Adoentada. escrita por Any Sciuto
Já passava da meia noite quando Gibbs recebeu uma ligação no telefone. Ele não reconhecia o número.
McGee dormia na mesa dele, assim como Tony e Ziva e apesar e uma possível recompensa metade da agência tinha ido para casa. Gibbs sabia que tinha uma pequena possibilidade de ser Abby telefonando para avisar que havia escapado ou poderia ser o sequestrador ligando para pedir algum resgate.
— McGee! – Gritou Gibbs fazendo McGee acordar.
— Sim chefe. – Disse McGee.
— Numero bloqueado ligando para mim. – Disse Gibbs. – Rastreie agora.
McGee digitou no computador abrindo a página de rastreio telefônico.
Gibbs atendeu o telefone com receio.
— Aqui é o Gibbs. – Disse atendendo ao telefone.
— Agente Gibbs. É sempre um prazer conversar com você. – Disse a voz do outro lado da linha. – Embora eu ache que prazerosa é uma coisa que a nossa conversa não vai ser.
— Ah é? E porquê? – Começou Gibbs. – Porque não me fala seu nome e a gente se encontra pessoalmente para dizer se ela foi prazerosa ou não?
— Hahaha. – Riu a voz. – Sempre agressivo agente Gibbs. – Mas não dar nada certo se você for agressivo x agressivo. E quem vai sair perdendo é a senhorita Sciuto.
McGee tentava rastrear o telefone, mas estava demorando demais.
— Continua enrolando. – Sussurrou McGee.
— Porque não vem me pegar? E eu te mostro o que é ser agressivo x agressivo. – Disse Gibbs. Ele não levantava muito a voz para não acabar fazendo besteira e o cara desligar na cara dele.
— Agente Gibbs. A senhorita Sciuto vai pagar por tudo o que ela fez. – Disse a voz ao telefone.
— Ligou para que? – Perguntou Gibbs. – Para sabermos que você é o merda que matou ela e te levar para a cadeia de onde nunca deveria ter saído?
— Eu sei que você é um bom agente, Agente Gibbs. – Disse a voz. – Acho que você já sabe quem eu sou.
— É... Eu já sei quem você é. – Disse Gibbs. – Terry Spooner. Você tentou matar a Abby há algum tempo atrás, mas teve seus planos frustrados por mim e por Dinozzo e pela própria Abby que incapacitou seu capanga com uma arma de choque.
— Ah. Finalmente. – Disse Terry. – Acho que você já deve saber o que eu quero.
— Sei sim... – Disse Gibbs. – Você vai fazer a Abby pagar pelos seus erros.
— Consegui chefe. – Disse McGee baixinho para Gibbs. – Já tenho uma localização.
— Me diga Terry. – Disse Gibbs. – Vai valer a pena levar uma bala na cabeça por causa de uma vingança?
— Se você me encontrar talvez você consiga colocar uma bala na minha cabeça. – Disse Terry.
— A primeira coisa que você vai levar é um tiro. E a segunda vai ser um no meio da cara. – Gibbs desligou na cara de Terry. – Temos uma localização McGee?
— Temos! – Disse McGee. – Um galpão em Takoma Park. Uma ou duas horas daqui.
— Comigo dirigindo a gente chega em menos tempo. – Disse Gibbs. – Dinozzo! David! McGee! Agora!
Os três agentes pegaram suas armas e distintivos e foram para o elevador.
— O que está acontecendo – Perguntou Tony ainda com sono.
— Possível pista da Abby. – Disse Gibbs. – Enquanto você e a Ziva dormiam eu recebi uma ligação daquele verme safado se vangloriando de ter levado Abby.
— McGee localizou ele? – Perguntou Tony.
— Lógico que sim Dinozzo! – Disse Gibbs. – Acho que a gente tem que ir e matar aquele babaca antes dele tentar algo contra a Abby.
— Estamos prontos chefe. – Disse Tony.
— É hora de acabar com a raça desse cara. – Disse Ziva, fazendo os outros olharem para ela. – Ah. Qual é gente? Vocês já teriam pensado nisso.
— Ela está certa chefe. – Disse McGee. – É da Abby que a gente está falando.
— É justo, McGee. – Concordou Gibbs.
Os agentes entraram no carro e Gibbs acelerou tudo o que conseguia para chegar rápido.
— Chefe. Vai com calma. – Disse McGee. – Não vamos conseguir ajudar Abby se morrermos em um acidente.
— Hoje não McGee. – Disse Gibbs. – Abby está correndo perigo demais e a gente está sem tempo.
— Mas dá para ir com um pouco de calma? Acho que ir a 180 por hora não diminui nossas estatísticas de vida. – Disse McGee.
— Quer dirigir McGee? – Perguntou Gibbs. – Se ele matar Abby eu vou ficar muito, mas muito zangado e vou descontar na primeira coisa que ver pela frente.
McGee pensou um pouco e concluiu que não valia a pena morrer.
— Então vou colocar o meu cinto de segurança. – Disse McGee.
Tony fez o mesmo que McGee e Ziva também. Gibbs acelerou o carro e em trinta minutos chegaram em Takoma Park.
McGee saiu do carro balançando. Tony vomitou do lado de um riacho e Ziva penteou o cabelo. Mas Gibbs saiu do carro como se tivesse ficado sentado tranquilamente sem tontear ou vomitar.
— É aquele armazém. – Disse McGee apontando um grande prédio. – O sinal vem de lá.
— Vamos matar alguns ratos. – Falou Gibbs engatilhando a arma.
Tony, McGee e Ziva fizeram o mesmo. Gibbs foi com Tony pela parte da frente enquanto Ziva e McGee foram por trás.
— Quando eu chegar no três. – Falou Gibbs no ponto eletrônico com Ziva e McGee.
— 1. 2. 3. – Disse Gibbs. – Agora! – Gibbs empurrou a porta de ferro e Ziva fez a mesma coisa. – Agentes federais. – Gritou Gibbs. – Terry Spooner. Apareça de onde você estiver.
Gibbs e Tony avançaram pelo galpão e Ziva e McGee fizeram a mesma coisa.
McGee foi para um lado com sua arma em mãos e Ziva foi para outro.
Tony foi para outra parte do galpão e Gibbs fez a mesma coisa.
— Limpo. – Gritou McGee.
— Limpo aqui também. – Disse Ziva.
— Aqui também está limpo chefe. – Gritou Tony.
— Aqui não. – Gritou Gibbs fazendo com que os agentes fossem até ele. – Temos um corpo.
Tony pegou a lanterna e iluminou a parte escura.
— É um homem. – Disse Tony. – E parece estar morto há poucos minutos.
— Merda. – Gritou Gibbs. – Chame o Ducky e mande-o vir pegar o corpo. Precisamos descobrir quem é o falecido.
Ducky e Palmer chegaram alguns minutos depois.
— Chegaram rápido. – Disse Gibbs.
— Já estávamos no caminho. – Disse Ducky.
— O que quer dizer? – Perguntou Gibbs.
— Sabíamos que haveria um corpo aqui. – Disse Ducky. – Você é um homem previsível. Não sabíamos de quem seria o corpo. Mas um de vocês iria ganhar.
Ducky se aproximou do corpo e parou de repente.
— Qual o problema? – Perguntou Gibbs.
— É um dos homens que Amarraram eu e Palmer e levaram Abby. – Disse Ducky. – Porque Terry mataria um de seus comparsas?
— Um caso clássico de não há honra entre ladrões. – Falou Tony.
— Se for isso Terry ficou agressivo e não está conseguindo mais controlar sua raiva. – Disse Ziva.
— E ele vai querer se vingar do objeto de sua raiva que no caso é a Abby. – Disse McGee. – E ela já está sobre seu poder.
— Onde esse filho da puta levou Abby? – Perguntou Gibbs.
— Eu não tenho certeza chefe. – Disse McGee.
Gibbs saiu do local. Ducky e Palmer colocaram o corpo na van e foram embora.
Gibbs se sentou no meio fio de uma calçada. A rua estava vazia e nenhum caro se atrevia a passar por aquele lugar àquela hora. Gibbs fechou os olhos por alguns minutos. Ele queria dormir, mas a incerteza de que se ele dormisse e quando acordasse Abby já estivesse morta o impediram.
— Chefe. – McGee colocou a mão no ombro de Gibbs.
— O que foi McGee? – Perguntou Gibbs se assustando.
— Desculpa chefe. – McGee se sentou ao lado de Gibbs. – Acho que deveríamos dormir um pouco. Já vai amanhecer e dormir seria bom.
— E se Abby estiver morta quando a gente acordar? – Perguntou Gibbs.
— Não vai resolver nada a gente virar a noite. – Disse McGee.
— Você não respondeu à pergunta McGee. – Disse Gibbs.
— Ela não vai estar morta Gibbs. – Disse McGee. Obviamente McGee não tinha confiança no que ele próprio dizia.
O dia estava amanhecendo e Gibbs não conseguia parar de pensar em Abby.
— Vocês vão ficar aí? – Perguntou Tony.
Gibbs e McGee se levantaram e foram até o carro.
— Você dirige Tony. – Disse Gibbs jogando as chaves para Dinozzo. – Eu quero dormir até chegarmos no NCIS.
— Eu vou atrás com Gibbs. – Disse McGee. – Vou tentar relaxar um pouco. – Ziva pode ir na frente e dormir também.
— Ok. Então vocês dormem enquanto eu dirijo. – Disse Tony. – Serão duas horas até lá. Vou parar no caminho e dormir também.
Tony ligou o carro depois que todo mundo estava no automóvel.
Gibbs estava dormindo antes mesmo deles saírem da quadra do armazém. Tony parou o carro 100 quilômetros depois em um posto de gasolina praticamente abandonado não fosse as duas bombas ainda funcionarem e o funcionário que cuidava do posto. Tony deu ao homem 200 dólares para deixá-los ficar ali por algumas horas até que o corpo estivesse totalmente recuperado.
Gibbs acordou com celular tocando. Era Vance que queria notícias da equipe.
— Ei. Olá diretor. – Disse Gibbs atendendo o telefone. – A gente está tentando descansar um pouco.
— Estão todos bem? – Perguntou Vance.
— Apenas estamos cansados. – Disse Gibbs. – Tem sido tempos difíceis.
— Eu entendo, mas preciso de vocês aqui. – Disse Vance.
— Qual o problema diretor? – Perguntou Gibbs.
— Recebemos uma ligação de um hospital em Maryland. Aparentemente uma moça que bate com a descrição da Abby foi admitida com lesões típicas de uma surra. – Disse Vance.
— Em qual hospital? – Gritou Gibbs fazendo os outros agentes acordarem.
— Hospital MaryDay. Um hospital público. – Disse Vance. – Entraram em contato depois de verem nosso alerta e tiveram certeza depois de verificarem as digitais.
— Tem algum jeito de transferi-la para Washington? – Perguntou Gibbs.
— Tem sim Gibbs. – Disse Vance. – Já fiz o pedido Agente Gibbs.
— Eles deram alguma situação sobre ela? – Perguntou Gibbs.
— Ela foi agredida por pelo menos duas pessoas e deixada numa rua. – Disse Vance. – Aguem que passava por lá a encontrou e chamou o resgate.
— Qual a previsão de chegada dela em Washington? – Gibbs queria saber tudo.
— Eles vão estabiliza-la o suficiente para ela poder ser levada de avião. Entre hoje de tarde e de noite. – Disse Vance. – Vão leva-la para o hospital modelo de Washington.
— Estaremos indo. – Disse Gibbs desligando o telefone.
Tony, McGee e Ziva queriam saber sobre o que Gibbs falava.
— Abby foi agredida e está em um hospital de Maryland, vai ser transferida para o hospital modelo de Washington. – Disse Gibbs antes que qualquer um falasse algo.
Eles entraram o carro e partiram para o Hospital modelo. Queriam estar lá quando Abby chegasse.
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