San Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.2) escrita por Biax


Capítulo 20
96. Feriadinho + Amizade


Notas iniciais do capítulo

Hellooooooooooooo pessoas!
Ansiosos para o capítulo de hoje? É o grande dia da revelação bombástica.
Será que vai ter um olho na lágrima de vocês? Por que na minha teve xD
Boa leitura!



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— Eu sou trouxa mesmo, mas o que vou fazer? — questionei com raiva. — Ele não entende nada.

Tinha explicado para Lili o que tinha acontecido e ela ouviu em silencio.

— Ai, Bru... Ele falou sem pensar... Ele tá preocupado que você sofra.

— É, mas sou eu que vou sofrer, não ele. Ele não tem que ficar falando merda.

Lili suspirou, sem saber o que falar. — Vai ver... ele tá com inveja.que você e o Yan atuam melhor. — Me deu uma cutucada.

Acabei sorrindo. — Vai saber... É ciúmes.

— Sério, Bru, ele não falou por mal. Foi a raiva do momento.

— Tá, que seja. Mas ele vai ter que me pedir desculpa.

— Se ele não pedir, eu dou umas puxadas de orelha nele.

Sorri. — Tá... Lili... você acha que eu fui trouxa?

As sobrancelhas dela levantaram um pouco. — Sinceramente... um pouco.

Fiz um bico. — Por quê?

— Não que você esteja errada, mas... É que você é meio altruísta, sabe? Você pensou mais no Yan do que em você mesma...

— Mas eu não consigo não pensar nele... Ele tá passando por coisas difíceis, Lili... Eu não quero que ele deixe de fazer algo que gosta só porque eu posso ficar meio perdida... Eu já me sinto meio perdida naturalmente.

— Eu sei que é complicado... Só você sabe o que sente. Mas... se você estiver sofrendo... seria melhor demonstrar pro Yan, sabe? Já que eu sei que você não ia querer falar disso pra ele. Ou... já que você acha que o teatro ajuda ele de alguma forma... talvez seja bom você considerar sair.

Olhei pra ela, pensando. — Aí que eu não teria mais contato com ele...

— Exatamente, ué.

Tentei imaginar como seria minha vida sem o teatro, e principalmente sem Yan. Desde que entrei na escola, tenho contato com esses dois.

Por mais que eu saiba que não teremos mais nada... no teatro eu sei que teremos um tempo juntos....

Será que eu tô cavando minha própria cova agindo assim? Igual o Bebê falou... que eu gosto de sofrer...

É bem provável que sim.

— Vai, vamos jantar. — Lili me puxou pela mão.

Suspirei e levantei. Descemos e entramos na fila grande da cantina. Segundos depois, senti braços me cercando e uma cabeça no meu ombro direito.

— Eu não devia ter falado daquele jeito. — Bebê falou no meu ouvido. — Você é a minha trouxinha, mas eu não precisava ter falado em voz alta.

Não consegui não sorrir — Idiota.

Ele riu. — Eu sei. — Me apertou. — Mas depois não me vem chorando.

Dei batidinhas na mão dele em cima da minha barriga. — Tá, pode deixar

E depois disso ficamos em paz.

O resto da semana passou. Claro que eu ainda ficava nervosa nos ensaios... mas estava acostumando aos poucos.

A semana do feriado começou. Na segunda, James nos chamou pra passar o feriado na casa dele, então arrumamos nossas coisas na terça de tarde e fomos todos direto para a casa do James.

Apresentamos Bebê para os pais e irmão dele, e claro que se mostraram simpáticos e felizes por estarmos lá.

Na hora de dormir, em vez de ficarmos em quartos separados, James teve a ideia de colocarmos o colchão do quarto de hóspedes no quarto dele. Então foi a maior zona. Ficamos conversando e rindo até tarde.

Quando acordei, vi que só Bebê não estava ali do meu lado.

Levantei, passei no banheiro e desci.

Ouvi barulhos de tiros e foi até a sala. Bebê e Lucas estavam jogando um jogo de guerra.

— Tão jogando o quê? — Sentei no braço do sofá.

Call Of Duty. — Lucas respondeu, concentrado na TV.

— Quer jogar depois? — Bernardo perguntou sem me olhar.

— Quero.

— Quem morrer passa a vez. — Lucas anunciou.

Acabou que eu só joguei uma vez, já que eu fui ajudar Lucia a colocar o café na mesa. E pouco depois, os dorminhocos desceram e começamos a comer.

Jogamos outras coisas enquanto esperávamos a comida baixar, e depois fomos nos trocar.

Pulamos todos na piscina ao mesmo tempo, espalhando muita água, e depois de nadar um pouco, Lili e eu ficamos tomando sol.

— Acho que vou mandar uma mensagem pro Mateus. — Lili disse de repente, sentando. — Vou perguntar o que ele está fazendo.

— Então tá.

Ela levantou e entrou, e um tempo depois voltou com o celular em mãos. Sentou no mesmo lugar, digitando.

— Acho que alguém tava te mandando mensagem, Bru

— Que estranho... Deve ser minha mãe. Vou lá ver.

Levantei e entrei, indo pro quarto e vendo o celular em cima do colchão de casal que usamos.

Ajoelhei e peguei o celular, o desbloqueando e cliquei na mensagem.

“O que tá fazendo? Eu estou num tédio. Devia ter te chamado para sair.”

Quê?

Estranhei e olhei o nome.

Cauã?

Espera, esse celular não é meu. É do Bernardo.

Outra mensagem chegou.

“Você deve estar se divertindo, né? Mas vou ficar mandando mensagem pra passar o tempo”

Acho que é melhor levar o celular pro Bebê.

“Sabe o que eu tava pensando? Quando vamos nos ver de novo? Já tá na hora haha”

“Eu realmente queria te ver. Eu sei que é meio longe, mas posso fazer um esforço :p”

Mas gente... esse cara tá gostando do Bebê? Ué... Pra querer tanto ver ele...

Espera... Cauã... Não era aquele menino do acampamento? Acho que era.

“Aí você me mostra sua cidade. Apesar que você disse que não conhece nada daí, né? Mas podemos sair por aí sem rumo. O importante é repetir a experiencia xD”

Experiencia?

— Bruna? — Virei assustada para a porta, vendo bebê entrando. — Tá fazendo o quê?

— Que susto. — Levantei. — A Lili tinha me dito que eu tava recebendo mensagem, mas quando fui ver, era o seu celular. Ela achou que era o meu. — Estendi para ele.

Ele pegou o celular, vendo que a tela estava acesa e ficou meio sério. — Você leu? — Olhou rapidamente as mensagens e me olhou.

— Acabei lendo, desculpa. — Mordi o lábio debaixo. — Mas acho que esse cara tá gostando de você.

— Você leu todas as mensagens? — Ficou meio pálido.

— Não. — Estranhei a reação dele. — Só as que ele mandou agora...

Novamente, olhou o celular, já que outra mensagem chegou, e pela primeira vez na vida vi ele corando.

— O que foi? — Tentei brincar e dar uma espiada no aparelho.

Bernardo segurou o celular contra o peito e fez uma cara preocupada. — Você... não vai... — Hesitou. — Não, esquece. — Deu um riso sem humor e fez menção de sair.

— Espera. — Segurei o braço dele. — Desculpa por ter lido, eu sei que é errado. Me desculpa, de verdade.

Ele me olhou com o cenho franzido e balançou a cabeça — Não, tudo bem. Esquece isso. — Pareceu chateado.

— Bebê. — Comecei a me preocupar. — O que foi? Me fala, por favor.

— Eu não quero estragar tudo.

— Como assim? Você não vai estragar nada. — O puxei para dentro do quarto de volta. — Você sempre me ajuda com tudo... Eu também quero te ajudar.

— Você realmente não entendeu? — perguntou baixo.

— Entendeu o quê? Por que acha que vai estragar tudo?

Suspirou, parecendo triste e olhou para baixo. — Eu sou gay.

Olhei pra ele, processando aquilo. — Você... gosta de meninos?

— Sim. — Me olhou diretamente.

— Mas o que isso tem a ver?

Estranhou, parecendo um pouco surpreso. — Eu achei que... você poderia não querer continuar sendo minha amiga.

— Só porque você gosta de meninos? — Me senti meio revoltada. — Por que eu ia fazer algo assim?

— E-eu não sei. Eu... eu já passei por isso antes e... foi horrível.

— Quer dizer... que você contou pra alguém e ele não gostou?

— Sim.

Me lembrei daquela tarde que fizemos perguntas um para o outro e ele pareceu irritado ao falar dos ex amigos.

— Seus antigos amigos não gostaram?

— Não... Eu contei para o meu melhor amigo e ele espalhou pra todo mundo... Todos os outros amigos pararam de falar comigo... Sem falar que muita gente que nem me conhecia começou a me olhar torto.

— Isso foi em Santa Catarina?

— Sim... Felizmente na época já estávamos planejando a mudança de volta pra cá.

— Seus pais sabem?

— Sim, quando descobri, contei para eles. Mas eles são os melhores pais do mundo, então... — Deu de ombros.

Fiz um bico, segurando o choro, me sentindo com raiva e com vontade de protege-lo de tudo.

Enterrei meu rosto em seu peito e o abracei. — E-eu nunca ia fazer isso com você. Não muda nada pra mim, eu te amo do mesmo jeito — admiti com a voz embargada.

Bebê me deu um abraço de urso em silencio. Ficamos um tempo ali, abraçados, até que ele se afastou um pouco.

— Isso... pode ficar entre nós, por enquanto?

— Claro. Como você quiser.

— Obrigado. — Deu um sorriso.

Sorri, me sentindo mais próxima dele. — E... você não vai responder o Cauã?

— Agora não. — Jogou o celular no colchão. — Ele é muito grudento

— Vocês... ficaram no acampamento? — Levantei uma sobrancelha.

Ficou corado de novo. — Sim.

— Ah! Então a Lili não estava errada falando da sua boca vermelha! — Comecei a rir.

— Shh! — Tapou minha boca com a mão. — Não precisamos admitir isso. — Riu.

— Tá, tá. Vai, vamos voltar pra piscina.

Bebê me segurou no lugar e me abraçou de novo.

Isso sim que era estranho.

Nos abraçamos e descemos de mãos dadas.


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Notas finais do capítulo

Meu Bebê ♥ ♥ ♥
Aposto que vocês nem suspeitavam xD
Tenho que admitir que sempre ria quando via alguém comentando que shippava o Bebê com alguma menina e pensava "vish, tadinha" hsaysgausyg ~sorry sou má eu sei
Só sei que fiquei com muita raiva desses "amigos" do Bebê. Ainda bem que saíram logo da vida do meu amor. Aqui só temos carinho e amor com ele ♥

Não foi fofo ele e a Bru no final? Morri de amores!

O que acharam de tudo? Espero que tenham gostado :3

Nos vemos no próximo o/

Ps: Vocês já viram a casa do James lá no meu instagram? Não?! Como assim, que absurdo. Vai lá! @machbiia



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