San Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.2) escrita por Biax


Capítulo 25
101. Interessada de algum jeito


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas! Tudo certo?

Acho que teremos alguns surtos hoje, hein. Só quero ver vossas reações hsauhsuh

Boa leitura!



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Lili pegou um colchão pra mim e pro Bebê, e ela dividiu a cama com Gean. Depois do café, fomos pra casa do James.

Ele nos recebeu, mas ainda não tinha ninguém acordado além dele.

Nos trocamos, passamos protetor e fomos tomar o sol da manhã.

— Provavelmente o Júlio só vai chegar depois do almoço, né? — Lili perguntou sem abrir os olhos.

— Tem alguma duvida disso? — James riu. — Até parece que ele ia acordar cedo num sábado... — E nesse momento a campainha tocou.

— Será que é ele?

— Duvido. — James levantou e foi atender.

E logo voltou... com o próprio Júlio.

— Nossa, que milagre é esse? — Lili riu o olhando.

— Fica difícil dormir com alguém te ligando. — Ele disse tirando a camiseta e sentando na beira da piscina.

— Quem ficou te ligando? — perguntei.

— A Monalisa! — disse inconformado. — Me ligando oito horas da madrugada porque queria vir comigo.

— Tadinha, Júlio. — Lili zombou, voltando a deitar, não vendo o olhar fuzilante que levou dele.

— Tadinho de mim, isso sim.

— Dramático. — Lili sussurrou, e só eu ouvi.

Ficamos todos tomando sol, igual naqueles filmes de adolescente. Até imaginei a cena vista de cima. Só faltava os óculos escuros, que ninguém tinha.

Pouco depois, os quatro meninos foram pra piscina. Lili ficou ali deitada com o braço em cima dos olhos.

Me sentei, vendo os garotos jogando água um nos outros, então Gean falou algo com Bebê, que concordou, parecendo animado e prestes a aprontar.

Eles falaram com James, que apontou para o corredor de fora da casa, onde dava para a lavanderia. Então os dois saíram e foram pra lá, voltando com dois baldes cada.

Eles encheram de água e vieram em nossa direção.

Bebê já fez sinal pra eu sair de perto, e eu hesitei, pensando se deixava. Mas eles iam fazer mesmo assim.

Levantei e dei uns passos para trás.

Ficaram cada um de um lado da Lili e despejaram a água nela, a fazendo sentar na hora. Eles começaram a rir, e num movimento rápido, levantou e empurrou Gean na piscina.

Bernardo parou de rir com a violência dela e começou a sair de perto, mas claro que ela foi atrás dele o jogou também.

Lili olhou para James e Júlio, que ergueram as mãos com as caras sérias, ou melhor, com medo.

Então ela mergulhou como se não tivesse acontecido nada.

Bebê e Gean se olharam e riram, e foram se sentar na outra parte da piscina.

Eles se deram bem, né? E até que combinam... Nossa, eu tô viajando.

Lili veio se sentar do meu lado. — Que cara é essa?

— Quê?

— Por que você tá com essa cara pensativa? — Olhou pra onde eu estava olhando. — Tá com ciúmes do bebê? — Brincou.

— Claro que não. Eu estava viajando.

— Pra onde?

Será que ela vai me achar doida se eu falar? — Eu estava... pensando que aqueles dois até que combinam.

— Tipo, romanticamente?

— É.

— Hm... — Olhou bem pra eles. — Olha, até que combinam mesmo. Se o Gean fosse gay, com certeza eu agitava. Mas eu acho mesmo que vocês dois é que combinam. — Me encarou.

— Eu e o Gean? — questionei surpresa.

— Sim. Você não gosta dele?

— Gosto, mas... não tinha pensado nele assim.

— Claro, vive com o Yan na cabeça. Você deveria ver além do Yan, considerar tentar outras pessoas.

— E como se tenta outras pessoas?

— Ah... Você dá uma chance. Às vezes nós bloqueamos o que sentimos sem perceber. Tipo, você nem considera se interessar por outra pessoa já que ainda gosta do Yan.

Considerar me interessar...

Olhei pros meninos, vendo como eles riram. Gean ficava muito fofo quando ria... Será que de algum jeito eu tô interessada nele?

Gean olhou em nossa direção na hora, e eu gelei, mas ele sorriu e acenou, voltando a falar com o Bebê.

Acenamos de volta e Lili me deu uma empurrada de leve com o braço. — Vai falar que ele não é um partidão?

Dei uma risada sem graça e ela riu da minha cara.

Continuamos ali aproveitando até a hora do almoço, e comemos todos na varanda, junto da família do James.

Depois, nós (os jovens) ajudamos com a louça e deixamos tudo limpo, e voltamos pra fora. Estendemos as toalhas na grama do quintal atrás da piscina e ficamos lá, meio dormindo, meio conversando.

Acorde do cochilo sentindo vontade de fazer xixi e levantei. Entrei e fui para o banheiro perto da entrada, mas vi Gean lá olhando pro espelho, parecendo espremer uma espinha. Então ele me viu ali.

— Me ajuda — pediu, meio preocupado. — Uma abelha me picou e eu não consigo tirar o ferrão.

— Ai meu Deus, você tem alergia? — Cheguei perto e ele abaixou um pouco.

— Não.

A abelha tinha picado em sua bochecha, perto do nariz.

— Não dá pra tirar na unha... — falei meio desesperada por ele. — Eu acho que tenho uma pinça na mochila.

— Tá doendo. — Fez uma careta.

— Calma.

Sai de lá e ele me seguiu até o quarto do James. Cacei minha bolsa de banheiro na mochila e achei a pinça.

— Senta na cama. — Rapidamente ele sentou na ponta, e eu fiquei perto. Segurei seu maxilar, esticando a pele com o dedão, e com a pontinha da pinça, puxei o ferrão.

— Ai — reclamou baixo e ia colocar o dedo.

— Não toca não! — Segurei a mão dele no ar. — Tem que lavar isso.

Gean me olhou alarmado, mas riu. — Cadê? — Olhou pra baixo e puxou minha mão com a pinça, vendo o ferrão ali. — Como esse negocinho tão pequeno pode doer tanto?

— Acho que o veneno dói mais que a picada. — Sorri, vendo aquele pequeno furo no rosto dele.

— Parece mesmo. — Me olhou com um sorriso.

Nos olhamos uns segundos sem falar nada, e meu olhar vacilou pra boca dele sem eu mandar.

O que eu tô fazendo? É melhor a gente descer, mas... por que eu queria beijar ele?

Meu coração estava acelerado com a situação, mas não era a mesma sensação de quando...

Olha eu comparando de novo...

Gean chegou mais perto, ficando a centímetros de distância. Eu sentia o calor de seu rosto...

Como não me afastei, ele depositou um beijo simples em minha boca.

Se afastou de novo, e ainda segurando minha mão, levantou, me fazendo dar um passo pra trás. Ele pegou a pinça e a deixou na mesa atrás de mim.

Só vi um pontinho preto caindo no tampo branco, e depois senti a mão de Gean no meu rosto.

Assim que virei, ele me beijou. Mesmo sabendo, o deixar me guiar, já que o beijo dele era diferente do que eu estava acostumada.

Segurei sua cintura enquanto aquele beijo se aprofundava.

Eu não tinha noção do tempo que ficamos ali. Estava superconcentrada, ainda mais naquele carinho que ele fazia na raiz do meu cabelo, logo atrás da minha orelha.

Ele deu um ultimo selinho e me olhou. Deu um sorrisinho tímido. — Esse negócio da minha cara tá doendo de verdade.

— Melhor você ir lavar isso logo. — Só agora que senti a cara quente.

— E vou ver se a mãe do James tem uma pomada.

Concordei, e antes dele sair, me deu um último beijo rápido, e aí saiu.

Encarei o chão sem saber o que pensar. Isso realmente aconteceu?

Eu não imaginei tudo?

A sensação na minha boca dizia que não. Ai Deus, eu nem sei o que sentir.

Então a bexiga reclamou.

Banheiro!

Saí dali e fui no banheiro do andar. Esvaziei e lavei as mãos, olhando meu reflexo.

Caramba... E agora? Como vou agir? Como ele vai agir? Como diz a Lili... foi só um beijo, certo?

Ai, ai, ai.

Será que ele vai contar pra alguém? Será que eu conto pra Lili ou pro Bebê? Ou será que ele quer guardar segredo?

Gente... acho que eu ainda não tô pronta pra lidar com essas coisas. Se eu fico com tanta duvida assim por causa de um beijo, imagina se eu namorasse?

Me assustei com toques na porta.

— Bru? — Era Lili.

Ai Jesus, será que ela já tá sabendo?

Tentei melhorar minha cara e destranquei a porta, a abrindo. Antes que eu saísse, ela entrou e foi usar o vaso, então fechei a porta.

Ela estava com uma cara meio estranha. Será que estava pensando no que falar?

— Que foi? — Tomei coragem e perguntei.

— Nada. — Terminou e lavou as mãos. Começou a ajeitar o cabelo e me olhou pelo reflexo. — Nossa, por que tá me olhando com essa cara desconfiada?

— Porque você tá com uma cara estranha?

— Não tô não. — Se virou, encostando na pia. — O Gean disse... — E eu gelei. — Que você tirou um ferrão de abelha da cara dele. — Desgelei. — Aqui assim tá tudo vermelho. — Apontou no próprio rosto e riu.

— É, tadinho. — Dei uma risadinha.

Nos encaramos alguns segundos e ela cruzou os braços.

— Rolou alguma coisa, né? — Essa menina lê mentes? — Você se entrega tão fácil. — Deu risada.

Escondi a cara vermelha com as mãos, mas Lili as puxou.

— Não seria possível que vocês ficassem tão pertinho e não acontecesse nada. Fala!

Suspirei, meio rindo. — Nos beijamos.

Lili arregalou os olhos e a boca, do jeito exagerado dela. — Ai meu Deus!! Obrigada Senhor, estamos avançando!

— Para, sua besta. — Ri.

— Conta tudo, desde o começo.

Então contei desde que levantei e encontrei Gean, e ela ficou toda maravilhada.

— Mas ó, não conta nada. — Apontei o dedo na cara dela.

— Tá bom, até porque temos algo mais importante pra fazer.

— O quê?

Lili abriu a porta e me puxou pela mão para fora.


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Notas finais do capítulo

Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

Estamos avançando, Brasil?! Será que nossa Brubru está caminhando para os braços de outro amor? -nnn

Eu aguardei bastante para esse beijo, não porque foi com o Gean, mas digo um beijo que a Bru não tenha dado no Yan, sabem?

O que vocês acham que vai acontecer? xD

Nos vemos no próximo o/



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