Pouco a pouco, estava criando algum tipo de conexão com ela.

Ayori era gentil e fazia com que ela se sentisse bem consigo mesma. Mesmo que Katrina também fosse um amor, Ayori gostava do que havia dentro e fora dela; independente de seu talento ou do que estivesse em seu passado.

A possibilidade de ser bonita individualmente, sem estar grudada ao seu talento, era tão incrível que se deixou levar por ela desde a primeira saída.

Passava longe de algo chique ou caro. Estavam reunidas numa mesa do refeitório e Miyuki devorava um largo sanduíche. Com estrelas douradas nos olhos, contava a história de uma constelação. Ayori tinha abaixo de si um prato de batatas fritas, no qual raramente tocava por estar a escutando com atenção.

Ao terminar a refeição, a astróloga engoliu a última mordida de forma quase dolorosa — era um pedaço grande demais — e já ia retornar a falar. Porém, Ayori abriu um sorriso atencioso e guiou a própria mão até o busto de seu uniforme desalinhado, limpando algumas migalhas.

— Você ficou toda suja, darling. — disse, rindo suavemente. A resposta de Miyuki foi corar. Ficara tão empolgada, que não notaria aquilo até o fim do dia. — Continue.