Os escolhidos escrita por dreamy nerd


Capítulo 25
A descoberta: gelo e fogo


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, leiam as notas finais. Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/746502/chapter/25

POV Merida 

Caminhei feliz da vida por estar controlando melhor o meu poder até a casa da Elsa. Quando chego lá, bato a porta vezes sem conta e nada dela responder. Logo hoje que não trouxe a chave que ela me deu.

Será que Elsa ainda não voltou para casa? A preocupação logo me atingiu.

Marco o seu número no meu telefone mas quando faço isso ouço o seu telefone tocar de dentro de casa.

Droga! Abre a porta Elsa!

Vou até a portaria e peço uma chave extra para o porteiro. Quando ele me dá volto a subir até o andar da Elsa e abro a porta.

Quando a porta abre sem querer solto um grito de espanto. Elsa estava deitada no chão inconsciente ao lado de vários cacos de vidro.

Corro até ela e deito sua cabeça no meu colo enquanto balanço-a tentando acorda-la.

— Elsa! Elsa acorda! – O apartamento está muito quieto e a única coisa que se pode ouvir são meus gritos de desespero. Decido ligar para alguém para pedir ajuda e chamo Jack:

— Alô Ruivinha! – Ouço sua voz feliz dizendo.

— Jack… - Digo e sinto minha voz meu rouca devido aos meus gritos e ao choro.

— O que aconteceu Meri? – Sua voz era pura preocupação agora.

— A Elsa… ela está… vem para cá Jack. – Digo ainda chorando, eu não queria perder Elsa.

— Meri o que aconteceu? Onde vocês estão? – Ele diz quase desesperado.

— Estamos na casa da Elsa… vem depressa. – Suplico angustiada. Ela ainda não tinha acordado e eu já estava desesperada.

— Meri? – Ouço a voz de Elsa fraca e surpresa. Ela tinha acordado.

— Graças a Deus. – Digo abraçando-a forte. – Não estou preparada para te perder. Vamos para o hospital já.

— Não. – Ela diz rapidamente. – Eu… não gosto de hospitais. – É ai que me lembro que Elsa tinha perdido seus pais e seu melhor amigo num hospital, ela deve ter ficado com maus pressentimentos sobre hospitais. Eu não a culpo. – Eu já estou melhor.

Elsa se levanta mesmo com meus protestos e vamos nos sentar no sofá.

— O que foi que aconteceu? – Perguntei preocupada. Ninguém simplesmente desmaia do nada.

— Eu não sei, comecei a sentir dores fortes e apaguei. – Ela diz mas posso sentir que ela está me escondendo algo.

— Estás escondendo algo não estás?

— Claro que não Meri. – Ela diz rápido demais, mentir nunca foi seu forte. Fico a encarando durante alguns minutos e vejo que ela está nervosa.

POV ELSA

Meri me encara e acho que consegue sentir meu nervosismo. Odeio mentir mas se eu contar a ela sobre Hans ter vindo aqui, ela pode tentar brigar com ele e daria mais problemas, Anna ficaria ainda mais zangada comigo.

— O que você está fazendo aqui? – Pergunto tentando mudar de assunto.

— Vim dormir aqui e te contar sobre minha evolução. – Ela diz radiante e se esquecendo do assunto de agora pouco. Graças a Deus.

— Evolução? 

— Sim, andei treinando e estou controlando melhor a minha magia. Agora meu cabelo não pega fogo quando estou zangada ou nervosa. Encontrei um livro que fala um pouco sobre isso e consegui treinar um pouco e saber mais sobre isso. – Ela explica animada.

— Ainda bem Meri! – Digo feliz por ela. – Infelizmente eu não encontrei nada nos livros e na internet que possa explicar melhor o que aconteceu com você. Apenas um livro sobre sonhos, Bicho papão e guardiões do universo. – Digo meio frustrada.

— Talvez possa nos ajudar. – Ela diz.

— Não, não pode. – Explico. – Essas coisas não existem Meri, são apenas histórias para crianças.

— Falou a garota que tem uma melhor amiga com poderes de fogo. - Ela zomba. – Você é muito fechada Elsa. Deves abrir tua mente para o desconhecido.

— Essas coisas não existem e são perda de tempo. – Digo decidida. Acreditar em algo assim era perda de tempo.

Ante que ela possa dizer qualquer coisa a porta bate e vou abrir. Quando abro quase caio no chão quando os braços de Jack me rodeiam num abraço quebra ossos.

— Ainda bem que você está bem. – Ele diz aliviado. – Meri me chamou e disse que tinha acontecido alguma coisa com você.

— Estou bem, foi só uma tonturinha e algumas dores. – Afirmo sorrindo para ele um pouco corada pelo abraço.

Deixo-o entrar e ele vai se sentar no sofá com a Merida.

— Já que estamos aqui porque não fazemos algo? – Merida pergunta. Eu não tinha clima para nada. O episodio com Hans ainda estava me perturbando. Será que ele tinha feito alguma coisa para eu sentir aquelas dores?

— Não vai dar, prometi a minha mãe que hoje ficaria com Emma enquanto ela e o meu pai vão jantar fora. - Diz Jack se desculpando.

— Eu também não estou me sentindo muito bem, e queria te pedir para voltar para casa Meri. – Digo, eu queria ficar sozinha para pensar melhor no que tinha acontecido e ainda estava sentindo um pouco de dor por isso não quero que Meri fique por perto e se preocupe.

— Mas porque? – Ela pergunta triste.

— É que acho que vou tomar um remédio para dormir e não vamos poder fazer nada, além do mais você já tem dias sem dormir em casa e sua mão pode zangar-se. – Minto e coço levemente a ponta do nariz.

— Tudo bem mamãe Elsa. – Ela diz derrotada mas brincando um pouco.

Despeço-me de ambos e me sento tentando entender os acontecimentos de hoje. Eu estou sentindo meu sangue frio e quando toco minha pele sinto a mesma coisa.

Me levanto e decido fazer um chá para me acalmar. Quando vou beber sinto que ele está totalmente gelado.

Mas como? Tenho a certeza que ele estava quente antes, até vi fumo saindo da chávena. Devo estar ficando louca.

Bebo o chá mesmo assim e vou para meu quarto, mal ponho a cabeça na cama sinto o sono me puxar. Eu estava mesmo exausta.

............................. No outro dia de manhã............................

Estou sozinha no escuro ouvindo vozes gritando agonizadas. Tento tapar os ouvidos mas ainda assim escuto os pedidos de socorro.

— Monstro! – Eles gritam sem parar e posso ver pequenos vultos rodopiando a minha volta.

— Você não é boa nem má o suficiente, é apenas um recipiente vazio que ninguém se importa. – Uma das vozes diz bem baixinho, quase sussurrando no meu ouvido.

Tento correr mas meus pés não se mexem e só então percebo que minhas mãos e todo o chão estava coberto por sangue…

Acordo novamente assustada com o pesadelo que tive. Eles estavam cada vez piores e mais realistas.

Levanto-me ainda sonolenta e vou para janela assistir o nascer do sol, apesar de ainda estar cedo sei que não vou mais conseguir dormir depois do pesadelo.

Ponho a mão no parapeito da janela e ali se forma uma suave camada de gelo. Tiro a mão rapidamente e muito assustada.

Tinha acabado de aparecer neve do nada na minha janela?

Esfrego os olhos na esperança de acordar mas nada acontece. Corro para a casa de banho e me olho no espelho inspirando e expirando diversas vezes a fim de me acalmar.

Depois de alguns minutos me convenço de que é apenas o cansaço falando e decido tomar um banho para esparecer. O gelo já estava lá quando pus a mão, eu apenas não tinha notado.

Abro a torneira deixando a agua encher a banheira, sempre preferi agua fria do que quente. O frio sempre me pareceu mais confortável do que o calor. No calor a roupa e cabelo grudam na pele, as pessoas transpiram muito e sempre há muitos insetos já o frio nunca me encomodou.

Quando a banheira enche tiro toda minha roupa, apanho meu celular e coloco minhas musicas para tocar. Outra coisa que gosto tanto quanto o frio é a musica.

Deixo a voz da Sia cantando titanius encher o cómodo e coloco a mão na banheira para ver como a agua está mas assim que meus dedos tocam na agua ela vira gelo.

Grito assustada e me afasto rapidamente da banheira tropeçando nos meus próprios pés e caindo de bunda no chão.

Todo o chão onde minha pele toca também congela e me levanto apressadamente.

Meu Deus o que é isso? Eu… eu acabei de congelar meu banheiro! Logo eu que nunca acreditei em magia e coisas sobrenaturais. Será que o que eu tinha acabado de fazer tinha relação com  que aconteceu com a Merida?

Meu Deus a Merida, eu tinha poderes contrários ao dela. Fogo e gelo são contrários e podem se machucar. Droga! O que eu vou fazer?

Minha primeira ideia foi ligar para a Meri mas e se ela vier aqui e acabar por acontecer um acidente?

Visto um roupão e me dirijo para a cozinha. Abro o fogo e aproximo minha mão dela vagarosamente. 

Quando estou bem perto posso ver que minha pele estava mais sensível pois ela já estava vermelha e doendo um pouco. Mesmo assim forço minha mão a tocar no fogo e vejo uma das coisas mais impressionantes que eu já vi: O fogo e  gelo parecem travar uma batalha de cores para ver quem domina e extingue o outro. Isso proporciona uma visão única de reflexos de luz.

No final o gelo extingue o fogo completamente, sinto meus olhos embaçarem e percebo que estou chorando enquanto olho a figura de gelo com a forma de uma chama e constato algo crucial:

Enquanto eu e Meri tivéssemos esse poder não poderíamos nos tocar sem nos ferir, eu ia perder minha melhor amiga…


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Peço desculpas pelo atraso e por não responder aos comentários. Sempre tive muito orgulho de responder todos os comentários mas infelizmente esses dias não tem dado. Agradeço por não me abandonarem, a partir de hoje prometo melhorar e não me atrasar. Adoro ler vossos comentários, rir e conhecer mais vocês.
Reparei que estou enrolando demais a descoberta dos poderes deles mas resolvi mudar e nos próximos 3 capítulos os restantes vão descobrir os seus poderes.
O proximo capitulo já está pronto mas só vou postar quando tiver 5 comentarios.
Ajuda: desde sempre eu já soube como cada um iria descobrir os poderes menos o jack. Escrevam nos comentários se tiverem ideias de como e onde vai ser bem como a reação dele.
Obrigada e até a proxima gente linda!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Os escolhidos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.