The tradicional family. escrita por giovanacanedo


Capítulo 5
Abraçando o desconforto.


Notas iniciais do capítulo

Como tivemos dois comentários no capítulo anterior eu fiquei muito feliz e reservei esse tempo para escrever. NHOIN EU TO MT FELIZ AAAAAAAAAAA
P.S: Eu tenho tido alguns erros de trocar "Scorpius" por "Draco" mas vou me policiar melhor, ok?



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/745336/chapter/5

Câmara dos Deputados

6:30 AM

 

    Hermione tentava não pensar no que fizera. Nunca em sua vida havia sido tão inconsequente e impulsiva. Passara pela adolescência como uma freira, pela faculdade como uma católica devota e agora havia se entregado totalmente à luxúria de sua carne. Se sentia manchada com sangue e sujeira. Não sabia como trabalharia com Draco Malfoy novamente e muito menos como olharia para a tão doce e calma Astoria. 

    - Granger, a senhora foi chamada na sala do deputado Malfoy. - Eddie era sua assistente muito prestativa. Uma garota gordinha e de feição durona. Uma de suas discípulas no novo serviço. Hermione assentiu, pegou a pasta de projetos de leis e caminhou até o elevador. 

   Sentiu suas pernas tremerem ao lembrar-se da noite passada. Do toque forte de Draco a prensando contra a parede e a apertando o pescoço. Vergonha, logo depois. Eles dizem que o fruto proibido é muito mais gostoso e ela sabia que não poderia dizer que é um mito. 

   A porta já estava aberta. Ela entrou de cabeça erguida, prendendo a respiração. Draco fez um sinal para que a porta fosse fechada. Coisa que Hermione fez, mesmo relutante. Olhando um para o outro a vontade de tirar a roupa era quase incontrolável. Ignorando esses fatos, ela sentou-se à mesa e colocou sua pasta em cima.

— Hermione... - A voz dele saia fraca

— Eu particularmente acho o projeto de lei AI-833 muito importante mas sei que a legalização do RRC não irá interessá-lo por suas particularidades religiosas...  

— Hermione, eu não.. 

— Não, Senhor deputado! - Ríspida. - A resposta é não. Eu não falarei do erro que cometemos na noite passada nem hoje e nem nunca. Se a sua chamada foi por isso então eu estou indo embora. Insistir nisso seria embaraçoso para nós e nossas famílias.

— Nossas famílias?

— Minha filha sabe. - Ela olhou para baixo por poucos segundos. - Não me disse nada mas ela sabe. E Rose não é corruptível.

— Cale-a! - Começou alterar a voz. - Sabe o que um adultério custaria para mim? Eu perderia votos, cargos, dinheiro e seria um escândalo!

— Certamente não sua esposa. Você não deve ter se importado com isso quando me jogou na cama. - Hermione levantou da cadeira. - Se ousar se aproximar de minha filha adolescente eu acabo com a sua vida. E outra, é apenas uma suspeita.

— Que continue sendo uma suspeita.

*****

Biblioteca Municipal

08:33 AM

 

 

    Lily olhava seus resumos analisando-os. Nunca nada parecia perfeito o suficiente e isso a deixava cansada, pois sempre tinha de refaze-los. Tentava de todas as formas ignorar a gravidez que estava por vir. Sentia seu útero se moldar e mexer. Sentia seu coração acelerar toda vez que pensava nisso. Ela encostou a cabeça na cadeira e fechou os olhos por alguns segundos. Quando abriu os olhos, sem esboçar nenhuma emoção olhou para Logan, parado em sua frente com os fones de ouvidos jogados na mesa.

— Quando? - Foi o máximo que conseguiu dizer. Sentia sua alma afundar em um mar de emoções desconhecidas. O rosto de Logan a trazia dor e lembranças lindas demais para serem esquecidas. Mas o fato era que ele havia ido embora e a deixado. Agora ela tinha uma criança no útero e estava cansada demais para estudar, pensar, ou falar qualquer coisa. 

— Ontem. Vim algumas horas depois que soube. - Logan olhava para o rosto cinza de Lily Potter sem saber o que dizer a ela. Tinha ido embora e a deixado para trás mas de alguma forma sentia que voltaria a vê-la. Todos os seus caminhos de festas e irresponsabilidades iriam, de alguma forma, traze-lo de volta para Lily Potter um dia. - Como... - Coçou a cabeça como fazia quando estava sem jeito. Lily lembrava disso. Sorriu, mas por dentro. Por fora ainda não tinha emoção. - Como quer proceder?

— Eu quero... - Ela não havia pensado nisso. Pensou na igreja, nos bancos em que foi criada. Lembrou-se da escola Dominical, nos vestidos, nos versículos, na paz do Senhor... - Eu quero. - Pensou em Jesus, pensou na dor, pensou e pensou em tudo. - Eu quero tirar. 

    Logan assentiu e se levantou depois de dizer.

 - Irei providenciar. 

*****

Mercado Doose 

12:50

 

 

    Rose estava olhando os preços dos cookies. Iria levar alguma coisa para Dominique. Ela se recusava a sair de lá ou fazer alguma ligação. Só avisou a mãe que ficaria na Rose até o fim das férias e tudo estava resolvido. Pensando nisso, Rose não conseguia parar de compartilhar a dor com a prima. Pensava que talvez assim o peso diminuiria para a prima, talvez ficasse suportável. Mas quem ela queria enganar? Estava impotente na situação. 

   - Parece que a gente vai se esbarrar muito. - Ouviu uma voz masculina que reconheceu ser Scorpius Malfoy. A imagem de sua mãe subindo as escadas aos beijos com o pai do rapaz apareceu de relance e Rose endureceu. Olhou para o garoto e sorriu de forma totalmente estranha. 

— É! - Disse, sem jeito. - Mas olha a hora né. Puts, eu tenho que ir. - Virou e pegou uns seis cookies de marcas diferentes e depois pegou mais alguns chocolates. Uns nove. 

— Vai dar uma festa para diabéticos? - O problema era que Scorpius era totalmente o oposto de todos de sua família. Ele era simpático e desinibido quando não pressionado. Estava se torando difícil fugir. Rose parou e pegou caramelo, bolachas, massa de bolos, bolos prontos, chantilly e calda de chocolate. 

— É, pode se dizer que sim. 

    E fugiu. Scorpius se sentiu um pouco ofendido e por isso pegou um biscoito qualquer e seguiu Rose até a fila quilométrica dos poucos volumes. A garota claramente se sentia desconfortável com a presença do garoto e ele queria saber o motivo.

— Rose. - Pigarreou. - Eu... Eu fiz alguma coisa? 

— Não. - Vaga, muito vaga. Talvez ela estivesse até em outro planeta.

— Então qual é o motivo de você me tratar assim?

— Você é amigo do Nott? 

— Sim... Mas qual é o motivo? Ele te irritou? - Rose o olhou um pouco diferente do que nas últimas vezes. Ela conseguiu olha-lo um pouco mais nos olhos, mas parecia fria como um iceberg. 

— Bom, já tem minha resposta. Agora por favor, me deixe em paz. 

— Ok. - Respondeu ele. - Vou embora.

— Acho que seria melhor.

      Scorpius sai do mercado e deixa o alimento no lugar aonde tinha pegado. Um pouco perplexo, se perguntava o que seu amigo havia feito de tão grave para que Rose Weasley o tivesse ignorado e o excomungado de qualquer atividade social. Não devia se importar tanto, afinal era apenas uma garota que ele mal conhecia com birra de um cara que ele conhecia desde os seis anos. Mas havia um sentimento dentro dele que dizia ao contrário. Dizia para confiar em Rose Weasley.

*****

Casa dos Potter

14:54

 

     

     Alvo estava se arrumando para jogar futebol quando uma mensagem chegou no seu celular. Ao olha-la, sorriu internamente. Era um segredo para todos em sua vida. A mensagem e a pessoa da mensagem o faziam estremecer. Era diferente de apenas sexo, era real. Era amor.

Mike Goyle para Alvo Potter.

Eu sinto sua falta. Te amo!

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The tradicional family." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.