Runaway escrita por kaka_cristin


Capítulo 13
Capítulo 13 – A discussão


Notas iniciais do capítulo

postando o ultimo de hj senão acabo postando a fic inteira!! agora só restam + 4 cap pra terminar



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Maria abriu os olhos de repente e deu um grito ao ver Gerard ali parado. Frank pulou da mesa assustado e começou rapidamente a se vestir enquanto Maria tentava se tampar com uma camisa sua. Ficara uma situação muito constrangedora e Frank saiu da cozinha sem falar nada passando por Gerard. Maria continuou sentada na mesa se tapando com uma única camisa e o olhando assustada.

Gerard custava a acreditar que aquilo que tanto temia estava acontecendo e bem ali na sua própria casa.

- toma, se vista. – disse depois de se agachar e recolher o short dela e a calcinha do chão e tacando nela. Ela desceu da mesa envergonhada e vestiu-se. Continuou imóvel olhando pra ele esperando que ele lhe falasse alguma coisa.

– desculpa. – foi a única coisa que conseguiu dizer.

- eu ainda...Ainda to tentando entender o que acontecia aqui. – e ela abaixou a cabeça sem responder. – estava dando pro meu amigo na minha própria casa.

- Gerard eu... – e ele fez com a mão pra ela parar.

- como pôde fazer isso comigo?

- eu...

- como? Será que não pensou nem um pouco em mim? Nem por um momento passou pela sua cabeça que eu moro aqui e poderia chegar a qualquer momento?

- não. – respondeu ainda cabisbaixa.

- quer saber? Você não passa de uma vagabunda!

- não fale isso.

- É isso que você é. Eu já devia ter pensado nisso antes. Antes mesmo de eu me deixar sentir algo por alguém que não vale a pena.

- o que está dizendo?

- foi o que ouviu. Me apaixonei por você. Pronto, falei. Taí o que queria tanto falar com você naquela noite de ontem que não quis me ouvir por estar doida demais pelo amigo. Pois bem, pode rir agora. Mais um cliente seu que se apaixona e pra você foi apenas mais uma “diversãozinha” de mil dólares e algumas horas de prazer.

- não fale assim, Gerard. Não sabe nada sobre mim, sobre o que eu acho, o que penso sobre essa vida que eu levo, se eu gosto de passar por isso ou se é por que eu tenho necessidade. Sobre os meus sentimentos.

- e você tem algum sentimento por alguém?

- é claro que eu tenho.

- o que sabe sobre sentimentos? Aquele seu momento “psicóloga” na cama depois de uma foda? É esse seu sentimento por seus clientes? Ou será os seus gemidos ou seus murmúrios com coisas pecaminosas pra fazer seus clientes se sentirem mais potentes?

- para com isso. Está me magoando.

- nossa! Você sente? Pensei que não. Alguém que faz as pessoas de idiota não pode sentir. Não faz sentido. Pensei que só sentisse tesão as pessoas ninfomaníacas.

- Não sabe o quanto odeio ter essa vida. Você não me conhece, Gerard. Você não sabe a missa metade da minha vida.

- e nem desejo saber. E tem razão, eu não te conheço. Pra mim agora você foi apenas uma vagabunda morta de fome que eu usei por um tempo por alguns míseros centavos. Momentos de diversão. Valeu pra me tirar o atraso.

- primeiro, cale essa boca! – gritou ela com raiva de ouvir tudo aquilo dele. – eu não sou essas coisas que está dizendo. Eu tenho sentimento sim. Eu estou sentindo agora, estou magoada por ter ouvido essas coisas...

- verdades doem.

- verdades e palavras precipitadas também. Maus julgamentos mais ainda. Você feriu meu coração com essas suas palavras. Essas suas acusações mentirosas. Você falou tanto de pessoas sem coração que ferem outras e se esqueceu que faz parte de uma delas.

- eu faço parte?

- é! Não se importou comigo.

- e por que deveria me importar? – e ela se calou.

- eu sei que tudo que tivemos não passou de uma mentira. Foi só isso uma mentira. Mas eu te amei de verdade. Eu fiz tudo por você, eu fui sua amiga, sua amante, sua companheira e você me apunhalou pelas costas. Eu sei que não foi tanto sua culpa, não foi bem uma traição, mas você sabia que eu estava lá. E queria o que? Depois de ter presenciado tudo queria que eu me guardasse pra você, é isso?

- do que está falando sua louca?

- agora não vem mais ao caso. Esqueça. Pode continuar fingindo que não sabe o que eu estou falando.

- se gostava tanto de mim por que então deu pro Frank?

- Meus sentimentos não interessam a você. O que eu faço da minha vida não tem nada a ver com você. O que eu faço por dinheiro não tem nada a ver com você. Você não é nada meu. – disse chorando.

- é dinheiro que você quer? Pois bem... – e abriu a carteira tirando um bolo de notas e depois colocou na mão dela. – taí. Pode ir agora.

- eu vou. – e apertou o dinheiro em suas mãos. – quer saber o que me deixou irada naquela noite? Vou refrescar sua memória agora, caro Gerard. Alexia, esse nome faz algum sentido pra você? Agora lembra disso? Pois é, eu estava lá e vi tudo.

E ele a olhou espantado. Não sabia que ela sabia sobre aquela pessoa. Ela não disse mais nada. Com aquela roupa que estava no corpo saiu da casa do Gerard batendo a porta da sala com força de tanta mágoa. Gerard foi atrás dela, mas já era tarde, havia sumido de vista. Voltou pra casa e encontrou o bolo de dinheiro que havia dado a ela em cima da mesa da sala.

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