O mistério da Ilha - Os perseguidos. escrita por Rodrigo Freitas


Capítulo 10
Sem saída!


Notas iniciais do capítulo

O grupo está cada vez mais cercado! CORRA OU SERÁ TARDE DEMAIS!



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ANTES

Luana brincava com sua boneca na sala de sua casa, seus pais alegres observavam cada movimento que ela fazia. Era uma menina doce e simpática, de família rica e aparentemente feliz. O tempo passou e Luana sempre sozinha, já passava dos Quinze anos e ela já estava cansada dessa vida mimada. Foi quando avistou um menino com os cabelos todos enrolados e bem magro, ele passava de Skate olhando pra ela fixamente, parecia hipnotizado. Mas ao mesmo tempo, Luana também o olhava como nunca olhou pra nenhuma outra pessoa antes, logo em seguida o Menino que ainda olhava pra ela, não viu a quina da calçada e levou um tombo bem feio, batendo sua cabeça no chão. Sem pensar duas vezes, Luana correu até ele.

— Hey! Você está bem? – Luana o balançava, mas nada. – Acorda!

            AGORA

— Acorda! – Luana acordou assustada. – Até que enfim acordou a vagabunda! – Pietro à puxando dava risada e fumava um cigarro.  – Vocês são meus ratinhos agora, até a primeira ordem. Posso fazer o que eu bem entender com cada um.

 

Eu estava meio anestesiado ainda, ouvia Pietro falando quase na cara de Luana, a visão turva foi voltando aos poucos, como se eu tivesse saído de uma caixa e o sol invadisse os meus olhos. Comecei olhar pros lado e notei que estávamos em uma sala pequena, ouvia umas goteiras na parte superior, a sala estava completamente vazia de moveis. A única coisa concreta era as cordas amarradas, olhei pro lado e pude ver Everton também amarrado, porém ainda desacordado. Tudo aquilo me dava calafrios fortíssimos.

   Quando pude ver Luana de verdade, me assustei. Estava muito machucada no rosto, nariz sangrando, olho esquerdo enxado e roxo.

— Pietro, como teve coragem de nos trair assim? Porque  a Luana está toda machucada? È covarde até pra bater em uma mulher? – Estava com nojo naquele momento.

— O ratinho dos desmaios resolveu se manifestar? – Gargalhou e Se aproximou de mim. – Como eu disse, eu sempre odiei vocês, mimadinhos de merda, que só pensam no umbigo de vocês mesmos. O problema que abri o olho depois que o chefe me alertou. Depois disso soube a verdadeira felicidade e desprendimento.

— Você é doente isso sim. – Retruquei.

— Sou eu que desmaio por aí sempre nas mortes? Só vejo um retardado aqui. – Deu mais uma de suas gargalhadas, e foi andando até Patrick, que observava na porta. – Se vocês acham que eu sou a pior pessoa que existe aqui, tenho apenas pena de vocês. Digamos que eu estou apenas no pódio, né Patrick? – Patrick deu uma risada bem discreta, usando sempre um palitinho na boca.

— Droga Pietro, eu falei a mesma coisa para aquele viadinho que fui obrigado a tacar fogo. Agora o que eles vão pensar de mim? – Deu uma risada e chegou bem perto da Luana.— Você é tão bonitinha garota... Como teve coragem de bater nesse anjinho Pietro?

— Ela é a que mais odeio. – Encostado na porta, falou com ódio.

— Eu gostei dela. – Sem olhar pra trás continuou. – Como consegue namorar aquele cara estranho que está todo fodido e cagado na recepção? – Luana começou a chorar. – Ele não serve pra porra nenhuma. È fraco. – Começou passar a mão nos cabelos dela. – Sabe... Eu vi ele caindo naquele barranco. – Deu uma risada leve. – Você não tem noção da vontade que eu tive de rir e matar logo aquele paspalho – Olhou pro lado. – Mas o chefe não deixou...

— Tira a mão dela seu caipira doente. – Interrompi e continuei. –Quando eu sair daqui eu vou te matar. Eu prometo! - Patrick parou e foi em minha direção, e voltou a sorrir com seu palitinho na boca. Tirou seu facão do bolso cheio de sangue e apontou na minha bochecham espremento lentamente, senti que estava furando aos poucos e vi um pouco de sangue meu cair.

Você tem muita sorte de eu não poder te matar ainda. – Patrick olhava com uma cara de sarcástico.

— E porque não? – Falei com os olhos quase fechando de dor.

Everton acordou levando um susto, isso fez Patrick parar de enfiar a faca lentamente em minha bochecha.

— O que está acontecendo? – Tentou sair da corda mas era em vão.

— Enfim os três acordados. – Patrick continuou olhando pra mim. – Pietro, traz os outros dois.
— Pode deixar. – Pietro saiu.

— Hoje a festa vai ser fantástica heim? – Patrick caminhou rindo.

Pietro voltou dando ordem para duas pessoas andarem, meus olhos estavam cheio de agua, tinha quase certeza que alguém ia morrer. Pietro trazia Mesquita um pouco ferido, com uma corda nos braços e na boca. Logo em seguida Saucedo apareceu também amarrado, mas não na boca. Saucedo estava muito machucado, mancando. Minha consciência pesou na hora pra mim ele era o grande assassino, mas defendeu todos esse tempo todo.

— Mesquita, Saucedo! – Meus olhos encheram de agua.

— Mais dois pra festa! – Pietro jogou os dois com tudo no chão.

— Muito bem. Cinco pessoas. Alias. Cinco ratinhos amarrados. – Ficou andando em marcha.— O que fazemos com vocês? Já sabem demais! – Ascendeu o isqueiro. Vou ter que queima-los todos?! – Abriu um sorriso e parou.— Pietro... Volte para recepção! O show não pode parar, alias todo mundo pensa que você é mais um rato com medo de morrer. – Gargalhou.

— Quantos? – Arrumando sua faca e pondo em seu bolço da calça.



NA RECEPÇÃO.

Erick estava sentado no chão encostando as costas na porta da recepção, segurando sua espingarda, com uma expressão de bem triste e cansado.  Martinato tinha saído sozinho, Júlia e Gilabel continuavam no banheiro. 
Grasi e Ana cuidavam de Henrique ferido, no hospital. Então a recepção ficou quase que vazio. Eram Erick, Gabriel e Mary
.

— Eu sou uma decepção pra Luana. – Gabriel pensava alto encostado na parede, perto do balcão de bebidas. — Já saiu um tempo e ainda não voltou... Eu tenho que fazer alguma coisa, mas minha perna não deixa. – Tentava se levantar mas não conseguia direito, o machucado só infeccionava mais.

Calma Gabe, vai ficar tudo bem. – Mary também apreensiva por causa de Everton que também sumiu. — Todos eles vão voltar. E Vamos curar essa sua perna.

— Gabriel tem razão. Só ficaram os idiotas aqui, vamos falar a palavra certa. E outra, tem muita gente desaparecida. Só eles irem pro porão que somem. Não estão achando que é algum tipo de armadilha tudo isso? Bem provável que estamos aqui de comida pros lobos. – Erick desabafa uma realidade.

— Calma Erick, nós...

— Nós estamos em uma armadilha mesmo. – Gabriel cortou Mary e se levantou com dificuldade.— Devemos ir atrás agora deles. – Começou andar mancando, quando chega todo afobado Pietro.

— Meu Deus! Pietro! – Erick se levantou na mesma hora. – Cadê todo mundo?

— Você viu a Luana Pietro? – Gabriel pressionou também.


— Gente... Houve um tiroteio, aquele caipira estranho chegou. – Deu uma gaguejada. – Foi horrível. Consegui escapar mas... – Parou

— Mas? – Mary desesperada retrucou.

— Yash e Saucedo não escaparam!

— Como assim Pietro? Não escaparam? – Erick com os olhos cheio dágua

— Eu... Eu vi ele atirando nos dois. – Parou. - Foi nesse momento que consegui correr e me esconder todo esse tempo. – Olhou pra Mary e Everton. — Não vi os outros.

— Então temos que ir pra lá agora. – Gabriel continuou andando.

—Não! – Pietro o parou novamente. – O lugar mais seguro é aqui. Acreditem!

— Eu não aguento mais ficar aqui me escondendo, está na hora de todos lutarem! – Erick foi caminhando sem parar. Gabriel se esquivou de Pietro e foi atrás, fazendo Mary ir junto. Porém de repente um grito de desespero surgiu no banheiro feminino. – Vem dos banheiros! Vamos! Gilabel e Julia estão lá!

Todos pegaram sua arma e correram até o banheiro



NA ENFERMARIA.

— Isso amor! Graças a Deus o tiro não pegou em cheio. E a bala não ficou presa. – Ana com uma voz mais tranquila deu um beijo na testa de Henrique, que estava deitado na maca um pouco melhor.

— Não queria te falar nada amor... Mas eu sou uma pessoa que não conhece. – Henrique ficou a olhando.

— Como assim?

— Eu sou o Deadpol. – Começou a rir e logo em seguida tossir.

— Babaca! Ana riu junto com ele.

Grasi estava na porta e deu uma leve risada revirando os olhos. Saiu da sala e foi procurar por remédios, suplementos para levar com eles
.
— Muito bem... Remédio pra dor de cabeça...  gases... Viagra... Cacete! Ta me tirando esse lugar né? – Assim mesmo guardou. – Sempre bom levar. Tem gente que não nasceu com a benção. – Deu uma risada sozinha. –  Isso! Achei! – Pegou remédios para infecções. – Isso vai ajudar o Gabriel.

— Como será que estão todos? – Henrique tentando se sentar perguntou com a voz um pouco mais forte.

— Xii. Fique de repouso. Tenho certeza que estão se cuidando. – Ana continuava limpando os ferimentos de Henrique.

— Será que não tem nenhum telefone ou rádio por aqui? Essa é a hora de procurarmos isso. Com certeza o Assassino sabe onde estamos. Precisamos correr.

— Ele tem razão. – Grasi voltou com uma sacola cheia de remédios. – Continuamos correndo risco de vida, temos que correr! Ana não é hora de moleza. Ele já esta bem... Vamos atrás de alguma coisa! -  Grasi saiu apressada do quarto com sua espingarda.

— Amor... – Deixou a espingarda com ele. – Pergunte duas vezes quem é se ouvir um barulho. Na terceira atire sem pensar. – ficou olhando pra ele. – Vamos sair dessa. Eu te amo!

Vamos sim! Também te amo. – Henrique ficou sozinho na sala atento a cada barulho e movimento. – Que herói eu posso ser agora?  - Deu uma leve risada e ficou sério.


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Notas finais do capítulo

A partir do proximo capitulo, as coisas vão começar a fazer sentido para aqueles perdidos.
Obrigado por acompanharem galera! E corram!



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