The tradicional family. escrita por giovanacanedo


Capítulo 3
Sonoridade familiar


Notas iniciais do capítulo

Gente, queria agradecer as 5 novas acompanhantes da fanfic, e também a Cuddly, que comentou muito e muito detalhadamente. Eu não sou muito boa com agradecimentos, respostas aos elogios, mas enfim - Estou grata de coração, do mais fundo e profundo s do meu 2.
Eu sou escritora, já escrevi no instagram no @reencanta.lhe e no @sindromedegaia, mas também estou escrevendo no blog (http://sindromedegaea.blogspot.com.br/). Lá eu escrevo sobre coisas mais sérias e adultinhas uahushduhdf É bom, sabe? Nessa coisa de vestibular e tal(Sim, eu sou vestibulanda kkkkkk). Enfim, quem quiser dar uma lida eu fico feliz, gosto que leiam o meu trabalho, sabe?
Quais personagens vocês mais gostam? Estou tentando dar uma personalidade diferente para cada um deles, de uma forma que quem leia se identifique com algum. Eu tenho uma dificuldade nisso, geralmente nas minhas outras fanfics eu me concentrava em somente dois personagens - O protagonista e o antagonista. - E hoje eu decidi dar uma coisa melhor pra vocês, tipo, quero que gostem de mais de um e que realmente odeiem ou não gostem de outros, Por isso cada capítulo vai apresentando os personagens em um contexto diferente e tal. Não quero um vilão em si, só várias realidades. Espero que vocês estejam gostando muito da fanfic!



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Domingo de manhã

7:30 AM

  

   Alvo encostou a porta com cuidado, não queria ser pego chegando de fininho de manhã. Seu pai havia dormido na sala o esperando. Por alguns segundos, Alvo fechou os olhos e pediu mentalmente para que Deus o desse passos levem enquanto subia a escada. Seu olho estava vermelho devido a maconha que fumara no fim da noite anterior, tudo muito escondido e longe do Scorpius. Ele gostava de fumar, mas sabia que não era o melhor e também, sabia um pouco da opinião de seus pais. Sua mãe era médica, totalmente geração saúde. Há três meses ela vira um vídeo de um porco sendo abatido e decidiu virar vegetariana. Seu pai fingiu comer a salada de berinjela e deu para o cachorro que acabou fugindo depois da terceira noite. Desde então todos comem em todos os lugares possíveis antes da janta vegetariana e sua mãe pensa que está conseguindo mudar o mundo dos animais indefesos. Pensou no que ela diria se soubesse que ele fumou erva na noite anterior. 

     Fechou os olhos e encostou na porta. Não se lembrava quando essa vida de mentiras e saídas de madrugada haviam começado, só se lembrava que nunca conseguira deixa-la. Às vezes queria parar e dar um tempo nas coisas mas seu instinto era mais forte e ele sempre retornava para o lado escuro. Olhou-se no espelho, não se lembrava de quase nada da noite anterior e isso implicava aonde estavam suas calças. Sua sorte era que toda a rua só acordava depois das oito da manhã. Jogou sua carteira no guarda-roupa de mármore e depois se jogou na cama e adormeceu.

    Lily do outro lado da casa acordou com a batida da porta do irmão. Quando tentou se levantar percebeu que dormira em uma péssima posição. Foi um pouco tonta para o quarto de Alvo. Tinha uma lousa de criança escrito "Não entre se você for a Lils" que ele havia colocado quando tinha sete anos, quando Lily quebrara seu brinquedo favorito enquanto brincavam. Manteve lá como uma brincadeira desde então, especialmente na puberdade. Lily abriu a porta um pouco carente. Precisava de alguém pra contar e sempre pôde contar com Alvo. A garota sentou na ponta da cama e o irmão acordou.

— O que ele fez? - Alvo perguntou sem abrir os olhos.

— Me engravidou. - Alvo deu um pulo da cama e olhou fixamente para a irmã, perplexo. Não conseguiu formar palavras. - Não estou brincando.

   Lily caiu no choro. Seus olhos estavam fundos e inchados. Alvo estava desnorteado e não sabia o que pensar, para ele Lily sempre teria sete anos e agora ela estava na sua frente crescida, desiludida e grávida. O rapaz sentou ao lado da irmã e a abraçou, sem dizer nada. Lily chorava tanto que mal conseguia respirar. O abraço de Alvo significava algo muito mais forte que vai dar tudo certo, significava "Somos irmãos". O que para ambos era uma ligação inquebrável.

Casa das Granger

09:20

 

  

   Rose vestiu o casaco e desceu as escadas. Tentou procurar sua mãe para dizer onde ia, mas ela não estava. Olhou para o celular e haviam três mensagens do seu pai que ela ignorou. Precisava ir para a casa dos seus tios, que era na rua seguinte. Quando chegou lá a porta estava destrancada. Entrou na ponta dos pés, provavelmente Alvo entrara escondido. Seu tio Potter estava dormindo no sofá com os óculos tortos e livro em cima da cabeça. Rose retirou o copo de café frio e cheio da mesinha e jogou na cozinha antes de subir as escadas. Virou para o quarto da Lily, o quarto era uma explosão de cor de rosa que fazia a cabeça de Rose doer. Chamou baixinho por Lily, mas ela não estava. Seguiu para o quarto de Alvo e deparou-se com Lily em prantos. Quando Rose chegou ambos ficaram em silêncio. Não havia o que dizer. Rose estendeu a mão e deu o teste para a prima, que entrou no banheiro do irmão.

— Quanto tempo demora pro resultado sair?

— Quinze minutos.

 A porta abriu e Lily aparece na frente deles.

— Você está grávida? - Alvo perguntou

— Estou. 

    Todos sentaram no chão, em fileira. O silêncio reinava naquele quarto. Gina abriu um pouco a porta e sorriu para as crianças. Rose olhou para a tia, ela vestia um roupão cor-de-rosa de pele de camurça. Parecia maquiada mesmo estando recém acordada. Gina Weasley era perfeita... Como seu pai.

***

Supremo Tribunal

10:40 AM

 

   

   Draco arrumara a gravata quando Hermione bateu em sua porta. Sem saber quem era, disse para que entrasse. Viu em sua direção uma deusa, vestindo uma saia preta justa com uma blusa social colorida em amarelo e branco, com um laço. Ela falava sem parar mas ele não conseguia assimilar nada do que ela dizia, então quando ela se calou ele apenas disse "Sim." e ganhou uma grande risada. Hermione o olhou de lado e disse:

— Então você é gay? 

Draco riu pelo nariz, foi realmente muito idiota.

— Desculpe-me, eu estou dopado com remédios para dor de cabeça. O que disse?

— Eles querem saber sua opinião sobre a lei que permite o aborto no nosso estado. Eu quem encabecei a lei, e agora estou vendo quem apoia. Então...

— Aborto? - Draco pareci perplexo. Aborto? Isso era um ultraje! - Não.

— Era o esperado. - Hermione disse, rindo um pouco. Draco arqueou as sobrancelhas.

— Esperado...?

— É. Draco, você é... Conservador ao extremo. - Hermione tinha um tom cauteloso, como se estivesse falando com ua bomba. 

— Conservador? Eu não sou tão conservador. Também tenho ideias modernas sobre economia!

 Hermione riu e saiu, antes de lançar um olhar furtivo pela porta que atingiu Draco como um tiro no peito.

*****

Casa dos Flemming

16:30 AM

 

    Amber Flemming sempre dava festas quando seus pais viajavam ao trabalho, o que eram quase todos os dias. A menina era uma criança mimada, nunca sairia do estágio pré-adolescente. O que ela queria, ela tinha. O que ela mandava, tinha que ser feito. Sua única e maior companheira era a criada, Delfine Roouse. Depois que sua mãe deixou de amamenta-la, foi Delfine quem pegou a menina no colo e a embalou, deu comida, aguentou o seu humor mórbido e ia as reuniões de pais. 

   As festas da cachinhos dourados sempre eram as melhores. Sua casa enorme, branca, no alto da colina com uma piscina enorme dava a todas as festas uma impressão de sofisticação. Desde os doze anos ir à casa de Amber Flemming era sinônimo de bebida e sexo à vontade. 

   A garota se olhou no espelho. Sentia-se confiante com aquele biquini brasileiro azul turquesa e seu mini short jeans. Seus cabelos louros caiam pelo lado direito de sua cabeça, deixando o seu pescoço desnudo. Tinha uma beleza diferente, quase... Estranha. Suas sobrancelhas eram grandes e castanhas claro, enquanto seu cabelo era quase branco de tão loiro. Seu nariz era fino e seus lábios carnudos. Nunca precisara usar rímel, seus cílios eram naturalmente grandes. A campainha tocou e ela desceu para abrir a porta. Passou sobre ela uma grande quantidade de rapazes com bebidas, aparelhos de som. Em questão de um minuto, sua casa já estava lotada de colegiais e universitários bebendo ao som de Dua Lipa. 

     Amber só se interessava em achar uma pessoa: Scorpius.

 

   Rose entrou na casa branca se sentindo um pouco estranha. A casa parecia um museu, para todos os lados existiam velharias muito caras e muito estranhas. Lily parecia mais confortável, apesar da situação. Rose decidiu dar uma explorada na casa e foi pegar bebida. No balcão estavam Scorpius, Alvo e Jason Rosier. 

— Rose, a que devemos a honra? - Alvo cumprimentou a prima que deu uma risada leve. Jason olhou a ruiva de cima a baixo. Rose Weasley era muito bonita, quase... Perfeita. Seus cabelos ruivos longos davam movimento para seu andar, seu rosto possuía tamanha simetria que jamais vira e seus olhos deixavam qualquer um desnorteado. Aqueles olhos grandes, expressivos e cheios de pecados a serem confessados. Rose provocava a impressão de uma beleza quase celestial.

— Pinga! - Disse a menina. Sua voz era doce, porém possuía representatividade. - Oi, Scorpius. E.. Oi, menino que eu não conheço.

— Jason Rosier. - Ele estendeu a mão, mas a menina não apertou. Ela bebeu um gole do copo e depois olhou para a mão e para ele, e foi embora.

 

— Scorpius! - Chamou Amber.

 

    No quarto de cima Dominique Weasley já estava bêbada demais para dizer qualquer coisa, mas aos beijos com Mike Lestrange. A loira já estava sem sentidos, quase desmaiando quando o rapaz disse algo em seus ouvidos. Algo que ela não ouviu. Tentou dizer para ele parar, tentou afasta-lo mas suas forças estavam indo embora e apesar do desespero e das lágrimas que estavam caindo de seus olhos, já não conseguia mais gritar. E aconteceu, contra a sua vontade, contra seu corpo sentiu algo entrar, machucando sua intimidade. Ela gritou, chorando, mas ele tapou a boca dela. Um pouco depois, sentiu algo molhado em seu rosto: O cuspe dele. Queria morrer, naquele momento. Durou pouco, mas sentira que havia sido uma eternidade. Antes de apagar completamente, uma palavra soava em seu pensamento: Eu fui estuprada.

 


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Notas finais do capítulo

Pesadão, né?



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