Saving Love escrita por Candy S


Capítulo 11
Capítulo 11




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  Estava entrando no STAR Labs quando vi Barry e Cisco tensos.
— O que aconteceu?
— Querem matar HR e eu me ofereci para lutar por ele. E agora eu que estou prestes a morrer. - Cisco disse, um pouco apavorado.
— O quê?
— É uma longa história.
— Mas eu posso resumir para você, DD. - HR disse entrando na sala. 
— Quantas vezes eu preciso dizer para não me chamar assim?
— Desculpe, é a força do hábito. - ele disse, com um copo de café na mão. - Na minha Terra é proibido fazer viagens interdimensionais. Como você sabe, eu tive que fazer isso para chegar aqui. Então a Cigana veio me levar de volta para a minha Terra, para que eu seja julgado... e a pena por viagens por brechas sem permissão na minha Terra... é a morte.
— Morte?
— Há uns 25 anos atrás, uma Terra vizinha invadiu nosso planeta por uma brecha e quase destruíram o lugar. E para impedir que acontecesse de novo, eles baniram todas as viagens interdimensionais. Então eles acionaram os coletores para punir aqueles que violassem o banimento. - ele tomou um pouco do seu café. - E agora o Cisco se ofereceu para me salvar e aqui nós estamos.
— Bela explicação.
— Obrigado.
— Barry, podemos conversar?
— Claro!
— Eu estive pensando muito nisso, mas não sei o que fazer.
— Pode dizer.
— Eu queria contar ao meu pai sobre Savitar e tudo o que vai acontecer.
— Não vai acontecer.
— Barry, eu sei que você vai tentar de tudo para me salvar, mas eu tenho que estar preparada para tudo. O meu pai já perdeu a minha mãe. Eu quero poder passar cada segundo que eu puder com ele, sem mentir, abrir o jogo, falar das possibilidades...
— Não, Daphne. Você só vai estar dando preocupação a ele. Não vai acontecer nada, eu prometo, ok? - ele me beijou e acariciou minha barriga. - Agora eu preciso ir ajudar o Cisco.

Barry e Cisco saíram da sala, deixando a mim e HR sozinhos. Ele se aproximou.
— Eu escutei a sua conversa e, se não for ser intrometido, acho que você deveria dizer, sim, ao seu pai. Ele merece saber o que pode acontecer com você e estar pronto para isso. Eu não estou dizendo que vai acontecer, longe de mim. Eu sei o quanto BA. está trabalhando para te salvar, mas nós temos que ter consciência que tudo pode acontecer.
— Eu sei. Eu quero muito dizer a ele, mas eu não sei... Algo me impede. Meu pai já perdeu a minha mãe e agora saber, antecipadamente, que a sua filha vai morrer...

HR chegou mais perto de mim.
— Eu sei o quanto deve estar sendo dificil para você, DD, mas se eu tivesse uma filha, principalmente igual a você, carinhosa, cuidadosa, preocupada... eu gostaria de ter a oportunidade de me despedir dela, mesmo que nada fosse acontecer de fato.

Meus olhos se encheram de lágrima.
— Obrigada, HR! Por mais que eu não goste que me chame de DD, eu gosto muito de você.

Ele riu.
— Eu também gosto muito de você, minha querida. - ele me abraçou.

Eu poderia dizer, sim, que HR era um grande amigo.
                                                 ...

Saindo do STAR Labs, fui à Keystone investigar mais sobre a minha história.

Chegando à oficina, Anthony veio até mim.
— Madame! O que faz aqui?
— Vim saber como anda a minha encomenda.

Ele deu uma risada.
— Bem, ela é grande. Talvez a maior que já tivemos. Então ainda não está pronta, mas logo vai estar.
— Ok.
— O chefe gostaria de te conhecer.
— O chefe? Pensei que o chefe fosse você. - joguei verde com ele.
— É, eu sou o chefe, mas ele é o chefão. Talvez todo o nosso sucesso se deva a ele.
— E quem é ele?

Anthony deu uma risada irônica.
— Você não acreditaria se eu dissesse. Mas ele disse que da próxima vez que você viesse aqui, gostaria de te encontrar.
— Ok. E onde eu posso encontrá-lo?
— Eu vou mandar um dos meus homens te levar lá.
— Tudo bem. Eu com certeza vou adorar conhecê-lo.

Entrei no carro de um dos homens de Anthony. Enquanto estávamos no caminho, ajeitei, cuidadosamente, todo o meu equipamento, micro câmeras, microfone, gravador... Finalmente eu iria conhecer o verdadeiro chefão do tráfico de Keystone.

O carro parou em frente a um restaurante, muito refinado por sinal.

Desci do carro, mas antes me abaixei na janela, perguntando ao homem de Anthony, que na verdade era apenas um garoto.
— Como eu vou reconhecê-lo?
— Ele vai estar sentando de costas para a porta, na última mesa perto da janela. Ele sempre se senta lá.

Entrei no restaurante e logo vi uma figura de costas para a porta, na última mesa. Ele usava terno, parecia alguém poderoso.

Chegando perto dele, apenas disse.
— Com licença. Você gostaria de falar comigo?

Ao virar-se para mim tive uma surpresa. O chefão era nada mais que o Prefeito de Keystone.
— Depende. Você é a Madame de que Anthony me falou?
— Prefeito Marcus. Eu não esperava que fosse você.
— Que bom! Já pensou se todos desconfiassem. - ele riu. - E por favor, me chame apenas de Marcus.
— Ok.
— Você quer alguma coisa? Um vinho, uma água...
— Água, por favor.

Marcus fez o pedido ao garçom e logo se direcionou a mim.
— Mas então... Eu fiquei surpreso com a sua encomenda. Talvez seja a maior que já tivemos. Fiquei curioso, por isso quis conhecê-la.
— Pois é. Eu vi o sucesso que as suas armas fizeram em Star City. Eu quero algo assim na minha cidade.
— É foi um sucesso mesmo. Mas Tobias Church não soube fazer direito.
— Aqui vocês parecem fantasmas. Como conseguem?

Marcus riu, tomando um gole do seu vinho em seguida.
— É muito simples. Quando Anthony assumiu o comando eu fui até ele com uma proposta. Eu, como prefeito, facilitaria para ele a venda das suas armas e drogas.
— Como por exemplo?
— Facilitando o trafego pelas docas, não deixando policiais em pontos estratégicos, não deixando que a polícia chegue perto deles... Essas coisas.
— Incrível. E você ganha por isso?
— Mas é claro! No começo Anthony não aceitou, mas depois ele entendeu que podia ir além com a minha ajuda. E fechamos em 45% do lucro para mim.
— Uau. Então realmente você é o chefão!

Ele riu.
— É o que parece. Mas me fale mais um pouco sobre você. Uma mulher tão bonita com certeza tem muito o que contar. - Marcus pegou a minha mão. - Tem algum tipo de mistério em você. Eu gosto disso!

Antes que eu pudesse falar algo, o seu telefone tocou. Ele parecia preocupado.
— Me desculpe, preciso ir. - ele disse, levantando. - A prefeitura me chama, mas espero encontrá-la novamente . - ele abriu um sorriso malicioso.
— É claro!

Quando entrei no meu carro, percebi que estava tremendo. Eu só conseguia sentir nojo de um homem que pensava apenas em si e no seu poder. Nojo do jeito que ele me olhou e tocou.

Encostei a cabeça no volante do carro tentando me acalmar e em seguida chequei se tinha conseguido gravar tudo. Comecei a chorar, pois logo percebi que não seria nada fácil chegar até o fim dessa história.


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