In Love And In War escrita por Anieper


Capítulo 23
Capítulo 23




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/745969/chapter/23

No dia seguinte acordei com o choro do CJ. Sabia que ele estava com fome, mas a cama estava tão confortável que tinha um pouco de preguiça. Me arrastei para fora e peguei ele no colo. CJ me olhou com os olhos cheios de lágrimas o que me fez sorrir. Sair do quarto o mais silenciosamente possível e desci as escadas. Fui para a cozinha e preparei a mamadeira dele.

O dia se passou lentamente. Entre arrumar tudo e limpar. Judith passou a maior parte do tempo comigo. Ela estava gostando disso. Sabia que ela sentia falta de ficar tanto comigo como quando era pequena, mas eu não podia deixar tudo o que eu tinha que fazer de lado. Quando terminei minhas tarefas, Rick e os outros chegaram. Rick tomou um banho e pegou Judith para passar um tempo com ela, sabia que ele se culpava por não ficar com ela o máximo que podia.

Quando fui me deitar Rick me contou como tinha sido o dia. Ele disse que Carl e Lizzie tinham ido muito bem. Eles sabiam o que fazer e estavam preparados para o que acontecesse. Eu não sabia se me sentia orgulhosa ou ficava triste por meus filhos sabiam matar e lutar assim.  Sabia que eles tinham que saber o que se defender.

— Você também veio alimentar o bebê? – Jesus perguntou entrando na cozinha com Grace no colo.

— Sim. Faço isso todas as manhãs. Maggie deixou Grace com você hoje?

— Eu a peguei. – ele disse se aproximando do armário. – Ela tem que descansar. Um bebê dá trabalho.

— Eu sei muito bem disso. Maggie é teimosa, eu disse várias vezes para ela parar um pouco, mas quando ela coloca alguma coisa na cabeça é difícil alguém arrancar.

— Você apenas deixou que ela cuidasse da Grace para se distrair.

— Isso mesmo. – arrumei CJ no colo e olhei para ele. – Eu me lembro quando Judith tinha essa idade. A vida era tão mais fácil.

— Você é uma mãe incrível.

— Eu escuto muito isso. Mas não sou tudo isso, apenas faço o que qualquer mãe deveria fazer. Cuidar de seus filhos não importa o que aconteça.

— E todas as outras pessoas que não são seus filhos?

— Isso é mais complicado. Eu acho que faz parte em ser mãe. Você começa a cuidar das pessoas e nem mesmo nota. Acho que realmente notei quando eles começaram a me chamar de mãe. Ás vezes me surpreendo quando me chama assim.

— Você trata todos como se fossem seus filhos, não deveria se surpreender tanto.

Eu apenas rir e beijei a testa de CJ que tinha acabado de mamar.

— Viu? É disso que estou falando. Você beijou CJ e nem notou que estava fazendo isso. Sempre que alguém está com algum problema sabe que pode se aproximar de você, que você vai escutar, que você vai estar do lado e que vai ajudar. Você não pede nada quando dá tudo. Dá atenção, carinho, fé, você dá a essas pessoas um motivo para acreditar que tudo acabara bem. Você lutou contra Negan estando machucada, para proteger seu filho. É isso que as pessoas veem quando olham para você. Uma mãe capaz de fazer tudo para salva aqueles que ama.

— Todas as mães não são assim? – perguntei brincando.

— Não. E você sabe disso. A do Carl não foi assim quando o deixou.

— Eu não sei o que aconteceu naquele dia, por isso não posso julgá-la. De certo sempre serei grata a ela. Lori me deu Carl. E meu filho é uma das principais razões por ainda estar aqui.

— E por isso você é uma mãe incrível. Eu queria que minha mãe fosse assim.

Eu apenas rir novamente e olhei para a janela.

— Temos muito o que fazer. Não podemos ficar aqui jogando conversa fora. – olhei para ele e sorri.

— Você com certeza tem mais coisas para fazer do que eu. –Jesus olhou para mim sorrindo. – Sabe, desde que Maggie veio morar aqui, ela fala sobe como você faz tantas coisas que ela não faz ideia de como consegue. E eu tenho que confessar que eu não acreditava, mas passando esses dias com você, vejo que ela estava certa. Você tem que parar.

— Se eu parar agora, eu acho que não sou capaz de voltar a me mover. Esse tempo correndo faz bem para mim, quando eu finalmente pode parar precisarei de pelo menos duas semanas antes de poder ser útil para mais alguma coisa.

— Me desculpa, mas eu não consigo acreditar nisso. Maggie falou que Judith nasceu na estrada e nem por isso você parou. Você seguiu o ritmo deles e então acho que mesmo se parar um pouco, se acontecer alguma coisa você seria a primeira a reagir.

— Eu sou obrigado a concordar com ele. – Rick disse entrando na cozinha. – Acho que de todos você é a pessoa mais forte do grupo. De todos os grupos.

— Parem com isso. Faço apenas o que preciso. – rolei meus olhos e fui até a porta. – Vou colocar CJ no berço e ir ver como Gabriel está. Bom dia.

Deixei os dois sozinhos na cozinha e subi para meu quarto. Coloquei CJ no berço e peguei uma roupa para vesti. Quando estava trocada, desci as escadas e fui para o trailer aonde funcionava a enfermaria. Enquanto caminhava, cumprimentava algumas pessoas por quem passava.

— Bom dia. – falei entrando no trailer.

— Bom dia. – Gabriel disse olhando para mim.

— Como você está hoje?

— Melhor. O doutor Carson disse que estou me recuperando bem. Ele também disse que seus remédios ajudaram muito. Isso sem falar em Edwin que conhece algumas coisas sobre cura natural. Se não fosse por vocês fazem tantos anti-inflamatórios com plantas eu não estaria assim tão bem. E Eugene deu uma sacola de remédios para Carson antes de sair.

— Isso é ótimo. Fico feliz em saber que você está melhor. Estávamos preocupados com você. Não sabemos ao certo o que você tinha. E não sabíamos se íamos conseguir te curar.

— Eu tinha dois médicos a minha disposição, e você para ajudar. Era impossível eu não ficar bem. Nunca vi ninguém estudar tanto para conhecer todas as plantas medicinais possível. – ele sorriu para mim. – Ainda me lembro de quando te vi pela primeira vez. Nunca pensei que fosse assim tão forte. Agora sei que um dos motivos mais fortes por Rick ter chegado até aqui foi porque ele tinha você ao lado dele.

— Rick é tão cabeça dura que acho que estamos destinados a ficar juntos para ver quem enlouqueceria primeiro.

— Como estão as coisas por aqui? – ele perguntou se arrumando na cama.

— Bem na medida do possível. Carol disse que o reinado não foi destruído, Alexandria tem casas de pé, então assim que acabamos com eles, podemos voltar para lá. Teremos que ficar um pouco apertados, mas podemos dá um jeito nisso sem problemas. Rick vai conversar com o pessoal do lixão para ver o que podemos fazer. Ver se eles ficam do nosso lado ou não. E tentar avisa-los. Sabemos que os Salvadores os viu.

— E você como está?

— Estou bem.

— Acho que de todos, você foi a única que nunca se confessou comigo. Você me disse uma vez que seu pai era muito religioso, mas você não.

— Eu não vejo Rick vindo se confessar.

— Ele tem o jeito dele. Ele faz que nem nota. Sei que você notou isso.

— Eu não vou me confessar, pode tirar seu cavalo da chuva. Vim aqui apenas ver como você está. Não para falar como estou me sentindo.

— Você não pode guarda tudo para você, Ally. Isso não faz bem. Uma hora você tem que deixar sair.

Eu olhei para a parede e sorrir.

— Hershel me falava a mesma coisa. Carl me fala a mesma coisa. Eu não guardo tudo para mim, eu converso com Rick. Bom, ás vezes, quase nunca, mas converso. Quando tudo isso acabar, eu te prometo, falarei com Rick. Ou ele vai me obrigar a falar com ele, você não tem ideia de como ele pode ser persuasivo.

— Eu prefiro não ter.

— Ei, não estou falando desse jeito durão dele, nem mesmo sexual. Rick me conhece melhor do que ninguém, ele sabe o que fazer para me fazer falar. Geralmente ele me tira do sério até que eu comece a colocar tudo para fora xingando e batendo nele. E mesmo com minha teimosia, eu sei que tem mais coisas do que posso lidar em minha mente no momento, sei que preciso falar com ele assim que isso acabar.

— Tem certeza que não quer falar agora?

— Tenho. Se eu falar não vai acabar bem para ninguém. – apertei a mão dele e dei um último sorriso. – Eu tenho que ir.

— Eu fiquei preso com Negan, conversei com ele. – Gabriel me disse fazendo com que eu parasse e olhasse para ele novamente. – Ele me contou algumas histórias e eu sei que podemos acabar com isso sem que todos morram. Sem que perdemos muito. Alguns deles vão vim para o nosso lado, precisamos apenas mostra que podemos trabalhar juntos. A guerra nunca nós á lugar e não vai ser agora que vai levar. Temos que ser diferentes. Somo diferentes.

— Tentamos fazer isso e ainda vamos fazer. Prova disse é que tem um grupo deles presos aqui. Depois do que eles fizeram em Alexandria, o reino e Hittop, teríamos que matar todos, mas eles estão vivos. Sei que podemos viver juntos, mas não do jeito que eles querem.

— Matamos mais dos deles do que o contrário.

— Eu sei. Poderíamos estar trabalhando juntos desde o começou, mas isso não é vida. Não é união. Se Negan não precisasse ser dono das nossas vidas, nada disso teria acontecido. Vamos lutar, vamos ganhar. E vamos tentar fazer isso sem mais perdas do que necessário. Podemos e vamos trabalhar com eles, apenas precisamos matar aqueles que não querem isso. Não queremos guerra, Gabriel. Mas aquele não era vida. Não era um jeito de viver. Eu não quero que meus filhos cresçam pensando que temos que colocar medo nas pessoas para conseguimos o que queremos. E não vou fazer isso. Quando chegar a hora, aqueles que ficarem do nosso lado vão sobreviver.

— Rick fará isso?

— Rick fará o que é melhor para todos. Se a maioria dos Salvadores virem para o nosso lado, ele manda parar. Não vamos matar os que não mereçam ou que peçam uma segunda chance. Todos merecem isso. Prova disse é que você agora é uma parte importante do grupo. Mesmo tendo falado o que falou sobre a gente para Deanna quando chegamos em Alexandria.

— Eu pensei que vocês iam me chutar para fora depois daquilo. E ainda teve aquela história toda do Rick tomando a liderança do lugar.

— Damos segundas chances para os que precisam. Ainda somos assim. Temos que ser.

— Eu espero que você esteja certa.

— Eu estou. Descanse.

— Ei, Ally. – Edwin disse entrando no trailer. – Era com você mesmo que eu queria falar.

— Oi. O que foi? Aconteceu alguma coisa? – perguntei confusa.

— Não. Vem. – ele me levou para o trailer ligado a esse que levava para a sala com equipamentos. – Apenas queria refazer o ultrassom que fizemos quando chegamos. Quero ter certeza que seus ossos cicatrizaram corretamente. Rick me mata se você sentir alguma coisa.

— Tudo bem.

Me sentei na maca e esperei ele se arrumar. Edwin ligou o aparelho e começou a fazer o exame dele. Ele passou pela à lateral do meu corpo vendo minhas costelas, Depois desceu um pouco para minha barriga. Ele disse que eu estava com rim um pouco inchado e queria ter certeza que agora estava normal.

— O que? – ele se perguntou enquanto olhava para a tela.

— O que foi? – perguntei olhando para ele.

— Espera um pouco, tenho que ver uma coisa. – ele voltou a colocar gel na minha barriga e desceu um pouco colocando um pouco mais der pressão. – Ally, tem alguma chance de você estar gravida?

— Eu o que? – perguntei me sentando afastando a mão dele da minha barriga.

— Eu preciso saber.

— Não sei. Acho que sim. Mas não estou. Eu levei alguns golpes sérios na barriga, teria sofrido alguma coisa, não? Eu cheguei a cuspir sangue naquele dia no telhado.

— Não necessariamente. Ás vezes o golpe não acertou seu útero. Eu tenho alguns testes aqui. Faça um apenas para o caso.

Peguei o pano do lado e limpei aonde estava com gel antes de pegar o teste que ele me deu e ir para o banheiro. Fechei a porta e respirei fundo antes de abri o teste e fazer. Coloquei na pia e me olhei no espelho para tentar me acalmar antes de sair com o teste na mão. Edwin olhou para mim, mas não disse nada, apenas olhou para o relógio para ver quando sair do banheiro.

Me sentei na cadeira e olhei para meus pés. Em minha mente a única coisa que se passava era que aquele teste tinha que dá negativo. Eu não podia estar gravida, não agora. Como eu poderia ajudar na guerra gravida? Rick surtaria se descobrisse isso. Ele nunca me deixaria ajudar nessa guerra, mesmo sabendo que precisava de mim.

— Acho que já dá para ver. Se passaram quinze minutos.

Peguei o teste e olhei para ele enquanto sentia meu coração disparado no peito.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "In Love And In War" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.