O Menino Que Sobreviveu escrita por Srt Florencio


Capítulo 2
Capítulo Um - A SELEÇÃO


Notas iniciais do capítulo

Olá! Gostaria de agradecer a todos por estar dando uma chance a essa fic e principalmente para a deusa que postou aquela imagem no grupo do Nyah!
Resolvi contar a história desde o ínicio, uma reformulação dos livros, mostrando como foi desde o começo para o trio na Sonserina. Gostaria de declarar, também, que não possuo um calendário de postagem, mas como estou muito animada com a história acredito que as postagens serão bastante regulares.
Boa leitura!



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Harry Potter observou fascinado o teto do Salão Principal, que mais parecia o céu lá fora, enquanto todos eles seguiam em fila até a frente da Mesa Principal, diversos outros alunos ladeando a passagem sentados em quatro grandes mesas dispostas ao longo do Salão.

A mulher que vira antes, aquela que se apresentou como a Profª McGonagall estava à frente, colocando um banquinho de três pernas ao seu lado e, sobre ele, um chapéu velho e todo esfarrapado.

— Quando eu chamar seu nome dê um passo à frente e coloque o chapéu para serem escolhidos para suas casas — disse desenrolando um pergaminho — Chamou alguns nomes para então: — Hermione Granger!

Hermione saiu correndo pelo caminho, sentando-se ansiosamente no banquinho de três pernas e enfiando o chapéu na cabeça.

Não demorou mais do que poucos segundos para o Chapéu Seletor anunciar para todo o Salão: — SONSERINA!

Rony, ao lado de Harry, deu uma risadinha.

— Assim não precisaremos mais nos preocupar com ela — cochichou para o garoto.

Harry concordou embora um sentimento estranho que parecia subir de sua barriga lhe dizia para se preocupar e pensamentos que ele não gostaria de ter rondavam sua cabeça o deixando ainda mais nervoso.

A mesa da Sonserina bateu palmas, não tão animada quanto as outras casas de receber sua selecionada, buchichos começando de toda parte. Ninguém conhecia nenhuma família Granger. Quem seria aquela garota?

Mesmo assim Hermione correu animada para a mesa, sentando-se em uma ponta vaga enquanto os aplausos ainda continuavam.

Outros foram chamados, Neville Longbottom (o garoto que perdera o sapo) caiu ante o banquinho e quando enfim foi selecionado para a Grifinória saiu correndo com o chapéu ainda preso na cabeça. Risos explodiram de todos os lados e até Harry, que se sentia cada vez mais nervoso, teve que se segurar para não gargalhar também.

Quando o nome de Malfoy foi chamado o garoto loiro se encaminhou orgulhosamente a frente de todos parecendo já saber qual era o seu destino e deveria estar certo já que o Chapéu Seletor mal tocou sua cabeça e anunciou: — SONSERINA!

A casa gritou, mais animada do que quando fora Hermione a escolhida, muitos já conheciam a família Malfoy desde o berço e receberam de braços abertos o mais novo deles.

A garota se encolheu um pouco, não tinha realmente querido ir parar ali, havia lido em seus livros que grande parte dos bruxos que se tornaram das Trevas pertenceram a Sonserina, mas fora escolhida e sabia que não existia como voltar atrás.

Aquela era sua casa agora.

Faltavam poucos. Diversas outras crianças que foram escolhidas e separadas em suas casas.

Finalmente o nome de Harry foi chamado o que causou uma verdadeira explosão de conversas entre os outros alunos. Muitos ainda não pareciam saber que Harry Potter estava em Hogwarts naquele ano e que seria colega deles.

Harry respirou fundo quando seguiu até onde estava a Profª McGonagall, mesmo que Rony tenha lhe oferecido pequenas palavras de conforto sussurradas rapidamente antes que Harry tomasse sua posição.

Então as bordas do chapéu esconderam sua visão.

— Difícil. Muito difícil. Bastante coragem, vejo. Uma mente nada má. Há talento, ah, minha
nossa, uma sede razoável de se provar, ora isso é interessante... Então, onde vou colocá-lo?
Harry apertou os olhos, desejando que tudo passasse rápido e que ele não passasse a noite inteira ali porque o chapéu não sabia onde colocá-lo.

— Você poderia ser grande, sabe,
está tudo aqui na sua cabeça, e a Sonserina lhe ajudaria a alcançar essa grandeza, sem dúvida nenhuma, não? — disse a vozinha em sua cabeça.

“Por favor, por favor”, ele pensou.

— Humm… SONSERINA! — anunciou o chapéu para que todos pudessem ouvir.
Harry abriu os olhos, completamente incrédulo, não sabia se queria ir para a Sonserina, não depois do que Rony lhe dissera, não com Malfoy estando lá.

Falando em seu amigo, Rony estava lá, com uma cara meio doente quando o chapéu foi retirado da cabeça de Harry.

Se sentia tão dormente que nem reparou muito nas coisas enquanto se encaminhava para a mesa da Sonserina onde chovia palmas para ele. Passou os olhos pela Mesa Principal, vendo os rostos borrados e a cabeleira prateada do homem que sabia ser Alvo Dumbledore graças à figurinha que tirara do sapo de chocolate no trem mais cedo.

Os olhos azuis do diretor o encaravam indecifráveis por trás do óculos meia lua.

Restavam somente três alunos agora, Rony entre eles.

O ruivo se sentia a ponto de desmaiar enquanto outra aluna era selecionada para a Corvinal e seu nome era chamado.

Já não sabia mais para onde desejava ir. Sonhara com a Grifinória, onde toda sua família estudou, mas ao ver seu mais novo amigo ser selecionado para a Sonserina se perguntou se seria tão ruim assim fugir da tradição Weasley e ir parar em outra casa, sendo o único a não pertencer à casa dos leões.

Ah, outro Weasley! — disse uma vozinha quando o chapéu cobriu a visão de Rony — Mas esse é diferente, eu diria, muito diferente… Astúcia, sim, é capaz de qualquer coisa para atingir o que deseja. Então… SONSERINA!

Harry bateu palmas efusivamente, contente por seu amigo ter sido mandado para a mesma casa que ele embora soubesse que Rony não desejara ir para lá.

Os dois se juntaram na mesa da Sonserina debaixo de uma grande ovação, afinal a casa das cobras não só levara o grande Harry Potter como também os herdeiros de algumas das mais antigas famílias bruxas.

Hermione estava do outro lado, não verdadeiramente acolhida, mas também não desprezada.

— Vejo que vocês vieram para o lado certo afinal Potter — exclamou Malfoy com sua voz arrastada.

Rony olhou para Harry que encarava Malfoy.

— Não existe lado certo aqui, Malfoy.

— Logo você irá aprender que sim — Informou o loiro que logo foi chamado para uma conversa.

— Esse cara não desiste! — falou Rony.

— É — confirmou Harry ainda observando Malfoy.

Mas não ficou assim por muito tempo porque Dumbledore tomou toda a atenção dos estudantes quando se postou em pé e declarou:

— Sejam bem-vindos! — disse. — Sejam bem-vindos para um novo ano em Hogwarts! Antes
de começarmos nosso banquete, eu gostaria de dizer umas palavrinhas: Pateta! Chorão!
Destabocado! Beliscão! Obrigado.

Nenhum dos novos alunos soube realmente o que pensar do discurso do diretor da escola, alguns já haviam ouvido que o homem era peculiar, mas outros, como Harry e Hermione, não podiam deixar de pensar que Dumbledore era um maluco.

— Fred e Jorge tinham razão! — Comentou Rony — Esse homem é realmente engraçado.

— Ele é sempre assim? — Questionou Harry.

— Pelo que meus irmãos me falaram às vezes ele é pior.

— Dumbledore é um gênio — se intrometeu Hermione debruçando-se sobre a mesa — Um dos bruxos mais poderosos da atualidade.

— Mas ainda sim é um maluco — replicou o Weasley.

A garota revirou os olhos, parecendo pensar que não havia porque discutir com aquele garoto e se concentrou em seu prato que parecia ter se enchido de comida magicamente.

Aquele sim era um verdadeiro banquete, algo que Harry nunca vira na casa dos Dursley, não sabia nem mesmo por onde começar. Talvez se ele comesse um pouquinho de cada…

Um movimento na Mesa Principal chamou sua atenção antes que pudesse comer, um homem vestido completamente de preto, que possuía cabelos igualmente escuros e também oleosos, nariz adunco e pele macilenta o encarava fixamente após ter dispensado o Prof. Quirrell.

— Quem é aquele? — Harry perguntou a ninguém em particular

— Aquele é o Prof. Severo Snape — surgiu Hermione de novo — Ele é o responsável por aplicar as aulas de poções e também é o diretor da Sonserina.

— O que foi Harry? — inquiriu Rony com a boca cheia quando viu o outro garoto levando a mão à testa.

— Nada — foi a resposta que recebeu.

Mas com certeza era alguma coisa, Harry sentira uma dor em sua cicatriz que nunca sentira antes e não saberia dizer se aquilo era por conta do Prof. Snape ou não.

Por fim todos comeram e os jovens até mesmo não podiam mais ver as sobremesas de tão cheios que estavam. Foi quando Dumbledore se levantou novamente e tomou a palavra: — Hum... só mais umas palavrinhas agora que já comemos e bebemos. Tenho alguns avisos de início de ano letivo para vocês.
“Os alunos do primeiro ano devem observar que é proibido andar na floresta da
propriedade. E alguns dos nossos estudantes mais antigos fariam bem em se lembrar dessa
proibição.”
Os olhos cintilantes de Dumbledore faiscaram na direção dos gêmeos Weasley.
— O Sr. Filch, o zelador, me pediu para lembrar a todos que não devem fazer mágicas no corredor durante os intervalos das aulas.
“Os testes de quadribol serão realizados na segunda semana de aulas. Quem estiver
interessado em entrar para o time de sua casa deverá procurar Madame Hooch. E, por último, é preciso avisar que, este ano, o corredor do terceiro andar do lado direito está proibido a todos que não quiserem ter uma morte muito dolorosa.”
Harry franziu o cenho diante sua declaração. Aquilo era uma brincadeira? Olhou ao redor, a maioria dos outros estudantes parecia tão perdidos quanto ele próprio então talvez aquilo não fosse algo de ocorrência.

Hermione apertou os lábios, a atitude do diretor era estranha, porque dizer algo daquela forma para seus alunos e não oferece nenhuma explicação? No mínimo era muito suspeito.

— Agora, acredito que todos estejam cansados depois dessa longa viagem e o banquete maravilhoso. Monitores! Acompanhem os alunos do primeiro ano até seus dormitórios.

Os primeiranistas da Sonserina seguiram o monitor chefe da casa (ele ainda não havia se apresentado então Harry não sabia seu nome), andaram por diversos corredores enquanto vários outros adolescentes encontravam seu caminho de volta sem nenhum problema. O tempo todo Hermione ia dizendo para alguém atrás dele sobre o que sabia sobre o castelo já que tinha lido o livro Hogwarts, uma história várias vezes.

Rony estava quieto ao seu lado e Harry até pensou em perguntar, mas decidiu que seria melhor não, o Weasley carregava consigo eu careta desolada, ainda incapaz de formar um pensamento concreto sobre ter sido mandado para a Sonserina ao invés da Grifinória, quer dizer, tinha pensado nisso segundos antes de ouvir a escolha do chapéu, contudo não chegara a concretizar um pensamento. E ver a cara de seus irmãos quando ele andou até a mesa vizinha…

— Vai dar tudo certo — murmurou Harry para ele.

— Eu sei — Mas, na verdade, não sabia.

Passaram por diversos quadros que se mexiam e bradavam ao mesmo tempo, andaram por escadas e se saiam sozinhas de seus lugares e trocavam suas rotas, até chegarem nas masmorras, um lugar frio e úmido, e pararem em frente a uma parede lisa.

— Este é o Salão Comunal da Sonserina — disse o Monitor — Precisam de uma senha para entrar e só alunos da casa serão capazes de encontrar sua passagem. Puro sangue!

Uma porta de pedra apareceu no que antes fora somente uma parede e Harry se mexeu inquieto. Magia era mesmo uma coisa fascinante.

Os alunos entraram em fila no cômodo.

A sala comunal da Sonserina era um aposento comprido e subterrâneo com parede de pedra rústica, de cujo teto pendiam correntes com luzes redondas e esverdeadas. Um fogo ardia na lareira encimada por um console de madeira esculpida e ao seu redor viam-se as silhuetas de vários outros alunos da Sonserina em cadeiras de espaldar alto.

E mesmo com o fogo ardendo incessantemente na grande lareira Harry ainda sentia um vento frio transpassá-lo.

— Estes são os dormitórios femininos e estes os masculinos — indicou duas portas semi escondidas no fim da sala — Garotos não são permitidos no dormitório das garotas. As aulas começam amanhã bem cedo, então aconselho a todos irem dormir, pois precisam descansar para chegarem a tempo em suas salas.

Harry e Rony seguiram para a porta que o Monitor apontara juntamente com vários outros garotos (Malfoy estava em seus calcanhares com Crabbe, Goyle e um outro chamado Zabini), ansiosos para conhecerem  suas acomodações.

Hermione Granger também adentrou o corredor dos dormitórios conversando incansavelmente com Pansy Parkinson. A sua mais nova amiga.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Comentários são sempre bem-vindos!
Ah, e vocês devem ter percebido que há partes do primeiro livro neste capítulo, mas é só porque decidi ser fiel as falas de Dumbledore (e a descrição do Salão Comunal da Sonserina feito pela J.K no segundo livro.
E antes que perguntem a personalidade Sonserina de cada um dos personagens será apresentada nos próximos capítulos.



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