Havia uma coisa de que eu nunca me arrependeria na vida e essa coisa era o balé. Eu não tinha uma vida social agitada, meus amigos se resumiam aos colegas do conservatório, mas a falta de um grande círculo de amigos era compensada pelo prazer de dançar.

Um desses poucos amigos me apresentou seu irmão certa vez, bonito, olhos castanhos, cabelo da mesma cor. A personalidade era radiante, ele era tão atraente e interessante, que eu não consegui recusar seus convites para sair.

— Izzy, que ser minha namorada? – perguntou Riley em um jantar. Eu odiava esse apelido, mas quando saia de sua boca, parecia tão sexy.

Eu não enxergava motivos para recusar, as aulas de dança não eram mais um problema para mim, eu conseguia dar conta. Eu já estava com 23 anos e era hora de sarpar do conservatório, levantar âncora e sair. Eu havia recebido algumas propostas em companhias de balé em Boston e cogitava aceitar.

Parecia uma boa época para um relacionamento. Então respondi animada.

— Sim, Riley. Eu aceito ser sua namorada.

O sorriso que Riley abriu naquele instante fez meu mundo parar, era o sorriso mais lindo do mundo. Sim, eu havia feito uma boa escolha.