Happy Ending escrita por Yume


Capítulo 4
Capítulo IV – A Tutora


Notas iniciais do capítulo

Olá gente!!
Como prometido, estou postando hoje (terça)!
Obrigada pelos comentários!
Pessoal, só uma coisa, eu não sou aquele tipo de autor(a) que é movida a comentários, eu escrevo porque gosto, mas me deixa um pouco curiosa o fato de que postei até agora 3 capítulos (quatro com esse) e que a cada capítulo postado, os comentários tem diminuido drasticamente. Fico me perguntando se estou fazendo alguma coisa errada, talvez o plot da história esteja ruim, ou não sei. Me digam vocês, por favor! Não fiquem envergonhados em comentar, eu respondo o mais rápido possível e com o maior prazer. Enfim, só queria dizer isso mesmo kkkk
Ahhhh, até agora a história esteve meio em que um período de introdução, mas a partir do próximo o desenvolvimento dela vai ser mais exponencial, a fic vai começar a tomar a sua real forma, então fiquem tranquilos!
Boa Leitura!
Nos vemos nos comentários!



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FS

— John! Deveria ter me deixado trocar de roupa antes de vir! – Bati em seu braço, mesmo sabendo que não havia nem mesmo feito cócegas.

— Não se preocupe Felicity, Oliver não liga para essas coisas.

Ri com deboche – Sim, como se eu não tivesse notado aquele olhar crítico assim que colocou os olhos em mim, eu praticamente consegui ler as palavras “sem sal” estampadas em sua testa.

John riu e revirou os olhos – Você realmente não quer que Oliver Queen ache você “com sal” – O estapeie novamente, resultando em mais risadas.

Fiquei em silêncio por alguns minutos – Fiquei tão empolgada em arranjar um emprego que acabei esquecendo de perguntar sobre o salário.

— Não esquenta, amanhã quando for assinar o contrato você conversa sobre isso.

Concordei e voltei minha atenção para paisagem que passava rápido pelo vidro do carro. Eu realmente havia arranjado um emprego, se tivesse sorte, conseguiria receber antes do vencimento do aluguel e talvez pudesse levar Amy para tomar sorvete no início do mês, a um bom tempo não temos um programa assim. Um sorriso escapou por meus lábios. Talvez minha maré de azar tenha terminado.

Não notei quando Dig parou em frente ao meu prédio, desci do carro e agradeci pela milésima vez antes de entrar e subir as escadas, estava preocupada em deixar Amy sozinha a essa hora, então corri o mais rápido que pude até o terceiro andar, estava ansiosa para vê-la.

Quando cheguei em frente a porta, bati cinco vezes, do mesmo modo que havíamos combinado, era uma espécie de código Morse, só nosso, assim saberíamos que era seguro abrir a porta. Infantil, eu sei, mas sempre fez Amy não se sentir tão ameaçada quando ficava sozinha.

— E então, como foi? – Pela rapidez, acho que ela esteva esperando atrás da porta, segurei um sorriso e fiquei séria alguns segundos, dando um ar de suspense, eu praticamente podia vê-la saltitar de ansiedade.

— Eu começo amanhã! – Sorri com vontade e a abracei – Acho que as coisas vão melhorar Amy!

— Que bom mamãe.

Ficamos abraçadas por um tempo, era uma sensação tão boa. Amy era uma espécie de calmante natural para mim, desde de que a peguei nos braços pela primeira vez, eu estava tão assustada por ter uma criança para criar sozinha, sem um pai, que entrei em pânico ao escutar ela chorar assim que nasceu, porém, tudo passou no exato momento em que vi seus olhos se abrindo para mim e minha filha se acalmar apenas por estar próxima de mim. Não interessava em que tipo de problemas eu estava passando, Amy foi a única coisa que me manteve na linha.

Foi por ela que eu insisti com a ideia da faculdade, por ela que já trabalhei de garçonete a atendente de motel e é por ela que ainda estou aqui, lutando para fazer com que minha filha, meu único e verdadeiro amor tenha uma chance de ter uma história com um final diferente do meu.

— Você está ficando emotiva de novo – Olhei para baixo, Amy exibia um sorriso doce, passei a mão em seus cabelos soltos, sorri e beijei sua testa com carinho.

— Estou com um bom pressentimento Amy, eu realmente acho que dessa vez as coisas vão funcionar – A abracei novamente, dessa vez mais apertado.

— Está me sufocando mãe – Ri de seu exagero e a soltei. Sentei na cadeira mais próxima da TV.

— Não está na hora da senhorita estar na cama?

— Não estou com sono.

— Já está tarde, se não for dormir agora, irá se atrasar para a aula amanhã.

— Eu sei, está bem – Amy sempre foi exagerada, então, como uma boa atriz, arrastou-se até o quarto, resmungado que ela já tinha idade para dormir a hora que quisesse. Ri enquanto a observava, realmente, minha menininha está quase uma adolescente, o que me faz pensar que eu estou velha, e falando em estar velha, lembrei que fazia um tempo que não falava com mamãe, sorri com o pensamento de ela descobrir que associei velhice a ela, eu provavelmente seria deserdada.

OQ

Não acordei com bom humor, o dia amanheceu cinza, estava chovendo, frio e ventando, tudo para acabar com o ânimo de qualquer um. Mesmo assim, forcei meu corpo a levantar e fingir que estou pelo menos disposto a aguentar mais um dia com reuniões, pedidos de demissão, processos e Isabel!

Ao sair do quarto, vi William saindo do dele, forcei um sorriso e fui em sua direção – Ei amigão, eu queria mesmo falar com você! – Ele virou o rosto e apressou o passo para descer as escadas, suspirei. Havia esquecido de acrescentar a minha listinha de tarefas miseráveis para o dia, o fato do meu filho querer que eu morra.

Tomei um tempo para tentar me acalmar antes de descer, encontrei minha mãe falando ao telefone, parecia empolgada com alguma coisa, pois assim que me viu, desligou o aparelho e veio em minha direção, sorrindo.

— Oliver, querido! – Me deu um beijo na bochecha e espanou meu paletó – Não imagina com quem estava falando ao telefone.

— Me deixe adivinhar, mais uma de suas amigas insuportáveis?

Mamãe fez cara feia, sorri fingido – Vai acabar se dando mal se continuar com esse sarcasmo.

— Escutei isso ontem – Revirei os olhos e fui em direção a cozinha.

— Enfim, estava falando com Nora Roberts, ela disse que estará passando na cidade esse final de semana com a filha, Selina, se lembra?

— Não vai me fazer ir em um encontro arranjado mãe – A encarei em alerta e sentei para tomar café.

— Eu não disse isso! – Soltei um sopro debochado – Está bem, mas você pelo menos podia vê-la, eu poderia convidá-las para um brunch no sábado.

— Eu não posso, sábado ficarei o dia inteiro preso na Corporação, estamos em semana de reuniões com o conselho e aqueles sanguessugas estão dispostos a ficar vinte e quatro horas trabalhando em cima dos lucros do último ano.

— Então que tal no domingo?

Suspirei – Você ainda não entendeu que eu não vou me encontrar com nenhuma mulher que a senhora tentar jogar para cima de mim?

Mamãe me encarou e torceu a boca, encarou William que estava quieto, entretido em seu videogame – Como vai a escola William?

— Tudo bem.

— Eu contratei uma tutora para você – Falei na esperança de ter alguma reação, mas a única coisa que tive foi um dar de ombros.

— Isso é maravilhoso! Onde a encontrou? – A palavra tutorA, deixou minha mãe em alerta, tenho certeza.

— Diggle a recomendou, ela virá com você hoje depois da aula e então começarão a estudar – Coloquei a mão sobre o videogame e fiz com que me encarasse - Certo?

— Tanto faz – William levantou e pegou a mochila – Eu vou indo – Encarou minha mãe – Tchau – E saiu, não ganhei nem um olhar de desprezo.

Fechei os olhos e suspirei alto – Eu realmente espero que essa ideia de tutor funcione – Mamãe concordou e voltou sua atenção para o café, fiz o mesmo.

FS

Depois de muito lutar ao escolher uma roupa para o meu primeiro dia de trabalho, acabei optando por uma calça escura, camisa branca com manga três quartos e uma sapatilha salmão simples. Já era quase a hora que John falou que me encontraria, eu estava muito ansiosa, de manhã cedo havia retornado a Corporação Queen e assinado o contrato, não vi nem rastro do Sr. Queen. O salário era realmente alto, na verdade, alto demais apenas para um trabalho de professora particular, mas resolvi não questionar, pessoas ricas costumam ser excêntricas e nesse caso, quem saía ganhando era eu.

Vi o carro preto dobrar a esquina e dei uma última ajeitada na roupa, sorri ao ver John abaixar o vidro assim que parou - Pronta?

— Acho que sim – Sorri nervosa e entrei no banco do passageiro.

— Eu esqueci de falar, mas William estuda na mesma escola da Amy.

— Eu acho que deveria ficar mais surpresa, mas considerando que essa é a melhor escolar de Star, era de se imaginar que o filho do CEO Queen estudasse lá.

Eu havia falado para Amy ir direto para casa e fazer o de sempre, trancar as portas e só abrir para mim quando eu chegasse, então estava tranquila quanto a isso, mas seria bom vê-la agora, já que estava indo para lá. John estacionou o carro em uma vaga dentro dos portões, o sinal havia acabado de soar, e o mesmo volume de jovens de ontem começava a encher o pátio com toda sua energia e empolgação.

— Vou ver se enxergo a Amy, rapinho – Dig acenou e eu desci, vi ela sair com a mesma garota de ontem, acenei com a mão e ela veio em minha direção.

— Não era para estar no trabalho?

— Tecnicamente o meu trabalho estuda aqui – Encarei o carro mais uma vez, mas não havia ninguém no banco traseiro ainda.

— Oh verdade, ontem você falou que era o filho do chefe do Dig, certo? – Concordei – Qual o sobrenome mesmo? – Ela parou para pensar alguns segundos – Queen! Isso mesmo! Eu não percebi na hora, mas acho que conheço o seu aluno, William Queen – Amy olhou por cima dos meus ombros – Ele está entrando no carro – Virei para trás a tempo de ver o garoto de cabelos claros entrar no banco de trás.

— Tenho que ir Amy – Beijei sua testa – Lembre-se, vá direto para casa, feche...

— Todas as portas e janelas e só atenda para você – Sorri e me despedi mais uma vez.

Entrei no carro e olhei para trás, William estava concentrado em um videogame – Olá William, meu nome é Felicity e a partir de hoje vamos passar algum tempo juntos!


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Notas finais do capítulo

LEIAM AS NOTAS INICIAIS, É IMPORTANTE!!!!!!!!!!!!!!!