San Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.2) escrita por Biax


Capítulo 24
100. Parabéns, Bru! + Casamento


Notas iniciais do capítulo

Olááá pessoinhas! Como estão? Espero que bem.

Hoje é o grande dia da Bruna! ~uhuuu

Boa leitura!



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Mais uma semana... e chegou!

Acordei com a luz radiante no quarto. Espreguicei, já com um sorriso na cara e fiquei largada um tempo. Depois de uns minutos fui me trocar, e quando estava quase pronta, a porta do quarto foi escancarada.

 — Feliz Aniversário, Bru! — Lili berrou com os braços levantados.

Sorri enquanto ela vinha me abraçar. —  Obrigada.

— Toma. —  Me estendeu uma caixinha de papel quadrada.

— Ai, não precisava. — A peguei, a abrindo e me sentando na cama. Era uma roupa. Um vestido, na verdade. Tirei da caixa e olhei. —  Que fofo, Lili! Adorei.

— Achei sua cara. Que bom que gostou.

Era um vestido rodado de alcinhas, com fundo em um tom de azul claro acinzentado, cheio de florzinhas brancas e azul escuras.

— Obrigada. —  Levantei num salto e a abracei.

— De nada.

Dei mais uma olhada no vestido e o deixei na cama. Então descemos. e assim que saímos, vi uma cena clássica que fazia um tempo que não via.

James, Júlio, e agora Bebê, nos esperando.

— Parabéns Bru! —  Os dois primeiros gritaram e James veio me abraçar.

— Obrigada. — Sorri e depois abracei Júlio.

— É nosso. —  James entendeu um presente.

— Ai gente. —  Ri sem jeito, pegando o pacote. —  Obrigada

Abri a embalagem, já sabendo que era um livro.

Fallen. —  Li na capa, um tanto sombria. —  Isso é de terror?

— A atendente disse que é romance. —  James explicou. — Se não for vamos lá xingar ela.

Eu ri. —  Mesmo assim, obrigada. Adorei.

Os dois sorriram, felizes, e foram na frente. Parei na frente do Bebê.

— Você também vai me dar um presente?

Ele revirou os olhos. — Eu sou um presente.

— Ah tá — disse irônica.

Sorrindo, Bebê veio me abraçar. — Parabéns, senhora.

— Para, seu besta. — Dei um tapa em suas costas.

— Parei. — Me soltou e olhar para os lados, e eu vi que Lili tinha ido atrás dos meninos.

— Que foi?

Ele colocou a mão no bolso da calça e a tirou de lá em punho. A virou e abriu, mostrando dois anéis escuros.

Bernardo pegou minha mão direita e colocou o anel menor no meu dedo anelar. — Agora somos casados na amizade. — Entendeu o outro anel para mim.

— Você tá doido? — Dei risada, pegando o anel. —  De onde tirou isso? — Coloquei no dedo dele.

— Eu vi que em uma tribo indígena, pessoas que são muito próximas se presenteiam com anéis de coco. É uma aliança de amor e amizade, e o coco simboliza isso.

— É sério? — Fiquei surpresa.

— Não, inventei agora. — Começou a rir igual besta.

Fiz uma cara de desgosto, mas acabei indo.

— Não, mas a ideia é verdade. — Me olhou mais sério. — Não que a gente precisa de algo que simbolize nossa amizade, mas gostei da ideia. Agora estamos presos um no outro.

— E se eu quiser divórcio um dia?

— Você não vai querer. — Apontou o dedo na minha cara, falando bravo. — Vai ficar comigo para sempre.

Dei um passo para trás, fazendo uma cara assustada.

— Brincadeira, volta aqui. — Me puxou de volta.

— Você não perguntou o mais importante.

— O quê?

— Se eu aceito.

— Nossa, precisa? —  perguntou chocado e eu olhei feio. — Tá... Você aceita ser minha amiga para sempre? Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença…

— Chega. — O interrompe eu abracei. — Aceito, aceito.

Bebê riu. — Então tá.

Enquanto íamos para o refeitório, olhei aquele anel. Quando eu achei que usaria um anel... da amizade? Só o Bebê mesmo, viu.

Fomos pegar nosso café e seguimos para mesa que os meninos pegaram. Nos sentamos, e Lili já colocou o “zoião” nas nossa mãos.

— Mas que isso?! —  exclamou. — Vocês estão namorando?!

— Estamos casados. — Bebê disse antes que eu conseguisse.

— Como assim? — Me olhou alarmada, como se dissesse “e por que eu não estou sabendo de nada?”.

— Explica direito! — Dei um tapa nele, que riu.

— Calma gente, é um casamento de amizade. — Os três fizeram um cara de “que diabo é isso?” — É um anel que simboliza a nossa amizade, só isso.

Lili cruzou os braços. — Por que eu não tive essa ideia antes? Mas ainda não me convenceu. E se vocês quiserem namorar escondido?

Abri as mãos em cima da mesa, pensando no que falar, mas ela ia continuar não acreditando.

Bernardo me olhou. — É melhor eu falar, não acha?

Quê? — Ahn?

— O nosso segredo.

Olhei para os três curiosos, tentando raciocinar.

Segredo…?

Bebê apontou para ele mesmo de forma impaciente.

Ah! Segredo. — Ah! Tem certeza?

— Acho que agora me dá mais para voltar atrás. — Indicou para eles com a cabeça.

— Bom, você que sabe —  falei meio nervosa por ele.

Bernardo olhou para eles. — Não estamos namorando porque eu não gosto de fêmeas.

Júlio franziu o cenho, não entendendo aquilo. James parecia um pouco surpreso, e Lili abriu a boca, bem surpresa.

— Você é gay? —  perguntou chocada.

— Sim. — Ele respondeu com a maior serenidade.

Olhei para minha bandeja em busca de uma faca para ameaçá-los, caso houvesse uma cara de nojo ou preconceito, mas eu não tinha uma.

— Por que você não contou antes?! — Lili colocou as mãos na cara. — Você poderia ter me ajudado nos looks.

— Eu não sei nada de moda. — Ele riu.

— Ah... que gay sem graça. — Ela brincou, fazendo todos rirem.

— Com certeza ele é mais macho que muito macho, Lili. — James comentou.

— Sinceramente... — Bebê disse. — Concordo.

Todos riram de novo e eu fiquei mais aliviada. Até agora tem sido um ótimo aniversário.

Comemos, fomos pra aula, outros colegas me parabenizaram e James fez o favor de puxar o “parabéns pra você” na última aula, me fazendo quase morrer de vergonha.

Saímos da sala e antes que eu chegasse na escada, ouvi alguém me chamando. Me virei e vi Mateus e Gabriel vindo.

— Parabéns, Bru! — Mateus me deu um abraço de urso.

— Obrigada! — E depois abracei Gabriel.

— Feliz aniversário! — Ele disse, se afastando. — O Yan pediu pra te dar parabéns, já que ele não está aqui.

Só de ouvir aquilo meu coração pulou. — Então... fala que eu agradeço.

— Falo sim. Foi até ele que nos avisou hoje de manhã, por mensagem.

Uau...

— Cantaram parabéns pra você, né? — Mateus perguntou segurando a mão da Lili.

— Nossa, vocês ouviram? — Lili o olhou.

— Acho que o andar todo ouviu,

— Meu Deus. — Balancei a cabeça.

Descemos juntos.

Eu não deveria ficar feliz assim, só porque o Yan lembrou... Mas não consigo não ficar! Aaah!

Nos separamos depois de pegar a comida e fomos pra mesa.

— Eu estava pensando. — James disse depois de tomar um gole de suco. — Podemos fazer uma comemoração na minha casa no fim de semana. O que acha, Bru?

— Uma comemoração pra mim? — questionei surpresa.

— Claro. Você merece uma.

Sorri. — Adoraria.

— Então beleza.

— Festa! — Lili comemorou.

Continuamos comendo, e Lili terminou primeiro e foi se encontrar com Mateus.

— Você quer chamar alguém? — James me perguntou.

— Não sei, quem eu chamaria?

— Sei lá... o Gean? — sugeriu.

— Ah, pode ser... Você vai chamar a Erica?

— Não. Melhor que seja só amigos, né?

— Mas se quiser... eu não ligo. E você vai chamar a Monalisa? — Olhei pro Júlio.

— Não.

— Por quê?

— Deus me livre. Ela vai ficar em cima o tempo todo.

James riu. — Não duvido disso.

— Imagina só. Ela ia ficar me puxando pra longe sempre que eu chegasse perto de vocês. Sem falar que ia fazer drama.

— Como se você não fizesse.

— Ah mas é diferente.

— Aham, tá. — Riu da cara dele.

Mais tarde, minha família me ligou e fiquei um tempo falando com a minha mãe, e assim acabou meu aniversário.

O resto da semana passou, e na sexta depois do café da tarde, Bebê e eu fomos pra casa da Lili com ela.

Apresentei o Bernardo aos pais dela, e Gean chegou como se só estivesse esperando a gente chegar.

— Esse é o Bernardo — apresentei. — E esse é o Gean.

— Finalmente, parece que ouço falar de você a séculos. — Bebê disse enquanto trocavam um aperto de mãos.

— Nossa, eu tô famoso, então? — Me lançou um olhar divertido.

— É a Lili que não consegue parar de falar de você. — Brinquei.

— É mentira. — Bebê cochichou alto o suficiente pra eu ouvir e se afastou.

Gean riu. — Pera... você tá namorando? — Apontou pra minha mão.

— Não, não, é um anel de amizade com o Bernardo.

— Sério? Parece de namoro.

— Sim, é sério... Ele é gay, não ia querer namorar comigo. — Dei de ombros.

— Ah é? — Olhou pra trás, pro Bebê. — Não parece.

— Não mesmo... Você vai na minha festinha de aniversário?

— Ah... — Voltou a me olhar. — Vou, claro. Quando?

— Amanhã, vai ser na casa do James.

— Tá bom. — Sorriu. — Mas é amanhã mesmo seu aniversário?

— Não, foi na terça.

Gean fez uma cara assustada. — Nossa, tô atrasado. Parabéns! — Se aproximou e me abraçou repentinamente.

Fiquei corada e o abracei de volta, sentindo seu perfume.

Ignorei os olhares de Lili e do Bebê sobre nós e nos separamos.

Depois disso fomos guardar nossas mochilas e ver televisão na sala.


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Notas finais do capítulo

Aaaaah! O que acharam da atitude do Bernardo? Fofo ou muito fofo?

Eu pensei nele dando um colar com pingente, daqueles que são parzinho, sabe? Mas com certeza ele ia achar muito bobo e infantil, do jeito que ele é. Então acho que o anel simbolizou tudo o que ele queria e acabou se tornando algo mais "sério".

Quem nunca teve um anel de coco que atire a primeira pedraaaa (8

O que será que vai rolar nessa festinha, hein? Ansiosos? Eu tô xD

Nos vemos lá o/



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