The little mermaid escrita por Katherine


Capítulo 6
O passado




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— Sua melhora tem sido bastante significativa – Calisle disse, voltando a cuidar dos curativo.

Já fazia uma semana desde que desconfiaram o quê Ariel era, e então, todos estavam com os nervos a flor da pele esperando pela próxima lua cheia – a ultima do mês. Ela não havia dado indícios de piora, o que era reconfortante. Conviver com os Cullen não era nenhum sacrifício, pelo menos não para a garota, que acabou se acostumando com todas as características e peculiaridades de cada um deles, e de Jacob, é claro. De vez em quando Calisle lhe dava autorização para que ela pudesse ir até a reserva por pouco menos de duas horas para rever as pessoas. Rachel, Emily, Billy e os garotos. Charlie conseguiu prioridade no caso e estava buscando para que obtivessem respostas concretas o mais rápido possível. Na maior parte do tempo, quando não estava conversando com Isabella, Rosalie ou Jacob, a garota tocava piano com o leitor de mentes, jogando algo com Emmett, ouvindo alguma historia de Jasper ou passando horas discutindo sobre o guarda-roupa de Alice, ela ficava com Esme na cozinha ou com Calisle, conversando sobre o seu estado. A ruiva sabia que tinha algo errado com eles, e mesmo que não tivessem contado ainda, ela tinha suas desconfianças, pelas coisas que diziam. Realmente conseguia se sentir em casa naquele lugar. Todos receberam-na muito bem, colocando suas vontades sempre em primeiro lugar. Até a relação dos vampiros com Jacob havia melhorado – e muito – já que agora o lobinho não saia da mansão.

— E a lesão? – ela perguntou, tocando o corte escondido embaixo dos cabelos cor-de-fogo.

— Quase como um milagre, está praticamente curada – o medico sorriu pra ela – Como está se sentindo?

Ela balançou os pés, soltos no ar.

— Bem – disse com os olhos presos no chão – A lua cheia está bem próxima.

— Eu sei – concordou – Tem medo?

— Todos temos, eu acho.

O loiro franziu o cenho, se apoiando na mesa para que pudesse dedicar total atenção àquela conversa.

— Temos?

Ela o encarou.

— É – afirmou – Medo do diferente. Eu tive medo quando acordei e encontrei Jacob, e quando ele me trouxe pra cá também. O que eu quero dizer é que isso é bastante normal, não?

— Acho que sim – o vampiro deu de ombros.

— Estou liberada? – perguntou.

— Com certeza. Mas, vou querer vê-la antes de dormir, tudo bem?

Ela concordou, pulando fora da maca que havia ali.

Era mais um dia normal.

Jacob e Bella conversavam no canto. Edward tocava piano, e a relação entre a esposa e o lobo não o incomodava mais. Rosalie e Alice discutiam sobre um seriado na televisão. Emmett  jogava seu videogame e Jasper lia ao seu lado. Esme apareceu ao lado da ruiva com um sorriso no rosto, assim que ela saiu do escritório.

— Quer comer, querida?

— Não, Esme. Obrigada – lhe depositou um beijo rápido em seu rosto gelado. Caminhou até o sofá, sentando-se ao lado de Emmett que entregou um controle à ela – Está pronto?

— Pra ganhar de você? Sempre – brincou.

— Ah, tá bom – zombou – Não ganhou de mim nenhuma vez desde que entrou nessa casa, peixinho.

Ela riu com o apelido.

— Na verdade, ela ganhou sim – Roselie defendeu-a – Duas vezes.

— Poxa, Ursinho. Pensei que estava do meu lado – reclamou.                     

Edward e Bella se aproximaram com as mãos entrelaçadas, enquanto Jacob se jogou ao lado da menina no sofá.

— Garotas defendem garotas – Alice disse, como se fosse obvio – É a regra numero um.

A ruiva entregou seu controle para Jacob, porque realmente não estava muito afim de jogar. E sem duvidas não havia nada mais divertido naquela casa do que as brigas entre Emmett e Jacob.

Antes mesmo que o jogo fosse iniciado, conseguiram sentir a presença de Charlie no andar de baixo. Calisle foi rápido, descendo as escadas e voltando algum tempo depois com o mesmo ao seu lado. Ele encarou Ariel antes de cumprimentar todos os outros. Isabella andou até ele em passos rápidos, com um olhar preocupado, sendo acompanhada pelo marido.

— Oi, pai – eles se abraçaram – Tudo bem?

— Podemos conversar? – ele perguntou.

Jacob sentiu seu corpo ficar quente, quase como febril, sabia que aquilo tinha algo haver com o caso. O lobo encarou a menina sorrindo confortante. Ariel espremeu os lábios, também sabendo o que aquilo significava. E todos seguiram para o escritório de Calisle, menos Esmee que continuou ali, fazendo companhia para a mais nova.

Jasper conseguia sentir o clima tenso no ar e mesmo que tentasse reverter a situação, era mais forte do que ele.

— Eu não sei o quê aconteceu – o Xerife disse – Mesmo. Todo o passado dessa menina é um mistério! Não consigo achar que ela oferece algum tipo de perigo, mas também não encontro justificativa. Procurei pelo nome dela em todos os lugares, mesmo sem o sobrenome. E o ultimo registro que eu achei, que fosse o mais parecido com o que ela realmente é foi de dois mil e dez, na França. Descobri algumas coisas, que só me fazem ter mais duvidas ainda.

— O quê você descobriu? – Jacob perguntou.

— O nome dela é Ariel Marie Baron, completou dezenove anos no ultimo mês, dia quatorze. Não consegui encontrar muito sobre ela, por ser muito nova, então procurei um pouco mais sobre seus pais – ele entregou uma das fotos na mão de Jacob que logo repassou para os outros para que pudessem ouvir melhor a historia – Natalie e Louis foram dados como mortos em abril de dois mil e onze, depois de um acidente de carro, onde o mesmo caiu no mar, assim como o que Ariel disse ter sofrido quando Jacob encontrou-a. Louis era procurado pela policia, o que me faz pensar que talvez ela realmente se lembre do que aconteceu, e não quer falar para se preservar.

— Não, isso não é possível – Edward disse. Havia lido na mente dela, ela não se lembrava de nada – Podemos garantir.

— Tudo bem. Ele era um homem muito importante, envolvido com o governo do canada, onde moraram pela maior parte da vida, com os seus dois filhos. Depois da morte, todos os bens foram confiscados e as crianças teriam que ficar sobre algum guardião, não havia mais ninguém da família que restasse, ou que quisesse continuar com as crianças. Ao que parece, Louis era muito odiado.

— As crianças? – Calisle perguntou.

Charlie lhe entregou uma foto, de uma menina ruiva e um garoto moreno quando ainda eram crianças.

— Quem é o garoto? – Isabella quis saber.

— Sebastian Baron, o irmão três anos mais velho – respondeu – Não se sabe como, distribuíram a foto deles como desaparecidos por todos os cantos do mundo, e mesmo que fossem só garotos, conseguiram escapar por todo esse tempo. Agora já são maiores de idade e o governo não tem mais nada com isso, mas de qualquer forma, viveram por mais de seis anos se escondendo.

Todos estavam pasmos com todas as informações que Charlie havia conseguido e nenhum deles tinha algo que pudessem dizer, apenas mais duvidas.

— Sobre Sebastian, o que sabe? – Edward perguntou.

— Nada – Charlie disse – Não sabemos nada.

Calisle pegou a foto do garoto mais uma vez em mãos.

— Me permite?

O Xerife assentiu, vendo o vampiro sair do cômodo, caminhando até Ariel e Esme que continuavam no sofá. Os olhos da garota quase saíram para fora de orbita, ela estava tão nervosa quanto todos eles.

— Ariel, preciso de um favor seu – Calisle disse docemente, lhe entregando a foto – Sabe quem é esse garoto?

Ela fitou o retrato sentindo seu coração doer, quase tanto quando sua cabeça. Flashes fizeram com que Edward arfasse com as lembranças que vieram a tona. A ruiva encarou Calisle com os olhos carregados de lagrimas e os lábios separados pelo susto.

— Como conseguiu isso? – perguntou.

— Prometi que descobriria – Charlie respondeu.

Ela voltou a encarar a figura. Jacob sentou ao lado dela, colocando as mãos em seu braço, trocaram olhares breves de conforto, fazendo com que ela se acalmasse.

— Você o conhece? – Calisle perguntou.

Ela assentiu, sem olha-lo.

— É o meu irmão, Sebastian. Eu lembrei, Calisle, ele estava comigo no carro, no dia do acidente. Preciso encontra-lo!


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