Ficamos no jardim até a hora do jantar, e depois dele fui pro quarto pensar no que vestir.

Algo me diz que meu pedido do bolo não vai funcionar tão cedo.

Mas tudo bem. Vamos esquecer isso e aproveitar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ah, olha no que eu me inspirei para o pingente.
http://raulsouza.com.br/loja/wp-content/uploads/2016/05/anel_teatro-300x300.jpg
Site direto: http://raulsouza.com.br/loja/anel-teatro/

No caso é só as máscaras juntas mesmo :3

Muito fofo, né? Claro que o Yan não pagou o valor real do negócio, gente! hsuahsuahs

Aaaiiii Yan voltou com tudo para acabar com vossos corações! O que será que vai rolar nesse feriadinho? Um passeio no parque, um sorvetinho, uma andada de bicicleta? Veremos.

Enfim! Espero que tenham gostado e esperaremos ansiosos para esse passeio!

Nos vemos sexta que vem! o/



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "San Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.2)" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.