Like a back in black - Velhos companheiros escrita por Andrew Ferris


Capítulo 11
Perseguição engenhosa




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Depois de de beijarem por um longo período, Erika e Chris se desvencilham, cada um seguindo em uma direção sem dizer nada ou olhar para trás. Apesar de estar fora de si, Cornell sabe que tomou a decisão por livre e espontânea vontade, mas para Erika essa informação era irrelevante. Seus batimentos estavam acelerados, bem como sua respiração ofegante e as roupas colando no corpo por excesso de suor. Chris por sua vez se senta em um banco e observa a festa quando Chester enfim ressurge.
— Conseguiu?
— Claro que consegui, não sou tão velho assim - Declarou o vocalista um pouco tonto.
— Fez o certo. Mostrou a Vicky como se faz. Até eu fiquei com inveja desse beijo - Os dois amigos riam com diversão antes de Chris bocejar e deitar a cabeça na parede.
— Eu vou dormir. Me acorde quando for hora de partir.
— Claro amigo. Descanse um pouco - A noite passa e Fergus Goestenberg dirige velozmente, arriscando ser pego e multado por diversas vezes sem preocupar-se, afinal de contas, agora tinha uma chance de passar a perna em vários clientes com um único golpe. Ao raiar do dia, Fergus encontra o local onde os seguranças de Mitchell estavam, um hotel luxuoso de janelas escuras e fachadas vermelhas. Dentro do hotel, Fergus encontra uma recepcionista ruiva, de cabelos encaracolados e batom brilhante a qual pergunta:
— Os seguranças de Mitchell estão aqui?
— Quem seria o senhor?
— Fergus Goestenberg. Fui enviado pelo próprio senhor Winehouse para verificar a situação dos seguranças por aqui.
— Eu sei, o senhor Winehouse me informou sobre sua vinda - Declarou a jovem molhando os lábios antes de verificar uma agenda com informações do hotel - Quarto cento e oitenta e seis.
— Obrigado. Foi de grande ajuda - Enquanto sobe pela escada, Fergus digita o número da amiga e a informa animado a respeito das novidades - Erika, encontrei o hotel onde ela foi deixada. Glanmore Street Bluecandy, oitocentos e quarenta, apartamento cento e oitenta e seis - Erika trata de anotar as informações enquanto seus olhos correm por um sonolento Chris - Como conseguiremos entrar?
— Se seu amigo tem dinheiro, faça com que ele escandalize para todos. Deve funcionar - Sugeriu Goestenberg enfim alcançando o décimo oitavo andar - Agora estou meio ocupado, depois eu te ligo.
— Obrigada por tudo - Assim que desliga, Erika cutuca Chris seguidas vezes até que finalmente ele desperta.
— O que aconteceu?
— Meu amigo conseguiu descobrir onde os seguranças se hospedaram. Fica a cento e dez quilômetros ao noroeste.
— Excelente. Vamos atrás dos filhos da puta - Chris se levanta enfraquecido quando Erika pula desesperada da cadeira para ajudá-lo - Chester - Gritou Cornell para que as poucas pessoas presentes na boate pudessem ouvi-lo - Chester - Tornou a repetir, mas desta vez o cantor do Linkin Park surge de dentro do banheiro, com o nariz cheio de cocaína e uma expressão derrotada.
— O que foi? - Perguntou Bennington mais fraco do que seu amigo.
— Temos de ir.
— Para onde?
— Não interessa - Afirmou Erika com impaciência - Nos leve até seu carro que eu dirijo - O trio se instala nos bancos do carro branco de Chester. Erika liga o veículo e o vocalista solta algo que não deveria ter dito.
— Vê se não quebra esse carro - Indignada com a brincadeira, Erika pega no volante e começa a pilotar habilmente em direção ao Glanmore Street Bluecandy Hotel enquanto Chris e Chester, ambos tontos e com pensamentos e movimentos reduzidos balançam membros e cabeças de um lado para o outro, batendo de vez em quando uma parte do corpo na janela do carro. No hotel, Fergus bate à porta do quarto cento e oitenta, que é aberta por um sujeito de roupa social preta, gravata vermelha, pele negra, sem cabelo porém com barba relativamente comprida.
— Quem é você? - Perguntou o sujeito com desconfiança.
— Fergus Goestenberg. Seu patrão me enviou para verificar se o trabalho foi cumprido como requisitado - Explicou o detetive com ar de superioridade.
— Não estou sabendo de nada.
— Ligue para a recepcionista que ele confirmará minha história.
— Brad, ligue para a recepção do hotel e pergunte o que esse merda faz parado à nossa porta - O outro segurança pega o telefone do hotel e liga para a recepção como ordenado, olhando para os colegas com espanto.
— Ela confirmou a história.
— Pois bem, me dê as chaves, vamos abrir o quarto dela - Um segurança com cabelo cheio de gel pega a chave e a entrega para o parceiro.
— Aqui está, Phil - O segurança olha indignado para o detetive.
— Venha comigo - Os dois caminham juntos até outro quarto, o que deixa Fergus amedrontado. Se Amy não estava no mesmo quarto que os seguranças, como reverter a situação a seu favor e conseguir libertar a jovem?
Eles param de andar perante o quarto cento e oitenta e três, então Phil encaixa a chave na porta, encarando o detetive com uma expressão insatisfeita.
— Vamos acabar logo com essa besteira e provar que fizemos tudo como ordenado - Phil empurra a maçaneta e abre a porta de uma vez, assustando-se com o fato de não haver ninguém no quarto.
— Tudo como ordenado - Exclamou Goestenberg com ironia, entrando no quarto depois de Phil, que analisa cada canto do cômodo sem entender como Amy havia escapado, até encontrar uma janela aberta e diversos panos enrolados uns aos outros em direção ao asfalto, por mais que não alcançasse o primeiro andar.
— Foi assim que ela escapou? - Questionou o detetive, anotando o estado do quarto enquanto controla seu estado de surpresa tão grande quanto o estado do segurança.
— O que está fazendo? - Perguntou o segurança com rebolta.
— Estou fazendo anotações para quando o senhor Winehouse me ligar perguntando a respeito da filha dele. Fico imaginando como ele ficará sabendo que os seguranças diziam uma coisa enquanto outra coisa acontece debaixo do nariz deles - Phil se aproxima de Fergus com um ar ameaçador, mas logo repensa suas atitudes.
— Quanto você quer para não contar nada?
— O que você pode me oferecer que o senhor Winehouse não pode?
— Acesso a qualquer lugar. Se eu permitir, você terá como entrar em qualquer espaço VIP sem esforço, seria útil para sua vida de investigador - Fergus sorri convencido.
— Eu não contarei a verdade ao senhor Winehouse, mas espero que encontre a filha dele logo antes que ela faça alguma besteira.
— A única besteira que aconteceu foi esse cara não ter dado um jeito na filha quando teve a chance - Phil deixa Goestenberg no quarto de Amy enquanto volta ao seu quarto e alerta os demais seguranças, que se vestem propriamente para deixar o hotel em busca de Amy. O detetive marca uma opção bem-sucedida em sua agenda, então se prepara para a segunda parte de seu plano, ligar para a esposa de Cornell, visando depositar algumas gotas de veneno nos lugares corretos.
No meio da estrada, Erika encara um Chris tão sonolento quanto Chester, ambos dormindo encostados um no outro enquanto a jovem dirige o carro rumo ao hotel onde Amy estava. Apesar de tudo o que ela sabia sobre a noite anterior, Erika não queria se permitir desacreditar de uma possível paixão com o vocalista. Ela desejava Cornell e ela o teria se continuasse nesse ritmo. Ela percebeu o olhsr sedutor da noite anterior, aquilo era um sinal que não podia ser ignorado e ela agiria como tal.
Depois de passarem por terrenos cheios de árvores, incontáveis prédios de dezenas de andares e casas um pouco menores, o trio enfim chega ao Glanmore Street Bluecandy Hotel.
— Acordem - Gritou Erika desesperada para chegar ao fundo daquela perseguição. Chris e Chester se levantam cansados, espreguiçam o corpo e bocejam algumas vezes antes de seguir com a arrumadeira rumo à recepção do hotel. A recepcionista recebe os convidados com um simples sorriso de cortesia quando percebe a presença de Chester, que faz sua temperatura subir repentinamente e a jovem ficar boquiaberta de espanto.
— Chester Bennington? Chester Bennington?
— Eu sabia que essa seria uma péssima ideia - Afirmou Erika cobrindo o rosto com as mãos.
— Esqueçam isso - Pediu Chris parcialmente recuperado ao aproximar-se da recepcionista - Com licença madame, pode nos dizer por que o quarto cento e oitenta e seis está ocupado quando Chester Bennington vem se instalar? Ele gosta de vir a esse hotel sem chamar atenção e subir para o quarto reservado especialmente para ele, mas por que o quarto está ocupado?
— Perdoe-me, mas na verdade o quarto acabou de ser esvaziado - Os três se encaram surpresos antes de algumas pessoas reconhecerem Chester e correr em sua direção para pedir autógrafos enquanto Chris se volta para a recepcionista - Há quanto tempo deixaram o hotel?
— Alguns minutos. Creio que ainda estão aqui - Afirmou a jovem saindo de trás do balcão para cumprimentar Chester enquanto Chris corre desesperado para fora do hotel em busca dos seguranças. Na esquina atrás do hotel ele encontra um homem meio gorducho e resolve se aproximar para pedir informação, mas três homens surgem, todos vestidos com roupas sociais pretas e gravatas vermelhas. Eles cercam Cornell e começam a desferir alguns socos potentes em seu corpo antes de agarrá-lo com firmeza e expressões nada bondosas.
— Você ajudou a putinha a fugir - Exclamou o negro de barba, que passa a mão pela careca antes de atingir a barriga do vocalista com o punho fechado e uma força desnecessariamente incomum. Chris cospe saliva misturada a cocaína, então encara seu agressor com as feições sérias.
— Eu não ajudei ninguém a fugir. Acabei de chegar no hotel.
— Conheço bem seu tipo de mentiroso safado - Mais alguns socos atingem Chris com grandes impactos, causando tanta dor quanto mal-estar enquanto os quatro deixam o vocalista jogado no chão e saem do beco - Ela não deve ter ido longe, mas sem dúvidas abandonou esse idiota. Vamos continuar procurando - Chris se levanta com o corpo dolorido e abatido quando Erika surge em socorro dele, ajudando-o a sair do beco e a voltar para o hotel.
— Vai falar comigo ou não?
— Eles disseram que Amy fugiu e me acusam de ter ajudado ela a escapar.
— Mas acabamos de chegar - Observou a jovem revoltada.
— Eu disse a mesma coisa, mas não serviu para nada. O pior de tudo é que ele disse que Amy foi embora. Deve estar sozinha e assustada.
— Não se preocupe com isso por enquanto. Vamos para o quarto ver esses machucados. Precisamos tomar banho e aguardar uma luz do meu amigo para entender o que aconteceu. Eu vou ligar para ele e assim que ele retornar te conto o que fiquei sabendo.
— E quanto a Chester?
— Esquece ele. Está ocupado assinando as cartas dos fãs.


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Notas finais do capítulo

Chris e Erika se aproximaram, mas o que isso de fato significa para ele?



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