Murphy escrita por Mika Boo


Capítulo 5
Capítulo 05 - O dia de hoje foi realmente necessário?


Notas iniciais do capítulo

Capítulo novo e super rapido minha gente -q

E ai? Como vocês estão?
O cap de hoje está oteeeemo! Querida ter terminado de escreve-lo ontem, mas sabe como é -q

Tem uns avisos para dar para vocês.
Infelizmente só tenho mais uma semana de ferias do trabalho ç.ç e na proxima semana começa minhas provas 3
Tenho um trabalho para fazer, mas tá muito complicado ç.ç
enfim...
Mas tentarei postar pelo menos dois cap por mês. VOU TENTAR!

é isso! aproveitem o cap de hoje



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Hinata não podia acreditar no que estava acontecendo. O cara que a ajudou no ônibus, também o responsável por sua vergonha nas redes sociais — após pedir a uma página ajuda para encontrá-lo, tendo tudo manipulado, praticamente terem criando uma novela em meio à toda aquela confusão, para que no final ele rejeitasse seu convite — e agora, ali estava ele, na sua frente, ao vivo e a cores. Na realidade já havia esquecido daquele ocorrido, ainda mais depois de tudo que vem acontecendo. Por esse motivo, sentiu seu rosto ganhar um tom avermelhado, estava corando — a muito tempo isso não acontecia. — Tudo porque começou a lembrar daqueles momentos vergonhosos.

Por outro lado, as pessoas que se encontravam não entenderam nada. O cara do ônibus — que Hinata não fazia ideia do nome, havia se negado a ver o nome por causa da irritação e também por causa do fora que levou. — Era um dos que expressava uma evidente confusão. Ele não se lembrava dela. Hinata ficou ainda mais envergonhada ao constatar isso. “Que humilhante. ”

— E-eu… É que… — Começou a gaguejar. “Sério Hinata? Você está gaguejando? ”  Se repreendeu em pensamento. — Com licença. — Se curvou desajeitadamente, saindo de perto deles apressada. Havia passado muita vergonha em poucos minutos, talvez fosse seu novo recorde. Andou o mais rápido que conseguia — o vestido e os saltos não ajudavam muito — mas por causa da sua pressa e por não estar prestando atenção, não viu que tinha acabado de chegar na porta. Bateu o rosto nas portas de vidro, por um milagre não quebrou, caindo sentada em seguida no chão.

Sentiu tudo a sua volta girar, o impacto foi muito forte. Fechou os olhos com força para tentar fazer sua visão ficar boa, para que as coisas pararem de rodar daquele jeito. “Que vergonha”. Quantas vezes passou vergonha no dia de hoje? Não sabia ao certo, mas era demais para sua sanidade.

Lentamente abriu os olhos, respirando fundo. Aos poucos a confusão causada pelo impacto diminuía fazendo com que as coisas à sua volta entrarem em foco. A sua frente viu dois olhos azuis a olhando-a preocupados. Havia morrido ou estava sonhando?

— Está tudo bem? — O dono daquele belo olhar perguntou. Também havia gostado da voz dele, espera conhecia ele. Era o cara do ônibus. Agora Hinata conseguia raciocinar melhor, se deu conta de que ele e os amigos dele viram tudo. Sentiu seu rosto ficar vermelho de vergonha novamente. — Você está bem? — Ele voltou a perguntar e tudo que ela pode fazer foi assentir debilmente. — Consegue se levantar? — Novamente ela assentiu colocando suas mãos no chão para levantar, contudo sentiu suas pernas fraquejarem, iria ao chão outra vez se ele não tivesse a segurado. Hinata prendeu sua respiração diante do contato, sentindo seu corpo se arrepiar, se recordando de quando viu os braços deles quando tirou a jaqueta no ônibus, seus pensamentos foram os mesmos da outra vez uau. Agora aqueles braços seguravam seu corpo. Sem esboçar qualquer outra reação, deixou ser ajudada por ele.

— Aqui o saco de gelo. — A mulher de cabelos rosados entregou o saco para Hinata. Sua testa havia ganhado um galo enorme e um pequeno corte, de acordo com a rosada, que era médica, não era nada grave. Bastava colocar um pouco de gelo para diminuir o inchaço e o corte foi coberto com um band-aid.

Hinata colocou o saco de gelo sobre o corte e deu um gemido de dor. Aquele galo em sua testa doía bastante, mas nada que não seja suportável. Entretanto, seu problema agora eram aquelas pessoas naquela mesa que não parava de encará-la, a fazendo se sentir desconfortável ao ponto de se encolher na cadeira em que estava sentada. “Se eu não fosse um desastre ambulante já estaria bem longe daqui. ” Pensou amargurada pela sua falta de sorte. “Isso carma! ”

— Então… — Uma outra mulher, essa loira — talvez estivesse alucinado em ver cabelos rosas na outra. — Quebrou o silêncio desconfortável que havia se instalado no local, por isso ela resolveu tomar a iniciativa. — Poderia explicar o motivo disso tudo? — Perguntou séria, Hinata engoliu em seco.

Não sabia muito bem por onde começar sua história e aquelas pessoas encarando não ajudava muito. Pegou o copo de água que estava sobre a mesa tomando um gole. Queria algo mais forte para beber, seu dia não estava nada bom.

— Você se meteu em algo coisa grave? — A rosada perguntou.

— Porque aquela mulher grávida estava atrás de você? — A outra perguntou para em seguida colocar as mãos sobre a boca, incrédula. — Você fez algo com ela? Dormiu com o marido dela e agora ela quer te matar? — Hinata a olhou chocada. Que tipo de pessoa ela imaginava que a Hyuuga era?

— Vocês duas acalme-se. — Pediu um homem moreno que estava ali. Esse tinha um ar mais sério.

— Deixe ela falar antes de tirar qualquer conclusão, Ino. — O cara do ônibus repreendeu a loira. Pelo menos agora sabia o nome de um deles. Hinata respirou fundo e começou a contar sua história.

— Eu trabalho como modelo. — Começou a explicar. — Hoje eu estava fazendo um trabalho superimportante para um vídeo, por isso estou vestida assim. — Apontou para sua roupa, esclarecendo as dúvidas com relação a sua vestimenta. — Estava ocorrendo tudo. — O que não era verdade, já que estamos falando de Hinata, a rainha do azar. — Mas aquele cantorzinho de meia tigela estragou tudo. — Murmurou irritada, se os quatro não tivessem prestando atenção não iria entender o que ela falava. — Para resumir, ele deu em cima de mim o dia todo, tentou me agarrar, mas eu soquei a cara dele e deu um chute nas suas partes baixas. — Os homens na mesa fizeram uma careta imaginando a dor. — Minha chefe, aquela grávida que veio me procurar, viu quando eu bati nele. A coisa mais sensata que pensei em fazer foi fugir porque minha chefe iria me matar por ter socado o rostinho bonitinho daquele cantor fajuto. — Disse a última parte indignidade. Ao terminar de contar toda sua história, todos a olhavam sem acreditar, entretanto, não se importou — muito — tinha outras coisas para se preocupar no momento, como por exemplo, voltar para casa. Suas coisas tinham ficado no estúdio e não tinha nem uma moedinha. “Será que seria muito abuso pedir um dinheiro emprestado? ” A primeira pessoa a se pronunciar foi Ino.

— Você socou a cara de qual cantor? — Perguntou se aproximando interessada.

— Você não vai querer saber… — Respondeu temendo que ela fosse fã dele. Por sorte Ino não insistiu em saber, porém ficou chateada. Amanhã talvez ela fique sabendo quem foi, quando estiver na mídia “Modelo agride cantor durante as gravações. ”

Não queria se preocupar com isso agora. Tudo o que queria era voltar para casa, tomar um longo banho de espuma, deitar na sua e esquecer que esse dia aconteceu.

— Quem é o cara do ônibus? — A mulher de cabelos rosados perguntando. — Você não explicou isso. — Cruzou os braços sobre a mesa olhando-a seriamente.

Hinata sentiu seu rosto perder a cor. Havia esquecido desse pequeno detalhe.

— Fo-foi um en-engano. — Gaguejou agitando as mãos nervosa, olhando disfarçadamente para o loiro a sua frente para ver se ele lembrava, mas tudo o que ele fazia era olhar tudo com um ar confuso.

— Tem certeza? — Perguntou intimidando-a. Hinata só assentiu assustada. — Ok! — Respondeu, porém, ainda desconfiada.

Ainda não conseguia acreditar que o cara do ônibus não a reconheceu. Na realidade ficou bem chateada, talvez até magoada, mas porque ele se lembraria dela? Ou ele estaria fingindo? Seja o que for, tinha que agradecer por ele não se lembrar. Depois de toda aquela confusão e toda aquela história de amor à primeira vista que aquela página inventou. Se ele lembrar dela seria o estopim.

Por outro lado, ele não parava de encará-la, todos ali a olhavam, mas o olhar dele sobre si a deixava receosa e parecia ser mais intenso. Tinha que ir embora dali logo antes que toda a situação piorasse.

— Então… — Se pronunciou diante do silêncio desconfortável que estava ali. Tinha estragado o jantar deles com sua aparição repentina, precisava dar um jeito de ir embora para que eles pudessem recuperar o restante da noite. — Acho que já vou indo… — Disse se levantando colocando o saco de gelo em cima da mesa. — Muito obrigada pela ajuda. — Sorriu sem graça se curvando desajeitadamente, mas ao fazer isso a tiara que usava caiu no chão.

Na hora em que viu o objeto cair no chão a voz de alguém da equipe de gravação soou em sua mente.

“Tome cuidado com essa tiara. Ela é toda feita de prata e diamante.

Kami… — Sussurrou incrédula. Não conseguia acreditar que havia fugido com um objeto valioso daquele. Agora, além de ser acusada de agressão, seria acusada de roubo.

— Está tudo bem? — O rapaz do ônibus perguntou preocupado pegando a tiara do chão e entregando a Hinata, porém essa ainda estava em choque.

— Estou ferrada, estou ferrada! — Murmurava passando a mão pelo rosto. — Kurenai vai me matar. Preciso voltar para o estúdio. — Sem dizer mais nada pegou a tiara das mãos do rapaz e sem dizer mais nada saiu dali em pânico, quase deu de cara com a porta outra. Enquanto isso os quatro à ficaram olhando sem entender nada.

— Vou atrás dela. — O loiro disse já se movendo para segui-la, mas a mulher de cabelos rosas o impediu.

— Nada disso! — O segurou pelo braço. — Você vai ficar aqui quietinho.

— Sakura… — Começou a falar, porém ela o interrompeu.

— Naruto, você não conhece essa garota, não sabe se o que ela disse é verdade. — Disse séria. — Não sabemos se ela é louca ou coisa pior. Tudo nessa história está muito estranho, por isso vamos deixar isso pra lá. Vamos esperar o resto do pessoal chegar e fazer de conta que nada disso aconteceu. Estamos entendidos? — Naruto somente deu um suspiro cansado se soltando se Sakura.

— Sakura, ela não parecia bem quando saiu daqui, só irei ver como ela está e se precisa de ajuda. Tudo bem? — Sem esperar por uma resposta saiu atrás de Hinata. Sakura somente balançou a cabeça irritada.

(...)

Hinata andava o mais rápido que conseguia, seus pés doíam muito por causa dos saltos. Também protegia a tiara em suas mãos colocando contra o corpo, olhando para qualquer um que passava por ela de forma suspeita e quem passava por ela a olhava da mesma forma, por causa de suas vestimentas.

Chegou em frente ao estúdio em que estava a algum tempo atrás, parecia que foi a dias que tudo ocorreu, mas foi somente a alguns minutos atrás. No entanto, agora estava em um dilema, como entrar ali sem ser vista?

De nenhuma maneira entraria pela porta da frente. Com toda certeza, todos ali queriam sua cabeça pelo que fez. “Talvez se eu explicasse a todos o que aconteceu… não, não iriam acreditar. ” Pelo visto, teria que procurar outra entrada ou achar outra solução.

Pensou em enviar as roupas e a tiara pelo correio, com um belo pedido de desculpa, mas provavelmente já teria um mandato contra ela por furto e agressão, sem contar que sua encomenda poderia ser extraviada. Isso acontecia sempre. Poderia deixar a tiara em frente ao estúdio, péssima ideia, qualquer um poderia pegar.

Suas únicas alternativas é procurar uma outra entrada que não estivesse sendo vigiada ou se render com dignidade. Optou pela primeira opção.

Começou a circular o local em busca de uma outra entrada não vigiada, mas para seu azar a única entrada era a da frente, a parte dos fundos estava trancada e não tinha força ou habilidade para abrir a fechadura. Suspirou, sentindo-se ainda mais cansada. Tinha vontade de sentar no chão sujo e ficar por ali mesmo, todavia, não podia estragar o vestido.

— O que vou fazer? — Sussurrou se sentindo derrotada. Tinha que ter um jeito de entrar ali sem ser vista.

— Falando sozinha? — Uma voz rouca e masculina falou logo atrás de si, fazendo com que ela gritasse de susto. Se virou para pessoa em pânico, se preparando para bater nele se fosse necessário, entretanto para sua surpresa era o cara do ônibus ali que a olhava com uma expressão risonha. Hinata ficou pasma em vê-lo ali, percebendo a situação em que a mulher a sua frente se encontrava resolveu se explicar. — Eu fiquei preocupado. Você saiu correndo murmurando umas coisas sem sentido. — Coçou a nuca com um sorriso sem graça estampado na face.

Hinata estreitou os olhos, observando-o com desconfiança. Pensava que ele poderia estar zoando com ela, ele poderia estar fingindo que não se lembrava dela. Não entendia muito bem como uma pessoa pode esquecer um episódio vergonhoso como aquele do ônibus e também os das redes sociais. Porém, por algo dizia que ele não estava fingindo, mas seja o que for, agradecia — pelo menos era o que se dizia internamente, a decepção ainda estava ali. Queria agradecer o favor, contudo parece que seria salva por ele novamente.

— Qual o seu nome? — Perguntou enfim quando parou de analisá-lo, mas ainda desconfiada.

— Me chamo Uzumaki Naruto. — Deu um grande sorriso esticando a mão para cumprimenta-la. Hinata sentiu suas faces ganhar um tom avermelhado ao ver o sorriso dele, achou simplesmente fascinante.

— Hy-Hyuuga Hinata. — Sentiu vontade de se bater por gaguejar. Não era uma adolescente para ficar abobalhada desse jeito, também não tinha tempo para ficar fascinada por sorrisos bonitos. Pegou a mão dele o cumprimentado.

— Então, o que veio fazer aqui? — Perguntou observando o local que estavam — É perigoso ficar por aqui a essa hora. — Hinata novamente o observou com desconfiança, se perguntando se poderia ou não confiar nele. Após examinar bem sua situação, a melhor opção seria confiar nele.

— Esse é o estúdio que eu estava gravando. — Começou a explicar. — Tive que voltar aqui porque estou sem minhas coisas e tenho que devolver essas roupas. — Não entrou em detalhes a respeito do valor daquela tiara, vai que ele tenta roubá-la. — Agora preciso dar um jeito de entrar lá dentro sem ser vista. Bom, depois do que fiz hoje, não sou a pessoa favorita da equipe. — Sorriu sem graça.

— Entendo. — Foi a única coisa que Naruto disse olhando todo o perímetro pensativo. Hinata fez o mesmo. Precisava achar um jeito de entrar escondida logo ou teria que entregar seu corpo aos leões. Torcia para que a leoa suprema — sua amada chefe. — Não estivesse ali.

Por mais que olhasse, Hinata não via nenhum outro meio de entrar. A única alternativa que tinha era entrar pela porta da frente. “Será que vou ter que me ajoelhar implorando por perdão? ” Pensou aflita.

— Tem uma janela bem ali. — Naruto apontou para uma janela. Hinata se assusta, tinha esquecido que ele estava ali. Olhou para onde ele apontava, mas era alta demais para ela conseguir subir.

— É muito alto. — Falou desanimada.

— Quanto você pesa? — Perguntou a analisando.

— Porque? — Não gostou do rumo dessa conversa. Sem dizer nada, Naruto a ergueu fazendo Hinata soltar um grito pelo susto. — O que você está fazendo? — Perguntou nervosa e ficando vermelha de vergonha. Não entendia porque ficava corada a cada aproximação ou toque. “É por causa do nervosismo Hinata, nada demais. ” Se acalmava mentalmente.

— Te ajudando a entrar. — Respondeu dando de ombros a colocando no chão.

— Porque? — Perguntou curiosa. Não entendia o porquê dele está fazendo isso tudo.

— Por que você precisa de ajuda. — Respondeu simplesmente. — Agora eu vou segurar suas pernas e você apoia os pés nos meus ombros, ok? — Hinata somente assentiu abismada por toda essa situação.

Hinata seguiu as orientações de Naruto. Quando ele se abaixou, tirou os saltos abates de colocar os pés sobre seus ombros, mas antes o avisou que se olhasse por debaixo do vestido ganharia um olho roxo, a única reação dele foi rir. Quando estava com os dois pés em seus ombros, ele se ergueu a segurando, surpresa e com medo de acabar caindo no chão, Hinata apoiou as mãos na parede ainda com segurando seus saltos. Se esticou da melhor maneira que podia, conseguindo alcançar o parapeito da janela, se esgueirando para dentro. No meio do processo acabou chutando a cabeça de Naruto que resmungo de dor.

— Desculpe. — Hinata sussurrou virando-se para ele que somente assentiu. Com muito custo, finalmente conseguiu entrar no prédio.

Dentro do estúdio, Hinata não fazia idéia de onde estava.

— Se afaste da janela. — Ouviu Naruto gritar do lado de fora, porém ao invés de se afastar se aproximou confusa. Tudo que conseguiu ver foi ele subindo em cima de alguma coisa para depois ele dar um pulo e se agarrar no parapeito da janela e em seguida quase cair em cima de Hinata, mas ela desviou a tempo.

— O que está fazendo? — Sussurrou em pânico.

— Já disse, estou te ajudando. — Disse tranquilamente. Hinata realmente não o entendia.

(...)

Os dois andaram pelo lugar tentando fazer o mínimo de barulho possível, se escondiam quando alguém percebia que alguém se aproximava. Hinata estranhou toda essa situação, tudo estava indo perfeitamente bem. Isso era novo para ela, pois era para algum desastre ter acontecido, serem pegos ou algo pior.

— Onde você deixou suas coisas? — Naruto perguntou a trazendo de volta a realidade.

— Dentro de um dos camarins. — Olhou em volta tendo uma pequena idéia da sua localização. — É por aqui.

Caminharam até chegarem em frente de uma das salas que ficava no final do corredor. Entraram na sala, felizmente estava vazia.

— Eu fico vigiando para ver se alguém está vindo. — Hinata assentiu enquanto Naruto saia.

Felizmente todas as suas coisas estavam ali, por isso tratou de agir rápido. Desfez o penteado, sentindo um grande alívio pois apertava muito, por incrível que pareça a maquiagem ainda estava intacta, resolveu não mexer nela, em casa faria isso, agora tinha que trocar de roupa.

Conseguiu desfazer o laço do espartilho do vestido, suspirando de alívio. A sensação de liberdade que seus seios sentiram nesse momento não tinha preço. Tratou de tirar o vestido logo, nunca mais queria usar algo assim. Entretanto, no meio do processo, sem saber como, a vestimenta se rasgou na lateral, não um rasgo pequeno, mas que subia por toda sua lateral.

— Não, não, não… — Murmurou alarmada. Estava tudo indo bem demais para ser verdade.

Começou a roer as unhas em pânico e andar de um lado para o outro só de calcinha, mas nem se importou, nem percebia na verdade.

— Calma Hinata! — Respirou fundo. — Foi só o vestido, nada de pânico. — Controlava sua respiração. O importante ali era a tiara, nada havia acontecido com ela. Em dúvida, foi verificar se estava tudo bem.

Pegou o objeto que havia colocado sobre a mesa, contudo, assim que pegou nele, não um, mas dois dos diamantes se desprenderam.

— Droga, droga, droga… — Sua situação não tinha como piorar, mas piorou.

De repente Naruto entra na sala.

— Hinata, tem gente…. — Hinata congelou ao ouvir a voz de Naruto e Ele travou ao vê-la de calcinha, só de calcinha, sem sutiã.

Hinata estava de costa, agarrou a primeira coisa que viu na frente — que foi o vestido — para cobrir os seios, no entanto não tinha como cobrir a parte de trás.

— O-o-o que está fazendo aqui? — Perguntou tentando se esconder sem se virar. A voz de Hinata tirou Naruto do transe. O rapaz olhava todo seu corpo hipnotizado, principalmente seu bumbum, a calcinha que usava era quase um short que não cobria quase nada, deixando muito para a imaginação. Balançou a cabeça se livrando dos pensamentos nada inocentes.

— Alguém está vindo. — Em pânico, Hinata pegou a tiara, segurou a mão de Naruto o arrastando para dentro do armário que havia ali, dando tempo de se esconder antes da pessoa entrar na sala. Os dois ficaram ali dentro exprimidos um no outro, esperando quem estivesse ali ir embora logo.

Suspiraram aliviados quando finalmente a pessoa saiu da sala.

Saindo de dentro do armário, olhavam para qualquer lugar, menos um para outro. Cada um constrangido com toda a situação.

— Er… vou te esperar lá fora. — Sem esperar por uma resposta Naruto saiu. Hinata rapidamente vestiu sua roupa.

Não conseguia acreditar no que aconteceu.

Tentando evitar mais um momento constrangedor foi resolver a sua situação. Dobrou o vestido, colocou a tiara por cima dele e as pedras que havia se soltado. Escreveu um bilhete pedindo desculpa, por ter estragado as roupas, não iria pedir desculpa por ter socado a cara do cantor — ele mereceu o soco. — Pegou suas coisas saindo dali.

Naruto estava esperando ao lado da porta, seu rosto ainda corado.

— Podemos ir. — Disse constrangida evitando olhá-lo.

Os dois caminharam em silêncio, ninguém ousava dizer uma palavra depois do que aconteceu na sala. Seguiram o mesmo caminho de antes em direção a janela.

Naruto foi o primeiro a descer. Se apoiou na janela saltando direto no chão sem se machucar. Em seguida veio Hinata que ficou receosa de pular dali.

— Eu te pego. — O rapaz disse com um sorriso sincero em seu rosto. Hinata nada pode fazer ao não ser confiar nele.

Fechou os olhos pulando e Naruto a pegou como havia prometido.

(...)

Os dois caminharam pelas ruas em silêncio. Naruto acompanhou Hinata até o ponto de ônibus, ambos em um silêncio reconfortante, mas ainda constrangidos pelo ocorrido no camarim.

Hinata estava pensativa, enquanto Naruto tinha um sorriso no rosto e um olhar de compreensão.

— Muito Obrigada! — Hinata se curvou agradecida. Não sabia o que teria acontecido se ele não a tivesse ajudado. Essa era a segunda vez que ele a salvava, mesmo ele não se lembrando da primeira vez. — Não sei o que teria feito se você não tivesse me ajudado. — Sorriu agradecida.

— Foi um prazer ajudá-la. — Também sorriu.

— Como posso te compensar? — Perguntou querendo retribuir toda ajuda. — Posso te pagar um jantar? Para retribuir o favor, sem segundas intenções. — Disse envergonhada.

— Não precisa me pagar nenhum jantar. Foi um prazer em ajudá-la. — Sorriu divertido.

— Mas… — Tentou argumentar, porém seu ônibus havia chegado. Novamente não poderia retribuir o favor. Quando o ônibus parou em sua frente, deu um suspiro triste. Não queria se despir. — Tchau Naruto. — Acenou para o rapaz subindo no veículo.

— Hinata! — Ouviu ele a chamar, virou para trás no meio do segundo degrau. — Não precisa me pagar um jantar, mas se nós vermos de novo me compre um leite de morango. — Arregalou os olhos sem acreditar.

Ele havia se lembrado.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Aguardo ansiosa o comentário de vocês!
Bjihos!



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