The little mermaid escrita por Katherine


Capítulo 8
Peixe fora da água




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Sebastian tinha a pele ainda mais branca do que a de Ariel, os cabelos escuros davam um destaque ainda maior para os seus traços. A menina não se controlou, pulou da pedra nadando até o corpo de seu irmão, com a ajuda da água conseguiu puxa-lo, deitando o seu rosto em seu colo. A calda de peixe ainda continuava ali, o que não facilitava muito o processo.


    A dor era terrível. Ela não podia acreditar que aquilo estava acontecendo. Sebastian era a sua metade, a pessoa que mais amava no mundo. Era tudo o que ela tinha, e agora já não estava mais ali. Seu choro era agonizante e escapava de sua garganta de forma torturante. Calisle se aproximou, com Isabella, Edward e Jacob ao seu lado. Todos tão surpresos quanto ela. O garoto da foto estava ali, morto!


     - Ariel! – Jacob gritou, enquanto se aproximava junto com os outros – O que aconteceu?


   Ela continuava a chorar, quando percebeu que a calda não estava mais ali, e sim suas pernas. Bella lhe alcançou um roupão para que pudesse se cobrir e evitar de ficar doente. O corpo de seu irmão foi arrancado de seu colo. Edward e Calisle conversavam entre si desesperadamente.


    - Ei, tudo bem – o Black abraçava ela com força, amenizando a dor – Vai ficar tudo bem.


    A Cullen se aproximou do marido e sogro, voltando a cochichar com eles.
O irmão de Ariel cuspiu água pra fora, com a ajuda da massagem que Calisle fazia. A ruiva tentou se aproximar, mas foi impedida por Jake que puxou-a pela cintura.


    - Não, deixa ele fazer o que for preciso – sugeriu.


   - Calisle – ela chamou – O que está acontecendo?


     Mais água.


    Desta vez Jacob não segurou-a. Ambos correram para ver o que estava acontecendo. Todos com os joelhos na areia quente da praia. Foi quando Sebastian abriu os olhos pela primeira vez. A primeira vez, de uma nova vida.
Os vampiros ajudaram o rapaz a se sentar. Ariel grudou-se no pescoço do irmão com força, ele retribuiu, mas resmungou de dor. A menina foi afastada dele.


     - Graças a Deus!

 

— O que está acontecendo? – perguntou, voltando a se deitar.


     - Você se lembra? Lembra de mim?


   - Que pergunta idiota, Ariel. É lógico que sim! – ele colocou a mão na cabeça – Quem são esses?


   - Seus amigos, vamos ajudá-los.


O sorriso da garota não podia estar maior.


  - Você pode confiar, eles vão te ajudar.


  - Ariel, vamos levá-lo, okay? – Calisle pediu autorização.


— Por favor, Calisle. Faça o que for preciso!


Ele concordou.


Pegaram o garoto pelos braços e sumiram floresta a dentro.


Ariel encarou Jacob ainda sorrindo. Os dois últimos segundos sendo os mais inacreditáveis da sua vida. Ela não podia se conter de tanta felicidade, se jogou nos braços quentes do Lobo e sem que pudesse notar o que estava fazendo, agiu com sua completa vontade, colando os lábios nos dele. Foi único e especial, mesmo que inconsequente. Quando ela notou o que havia feito, tentou se afastar, com medo do que ele pensaria. Mas ele não deixou, mostrando que queria tanto quanto ela. A verdade é que desde que abriu os olhos, Jacob estava com ela, e mesmo que nunca houvesse parado para perceber em meio a toda essa loucura que sua vida havia se tornado, nutria fortes sentimentos por ele.
E mesmo depois de descolarem os lábios, continuaram juntos por algum tempo.


— Eu quero ver o meu irmão – decretou.


— Tudo bem – o lobo se levantou, ajudando a garota a ficar de pé também – Vamos!


Adentraram a mansão repletos de areia e Alice encontrou com o casal no primeiro andar.


— Está feliz? – perguntou para a ruiva.


— Muito! Onde ele está?


— Tomando um banho para fazer os curativos, sugiro que faça o mesmo.


Ela olhou para Jacob por alguns segundos e ele fez sinal para que ela seguisse a orientação de Alice.


— Vou em casa, trocar de roupa – disse percebendo que estava molhado, por também ficar abraçado com a sereia – Volto em minutos.


— Não se preocupe – a Cullen o tranquilizou.


Ariel não demorou pouco mais de vinte minutos no banho, e se arrumou rapidamente, sentindo-se exausta, e ao mesmo tempo elétrica. Desceu as escadas correndo, para desta vez tentar encontrar com o irmão. Jacob já estava ali, sentando no sofá junto com toda a família, até mesmo Sebastian.


— Eu não posso acreditar que você está aqui – beijou o rosto do irmão, sentando ao seu lado – Tudo bem?


— Me sinto quebrado – brincou.


— Foram lesões mais leves do que a sua – Calisle disse – Na verdade, acredito que o tempo em que ele ficou na água ajudou a cicatrizar mais rápido.


Ariel ouvia atentamente.


— Você quer respostas? – perguntou ao irmão.


— Acho que você precisa delas – ele disse, deixando com que todos ficassem em dúvida.


— O quê?


— Acho que já sabe o que somos, não é? – ela assentiu surpresa – É a nossa segunda chance.


— Como você sabe? – perguntou – Encontrei você, temos que achar os nossos pais.


O semblante de Sebastian mudou, ficou rígido.


— Não, Ariel. É a nossa segunda chance, nossos pais não estão vivos.


— Mas, eu achei que...


— Eles estavam usando a segunda chance deles quando você nasceu.


Ela engoliu seco.


— Você nunca me contou.


— Não faria sentido nenhum pra você, maninha. Eu não podia contar!


Ela sentiu um embrulho no estômago, e fez uma careta ao saber de tudo aquilo. Não podia esconder a chateação estampada no rosto ao saber que seu irmão havia escondido algo tão importante de si.


— Uau.


— Bom, agora que a situação está esclarecida, acho que precisamos conversar – Calisle chamou atenção – Tem coisas que não sabem sobre nós, e estamos de braços abertos para que fiquem conosco o tempo que for necessário, se quiserem, seria uma honra tê-los na família, mas quero que me ouçam.


— Ele é um vampiro – Sebastian sussurrou para a irmã que o olhou de olhos arregalados.


— Como você sabia disso? – Esmee perguntou, carinhosamente.


 - Meu pai era um ótimo contador de histórias.


    Ariel se sentiu literalmente, um peixe fora da água.


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