O mistério da Ilha - Os perseguidos. escrita por Rodrigo Freitas
Notas iniciais do capítulo
Vamos la
— Realmente é de se aplaudir de pé o meu plano. Realmente Rodrigo...
— Voz misteriosa falava comigo com uma capa toda preta o cobrindo. Essa pessoa começava a tirar lentamente a capa, foi quando acordei assustado.
Continuava amarrado naquela mesma corda, naquela mesma salinha e com aquelas mesmas pessoas. A fome me torturava como os meus pensamentos. Não estava mais sentindo aquelas tonturas, mas tinha algo errado ainda nessa história, algo que ainda não foi revelado. Ainda não conhecemos o verdadeiro mandante dessa matilha.
Eu, Luana, Everton, Saucedo e Mesquita estávamos sozinhos finalmente era a hora de pensar em um plano de fuga antes que Patrick ou Pietro voltasse.
— Gente... Acho que eles saíram. Não ouço nada! – Tentava desesperadamente me desamarrar.
— Fiz de tudo pra sair da minha primeira prisão e não consegui... Eles realmente pensaram em tudo. – Mesquita estava cabisbaixo e com alguns ferimentos pelo corpo.
—Se continuarmos aqui iremos morrer! — Insisti.
— O Ro tem razão... Acho que tenho um plano. – Everthon se manifestou e todos olharam pra ele. – Lembram quando eu falava que fiz exercito por um ano na faculdade? Aprendi muita coisa por lá assim mesmo sendo obrigado. – Deu uma risada. – Uma delas foi fugir de algo.
— E você tem um plano imediatamente? – Saucedo mais machucado que todos também resolveu entrar no assunto.
— Eai? – Luana olhava fixamente para Everthon com os olhos cheio dágua.
— Antes de o Rodrigo falar, eu já estava quando conseguindo. – Parou e arrancou a corda das mãos dele com uma faquinha. – Finalmente! – Se soltou e alongou os braços, logo em seguida veio até mim com a faca e me desprendeu. — Me ajude a desprender dos outros. – Enfim todos estavam desprendidos, agora era hora de sair daquele local.
BANHEIRO DA RECEPÇÃO
Júlia e Gilabel estavam no banheiro. Gilabel ainda estava muito trêmula com toda situação, jogava água em seu rosto sem parar quando foi pegar o papel toalha pra se secar, se assustou com Júlia olhando fixamente pra ela pelo reflexo do espelho e deu um grito.
— Meu Deus!! Que susto Júlia! – O susto foi tão forte que quebrou o espelho.
— Susto digo eu... Cuidado que quebrar espelho da sete anos de azar. – Deu uma risadinha.
— Pode ficar tranquila que já estou nesse azar já faz um bom tempo amiga. – Secava seu rosto.
— Vamos ficar bem, acredite!
— Acho que a próxima sou eu... Estou sentindo isso. – Gilabel fadigava muito.
— Temos que voltar para recepção. Nos isolarmos sim é perigoso. – Júlia foi se aproximando.
— O que está acontecendo aqui? – Erick cansado apontou sua arma para o banheiro e viu que só estavam as duas, e logo abaixou. – Está tudo bem meninas? Que grito foi esse? – Logo atrás estava Mary, Gabe e Pietro.
— Só foi um susto nada mais. – Júlia estava calma. – Pietro? Graças a Deus voltou! Cadê o resto?
— Infelizmente não ví... Consegui fugir de Patrick. Corremos sérios riscos aqui dentro. – Parou. – yash está morto e Saucedo desaparecido. Tudo isso no porão dessa recepção.
— Quer dizer que estamos no ninho da cobra? – Gilabel desesperada gritou. – Estamos esperando o que pra sair daqui então? – Começou ficar toda afobada novamente. – Meu Deus estão todos mortos... todos mortos... Mortos!! Estão todos mortos e seremos os próximos!
— Calma. – Erick tentava segurar, mas era empurrado. – CALMA! – Segurou ela firme e a encarou. – Se ficar assim só vai piorar as coisas. Confie em mim pela primeira vez em sua vida! – Continuou encarando. – Vamos sair daqui agora... O Pietro achou o mapa e nos falou um lugar seguro, é pra lá que vamos ok? Vamos sobreviver eu prometo. Existe um rádio que vai direto pro porto aqui da ilha. – Deu um sorriso. – Não vou deixar que nada de ruim aconteça com você, independente se você me odeia e tem nojo de mim. – Os dois se encararam por um tempo.
— Desculpe atrapalhar a cena de novela de vocês, mas precisamos correr. Tenho certeza que a lua está viva. – gabe cortou
— Como falei Gabe, se ela estiver viva é porque foi para esse lugar também, não vi ninguém nessa trajetória. Ela deve ter saído pela porta dos fundos com os outros, em busca de informação. – Pegou o mapa. – Vamos! Não temos muito tempo! – Pietro ficou como líder do grupo e os guiou até a saída da recepção. – Aqui realmente não é seguro. – Esperou todos saírem, deu um sorriso e fechou a porta.
CHALÉS
Martinato estava sozinho com sua mala e arma, caminhou até os chalés dos meninos em busca de informações, não pensou duas vezes e começou revirar mala por mala. Depois disso foi até o espelho que dá no banheiro do chalé e ficou se olhando por um tempo, ele se culpava pela morte de Alex. Depois de um tempo resolveu sair de lá e ir até o chalé que Alex ficou, isolado de tudo e todos.
Foi andando bem concentrado e segurando sua arma, o lugar doía de tão silencioso. Só se ouvia alguns grilos e o vento batendo nas folhas, logo logo o sol estava se pondo. Saiu da estrada de pedra e foi pela grama, foi quando viu um buraco no chão em sua frente, começou andar devagar e levou um susto coma cena que viu. Havia um cadáver todo queimado naquele buraco e em volta dele um monte de papel escrito ‘’ Você será o próximo. Saiu correndo em direção ao chalé novamente, com os olhos cheio dágua, já não mais tão concentrado como antes...
NO QUARTO
Everthon abriu as portas lentamente e olhou para os dois lados no corredor.
— Parece que está tudo tranquilo. – Falou quase cochichando. – Vamos! – Todos saíram bem perto um do outro. Everthon era o único que estava com sua pequena faca.
— Alguém sabe sair daqui? – Fiquei olhando para aquele túnel estranho.
— Quando fui arrastado até esse lugar, pude observar que saímos de algum túnel. – Sau também observava
— Verdade! Os túneis! - - Mesquita pela primeira vez sorriu. – Era lá que eu, Henrique, Ana e Grasi caminhávamos quando fomos surpreendidos por Patrick. Se acharmos esse túnel, eu consigo lembrar a saída e dar o pé daqui até o hospital.
— Esse lugar não é estranho. – Saucedo saiu do grupinho e foi andando mais rápido.
— Tenha calma Saucedo... Não sabemos se estamos realmente sozinhos aqui. – Fui sincero.
— Sabia que eu conhecia esse lugar. – Olhou pra cima e viu uma escadinha que dava no teto.— Estamos bem em baixo do túnel. Até parece que estão mais uma vez nos enganando.
— No momento o importante é sair daqui e nos juntar aos outros.
— Isso. Mesquita nos guie até o hospital, tenho certeza que encontraremos eles, aproveitamos e pegamos alguns curativos. – Everthon foi inteligente e seguimos até o túnel. Mesquita foi na frente tentando lembrar a saída que da perto do hospital. O ultimo era Everthon que ia vigiando com sua faca.
— Se eu não me engano a saída é logo aqui! – Mesquita parou e olhou pra cima. — Só pode ser aqui!
— Conseguimos! – Todos comemoraram e começaram a subir a escadinha que dava pra estrada. Mesquita foi o primeiro a sair e foi ajudando os demais. O ultimo foi everthon que quando saiu do túnel levou um susto.
— Everthon! – Mary saiu correndo chorando até seus braços. – Pensei que estava morto!
— Mary! – Deu um aperto forte. – Que bom que está bem!
Gabe veio logo atrás chorando
— Lua! – Foi andando até ela que também chorava com os olhos roxos. – Me perdoa! Eu devia ter ido contigo. – Se abraçaram. – Eu Te amo! – Beijou a testa dela.
— Eu também te amo! – Deu um sorriso sem graça.
— Quem fez isso com você?
— Eu. – Pietro se aproximou e tirou seu facão que estava em um bolso falso e se camuflava a outro bolço de sua calça, tendo a liberdade de andar com ela.
— Pietro? - Gabe virou assustado.
— Meu Deus esse monstro estava com vocês? – Lua deu um grito e puxou gabe. – temos que fugir ele é um dos assassinos! – Todos se assustaram e foram recuando. Nessa Pietro foi mais rápido e pegou Gilabel como refém.
— Solta ela se não eu atiro! – Erick apontou a arma junto com Gabe e Mary.
— Mary me de a arma! – Everthon rapidamente pegou e apontou para Pietro. — Não estamos de brincadeira filha da puta! Solte ela e se ajoelhe!
— Então atirem! – Pietro gargalhava.
— Tenho ele na mira! – Erick estava concentrado.
— Se tiver na mira atire! Eu não estou. – Everthon deu a escolha paraErick que atirou sem pensar.
— Ué? – Tentou atirar de novo mas não tinha bala.
— Você carregou direito? – Everthon sem entender nada.
— Sim! Não tem bala! – Pietro gargalhou mais uma vez.
— Acham mesmo que sou burro o suficiente? Tudo isso já estava armado e mais uma vez caíram que nem patinhos. – Foi andando pra trás com Gilabel. – Peguei as armas de cada um, e simplesmente tirei as balas sem vocês perceberem. Burros como sempre! – Deu um soco na nuca de Gilabel que desmaiou na hora. – Se alguém se aproximar eu quebro o pescoço dessa puta e ai sim começamos a fase três do jogo.
— Solta ela filha da puta – Erick tentou correr até ela mas Everthon o barrou.— Se atacarmos agora ele mata ela! Vamos conseguir resgatar ela!
Pietro foi saindo com Gilabel que foram sumindo aos poucos.
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E agora?