-Eu não acredito em você, falou Marina a Luno, Miguel não pode estar morto!

O Dark Angel apenas a metralhava com seus olhos amarelos, usando todo seu poder hipnótico sobre ela:

-Miguel está morto... Ele está morto... MORTO!!!

-Miguel está morto!?- repetiu ela começando a chorar.

-Isso mesmo minha querida. Mas eu não tive nada haver com sua morte. Ele foi assassinado por outros Dark Angels.- A voz de Luno era mansa e induzia cada vez mais ao estado hipnótico.

-O que eu faço?- perguntou Marina, em transe.

-Junte-se a mim querida, vamos vingar a morte de Miguel.

-O que eu faço?- repetiu ela.

-Te darei um terço de meu poder. Você será uma Dark Angel como eu. Nos vingaremos por Miguel (e seremos felizes juntos).

Logo após deixar Marina no depósito abandonado, Miguel foi localizado pelos dois Cães Alados que passaram a persegui-lo.

A perseguição durou uns 10 minutos, mas logo o anjo se cansou de fugir e decidiu lutar: Ele parou em cima de um prédio, logo os cães tentaram ataca-lo, Miguel defendeu-se.

Enquanto lutava com um dos cães, o outro mordeu sua asa esquerda, quase a arrancando. Miguel soltou um forte grito de dor que não escondia seu sofrimento.

            Miguel concentrou todas as suas forças para tentar voar novamente, mas quando tentou fazer isso, caiu de cima do prédio, de uma altura de quatro andares. Felizmente o corpo físico de um anjo é mais resistente que o de um ser humano e ele só sofreu algumas fraturas.

Ele levantou-se, sua asa esquerda arrastava-se no chão e ele mal conseguia ficar de pé.

-E então Marina? O que acha de minha proposta?- perguntava Luno.

-Eu não sei- respondia Marina.

Seus pensamentos estavam confusos, ela não tinha controle sobre eles e pouco a pouco a imagem de Miguel ia desaparecendo em sua mente.

-Você está bem querida?

-Minha cabeça dói. Parece que perdi algo, ou alguém, mas eu não consigo me lembrar o que eu perdi.

-Eu sei Marina, disse Luno.

-Sabe?

-Sim. Apenas olhe no fundo dos meus olhos. Deixe-me entrar em sua alma. Relaxe.- A voz de Luno era pacifica e transmitia uma estranha paz- Marina, você quer ser igual a mim?

-Isso vai fazer eu me sentir melhor?

-Sim querida. É isso que você procura.

-Então... EU ACEITO!

Luno tocou o rosto de Marina com as duas mãos, ele tinha a permissão então, poderia fazer o que quisesse com ela.

As luzes começaram a piscar, o vento parecia soprar mais forte fazendo barulhos assustadores.

Marina gritou. O barulho cessou e todas as luzes se apagaram.

O tempo pareceu parar, Marina não era mais a mesma...