Amizade em construção. escrita por Any Sciuto
Em alguma parte da floresta Garcia estava deitada em um sono profundo. Havia um capanga ao seu lado e um caninho por onde um liquido escorria até suas veias. Uma enfermeira colocava uma solução no soro cada vez que trocava.
Um homem alto e moreno, de mais ou menos um metro e oitenta entrou na sala onde Garcia estava. Ele fez sinal para o capanga sair e se sentou no seu lugar. Tirou uma arma prateada, edição limitada e colocou na pequena ao lado de Garcia. Ele começou a conversar mesmo sabendo que ela não poderia responder a ele.
— Então nos encontramos de novo Penelope. Faz quanto tempo? Dez anos? Dez anos desde a noite em que eu fui preso pela sua equipe. Sabe.... Eu sempre achei tão injusto o modo que eu fui preso. E como vai o agente Morgan? Lembro eu ele ficou assustado quando eu disse que o relógio dele havia parado. E quando ele olhou para ele... A cara dele foi a melhor. – Ele deu uma parada para um gole de água rápido. – Espero que que o seu pessoal seja bom igual àquela vez. Você terá sorte se sair daqui viva.
Ele pegou a arma e a colocou de volta dentro da calça dele.
— Acorde ela daqui há algumas horas e dê um dos pratos de comida da geladeira. Ela precisa se alimentar. E tomar água. Ela tem que ficar saudável para eu me vingar da equipe do Agente Hotchner.
Ele saiu da sala e pegou seu carro...
— EI! – Ele deu um grito do lado de fora, - Deixe ela amarrada enquanto ela come. Só uma das mãos pode ficar solta. – E deu partida.
Sede da BAU
Luke já estava sentindo a falta de Garcia. Reid sentia a necessidade de ligar para Morgan para avisar sobre Garcia, mas o que ele poderia fazer? Ele não era mais agente da BAU e tinha uma família a quem deveria proteger.
JJ e Prentiss foram ficar com Alvez na sala de Penelope para sentir menos saudade. As fotos espalhadas pela sala, penduradas nas paredes com a melhor amiga as deixava entristecidas.
Hotchner e Rossi discutiam sobre outro assunto. A preocupação deles sobre Penelope era quanto tempo ela conseguiria suportar uma possível tortura.
Jack Garrett e Monty procuravam qualquer sinal no computador ou em alguma atividade digital.
Sem esquecer o suspeito que estava impaciente na sala de interrogatório. Os agentes realmente não estavam preocupados com ele. O motivo? Ele deveria ser pressionado e ser deixado esperando para ser interrogado parecia surtir efeito nele.
Finalmente um dos agentes entrou na sala. Os outros aguardavam na sala de visualização.
— Sou o agente especial Aaron Hotchner. Da Unidade de Analise comportamental do FBI. Você sabe porque está aqui?
— Sim. Talvez seja porque vocês acreditam que eu sequestrei uma agente de vocês.
— A senhorita Garcia não é só uma agente. Ela é uma amiga de todo mundo aqui. E nós não descansaremos até acharmos ela.
— Eu não vou falar mais nada sem um advogado presente. É um direito meu Agente!
— Preste atenção. Se a Agente Garcia morrer você nunca mais verá a luz do sol e eu mesmo te mandarei para o corredor da morte.
— Advogado! Agora!
— Se você cooperar e acharmos a Agente Garcia com vida, podemos fazer um acordo. Vou te enquadrar apenas em sequestro e tortura.
— E se eu não cooperar? Vou para a fila da morte. 15 anos lá e vou ser julgado de novo e ser morto por uma injeção letal.
— Se for ver é um acordo legal. Você vai para a cadeia pela vida toda, mas se livra de uma injeção letal. Menos dor, mais vida.
— Advogado.
Hotch saiu da sala e passou direto com um olhar cheio de raiva. Quando chegou ao saguão do prédio, tirou o celular do bolso e ligou para Jack Garrett.
— Agente Garrett.
— Jack. É... Sou eu. Hotchner.
— Ah. Oi Hotch. Já estava indo ligar para você. Descobri uma coisa sobre a Penelope.
— O que descobriu?
— Acho que sei onde a estão mantendo.
— Onde?
— Você tem botas de caminhada? É no meio da floresta.
Luke se aproximou e Hotchner rapidamente desligou o telefone.
— É sobre a Penelope?
— Olha Luke. Eu sei que você está apaixonado pela Garcia, mas a regra
Anti- confraternização proíbe isso. Pelo menos por enquanto guarde para você.
— Deixe-me ser Claro Hotchner. Eu vou procurá-la mesmo que você me impeça. Eu vou amá-la mesmo sendo contra as regras do FBI.
— E deixe-me ser claro Agente Alvez.... Se vocês forem pegos os dois podem acabar demitidos do FBI. Você é um agente novo e ela já está a muito tempo aqui. Então vamos deixar as coisas no lugar.
Alvez saiu como um foguete da sala, nervoso e chateado. Apertou o botão de descida do elevador com muita força que ele poderia até quebrar. As portas do elevador se fecharam e o elevador começou a descer. Ele chegou até o saguão do prédio e o guarda o chamou.
— Agente Luke Alvez. Há uma encomenda aqui para o senhor.
— Não estou esperando isso. O que é?
— Foi deixado na portaria há alguns minutos.
Alvez assinou a folha de retirada e pegou o pacote. Sentou-se em uma das cadeiras do saguão e abriu. Ele hesitou em abrir. Tinha medo do que poderia ser, mas respirou fundo e tirou uma carteira pequena de dentro. Era pequena o suficiente para guardar duas coisas. Deu outro suspiro e abriu. Eram as credenciais de Penelope. Ele não conseguiu segurar e as lagrimas começaram a descer.
Ele pegou o celular e telefonou para Hotchner que veio com Jack Garrett e Rossi para ver. A letra no pacote não era de Garcia, mas muito provavelmente de quem havia levado ela.
Enquanto isso na cabana um liquido foi injetado em Garcia e aos poucos ela ia acordando. O homem que estava cuidando dela apenas disse:
— Abra os olhos!
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