Runaway escrita por kaka_cristin


Capítulo 9
Capítulo 9 – um tanto animadora.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/7466/chapter/9

No dia seguinte antes de irem, tomaram café todos juntos na cozinha do tal sítio. Enquanto comiam combinavam uma viagem a Disney. Gerard e Frank ficaram empolgados ao contrário dos outros que inventaram desculpas. Maria ficou neutra já que se Gerard fosse, ela também teria que ir já que tinha que acompanhá-lo sempre como sua namorada. Mesmo contra sua vontade ela teria que ir a Disney que era um lugar que não lhe trazia boas lembranças.

Dois dias depois, Gerard e Maria passaram na casa do Frank e foram pro aeroporto. Pegaram um avião para a Disney e assim que chegaram no local foram direto pros brinquedos mais radicais que tinham lá. Quando bateu a fome eles pararam pra lanchar na praça de alimentação. Enquanto esperavam a pizza conversavam sobre o lugar enquanto Maria se mantinha quieta e enjoada.

- nunca me diverti tanto aqui. – disse o Frank.

- já veio aqui antes Maria? – perguntou Gerard.

- já. Eu me diverti bastante nesse dia. – disse com uma cara de quem não estava bem.

- com essa cara que você fez...Acho que se divertiu tanto quanto eu quando vim com minha mãe. Ela não me deixou em paz um só segundo, tudo por causa daquela historia daquela garotinha que se perdeu aqui. Se lembram dessa história?

- não. – respondeu Gerard.

- foi uma história que deu no jornal de uma menina que andava no bate-bate quando a mãe dela deu as costas pra dar uma informação a um turista e quando voltou a olhar pro brinquedo a menina sumiu misteriosamente.

- não foi no bate-bate. Foi no carrossel. – disse Maria área.

- aí, até a Maria sabe da historia. Foi carrossel mesmo.

- mas como assim ela sumiu? – perguntou Gerard interessado na história.

- sei lá. A mãe dela foi atender um cara que se disse turista e pediu informação aí quando ela voltou a olhar pro brinquedo as crianças já estavam saindo do carrossel e a filha dela não estava em lugar nenhum. Sumiu no meio da multidão e ninguém a vira pelo parque.

- que isso? Fantasma? – perguntou Gerard rindo.

- acho que a mulher era maluca isso sim. Falaram que tinham seqüestrado a garota e divulgaram fotos dela por tudo quanto é canto, mas até hoje a garota não apareceu. Pelo menos eu acho né? Nunca vi nenhuma noticia de que a encontraram. Acho que a mulher imaginou toda essa história de que perdeu a filha. Piradinha. O pior foi que minha mãe e eu viemos uma semana depois desse ocorrido e ela fez questão de andar até no carrossel pra não me perder de vista. Imagina só que horrível minha mãe adulta no carrossel do meu lado. – e eles dois começaram a rir até verem a Maria mudar de cor de pálida pra bem vermelho.

- Maria, você está bem? – perguntou Gerard.

- acho que vou... – mal completou a frase e vomitou ali mesmo no meio da praça de alimentação.

Gerard guardou o carro na garagem e Maria ainda dormia no carro. Pegou-a no colo e a levou pro quarto. Deitou-a em sua cama e ela então abriu os olhos.

- já chegamos? – disse olhando em volta.

- já.

- nossa! Nem me despedi do Frank.

- está melhor?

- sim. Só com frio.

- está com febre. – disse ele medindo a temperatura dela. - é melhor você tomar um banho frio. Vai te fazer bem.

- não precisa. Eu estou bem.  – respondeu ela pegando a mão dele e alisando. – foi um vexame aquilo na praça de alimentação, não foi? Eu queria sumir dali naquela hora.

- crianças fazem isso todo o tempo depois de rodarem naqueles brinquedos.

- você disse certo: crianças. Já sou bem grandinha pra essas coisas, não acha?

- é, mas tudo bem.

- obrigada.

- pelo que?

- por ter me deixado ficar com você por um tempo. Sua cama é tão boa... – disse ela fechando os olhos ao pouco até dormir de vez. Ele alisou os cabelos dela vendo-a dormir. Era uma garota tão linda, pena que era uma garota de programa e nunca se interessaria por ele. – Gerard... – ela falou baixinho se revirando. Parecia estar delirando.

- calma, eu estou aqui. – disse ele lhe fazendo carinho no cabelo e ela voltou a dormir bem.

Maria acordou muito melhor no dia seguinte. Levantou-se e Gerard preparava o café da manhã na cozinha.

- bom dia criancinha.

- bom dia bobo. – respondeu ela risonha.

- dormiu bem?

- muito.

- sabe o que você ficou dizendo ontem enquanto delirava? – Maria arregalou os olhos e não sabia onde enfiar a cara.

- o que foi que eu disse? – perguntou se fazendo de tranqüila.

- nada. – e ela respirou aliviada.

- bobo. – se virou e abriu a geladeira pegando o suco.

- você só disse que me amava. – nessa hora ela deixou a jarra de suco cair no chão, por sorte a jarra era de plástico e o suco estava no final.

- ih! Que menina estabanada. Deixa que eu limpo, vá tomar um café por que você não comeu nada ontem e só o que comeu colocou pra fora.

Maria sentou-se à mesa e passava manteiga na torrada enquanto observava Gerard passar o pano no chão. Ele sentou-se à mesa depois de limpar e lhe estendeu uma jarra com suco que ele tinha acabado de preparar.

- obrigada. – e despejou um pouco em seu copo. – eu falei mesmo isso? – perguntou ela depois de um tempo em silêncio.

- por que a pergunta?

- me desculpa.

- desculpa pelo que?

- eu costumo ter uns sonhos loucos e de vez em quando acabo falando dormindo...

- nossa! Obrigado pela parte que me toca.

- não to dizendo que seria ruim sonhar com você Gerard, é só que...

- só que? – e olhou curioso esperando-a completar a frase.

- só que é algo que não existe entre nós e nem nunca vai existir. – Gerard pensou em perguntar por que nunca poderia existir algo entre os dois, mas desistiu antes de começar a falar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!