Why We Broke Up escrita por Melina Carbone


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

boa leitura :)



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         Pra começar, vou te explicar como isso tudo começou. Essa coleção toda não começou assim do nada. Foi algo construído aos poucos – assim como o que tínhamos. Provavelmente você não se lembra, mas nosso primeiro “contato” foi aos onze anos – veja bem, seis anos atrás – e foi acho que umas duas ou três semanas depois de você ter se tornado amigo do Al.

         Era quase natal, estávamos acho que há uma semana de voltar para casa para as férias de inverno, e você e o Al tinham pegado uma detenção juntos por estarem fora da cama depois do horário – ainda tento entender como vocês foram capazes disso. Depois dessa detenção, parecia que não existia mais um Albus sem um Scorpius do lado. Até ele te conhecer, nós éramos inseparáveis. Talvez por sermos primos ou por sermos melhores amigos desde pequenos, não sei ao certo. Depois dessa detenção, você e ele se tornaram inseparáveis.

         Eu sinceramente não queria te conhecer e não queria, muito menos, ser sua amiga, mas você estava sempre com o Al e isso acabou me forçando a ficar perto de ti – o que eu sempre tentei evitar. Em uma tarde de dezembro, eu tinha combinado de ajudar o Al num dever de poções e quando eu cheguei na biblioteca, você estava lá também. Até hoje eu não sei por que diabos você estava lá sentado de frente para o Al e sorrindo para mim enquanto eu me sentava com vocês.

         – Oi, é, ah... – lembro de ter resmungado. – Vamos lá... O que você precisa mesmo, Al?

         – Precisamos entender por que temos que estudar quando o natal já está quase aí. – o meu primo brincou rindo. – Qual a função dos azeites, unguentos e inalações? – ele assumiu um tom sério depois que eu olhei feio para ele.

         Talvez você não se lembre, mas eu passei uma tarde inteira tentando explicar para vocês dois as diferenças entre sopa, caldo, suco, acho que cheguei até a explicar como preparar a poção arduganic e a de cura de picada de aranha. O Al até tentava fazer uma piada ou outra para descontrair, mas eu via que você estava realmente interessado e fazia várias anotações enquanto eu falava sobre como a poção fotográfica agia.

         Depois desse dia, você se tornou mais “aturável” para mim. Eu já não te evitava mais tanto assim. Mas essa paz toda só durou até o dia de voltarmos para casa para as festas de fim de ano. Eu, você e o Al ocupamos um vagão da locomotiva; você e o meu primo brincando com uma mini-goles que o Al tinha e eu lendo um livro de aritmancia.

         Em algum ponto do caminho, o Albus acabou dormindo – nada de novo sob o sol. Acredito até hoje que você ficou entediado por seu amigo ter dormido – por mais que você diga que não.

         – Weasley? – você me chamou baixinho. – Weasley. – a mini-goles do Al atingiu o meu braço e eu te olhei irritada. – Vamos conversar.

         – Não quero conversar, estou ocupada.

         – Para de estudar por um segundo e conversa com outras pessoas como se fosse normal. – você revirou os olhos e afundou no banco da cabine.

         Eu tentei te ignorar, juro que sim. Tentei fingir que não tinha te escutado e tentei me concentrar no meu livro. Mas não funcionou, desculpa.

         – Ei! – você reclamou depois de ser atingido na cabeça pela mini-goles enquanto eu ria.

         Parece até estranho falar – e ainda mais escrever isso tudo. Eu, Rose Weasley, passei parte da viagem de volta para Londres rindo e conversando com você, Scorpius Malfoy. Falamos sobre tudo, desde infância a quem não gostávamos em Hogwarts. Não parecíamos mais Weasley e Malfoy no mesmo ambiente.

         Lembro até de te contar alguns dos meus sonhos mais recentes – você sabe que eu sempre fui muito apegada ao que sonhava. Lembro da sua risada ecoando depois que eu te contei sobre o meu medo de trovões. Lembro de rirmos juntos e termos uma cumplicidade enquanto víamos o Al resmungar enquanto dormia profundamente.

         E então passou a senhora Fernandes passou com seu carrinho de vendas de guloseimas.

         Eu até procurei nos bolsos das minhas vestes por alguma moeda que fosse, mas elas estavam todas jogadas no fundo do meu baú. Tentei até ver se o Al tinha alguma moeda consigo, mas nada também.

         – Aqui. – você sorriu ao me entregar um sicles.

         – Não precisa, muito obrigada. – obviamente aqui meu orgulho enorme já despontava. Você deu de ombros e foi até a porta falar com a senhora Fernandes enquanto eu tentava fazer um lembrete mental de sempre deixar moedas no bolso para da próxima vez não ficar com vontade.

         – Três bombas de caramelo, por favor. – eu ouvi sua voz pedindo. – E dois sapos de chocolate, por favor. – eu sinceramente não ouvi essa parte, mas sei que você pediu (como até você me confirmou algum tempo depois).

         – Logo menos você estará como uma bola pelos corredores de Hogwarts. – eu brinquei.

         – Aqui, Weasley. – você me entregou uma bomba de caramelo e um sapo de chocolate.

         – Não precisa, Malfoy, obrigada. – eu sorri de volta.

         – Não precisa mas eu já comprei para você, ué. – você se jogou no sofá ao lado do meu primo e colocou uma bomba de caramelo do lado dele.

         Eu fiquei tão sem reação que por um momento eu fiquei te observando abrir a sua própria bomba de caramelo. Acho que até hoje nunca comentei com você sobre essa sua atitude.

         – E o sapo de chocolate? – perguntei tentando esconder que era o doce de que mais gostava.

         – É o seu favorito, não? – você soltou. – Seu primo me contou um dia desses. – você comentou depois de perceber que eu te olhava estranho.

         Não trocamos mais nenhuma palavra depois disso. No fundo, eu ainda estava surpresa por você ter me dado doces – até então nós não éramos amigos. Acho que você também estava surpreso consigo mesmo, pois estava com uma cara estranha que só se aliviou quando o meu primo acordou.

         Nesse dia você deixou de ser só um amigo qualquer do Albus e se tornou uma pessoa agradável de conversar.

         Você não deve saber, mas o meu cartão do sapo de chocolates era sobre a Clarice Girani, a melhor artilheira da história do quadribol mundial – como você pode ver aqui jogada nessa caixa. Sempre tive uma admiração muito grande por ela e sempre fui muito fã da história desse esporte – por mais que você só visse quão sexy eu ficava durante uma partida.

         Talvez você não se interessar por todos os conceitos que me envolvem tenham feito, afinal, a gente terminar, Malfoy.


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Notas finais do capítulo

Eu não consigo me segurar e não postar alguma coisa, mas juro que dessa vez tentarei aguardar por algum retorno porque, sinceramente, me faz bem saber se você está gostando ou não e, mais ainda, o que você acha que pode ser o próximo objeto



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