Até onde a vista podia se ver havia flores douradas decorando cada canto do castelo. Enquanto Frisk andava mais ficava maravilhada com a beleza daquele lugar. A construção era é enorme e a garota andava sem destino pelos corredores, atravessando vários cômodos diferentes, porém, ainda não tinha visto uma alma viva naquele lugar.

Depois de um tempo, Frisk se viu em um enorme corredor e um pouco mais a frente uma gigantesca porta de madeira,   juntando toda a coragem que tinha ela foi em direção a porta e a abriu. O cômodo onde havia entrado era uma espécie de sala do trono e no centro dela havia um canteiro repleto de flores douradas; com um trono no meio; as flores lindas e pareciam muito bem cuidadas; no fundo da sala havia outro trono coberto por um lençol e um pouco maior do que o que estava entre as flores e do lado desse trono havia uma passagem.

Frisk curiosa se aproxima e da uma espiada dentro, mas só tinha um pequeno corredor escuro.

*Insira som de passos aqui*

Frisk: Droga...

Alguém estava indo para a sala onde ela estava, e só naquele momento Frisk percebeu que havia novamente entrado na casa de alguém sem permissão e que se fosse descoberta estaria bem encrencada de novo. E sem ousar se perguntar o que havia do outro lado entrou na passagem escura; quando entrou ela percebeu que no fim do corredor havia outra passagem de onde saia muita luz.

*Os passos se aproximam*

Frisk: *Droga*

Frisk rezou para que onde quer que desse aquela passagem, tivesse pelo menos um lugar pra se esconder.

O lugar onde ela havia entrado era mais uma caverna, só que está era diferente havia uma espécie de parede de luz em seu interior e pequenas luzes das mais variadas cores flutuavam ao seu redor. A garota tentou se aproximar da parede de luz, mas alguma força invisível a impediu de prosseguir, depois de ficar um bom tempo insistindo na idéia de se aproximar da parede mágica ela finalmente desiste.

O dono dos passos pareciam ter ido embora, mas a garota tentou ficar atenta a qualquer ruído fora do comum, mas baixou um pouco a guarda para admirar as pequenas luzes coloridas.

"Será que eu consigo pegar uma para olhar de perto?"

E com esse pensamento em mente ela começou a correr atrás das luzes que voavam mais baixo, mas aparentemente elas eram conscientes porque toda vez que Frisk tentava chegar perto elas voavam pra longe o que acabou se tornando uma atividade bem divertida. A brincadeira durou um bom tempo até que ela se cansou e acabou se sentando no chão para recuperar o fôlego.

Frisk: Isso foi muito divertido *risadas*

As luzes começaram a se agrupar e a claridade do lugar aumentou tanto que foi impossível manter os olhos naquela direção.

Frisk: Ei o que vocês estão fazendo?

A claridade diminuiu e Frisk pode finalmente olhar para as luzinhas.

Frisk: Por que fizeram isso?

Uma pequena luzinha na cor verde limão se afastou do grupo e se aproximou da garota e só então Frisk percebeu que aquilo não eram luzes... Eram almas humanas.

"Monstros malvados podem querer pegar sua alma."

A voz de Temmie ecoou dentro de sua cabeça.

Alma: Por favor... Fuja pra bem longe daqui...

A alma começou a falar em sussurros, mesmo sendo difícil de identificar a voz claramente pertencia a um garotinho.

Frisk: O-O quê?

Alma: Por favor... Vá embora.

Todas as almas começaram a falar coisas similares para Frisk, e ela percebeu que haviam várias vozes diferentes como homens, mulheres, crianças das mais variadas idades e até mesmo vozes de criancinhas que ainda não tinham aprendido a falar direito.

Frisk: O que aconteceu com vocês?

???: Já chega vocês, estão assustando a garota...

Todas as almas se apagaram deixando apenas a luz da barreira mágica. Quando Frisk olha para a porta da caverna havia uma enorme mulher cabra parada na frente, trajando uma imensa capa roxa e com uma pequena coroa na cabeça.

???: O que você está fazendo aqui garotinha? Aqui não é lugar para alguém como você ficar entrando.

Frisk: Que lugar é esse ?

???: *Suspiro* Nosso mundo não é muito grande, estamos em uma barreira mágica que marca os limites deste mundo.

Frisk:...

Sem dizer uma palavra a garota começa a procurar alguma coisa dentro de sua bolsa.

???: Você parece assustada, não está interessada em experimentar um delicioso pedaço de torta de caramelo com canela e se acalmar um pouco?

A mulher cabra sorri de forma gentil pra Frisk, mas ela não retribui apenas encara a criatura na sua frente.

???: Então vamos?

A mulher cabra estende a mão para a garota.

Frisk: FICA BEM LONGE DE MIM!!! *ataca com a faca*

A faca acerta de raspão o braço da mulher cabra abrindo um corte pequeno de onde começou a cair uma poeira branca esquisita misturado com um pouco de sangue.

???: POR QUE VOCÊ FEZ ISSO!?

Frisk: VOCÊ NÃO VAI TER MINHA ALMA!!!

???2: Rainha Toriel está tudo bem aí?

Frisk olha na direção da passagem novamente e vê duas crianças Monstros que pareciam ter mais ou menos uns 8 anos de idade. Um era um pequeno dinossauro sem braços e o outro era um garoto cabra, ambos possuíam olhos de botão.

Toriel: Monster Kid... TIRE O ASRIEL DAQUI E ENCONTREM UM LUGAR SEGURO PRA SE ESCONDER!!!

Monster Kid: *acena*

Os dois saíram correndo da passagem. Frisk não foi atrás deles, apenas guardou sua faca na bolsa.

Frisk: *Me desculpe...*

E foi embora sem dizer mais nada.
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Frisk ficou muito tempo perdida pelo castelo, mas conseguiu encontrar a saída, pegou o elevador e foi em direção aonde havia descido do barco do barqueiro(a).

barqueiro(a): Tra lalalalala você voltou, gostaria de pegar uma carona no meu barco?

Frisk: Me leva pra Snowdim por favor.

Durante o percurso de volta o/a barqueiro(a) cantou mais coisas sem sentido até chegar na pequena cidade de neve.

Quando desceu do barco foi logo recebida pelo Belo Cavalheiro.

Belo Cavalheiro: Onde você estava!? Fiquei a noite toda te procurando e você simplesmente desapareceu!

Frisk sabia que se contasse o que tinha visto naquele castelo e que tinha atacado alguém, não iria estar em bons lençóis.

Frisk: Não estou muito afim de falar sobre isso, eu só quero ir dormir.

Belo Cavalheiro: Melhor irmos para o Pink Palace, lá você pode descansar.

Os dois caminharam em direção a casa e ao entrarem a única coisa que Frisk queria era encontrar uma cama. Seguindo pelo mesmo percurso que fazia em sua casa, a garota entrou em seu próprio quarto e se jogou na cama com a esperança de se esquecer do que havia acontecido.