Não era a primeira e nem a última vez que Momo lhe presentearia com roupas. Pessoas normais julgariam isto como uma intromissão à individualidade alheia, mas não era assim com eles. Momo era parte importante na construção de sua autoestima, a habena frouxa para controlar suas ações podia tê-lo assustado no passado, mas também o encorajado.

Yashiro podia ver nos olhos do namorado uma insegurança até então desconhecida. Riu abaixando a mão que mantinha a sacola em evidência, poucas coisas seria capazes de constranger Momose.

Ignorando a discussão que havia nascido da falta de comunicação, Yashiro podia ver claramente um motivo capaz de deixar o outro avoado o dia inteiro e receoso de tê-lo em sua casa; naquela sacola não havia uma roupa de passeio.

Queria dizer que não havia traje que não vestisse para satisfazer o homem que amava, mas sabia que se a vestimenta deixava Momo daquele jeito, provavelmente o faria perder o ar de tanta vergonha. Todavia, constatar de mais uma maneira que era a garota em foco nas fantasias de Momose já o fazia querer vestir todas as suas fantasias.

Devia saber que o mundo que havia conhecido antes de Momo não era mais o mesmo.