Sentenced to love escrita por Cyz


Capítulo 22
Just let go


Notas iniciais do capítulo

O que acontece mores, fiquei (contrato com a minha cabeça) de postar capítulos na terça e na quinta, mas não tive tempo de revisá-los. Capítulos prontos, revisei esse e vou para o próximo e posto os dois hoje hahahaha Esse cap é embalado ao som de Birdy - Without A Word... Vocês irão saber a hora certinha do play



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/746602/chapter/22

Point Of View Alex

Acabo de chegar à firma quando escuto meu celular tocar, percebo que aquela não foi a primeira ligação e me preocupo. Vou para um canto afastado da entrada, para retornar a ligação.

— Winn, o que falei sobre ligações? – falo brava

— Só ligar quando for necessário – ele fala me imitando – essa ligação é necessária, você vai gostar de saber que hackeei o rádio da polícia de Portland e eles tem um suspeito com as características do cara que a gente procura

— Outra pista falsa? –  falo brava – não posso ficar saindo daqui Winn e se eu for para Portland de novo vou acabar brigando com a Maggie... Ela pediu pra que não me metesse de novo

— Mas ela não precisa saber... Te arrumo umas armas maneiras – ele brinca

— Ok Winn, me convenceu – falo sorrindo – vou desligar

— Danvers, vem aqui – escuto o Glass gritando e corro para sua sala – você está com o Robin hoje... Dei os casos do David para ele, agora saia

— Glass, queria falar com você para ter o dia de folga – falo temerosa – minha mãe...

— Claro que não, com o David e Regina fora, isso aqui está uma loucura – ele faz sinal com a mão para que eu vá embora – ainda tem a Mary que foi liberada na parte da tarde para o enterro...

— Eu realmente preciso sair sr Glass – insisto

— Danvers – ele vira para mim – existe uma cadeia de comando aqui... No topo estou eu e o David, na base os associados sêniores e na lama os associados jr – ele fala gesticulando com a mão, como se mostrasse os níveis – seu papel é escutar a ordem, obedecer e executar... Nesse momento a ordem dada foi sair daqui e ir a sala do Robin, entendido? – ele me da as costas

— Não – retruco

— Como é? – ele indaga se virando – acho que você se enganou, na verdade queria dizer ‘sim’

— Não... O David é o administrador da Firma, ele sim é o poderoso daqui... O topo, como você falou, já você... Bem, você é um oportunista, um cara que se aproveita da morte de alguém pra tentar ser ouvido aqui dentro – falo com uma raiva que já não cabia em mim e saiu da sala dele

— Srta Danvers – ele grita da sua porta, chamando minha atenção e a dos demais – pode tirar o dia de folga, na verdade, pode tirar o resto da vida... Está demitida! – percebo que todos estão em choque com isso

— Quer saber? – digo me aproximando – não tenho mais nada a perder então preciso te dizer umas coisinhas... O David leva isso aqui nas costas e você serve como um bibelô velho que ninguém quer ter em casa, mas não pode jogar fora porque foi presente da vó, sabe como é? Pra não magoar, você deixa o presente que ela deu num canto onde poucas pessoas tem acesso, só se torna visível quando ela aparece – falo cada vez mais fora de mim – uma alegoria inútil e desnecessária, esse é seu papel nessa firma... Você acha que a gente não sabe que está aqui porque a ex sócia pediu ao Nolan?

— Alex, vem com a gente – Mary puxa meu braço, me interrompendo

— Você é um ser humano nojento que não é capaz de subir na vida por mérito próprio então usa pessoas como o David, homens honestos e inteligentes, para serem suas escadas – sinto Ruby e Mary me puxarem novamente – ninguém te respeita aqui... Quando respeitamos alguém, significa que admiramos esta pessoa, pois ela nos faz bem e nos sentimos confiantes em relação a ela. O respeito é adquirido por admiração e com certeza esse não é o primeiro sentimento que vem a nossa cabeça quando o nome Glass é pronunciado, o que sentimentos é medo, por suas imposições e por sempre jogar sujo...

— Eu não sou obrigado a ouvir isso...  Ariel, chame os seguranças! – ele ordena

— Não senhor,  por favor, deixe eu e Ruby cuidarmos dela – Mary praticamente súplica e ele assente

Estava com tanta raiva que não me importava em continuar falando, mesmo que a consequência fosse sair dali arrastada pelos seguranças. Mas decidi ceder, por Mary e Ruby, que não sabiam mais que palavras usar para descrever meu surto.

— Alex, você perdeu o juízo? – Mary fala andando de um lado para o outro

— Ok, ele é odiado... Tem sido um imbecil, mas daí a falar tudo isso pra ele e na frente de todo mundo? – Ruby falou abismada – eu sou louca, confesso, mas você ultrapassou todas as barreiras hoje

— Você sempre foi tão calma e controlada – Mary diz ao me vê andando de um lado para o outro – o que aconteceu com você?

— Meninas eu preciso ir para Portland, depois nos falamos – me despeço rapidamente

— É algo com sua mãe? – Mary pergunta preocupada

— Não, mas preciso ir – falo sem parar de andar

Não podia ficar e explicar o que estava acontecendo, prometi algo a Kara e não pararia enquanto não cumprisse. Decido alugar um carro, seria mais cômodo não precisar de táxi e poder me locomover livremente. Vou rumo a Portland, não vou negar, dirigi como uma louca. Não conseguiria me manter calma diante de tudo isso, eu sentia que estava tão perto de algo grande, algo realmente importante. Passo na casa do Winn para pegá-lo, pois ele ficaria no carro com toda sua parafernália tecnológica, me ajudando à distância.

— Coloca isso no ouvido – diz me entregando um comunicador – eu estou com o rádio da polícia aqui no computador e eles vão atualizando a posição deles e do fugitivo e eu vou te passando pelo comunicador, ok?

— Ok! – confirmo e abro a porta do carro – Obrigado Winn – digo olhando para ele

— Alex, consegui isso pra você – ele me entrega uma arma com uma feição preocupada – cuidado!

— Por Kara! – falo em voz alta para me provar que valia a pena

— Por Kara! – ele confirma

Saiu do carro e vou seguindo seus comandos de direção. Estava em pânico porque sabia que se a polícia me visse eu poderia ser confundida com o fugitivo e se Maggie me visse eu com certeza estaria encrencada. Winn me diz que o fugitivo está próximo a minha localização e começo a tomar mais cuidado e ser mais silenciosa. Ouço um barulho e fico em alerta.

— Alex, cuidado... Maggie está indo na sua direção – Winn grita no comunicador

— Já sei disso Winn – falo baixo forçando um sorriso

— O que a gente combinou sobre dá uma de super herói e se meter nos meus casos? – ela fala brava

— Oi amor – respondo sem jeito ao ver Maggie bufando

— Diz ao Winn que depois conversamos sobre hackear o rádio da polícia e que ele vai ser punido por isso – ela diz ainda mais brava

— Entendido detetive – Winn responde com medo

— Ele entendeu o recado – repasso a informação

— Fica perto de mim, ok? – ela diz

— Eu sei usar uma arma melhor que você – sorrio e ela passa a me encarar – Ok...  Ficar perto de você

Andamos mais algumas quadras mas foi em vão, ele sumiu mais uma vez. Toda equipe de Maggie se reúne e a equipe de perícia tenta achar alguma pista, para saber se o fugitivo era realmente o nosso cara.

— Droga! – ela exclama brava

— Fica pra uma próxima – Winn diz sorrindo

— Não haverá próxima, pelo menos não pra vocês e nem nos meus casos – ela rebate – e não estou brincando, entendido?

— Maggie... – tento explicar  

— Alex...  Não! – Maggie finaliza – você já parou pra pensar o quão arriscado é tudo isso? Você não tem um distintivo Alex, pelo menos não agora, então para de bancar a invencível...  Se dedicasse tamanha atenção no nosso relacionamento eu te veria com mais frequência

— Opa...  Hora do Winn sair de fininho – Winn diz assim que vê o real motivo para a raiva da Maggie

— Maggie... – falo enquanto a puxo para o canto

— Eu sei Alex... Trabalho, faculdade, não levantar suspeitas, vida normal... – ela me interrompe – mas. as vezes me pergunto se eu tenho espaço nessa sua vida normal

— Hei... Eu te amo muito e você sempre terá espaço na minha vida – falo olhando em seus olhos

— Então prova Alex... Porque eu só te vejo se for pra seguir um bandido, que nem é sua obrigação e só falo com você pelo mesmo motivo – ela fala impaciente – por exemplo, se você atendesse o telefone eu te falaria pra ficar de olho e tomar cuidado – a encaro confusa – a Regina tem sido seguida, talvez o cara que perseguimos hoje, não seja o que você procura, você e suas amigas podem está sendo vigiadas

— Detetive Saweyr – Winn interrompe – seu fugitivo foi visto a duas quadras daqui

— Mas não me avisaram nada – ela diz e Winn me olha desconfiado – o rádio da polícia não é o único que você tem acesso não é? – ela me olha e dou de ombros – não sei o que faço com vocês...  Vamos! Winn, você vai nos guiando

 Winn vai nos dando as direções certas e nos avisa que eu e Maggie estamos próximas a ele. Decidimos nos separar para tentar encurralar o suspeito. O avistei e avisei pelo comunicador. Por que tem que ser do jeito mais difícil? Não corre! Meu pensamento positivo não foi suficiente, ele correu cada vez mais rápido e sem olhar para trás. Começo a correr mais rápido e falo a rua que estou para Maggie, corro tão rápido que não olho para os lados antes de atravessar a rua, só escuto um carro buzinando ao meu lado e o retrovisor batendo na lateral do meu corpo.

— Hei, tudo bem? – Maggie diz preocupada ao me vê no chão

— Vai atrás dele – ordeno fazendo um sinal com a mão e ela corre – eu tô bem – digo ao motorista e levanto do chão, voltando a correr

— Ele entrou no metrô – Maggie fala parando – fala com os seguranças para pedir apoio – voltando a correr e a acompanho

— Você é quem tem o distintivo aqui – faço sinal com a cabeça para ela ir até um dos guardas – Vou até o fim da plataforma – continuo procurando o suspeito

Desço as escadas correndo e escuto um tiro, começo a correr na direção oposta as pessoas assustadas.

— Polícia de Portland – grito – Corram! Vai!

Sou surpreendida com um soco e caiu no chão.

— Paradinha Danvers – ele fala apontando uma arma e sorrindo – tenho um recado para a sua namoradinha e sua amiguinha Regina... Eu estou cada vez mais perto – ele rir, uma risada medonha e extravagante – eu nunca sou pego, a não ser que eu queira – fala soltando uma piscadela e andando para trás, ainda apontando a arma para mim – o meu mestre está de olho em tudo Alexsandra...

— Corram atrás dele – escuto alguém falar e vejo que foi Maggie – hei, o que houve? – diz se ajoelhando próxima a mim – isso vai render um belo olho roxo – faz uma careta

— Ele fugiu, detetive – um dos policiais fala ofegante

— Droga! – resmungo – ele estava tão perto

— Tudo bem, vamos abrir chamado e ele vai ter que escorregar novamente – fala com carinho, levando uma de suas mãos ao meu rosto – nós vamos achar ele, seja quem for – faço um sinal com a cabeça ao perceber que os policiais nos olhavam e ela pigarreia – vamos voltar para delegacia, tem relatórios para fazer e um olho para colocar gelo – diz seriamente e apontando para mim

Maggie me ajuda a levantar e vamos em direção ao departamento que ela trabalhava. Ao chegar, eu e Winn no acomodamos em sua mesa e percebemos que alguém nos encarava não muito feliz.

— Detetive Sawyer? – ela fala em voz alta a chamando – em minha sala agora e vocês dois vêm junto – fala apontando para mim e Winn

— Capitã... – Maggie começa

— Detetive, o que deu em você para permitir esses dois no caso? – a capitã interrompe – não me interessa o que eles são e o que fazem... Sem um distintivo, aqui e agora, eles são apenas civis

— Sim senhora – Maggie fala sem jeito

— Você já pensou sobre as consequências que teríamos se um desses dois fosse ferido na perseguição? – a capitã fala andando de um lado para o outro – e você, soube que se anunciou como policial de Portland – vira para mim – o que deu na sua cabeça? Você nunca foi policial desse departamento

— Desculpe senhora – falo

— Essa não é a primeira vez que se mete em um caso do meu departamento – ela fala séria – não me interessa sua fama fora daqui, aqui dentro eu que mando – ela se aproxima, intimidadora – a Divisão de Investigações já tem problemas demais e espero que você e o sr Schott não sejam outro, estamos entendidos?

— Sim senhora – eu e Winn falamos em coro

— Agora saiam – ela ordena e vamos em direção a porta – detetive Sawyer... Coloque gelo no olho dela – diz antes que saiamos

Maggie me levou até a cantina do departamento para ver minha mãe, que levou um susto ao me vê.

— Filha – exclamou – que saudade, minha Alex – me abraça com carinho – está tudo bem, querida? O que faz aqui? – Elisa me pergunta confusa

— Tudo bem, mãe – falo sorrindo

— O que foi isso? – diz preocupada se dando conta do olho machucado

— Nada mãe, não se preocupa com isso – respondo

— Eu a trouxe para te ver e colocar gelo no olho – Maggie sorrir

— Fez muito bem – minha mãe agradece com um sorriso e sai – você está bem Winn? Faz tempo que não te vejo – ela pergunta voltando

— Sim, sra Danvers – ele diz cordialmente – e ficaria melhor com sua famosa torta de chocolate com pecan

— Ok, entendi o recado – ela sorrir – quer algo filha? – pergunta e nego com a cabeça – vou trazer um suco para vocês dois, um expresso duplo para Maggie e torta para todos

— Ela realmente não entende o significado da palavra ‘não’ – resmungo

— Ela sente sua falta, deixa ela te mimar um pouco – Maggie me repreende – eu pedi isso pra você colocar no olho e não na mesa – diz pegando o saco de ervilhas congeladas e colocando em meu rosto

Minha mãe voltou com as coisas que pedimos e as que não pedimos também, me contou sobre a nova chefe da Kara e de suas suspeitas sobre minha irmã está apaixonada por alguém. Como estava próximo da hora do almoço, o movimento da cantina aumentou e logo apareceu pessoas de todo o departamento querendo comer algo preparado por minha mãe. Dona Elisa era amada por todos e conquistava qualquer um com seu sorriso, ela decidiu largar a medicina depois da morte do meu pai e começou a ir em busca de novos desafios para se sentir viva, essa busca acabou quando ela decidiu comprar a cantina do departamento de policia de Portland. A adrenalina diária, as histórias que ela ouvia e o passe livre para todas as divisões a fez delirar de felicidade, isso melhorou ainda mais depois que comecei a namorar com Maggie. Depois que minha mãe voltou ao trabalho, Sawyer se vê mais a vontade para falar abertamente sobre tudo que aconteceu na manhã de hoje.

— Mas Maggie... – tento explicar

— Sem mas... Sei da promessa que fez a Kara, mas não posso deixar que coloque sua vida em perigo dessa forma – ela me interrompe – você deveria se importar com seu curso, seu trabalho... Você teve a chance de recomeçar, não estraga! Sei que foi de um jeito torto e que talvez você não veja como real, ainda assim, aproveita enquanto pode, não perde o foco – fala com sinceridade – e você Winn, para de ir atrás de pistas... Achei que seu trabalho já te exigisse o suficiente

— Ele me disse que está perto de você e da Regina – falo fugindo do seu olhar

— Como é? – ela sorrir confusa

— Isso que você ouviu, acho que o fugitivo tem observado vocês e agora, mais do que nunca, sei que ele o nosso cara – concluo

— Alex, o que exatamente ele falou? – ela pergunta

— Queria mandar um recado para minha namoradinha e Regina... Aí falou que está cada vez mais perto e que só será pego quando ele quiser – explico tudo

— E por que me disse isso só agora? – ela pergunta preocupada e se aproximando

— Não queria falar isso na frente da sua capitã – digo sem jeito – nem da minha mãe

— Acho tudo isso muito fofo, mas sou o único intrigado com o fato dele falar ‘sua namoradinha’? – Winn fala apoiando uma das mãos no queixo

— Winn tem razão, muitas pessoas sabem sobre nosso namoro, mas somos discretas e já faz muito tempo que não saímos juntas, podíamos ter acabado, certo? – confirmo as suspeitas de Winn – mas ele falou com certeza do que dizia, não foi uma suposição

— Você quer dizer que ele tem me investigado? – Maggie enruga a testa mostrando preocupação – se for assim, ele pode está de olho em Kara e Elisa, elas são o que tenho de mais próximo de uma família aqui em Portland

— Será que elas estão em perigo? – falo quase em pânico

— Isso não faz sentido... Ele disse que está perto de você e Regina, você está aqui e ela em Seattle, ele não pode está tão perto das duas ao mesmo tempo – Winn começa suas reflexões falando sozinho

— A não ser... – Maggie começa e me olha

— Que ele tenha ajuda – concluo – ele falou algo sobre um mestre

— Posso investigar isso – Winn diz animado e Maggie o repreende – se a detetive Sawyer não se opor, é claro! Até porque, você sabe que tenho mais poder de fogo virtual do que seu departamento inteiro – ele diz convencido

— Continua assim e te deixo preso só pra você passar a noite aqui – Maggie fala sorrindo ironicamente e Winn se cala com um expressão de medo – vocês podem investigar de forma independente – diz soltando o ar dos pulmões de uma vez só – mas, eu quero ser informada de tudo e ninguém vai sair em perseguição usando distintivo ou gritando que é da policia de Portland, entendido? – ela pergunta e nós assentimos

 

Point Of View Regina

 

— Compreender os propósitos de Deus muitas vezes pode ser uma tarefa bem difícil, principalmente quando a tristeza bate na nossa porta, lágrimas passam pelos nossos olhos constantemente e o vazio da saudade faz o sofrimento se tornar insuportável, nessas horas é importante não perder a fé – o padre falava no cemitério – “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum”... E é assim que devemos nos despedir dele, sabendo que mal algum vai aniquilar a esperança e a fé de vocês... A vida continua e onde quer que ele esteja estará torcendo pela vitória daqueles que ele amava. A família quer falar algo? – ele pergunta e todos olham para Swan

 

Trilha sonora: Birdy - Without A Word

 

— Eu ainda não acredito que isso aconteceu, nunca imaginei que te diria adeus tão rápido – ela diz chorando e decido me aproximar, mas Emma é amparada por sua mãe e Lily – lembro que no enterro da Lena eu li um poema e meu pai amou, disse que apesar de triste era lindo e cheio de significado... Que minha prima adorou ouvir tudo aquilo... – ela pausa como se esperasse forças para continuar – “Amar o perdido deixa confundido este coração. Nada pode o olvido contra o sem sentido apelo do Não. As coisas tangíveis tornam-se insensíveis à palma da mão, mas as coisas findas muito mais que lindas, essas ficarão.” Nunca vou esquecer de nada que a gente passou – ela começa a chorar descontroladamente e joga uma rosa no tumulo do pai – espero que você também tenha adorado ouvir tudo isso, eu te amo

O gesto de Emma fez todos ali presentes chorar, era notória a dor que ela sentia e quanto ela não estava conformada com aquilo. Ela deixa as pessoas se aproximarem e jogar rosas e vejo que ela vai para perto do David, que estava escorado em uma árvore um pouco afastada de nós. Percebo que Swan conversa algo com ele e Nolan começa a chorar, não demora muito e Miranda se aproxima dos dois, enxuga o rosto dele e segura em sua mão, como se o impulsionasse a se aproximar, assim ele faz.

— Obrigada por confiar em mim – Lily diz jogando uma rosa

— Obrigado por ser meu pai mesmo quando eu não sabia – David fala fazendo o mesmo

— Obrigada por nossa família – é a vez da Miranda – vai em paz meu amor, estamos bem!

Hey you can tell the world / Hey, você pode dizer ao mundo

That you're leaving / Que está indo embora

And you can pack your bags / E você pode fazer suas malas

And spread your wings / E abrir suas asas

And you can tell them all / E você pode dizer a todos eles

That it's over / Que acabou

But while you wave goodbye / Mas enquanto você acena adeus

I'll be getting closer / Eu estarei me aproximando

 

Aos poucos as pessoas vão saindo do cemitério e resta apenas Emma, Lily, David, Miranda, eu e Mary, que estava ao meu lado. Vejo que Miranda tenta convencer Emma a sair dali e ir para casa, mas ela está relutante. Lily me olha como se pedisse ajuda e me aproximo.

— Hey, sua mãe tem razão – faço um carinho em seu rosto e beijo sua testa. Emma, por sua vez, se aproxima, me abraçando – você está cansada, toma um banho, come algo e dorme um pouco – digo enquanto ela afunda sua cabeça em meu pescoço

Depois de muita insistência, vamos para a casa dos Swan. Emma, se nega a comer e diz que quer dormir, sua mãe acata sua decisão. Subo até seu quarto e a ajudo com o banho.

— Vem, deita! – a chamo para a cama

— Fica aqui comigo – ela fala chorosa

— Preciso voltar, amor – falo com pesar – amanhã é a escolha do meu julgamento teste, não posso faltar se não perco o semestre, me desculpa – digo franzindo o cenho

— Não precisa se desculpar... Eu entendo – ela se acomoda entre os travesseiros

— Mas posso ficar até você dormir... Você quer? – pergunto e ela confirma forçando um sorriso

Aviso a Mary que vou ficar com Swan até ela dormir e ela decide fazer o mesmo por David. Quando Emma adormece, levanto devagar e saiu silenciosamente do quarto. Mary já me esperava na sala, nos despedimos de dona Miranda e vamos embora. A viagem se tornou ainda mais cansativa por causa do esgotamento psicológico que estávamos. Ao chegar em casa, espero Mary tomar banho, pois queria algo mais demorado. Decido tomar um banho de espuma e levo comigo uma taça de vinho para me ajudar a relaxar. De repente vejo alguém invadir o banheiro e percebo que é a Alex, visivelmente embriagada, com óculos escuro e uma garrafa de tequila na mão.

— Você sabe que a porta fechada indica que tem gente, certo? – falo enquanto pego espuma e coloco sobre meus seios – e qual é a dos óculos escuros a noite? – ela me ignora – posso te ajudar?

— Nops – ela responde com a fala arrastada – talvez... Na verdade eu só vim pra pegar a tequila... Na minha casa só tinha vinho e eu queria algo mais forte – diz enquanto balança a garrafa já aberta – como você tá?

— Estou bem, mas não me sinto a vontade com a ideia de conversarmos enquanto estou nua na banheira – faço uma careta torcendo para que ela entenda que estou a expulsando

— Qual é... Tudo o que você tem eu tenho também – ela explica

— Eu sei, mas... – tento falar

— Shiii... Fica quieta – ela me interrompe e a olho surpresa. Alex levanta um dos braços e faz uma careta – é possível que eu esteja fedendo?

— Sim, é bem possível... Você precisa de um banho e café forte, não de tequila – explico

Vejo Alex tirar suas botas e entrar na banheira ainda com roupa.

— Ahn... Não quis dizer que deveria tomar banho aqui e agora – tento explicar, encolho meu corpo e me sinto ainda mais constrangida

— Como você consegue ser tão forte? – diz levando uma das mãos ao rosto e se sujando com espuma da banheira

— Não sou tão forte assim! O que está acontecendo, Alex? – pergunto confusa

— Pra mim você é! Vejo o mundo de outra forma depois que te conheci – ela se aproxima, apoia seus braços em meus joelhos e tira os óculos escuros

— Alex, o que aconteceu com seu rosto? – pergunto ao ver o olho roxo

— Seu coração – fala se aproximando ainda mais, quase colando sua testa a minha – é forte e doce ao mesmo tempo, você não merece sofrer Regina... Merece ser amada

— O que é isso? – Mary diz espantada

— O que... – Ruby diz entrando e para de falar ao ver a cena

— Estava falando pra Regina como o coração dela é lindo – Alex tenta sair da banheira e quase cai, mas é amparada por Ruby

— O que foi isso no seu olho – Mary fala se aproximando

— Gente...  Me deixem sair daqui e conversamos com Alex – falo sem jeito

— Toma seu banho com calma e enquanto isso a Danvers toma café – Mary sinaliza e obedeço 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigada por terem lido e pelos comentários *-*

PS.: Twitter da fic @sentencedtolove



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sentenced to love" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.