Caso encerrado escrita por Amanda


Capítulo 17
Capítulo dezesseis




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A reunião com todos os aurors que participariam da emboscada fora adiada para o final daquela tarde, que antecedia o tal baile beneficente. Hermione passara a maior parte do dia organizando os últimos detalhes e tentando acalmar sua mente turbulenta, não que suas tentativas tivessem surtido algum efeito. Pelo contrário, sentia-se esgotada.

— Mione, hora da reunião. — Rony colocara a cabeça para dentro da sala, e sorriu tranquilizador.

— Auror Granger, está certa de que os números serão suficientes para sua segurança?  Hermione sentiu a irritação tomar conta de seu rosto, perdera as contas de quantas vezes já tentara convencer um bruxo ou outro de que podia tomar conta de si mesma. Mas a pergunta voltava vez ou outra, disfarçada ou direta ou ponto, estava estampada no rosto de muitos presentes.

— Ela é uma heroína de guerra, pode lidar com qualquer coisa sem metade do seu pessoal! — Draco entrou na sala com seu ar arrogante. — Mas sim, é o suficiente para manter a segurança do local.

Os olhares estavam todos em Draco, que além de interromper uma reunião oficial insultara um auror na frente de todo um batalhão. Hermione só não soltava fumaça pelas narinas porque não era capaz de tal feito.

— Retornamos amanhã com os detalhes de última hora! — Disse com seriedade, sem tirar os olhos de Draco.

Quando o último auror saiu, soltou os pergaminhos que segurava, fazendo-os estalarem sobre a mesa.

— Que diabos você está fazendo aqui? — Seu tom baixo e cortante era perturbador, um claro aviso de que ultrapassara todos os limites. — Pensei que havia sido clara quando disse que não o queria envolvido.

— Bem, parece que esqueceu de comunicar seus amigos.

Fechou os olhos com força e ao abri-los virou-se para encarar os amigos.

— O que é que vocês têm na cabeça?

— Ele pode ajudar!

— Não, ele não pode. — Cortou. — Draco não tem treinamento, é impulsivo, teimoso e arrogante.

— Como você, Mione! — Rony a interrompeu e engoliu em seco diante do olhar duro que receber. — Você não percebe, mas é muito parecida com Malfoy. Tirando a parte sobre ser arrogante, é claro. Por isso acho que conseguirão fazer dar certo!

Paralisou, sem reação. O curto discurso de Rony tinha muito mais significado do que parecia, não falava apenas da missão, mas sua afirmativa tocava em outro ponto que ia muito além da emboscada.

— Podem nos deixar, por favor? — Baixou o rosto para os pergaminhos, mas ouviu quando Rony deixou a sala.

— Compartilho da opinião de Rony. — Harry saiu em seguida, fechando a porta com um click suave.

Hermione permaneceu naquela posição por mais alguns segundos, a postura ereta e firme, mas o rosto apontando para os pergaminhos na mesa que segurava com a mão.

— O quão furiosa você está? — Quando não recebeu uma resposta, insistiu: — Está querendo me matar?

— O que você acha? — Sorriu sarcasticamente. — Não gosto da ideia de tê-lo em combate, não há necessidade de se colocar em risco.

Sentiu que era seguro aproximar-se alguns passos, e o fez com cautela.

— Pense de outra forma, se não fosse por mim, quem seria seu acompanhante no baile?

Draco já estava próximo o suficiente e enrolou suas mãos na cintura de Hermione e puxou-a para si.

— Você nunca se enganou acreditando que eu ficaria parado assistindo você lutar!

— Eu tinha esperanças de que você me ouvisse uma vez na vida. — Confessou frustrada.

— Vou ficar do seu lado até isso terminar!

A frase tinha uma carga emocional muito forte, dois lados de uma moeda que decidiria suas vidas após ser lançada para o alto. E com isso em mente, tudo o que Hermione fez foi dizer:

— Obrigada! — Tentou afastar-se, mas não foi liberada do abraço firme e recebeu um beijo longo como incentivo para que não se separasse de seus braços.

— Que tal se formos jantar e depois caíssemos na cama juntos? — Propôs enquanto corria os lábios pelo pescoço de Hermione.

— É a melhor proposta que recebi hoje! — Riu travessa e puxou-o para seus lábios novamente.

***

Diferente do que Hermione imaginou, a posposta de Draco era muito mais tentadora do que realmente parecia. Quando estava prestes a desaparatar para o chalé das conchas ele a impediu e deixou escapar um sorriso travesso, dizendo que antes de caírem na cama precisavam jantar.

— E onde vamos? — Perguntou, não contendo sua animação. Comer em algum lugar que não fosse o Chalé tornara-se quase um sonho.

— Confie em mim, Granger. — Ofereceu a mão.

***

O restaurante aconchegante tinha duas grandes lareiras acesas, o calor misturado ao delicioso aroma da comida e a música lenta que tocava dava um quê muito charmoso ao ambiente bem-decorado.

Hermione de imediato sentiu-se deslocada, vestia suas roupas estranhamente incomuns e pesadas para aquela situação, mas Draco teve o prazer de tranquiliza-la.

— Você está linda! — A frase sussurrada em seu ouvida fez com que todo seu corpo se arrepiasse, com a promessa de caírem na cama ainda em mente.

Educadamente, Draco puxou a cadeira para que se sentasse e depois arrastou a sua para mais perto de Hermione , afim de ficarem mais próximos do que a distância de uma mesa. Preferia assim, gostava do contato.

O garçom chegou e sugeriu alguns pratos, bem como vinhos e champanhes para acompanhar a refeição. Draco escolheu os pratos e um vinho tinto, o qual, segundo ele, era um dos melhores que já bebera.

Comeram e beberam em silêncio, a refeição prazerosa os silenciou completamente. Somente quando terminaram seus pratos, foi que retornaram à conversa.

— Gina vai me mandar um vestido, na carta ela deixou bem claro que comprou pensando em mim. — Comentou com divertimento. — E você não está nem um pouco interessado no que estou falando.

Suspirou pesadamente quando Draco a encarou com expressão de quem fora pego de surpresa.

— Me desculpe, é que essa música prendeu minha atenção. — Comentou, olhando para onde havia um amplo espaço entre as mesas. — Gostaria de dançar?

— Mas Draco... — Para sua surpresa, ele já se colocara de pé e estendera a mão, esperando que aceitasse.

— Não se deixa um cavalheiro esperando, Granger. — Seu tom era impaciente, mas mesclava-se à diversão.

Deixando o guardanapo sobre a mesa, levantou-se e aceitou a mão de Draco, sendo assim, guiada para o espaço amplo livre de mesas. Posicionaram-se e uma nova música começou, Draco a girou como primeiro movimento e seguiram passos harmoniosos durante o desenrolar da melodia suave e romântica.

— Quis dançar com você desde aquela festa de natal do Slughorn! — Comentou, enquanto habilmente movia os pés para mais um giro. — Você estava dançando com Potter, e parei para observá-los, pensei que havia algo entre vocês. Foi aí que fui pego pelo Filch!

— Por que parou para nos olhar? — Perguntou com real curiosidade.

— Não tenho certeza, havia algo na forma que você se movia. Potter estava péssimo, mas você parecia radiante! — Confessou. — Você tem que entender que durante todos nossos anos em Hogwarts houve momentos em que você prendia minha curiosidade, muito específicos e únicos.

— Poderia citar alguns? — Girou sobre os próprios pés e voltou a colar seu corpo ao de Draco.

— Bem, teve o baile de inverno quando você entrou ao lado do Krum, ou daquela vez que socou meu nariz com tanta força que pensei que feitiço algum o colocaria no lugar. — Riu da lembrança. — Na festa de natal do Slughorn, mas principalmente quando entrou pelas portas do Salão principal ao lado de toda a ordem. Você estava acabada, mas tinha um brilho selvagem em seus olhos.

— Era medo. — Confessou.

— E assim mesmo, lutou até o fim. — Encarou os olhos castanhos.

—Não é como se tivéssemos muitas opções. — Deu de ombros. — Fico lisonjeada com tudo o que disse sobre mim, nunca pensei que, de certa forma, eu atraísse atenção de Draco Malfoy!

— No momento, Granger, o que mais quero é sair desse restaurante e carrega-la para cama. — Confessou, parando de dançar. — O que acha?

Hermione olhou para os lados e Draco ficou confuso com sua atitude.

— Poderia nos trazer a conta? — Pediu quando o garçom passou próximo de uma mesa.

Draco riu e beijou-lhe a bochecha carinhosamente.


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Notas finais do capítulo

Comentem e me contem o que estão achando da história, como esperam que as coisas terminem?? Já pararam para pensar que o fim está próximo?
Até