Um grande amigo, um grande amor escrita por Duda


Capítulo 4
Capitulo 4


Notas iniciais do capítulo

Capítulo cheio de fortes emoções...
Espero que gostem



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Caio estava andando calmamente pelo campus com uma turma de amigos quando foi bruscamente abordado por Rafael e só percebeu quando sentiu seu rosto arder com sua mão pesada.

“Seu cretino.” Rafa gritou. “Como pode fazer isso a ela?”

“Então a priminha foi chorar no seu ombro foi?” Caio foi cínico enquanto colocava a mão no canto da boca para limpar o sangue quente que escorria ali.

“Eu te avisei que não fizesse mal a ela não foi?” Rafa estava completamente descontrolado e falava partindo para cima do outro.

“Qual é o problema hein? Está tomando as dores da priminha é? O que ela disse para você? Que eu não vou me casar com ela? Quanta ingenuidade de nossa prima quer..”

Caio não pode completar a frase pois Rafa acertou com tanta força que o derrubou no chão e os dois começaram a golpear-se, a platéia em volta já era grande mais ninguém separava a briga, Caio conseguiu colocar Rafa contra uma árvore e então continuo o cinismo.

“O que foi? Por que está tão sentido hein? Será que é porque ela preferiu a mim e não a você? Ou você pensa que me engana, eu sei muito bem que você é quem gostaria de ter trepado com ela...”

“Seu cretino filho da mãe...” Rafa acertou-lhe novamente no supercílio, o que fê-lo sangrar com maior intensidade.

“ADMITA!!! VOCÊ A AMA? NÃO É? ANDA? ADMITA???”Caio segurava-lhe pelo colarinho.

“Amo. É isso que queria ouvir? Eu a amo, mas ela preferiu você, e eu sempre respeitei isso, mas não vou deixar você magoá-la assim, tá me ouvindo?”

Caio soltou rafa e foi distanciando-se de costas.

“Então porque não fica com ela?” Ela é toda sua.

“Seu...” Rafa tentou golpeá-lo novamente, mas Marcelo que havia acabado de chegar o segurou desta vez.

“Calma Rafa, mas o que está acontecendo aqui? Você nunca foi de levantar nem a voz quando estava nervoso e agora parecia o cão de guarda protegendo seu território.”

“Marcelo, preciso que faça um favor pra mim.”

“Tudo bem eu faço, mas me explic...”

“Não dá tempo, olha eu preciso que leve este trabalho pra mim na sala 415 e entregue ao professor Ildeu Gonçalves, diga a ele que eu não pude ir e... olha inventa qualquer coisa tá, eu tenho que ir.”

“Espera Rafa. O que houve?” Marcelo falava com Rafa que já se distanciava.

“Depois eu te explico tá?” Rafa falou antes de entrar no carro.

Pouco tempo depois Rafa chegava em sua casa muito apressado procurando pela prima.

“Isa, já sei o que vamos fazer.. Isa?” Rafa já entrou falando só depois se deu conta de que ela não estava mais lá?

“Ela já foi embora Rafa.” Cissa disse calmamente.

“Droga!!! Eu vou lá.”

“Rafa espera, você vai sair assim??” Cissa referia-se a roupa suja de terra e o rosto machucado, pela briga que tivera a pouco.

“Não há tempo Cissa.” Rafa disse batendo a porta e tirando o jaleco para ficar mais apresentável.

***

Na casa de Isa, ela estava sentada no sofá esperando pelo pai.

“Isa minha filha, o que você está pretendendo? Não é melhor se acalmar, você e seu pai já estão brigados, não vai arrumar mais motivos?” A mãe de Isa estava preocupada, pois a filha estava com os olhos inchados de chorar, a mãe notou, e chamou a ela e a irmã para uma reunião em família, só faltava o pai.

“Não vou fazer nada mãe, já fiz, apenas irei comunicar.”

Isa mal acabara de terminar a frase e a porta da sala se abriu. Era seu pai.

“O que é isso, reunião de família?” Ele perguntou em tom sarcástico.

“É pai, eu convoquei.” Isa falou decidida.

“Olha aqui Isabelle, eu acabo de chegar do serviço, que aliás foi muito cansativo, não tenho paciência para ouvir os seus chiliques de garota mimada tá.”

O Sr. César disse enquanto ia em direção ao quarto.

“Espera pai. Não é chilique, eu preciso falar um assunto sério com o Sr.”

O Sr. César parou, deu meia volta e com a voz já alterada começou a falar.

“Eu já disse que não vou voltar a te dar mesada, se você quer me afrontar, tudo bem mas faça isso com SEU dinheiro porque eu não trabalho a morrer para sustentar seus caprich...”

“Eu tô grávida pai.” Isa falou de uma vez interrompendo o raciocínio do pai.

“Como é que é?!!” O pai de Isa falou incrédulo, parando enfrente a filha. “ Você o quê?”

“Isso mesmo que você ouviu, eu estou grávida.” Isa mal acabou de falar e sentiu o ardor da mão pesada de seu pai em sua face.

“César?!!!” Gritou a mãe de Isa.

“Não se meta Sara, você sempre protegeu sua filha mas agora ela passou dos limites.” O pai de Isa gritou com a esposa e virou-se para Isa novamente. “Quem é o pai?”

“Não vou falar.” Isa foi firme.

“Como não vai falar? Eu exijo saber quem fez isso com você?”

Neste momento Caio entra na sala, mas não teve tempo nem de perceber o que estava acontecendo.

“Caio você sabe. Quem é o pai da criança que a Isabelle está esperando?”

Caio ficou sem palavras, olhou fixamente para Isa, e depois para seu Tio e gaguejou um não que na verdade apenas deixou com mais raiva o pai de Isa.

“Você está tentando protegê-la, mais não vai conseguir porque eu vou descobrir de qualquer jeito.” O Sr. César falou enquanto tirava o cinto da cintura e dirigia-se até a filha.

“Eu nunca bati em você Isabelle, talvez tenha sido este o meu erro, mais nunca é tarde para começar.”

As lágrimas começaram a escorrer no rosto de Isabelle, não porque seu pai a ameaçava, mas porque no fundo ela tivera esperança de que Caio pudesse arrepender-se e assumir o filho, mas não nem mesmo com seu pai, que neste momento dava-lhe a primeira cintada, ele foi capaz de mover os lábios para impedir.
“Anda Isabelle! Fala.” O Pai de Isa levantava a cinta para bater-lhe novamente.

“Não vou dizer pai.”

“Diga!”

Neste momento Rafa entra pela porta da sala e ao ver a cena gritou rapidamente.

“É meu, tio.”

Todos, inclusive Isabelle, olharam incrédulos para Rafael.

“É isso mesmo que vocês ouviram, o bebê que Isa está esperando é meu.” Rafa falou aproximando-se da prima, fazendo com que ela ficasse em pé.

“Rafa eu não quero que voc...”

“Eu sei meu amor que você não quer me prejudicar, mas eu não vou deixá-la sozinha nesta situação, eu fiz o filho e eu irei assumi-lo.”

“Mas Rafa...”

Rafa beijou a prima superficialmente nos lábios para impedi-la de continuar a falar, e ao terminar disse baixinho que ela não falasse mais nada.

“Então é você Rafael, e eu que achei que você fosse um rapaz honesto e respeitador...”

“E eu sou Sr. César, mas me apaixonei por sua filha, e então começamos a namorar, mas tivemos medo de que vocês não aceitassem, e...” Rafa respirou fundo “enfim aconteceu, e agora eu estou aqui para pedir sua filha em casamento.”

“Rafa você não pode...” Isa tentou, mais foi novamente interrompida, desta vez por seu pai.

“Isabelle, o que você quer? Envergonhar nossa família? Não basta estar grávida, agora não quer se casar? Quer o quê que amanhã todas as revistas de fofocas da cidade tenha sua foto estampada questionando quem é o pai de seu filho? Ou você esqueceu que eu sou um homem conhecido no país todo? HEIN!”

“Mas pai, o Rafa está se formando no próximo semestre, irá acabar com a vida dele e depois ...”

“Isa, já disse que não vou fugir a minha responsabilidade...” Rafa aproximou-se de Isa e acariciou a barriga da prima e continuou. “... Esse filho que está esperando é meu e eu quero estar presente em todos os momentos de sua vida, juntamente da mulher que eu amo.” Rafa agora beijou-a no rosto, e abraçou-a para poder falar baixo em seu ouvido. “Deixe-me ajudá-la.” E então segurou-lhe o rosto molhado e viu-o balançar afirmativamente.

“Muito bem, quando pretendem casar-se.” O pai de Isa perguntou.

“O mais breve possível.” Rafa foi quem respondeu. “Hoje mesmo, vou ligar para meus pais e dar entrada nos papéis, não se preocupe tio. Agora posso ficar a sós com Isa?”

“Claro, o que não podia acontecer já aconteceu mesmo, não é?”

Então todos saíram da sala, mas antes de sair Caio, que também estava machucado porém já recomposto, não deixou a oportunidade passar.

“Parece que o soco que te dei atingiu mesmo sua cabeça em Rafa, até resolveu seguir meu conselho.” Ele disse rindo com cinismo.

“É melhor você sumir da minha frente seu cretino, ou eu termino de fazer aqui mesmo o que comecei na faculdade.” Rafa falou com ódio no olhar.

“Então vocês brigaram na faculdade? Ah meu Deus, é por isso que você está assim Rafa...”

“Seu priminho querido, resolveu tomar suas dores, agora o que me intriga é ele ter resolvido assumir esta criança tão rápido, a menos que, ele esteja dizendo a verdade e seja realmente o pai deste bebê.”

Isa não se conteve e deu um tapa no rosto de Caio.

“Saia já daqui.”

“Já estou indo.”

Isa virou-se para Rafa, a expressão no seu rosto era um misto de alegria, tristeza e confusão.
“Porquê você tá fazendo isso Rafa?” Isa perguntou soluçando.

Rafa, quis dizer que a amava, e que, faria qualquer coisa por ela, mas conteve-se e disse apenas que ele a considerava como uma irmã, e não podia desampará-la agora.

“Mas Rafa, é a sua vida, você estará se formando agora, não pode se prejudicar dessa maneira.”

O que Isa não entendia, era que tudo o que o primo queria era tê-la ao seu lado, e a idéia de acordar ao seu lado todos os dias o deixava mais ansioso e feliz.

“Não se preocupe Isa, vai dar tudo certo, a gente se casa você vem morar na minha casa, nós continuaremos indo à faculdade juntos e você poderá esperar seu bebê com maior tranqüilidade.”

“É lindo o que você está fazendo por mim Rafa, mas e a Cissa? Ela vai concordar com tudo isso? E seus pais? Você pensou no que seus pais vão dizer? Eles vão...”

“Xii.. Rafa pôs os dedos nos lábios de Isa... não fala mais nada tá, já disse para não se preocupar, a Cissa já está quase casando mesmo, e depois ela vai saber o que todos vão saber nós nos apaixonamos e escondemos de todos, mas agora não dá pra esconder por causa do bebê.”

“Rafa, todos sabem que eu te considero como um irmão, ninguém vai acreditar nesta história.”

“Seu pai acreditou não foi? Então, isso é que importa, e para os outros bem... a gente vai ter que fingir também.”

Rafa falou dando a entender que eles teriam de se relacionarem com mais intimidade na frente das pessoas, o que causou certo embaraço entre ambos.
“Rafa eu te adoro, mais não sei se vou conseguir?”

“Não precisa se preocupar eu... eu...” Rafa engasgou um pouco ao falar... “não a deixarei embaraçada... e depois vai ser apenas por algum tempo...” Rafa falou com uma tristeza profunda... “até o bebê nascer e as pessoas se acostumarem, depois a gente... diz que nosso casamento não deu certo e por isso nos separamos, as pessoas fazem isso todos os dias.”

“Está bem.” Isa falou finalmente.

“Bom é melhor eu ir embora, tenho que contar a novidade à Cissa, e ligar para meus pais.”

Rafa agora se aproximou de Isabelle segurou-lhe o rosto, sua vontade era de beijá-la, mas conteve-se e apenas perguntou-lhe:

“Você vai ficar bem?”

“Vou...” a voz de Isa saiu sussurrada.


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Notas finais do capítulo

Gente que canalha este Caio hein? E que coragem do Rafa hein? Será que ele vai conseguir sustentar esta farsa até o fim?



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