Acordei com o despertado, abri as cortinas, nada de sol, apenas um sol totalmente nublado e um pouco de neve pelo chão e nas árvores que já não tinham folhas.

Levantei-me e fui preparar um café bem quente, estava fazendo muito frio, aumentei também a temperatura do aquecedor.

Sentei-me a mesa e me lembrei que tinha de devolver a carta que Emilly deixou cair.

[...]

Era um portão dourado, informaram-me que Emilly estava aqui. Toquei a campainha e dois minutos depois uma mulher veio me atender. Entrei.

Pelo caminho tinha um canteiro de rosas brancas muito bem cuidadas. Era uma mansão muito bonita. Ouvi dizer que foi um presente de um empresário bem rico para Emilly...

Quando finalmente adentamos na sala a governanta sorriu e pediu para que eu esperasse, ela iria chamar Emilly. Fiquei observando os quadros que existiam naquele lugar, parecia uma exposição de arte.

" São bonitos, né? " - ouvi uma voz vindo atrás de mim.

" São sim! " - respondi me virando para ver quem era - " Prazer, Thomas Miller. " 

" Prazer. Emilly Will's " - ela diz sorridente - " Por favor, sente-se. "

" Eu espero não está incomodando... " - disse envergonhado.

" Não! De maneira nenhuma. É ótimo receber visitas... " - Emilly diz sorrindo.

" Boom... Ontem eu me esbarrei com você, e parece que deixou isto cair. " - digo retirando a carta do bolso.

" Oh! Perdoe-me... Ontem eu estava muito apressada. Obrigada por trazer."

" Não há problemas... Eu é que te devo desculpas... " - sussurro encarando minhas mãos.

" Mas por quê? "

Expliquei a ela que li a carta por curiosidade. Pedi desculpas novamente. Eu disse que realmente não queria ter lido, mas a curiosidade foi maior...

Ela sorriu, mas seu semblante mudou, começando a lacrimejar. De seus olhos lindos saiam lágrimas e mais lágrimas. Não sabendo o que fazer, sentei-me mais perto e por impulso, a abracei.