San Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.2) escrita por Biax


Capítulo 19
95. Tretinha


Notas iniciais do capítulo

Oeee pessoas! Ansiosas para a treta? Quem será que vai brigar?

Vamos lá ver xD

Boa leitura!



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Despertei com um barulho de risadas e sentei, esfregando os olhos.

Lili ainda dormia, mas Gean não estava mais na cama improvisada dele.

Levantei, peguei minha bolsinha de banheiro e sai do quarto.

Ouvi mais risadas, e de repente Gean saiu correndo do quarto do Alex, com o próprio o seguindo, com um sorrisão na cara.

Eles me viram e pararam na hora.

— Ops, acho que fizemos barulho demais, Alex. — Gean tapou a boca, olhando para o pequeno, que o imitou. — Acordamos a Bruna.

Dicupa, Buna. — Alex falou, todo fofinho.

Eu ri. — Tudo bem, eu já ia acordar. Podem fazer barulho, aí a Lili acorda logo.

— Só se a gente gritar na orelha dela. — Gean riu. Alex fez menção de abrir a porta, mas Gean o segurou. — Não senhor, deixa sua irmã dormir mais. — Não conseguia nem segurar o riso.

Alex sorriu, todo arteiro e voltou a correr para dentro do quarto.

Deixei os dois e fui ao banheiro. Assim que saí, vi Gean correndo de novo, e assim que me viu, correu em minha direção, entrando no banheiro e se escondendo atrás da porta.

— Esconde-esconde — cochichou. — Se esconde também.

Acabei rindo e me juntei a ele. Ficamos atrás da porta, lado a lado.

— Lá vou eu! — Alex anunciou ao longe.

Gean riu baixinho. — Esse menino é um barato.

Escutamos os passinhos do Alex cada vez mais próximos, enquanto ele cantarolava “Gêêê”.

Ele parou na porta do banheiro e entrou de fininho. Quando entrou na nossa visão, Gean pulou, falando alto um “Aha!”, o fazendo tomar um susto e morrer de rir.

Buna também! — falou rindo.

— Ela também. — Gean concordou. — Sua vez, vai! — Tapou os olhos com as mãos. — Um... dois... — E Alex saiu correndo.

Assim que chegou no dez, Gean fez um gesto para que eu fosse também, e fui logo atrás.

A brincadeira não durou muito, já que a mãe do menor berrou para que fossemos tomar café. Então Gean logo achou Alex e o pegou no colo, e descemos.

Os dois sentaram lado a lado e eu na frente deles. Reparei como eles eram parecidos. Qualquer um falaria que são irmãos.

Comemos, Lili desceu meio nervosa porque foi acordada por nossas risadas no corredor, mas assim que comeu ficou bem de novo.

Passamos o dia juntos. Ajudamos com o almoço, andamos de bicicleta de tarde, tomamos sorvete, tudo regado a muita conversa e risadas.

Depois do jantar, pegamos nossas mochilas e fomos para a rua, enquanto o pai da Lili tirava o carro.

Me despedi de todos, e Gean me deu um abraço apertado.

— Da próxima vez que você vir, vamos sair pra algum lugar. Quem sabe uma pizzaria?

Dei risada. — Tá bom. Vamos combinar.

— Já tô ansiosa! — Lili deu um beijo no rosto dele. — Tchauzinho.

— Tchau!

Entramos no carro e fomos para a escola. Já era dez horas quando chegamos, e tinha pouca gente no jardim.

Subimos, fui tomar um banho e arrumar as coisas.

Depois caí na cama, feliz pelo dia legal.

 

 

Eu não queria admitir, mas estava morrendo de saudade do Yan.

Tanto é que meu coração quase parou quando o vi no refeitório, no café. Ele parecia estar bem, até feliz, então significava que a mãe dele estava bem.

E isso me deixava feliz.

Naquela ultima semana nem nos falamos... e eu não sei se isso é bom pra mim ou não.

Estávamos indo para o ensaio e pegamos nosso lugar de costume. Eu e James na frente, Bebê e Lili atrás. Erica veio se sentar ao lado do James, e pouco depois ouvi a voz do Mateus ali atrás.

Então vi Yan vindo e sentando do meu lado.

— Pronto, estamos de volta. — Ele tentou brincar.

Sorri, meio envergonhada. — Tô vendo... Como você está?

— Tô bem, e você?

— Tô bem... E sua mãe?

— Está bem — respondeu com um sorriso tranquilo. — Muito bem, obrigado.

Me senti até mais aliviada. — Que ótimo.

Ele afirmou. — Como foi os ensaios sem mim? Nada explodiu?

— Foram ótimos. — Bebê respondeu por mim. Viramos para o olhar. — Ainda bem que você voltou, preciso te ver atuando pra saber como devo agir. Aliás, como você consegue não rir? — Tirou a cara do roteiro pra nos olhar.

Trocamos olhares rápidos e Yan fez cara de quem não entendeu. — Como assim? Eu não sinto vontade de rir.

— Não? Como você olha pra isso. — Apontou pra mim. — E não sente vontade de rir?

Ele achou graça. — Não sinto.

— É que você é um péssimo ator, por isso ri — falei.

— Você que tem cara de monstrenga. Vou colocar aqueles sacos de papel na sua cabeça... Ah não, aí que eu vou rir mesmo.

Fiz uma careta pra ele e lhe dei as costas.

Ouvi Yan dando uma risada soprada e o olhei de canto de olho, prestes a brincar, quando vi sua mão se aproximar e colocar uma mexa de cabelo atrás de minha orelha.

Aquilo me desarmou completamente e senti a cara em chamas.

O sorriso dele sumiu e retirou a mão rapidinho, sem graça.

— Desculpa. — Se virou todo pra frente. — Força do hábito.

Fiquei sem reação e ouvi Bebê suspirando. — T-tudo bem.

Só com aquele gesto, meu coração estava a mil.

Senhor, você está me testando?

Tá, eu não posso reagir assim. Daqui a pouco vamos nos tocar e beijar no palco. Preciso me acalmar.

— Nós... — Comecei. — Vamos começar a parte do baile hoje.

— Ainda? Achei que estariam mais pra frente. — Continuou o assunto, ajudando no climão.

— Como já sabe, o Bernardo teve dificuldade em não rir. Então demoramos pra avançar.

Ele sorriu. — Tô vendo que fiz falta — comentou um pouco alto.

— Fez nada. — Bebê disse no mesmo tom.

Infelizmente fez.

Pouco depois, começamos o ensaio. Não foi tão ruim quanto achei que seria, mas foi estranho ter Bebê ali olhando cada passo nosso. Parecia até que ele estava nos julgando nas cenas de romance, como se desaprovasse.

Será que ele não estava levando isso a sério demais? Sobre mim e Yan... Imagina quando tiver uma cena de beijo... Ele vai reclamar, certeza.

Quando acabamos, fui a primeira a descer, e já vi o bico enorme que Bernardo fazia. Ele levantou e veio me encontrar na escada.

— Que foi? — perguntei já sabendo que viria coisa.

— Isso não vai dar certo. — Passou por mim, subindo.

— Como assim? — O segui para fora.

— Bruna, como você vai conseguir parar de gostar dele se ficar lá com ele no palco?

— E o que você quer que eu faça? — Parei no jardim.

— Eu sei que ele tá passando por coisas difíceis. — Parou e se virou pra mim. — Mas o mínimo que ele devia fazer é sair da peça e principalmente de ter aquele tipo de contato com você.

Abri a boca pra falar, mas não consegui pensar em nada.

— Vai, quero ver o que você tem pra falar. — Cruzou os braços.

Pisquei algumas vezes, pensando. — E-eu falei pra ele não sair.

Bebê deu um riso irônico. — Sério! Bruna... — Passou a mão no cabelo. — Você gosta de sofrer, né?

— Ele ia sair, mas o teatro é uma forma dele se distrair. Como você é egoísta. Não posso deixar ele sair por minha causa.

— Eu, egoísta? Enquanto você pensa no sofrimento dele, eu tô pensando no seu. Ou não percebeu ainda? — O sarcasmo estava pesado na voz dele. — Enquanto você ficar pensando no que é melhor pra ele, não vai superar nunca.

— E daí? E se eu não quiser superar?!

Ele me olhou sem acreditar no que ouviu e balançou a cabeça.

— Como você é trouxa, meu Deus.

Senti a cara esquentando de raiva e meus olhos ficaram úmidos, uma reação a vergonha e pelo fato de não ter nada que eu pudesse falar.

— E você é um idiota. — Saí andando rápido para o dormitório.

— Bruna, espera. — Ouvi ele logo atrás. — Eu não devia ter falado aquilo.

Bernardo segurou meu braço, mas o puxei. — Sai!

Corri mais rápido e entrei no dormitório. Fui pro meu quarto e me joguei na cama, fungando.

***

Assim que saímos do teatro, vi Bernardo e Bru a uns passos de distância, parecendo discutir.

— O que tá acontecendo? — Mateus parou do meu lado.

— Parece que tão brigando — falei, indo até lá.

Antes que eu os alcançasse, a Bru o xingou e saiu andando, e ele foi atrás.

Parei de novo, o vendo puxar o braço dela, mas em vão.

Fui até ele. — O que aconteceu?

Bê virou, me olhando e desviou o olhar, com uma cara séria. — É melhor você ir falar com ela. — Passou por mim.

Quando me virei, vi Mateus e Yan logo atrás, olhando para ele também.

Com um último olhar para Yan, Bê saiu em direção ao dormitório dele.

Suspirei, coçando a testa.

Que ótimo, só faltava deles terem brigado por causa do Yan.

— O que foi? — Mateus segurou minha mão.

— Pelo jeito, discutiram mesmo. É melhor eu ir lá.

Ele concordou, e eu me afastei, indo para o dormitório.

Corri e entrei no quarto da Bru, a vendo deitada. Fechei a porta e me sentei do lado da cabeça dela, colocando a mão em seu cabelo.

— O que foi, Bru? — perguntei preocupada.


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Notas finais do capítulo

Eeeeita lasqueira.

E aí, acham que o Bebê está "certo" em brigar com a Bru? Ele disse a frase que todo mundo queria falar pra ela? shaysausgh

Veremos como eles ficaram no próximo. Mas já aviso uma coisa... TEREMOS UMA REVELAÇÃO BOMBÁSTICA que vocês nunca imaginariam! Talvez vocês caiam duras no chão, talvez, mas tenho certeza que vão ficar ainda mais apaixonadas (assim como eu fiquei). Então penas AGUARDEMMM sexta no Nyah ;D

Beijocas e até lá o/



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