In Love And In War escrita por Anieper


Capítulo 24
Capítulo 24




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Sair do trailer e olhei pra o portão. A essa hora Rick já devia ter saído com Michonne. Pelo menos acho que ele já tinha saído. Respirei fundo alguma vezes para me acalmar e seguir para onde Dante estava de guarda. Ele olhou para mim e sorriu.

— Bom dia, Ally.

— Bom dia. Tudo calmo por aqui?

— Sim. Estou errado em achar que está tudo quieto demais?

— Não. Não estar. Por isso temos que ficar atentos.

— Vai sair hoje?

— Não sei. Acho que sim. Escuta, você viu se Rick já saiu?

— Sim. Ele e a Michonne saíram há alguns minutos. Ele disse que não queria te incomodar, por isso não avisou.

— Ok. Obrigada.

Desci do posto de vigia e fui para o fim da comunidade. Bati na porta do trailer e esperei.

— Oi?

— Posso falar com você? É importante.

— Claro. Espere um pouco.

Escutei o som de algumas coisas sendo empurradas e a porta se abriu.

— Posso entrar?

Dwigth apenas saiu da frente e me deu passagem. Vi que ele teve que empurrar algumas caixas que colocaram lá como estoque.

— Aconteceu alguma coisa?

— Sim e não. Preciso que você faça uma coisa e é bem ariscada.

— O que foi?

— Preciso que você volte para os Salvadores.

— O que? Eles sabem que sou traidor.

— Você pode usar isso ao seu favor. Você vai falar que não é o traidor, que não sabia de nada. Que Roth planejou tudo e que foi ela que traiu vocês. Afinal ela te deu um tiro. Você vai escolher um daqueles Salvadores que confia e vai levar com você. Vocês vão falar que ele conseguiu escapar da gente, mas não conseguiu chegar a base a tempo. Quando estava chegando, viu ela atirando em você e esperou para te ajudar.

— O que te faz acreditar que ele vai me ajudar.

— Eu vou cuidar para que ele faça. Não precisa se preocupar com isso. Será a palavra de dois contra um.

— E se Negan não acreditar?

— Vocês provavelmente morrem.

— Rick sabe disso?

— Não. Eu não quero que as pessoas morram, Dwigth, não precisamos que todas as pessoas morram. Se você conseguir convencer eles a virem para o nosso lado, essa guerra vai acabar logo. Vamos manter vocês como aliados. Não vai mudar muitas coisas. Apenas que vocês não serão escravos, e que não terá um melhor do que o outro no grupo. Nada mais de se ajoelhar para um homem que acaba com vocês. Terão novas regras, mas nada tão radical que não possam viver com isso.

— E se eu trair você?

— Eu vou te matar. Simples assim. Você não deve temer meu marido, ou as outras pessoas que querem te matar nesse grupo. Você deve temer a mim.

— Por que?

— Porque eu não vou apontar uma arma para você se você pisar na bola comigo. Eu vou cortar sua traqueia e assistir enquanto você sangra, sem hesitar. Eu sou mãe e para proteger meus filhos e meu pessoal, eu sou capaz de fazer qualquer coisa. Eu lutei com Negan com as costelas trincadas, quando ele estava batendo no meu filho, imagina só o que posso fazer agora que estou curada. Vai fazer o que eu pedi?

Dwigth ficou um tempo em silêncio enquanto pensava no que eu disse.

— Sim. Pegue o Denis, ele será o mais fácil de convencer. Ele sabe que não precisamos disso tudo. E ele tem família para proteger. Ele não colocará eles em risco te traindo. Ele é um bom garoto.

— Ótimo. Vamos lá, então.

— Espera. Se Rick e os outros...

— Eu cuido deles. Vamos.

Sair do trailer com ele atrás de mim. Ele parou perto do portão enquanto eu seguir para onde os Salvadores estavam presos. Assim que me aproximei Gregory levantou rapidamente.

— Alice, que bom que votou. Veio para me tirar daqui? – ele perguntou fazendo com que eu rolasse os olhos. – Por favor, sabe que estou do lado de vocês. Não podem me deixar aqui para sempre. O que eu fiz foi para tentar manter a comunidade bem. A comunidade a salvo.

— Quem é Denis? – perguntei olhando para eles que apenas olharam para mim sem falar nada. – Qual de vocês é o Denis? Não vão responder? Tá. Vocês querem que seja do jeito mais difícil, então vamos lá. Estou mesmo com um ótimo humor hoje.

Abrir a porta e entrei. Eles me olharam com raiva, mas não se aproximarão. Sabiam que não sobreviveriam se o fizessem.

— É o seguinte, estou sem paciente e sem tempo, ou o Denis aparece, ou eu mato todos vocês, aqui e agora. O que vai ser? Vão falar ou terei que começar a matança.

— Você não vai nos matar. Vocês são uns covardes, são uns bundões. São um bando de cachorros que latem, mas não mordem. – o loiro que levei para o banheiro ver Shiva disse. – Se fosse matar já teria...

Peguei meu revolve e atirei no joelho dele sem me dá ao trabalho de olhar.

— Quem é o Denis? Vão falar ou terei que fazer queixo suíço com todos vocês? – engatinhei a arma e mirei no outro joelho dele e atirei novamente. – Como vai ser?

— Eu. Eu sou o Denis. Por favor, pare com isso. – um rapaz disse se aproximando de mim.

— Viu? Nem foi tão difícil assim. Você vem comigo. – guarde a arma e olhei para o cara no chão chorando de dor. – Meu marido levou um tiro, foi espancado e pesou que nossos filhos tinham morrido, estava com hemorragia interna e costelas trincadas e não chorou como você. Fracote.

Abri a porta e fiz o menino passar na minha frente. Ele levantou as mãos e esperou que eu amarrasse.

— Mãe, o que está acontecendo? – Carl perguntou correndo até mim.

— Nada. Por que a pergunta? – disse fechando a porta.

— Você atirou em um Salvador, está pegando outro. O que aconteceu? Rick não disse nada sobre isso. – Maggie disse olhando para o cara no chão que ainda chorava enquanto os outros tentavam estancar o sangramento.

— Eu vou fazer uma coisa. Vou precisar dele e aquele cara é um idiota. Edwin ou Carson podem dá um jeito nos joelhos dele. Ou deixar ele lá sem cuidado, eu não ligo para ele. Ele já tentou atacar Jesus algumas vezes. Acho que mesmo depois que tudo isso acabasse não poderíamos deixar ele vivo. Ele não vale o chão que pisa. Eu preciso ir. Até mais tarde. Vamos, Denis, por aqui.

Guiei o garoto assustado para fora onde Dwigth estava nos esperando. Ele olhou para nós dois sem saber o que fazer. Ele parecia querer falar alguma coisa, mas não disse quando Dwigth começou a andar.

— Como vamos fazer isso? – Dwigth me perguntou. – Você não me explicou muita coisa sobre seu plano. Você tem um plano, certo?

— Deixa tudo comigo. Temos que ir. Carl logo vem atrás de mim.

— Quem é Carl? É seu marido? Ele vai me matar? – Denis perguntou assustado. – Ele é louco como todos vocês?

— Não, Carl é meu filho. Meu marido é o Rick. Ele é mais louco do que todo meu grupo junto. Vamos logo, temos que nos movimentar.

— O menino com o curativo no rosto?

— Sim. Vamos.

Começamos a andar sem falar nada. Dwight ia um pouco na frente enquanto eu ia do lado de Denis. Ele parecia assustado, mas não fez nada contra a gente.

— Você vai ajudar Dwigth. Ele vai voltar para os Salvadores para espiona-los e vai falar tudo o que eu mandar.

— E se eu não fizer isso?

Eu sorrir antes de parar e jogar ele no chão, antes de pisar no peito dele o mantendo deitado. Dwigth parou e olhou para nós dois. Denis olhou para mim assustado com as mãos para cima mostrando redenção.

— Eu vou acabar com você. Você sabe o que uma leoa faz quando mexem com seus filhotes? Ela ataca, ela mata, ela acaba com todos os que representa perigo. Eu sou a leoa e todas aquelas pessoas são meus filhotes. Se me trair, vai desejar ter morrido quando essa merda toda começou. Se não fizer isso, vai sentir muito pela a sua vida.

— Você é louca?

— A maior parte do tempo, sim. - disse e me aproximei dele lentamente até ficar alguns centímetros de distância de seu resto. – Eu preciso que faça o que eu disse. Assim salvaremos pessoas. Você tem família, Denis?

— Sim. Meu pai e minha irmã ainda estão vivos. Eles são operários no Santuário. Meu pai tem problema de vista e minha irmã tem asma, não aguenta correr muito.

— Quer que eles vivam? Não vamos matar ninguém. Ninguém que não precise pelo menos. Vamos lutar, mas isso não quer dizer que vamos matar todos. As pessoas que estão do nosso lado, vão continuar assim.  As que virem para o nosso lado, aceitaremos e colocaremos juntos com nossas famílias. Vamos fazer que tudo acabe bem para aqueles que fiquem do nosso lado, por isso quero que faça o que vou falar, se não, você vai morrer. Talvez não hoje, não amanhã, mas vai morrer. E morrerá apenas depois que eu matar sua família na sua frente. O que me diz?

Denis olhou para Dwigth que nada disse, antes de concorda com a cabeça. Estendi minha mão para ele e o ajudei a levantar.

— Eu vou ouvir o que você tem a dizer. – ele disse determinado. – Se eu puder ajudar a acabar com essa guerra, vou fazer o que me pedi.

— Você é melhor no jogo psicológico do que Rick. Já pesou em ficar no lugar dele? – Dwigth perguntou me olhando atentamente.

Voltamos a andar enquanto eu explicava o plano para ele. Ele concordou com meu plano, mas via que não tinha tudo para dá certo. Sabia que não seria fácil convencer sobre Laura.

— E se mais pessoas vissem que ela trabalha com a gente? Eu vou emboscar ela, vocês chegam com armas e atiram em mim, vou tentar fazer com que ela não me mate. Fugirei, vocês voltam com um grupo.

— Mas isso não dará certo. Ela pode te matar.

— Deixe comigo, sei o que fazer. – falei e peguei meu mapa. – Sei onde ela está. Venham.

Andamos alguns quilômetros antes de encontramos o grupo deles. Sorrir para eles e fiz um sinal para que eles esperassem. Assim que cheguei perto, fiz barulho e atrair a atenção deles. Depois respirei fundo. Olhei para eles na mira da arma e encontrei quem eu procurava.

— Vocês precisam atiras neles, assim que ela atirar. Apenas nos primeiros. Pelas as costas, não precisa matar.

Me afastei deles e fui para o mais longe que conseguir.

— Ei, Laura. – Gritei fazendo com que todos olhassem para a minha direção. – Eu dei o sinal, por que não matou eles?

— Do que você está falando, sua louca?

— Do plano. Eu vinha aqui e matávamos seu grupo juntos? Deixou de trabalhar para a gente? O que foi? Quer um acordo melhor?

— Eu não sei do que você está falando.

Comecei a me mover.

— Como não? Já se esqueceu como matou seu último grupo? Como atirou pelas as costas de todos?

— Eu vou te matar.

Ela levantou a arma para atirar em minha direção. Assim que ela deu os três tiros, os homens dela saíram no chão. Logo Dwigth e Denis saíram do meio do mato e começaram a atirar em mim.

Corri para longe, esperando que tivesse feito a coisa certa.

 


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Notas finais do capítulo

Eu sei que vocês podem querer me matar, mas prometo que no próximo capítulo coloco o resultado do exame.



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