Saving Love escrita por Candy S


Capítulo 10
Capítulo 10




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Mas um ano havia se passado. Eu e Barry tínhamos nos mudado, definitivamente, para o apartamento há 2 semanas. Confesso que há alguns dias não tenho dormido muito bem, pois Barry vem tendo pesadelos.

Estava dormindo, quando senti Barry acordando em um sobressalto.
— Ei, você está bem? - perguntei assustada.
— Sim... É... só mais um sonho ruim.
— Quer falar sobre isso?
— Acho que tenho que desempacotar as caixas. - ele disse, sentando na cama. - Já nos mudamos há quase 2 semanas e na nossa casa só tem uma cama, uma geladeira e um fogão. - ele forçou um sorriso.
— Está mudando de assunto.
— Eu estou bem, ok? É apenas um sonho. - ele se deitou ao meu lado novamente, tirando uma mecha de cabelo do meu rosto.

O telefone de Barry tocou.
— É um incêndio.
— Então vai. O que está esperando? Central City precisa do Flash.
— Eu te amo.
— Eu também te amo.

Barry saiu correndo, me deixando sozinha. Eu sentia que ele escondia algo de mim, por isso liguei para Felicity. Ela estava vindo para Central City à trabalho, por isso marquei de nos encontrarmos no Jitters. Precisava falar com alguém sobre o que estava acontecendo.
                                                  ...

Chegando lá, vi minha amiga sentada à uma mesa, tomando um cappuccino.
— Ei. - disse ao seu lado.

Felicity se levantou, me abraçando.
— Obrigada por vir.
— Imagina. Então, o que aconteceu?
— É o Barry. Nas últimas semanas eu venho sentindo que ele está estranho. Acho que ele está escondendo algo de mim.
— Acha que ele está te traindo?
— Não, Felicity! Não é esse tipo de coisa... Eu acho.
— Não, claro que não. O Barry te ama. Definitivamente não é isso. O quê você acha que é então?
— Eu não sei. Ele está tendo pesadelos, acorda assustado... Eu não gosto de vê-lo assim. Mas ele não me diz o que é
— Já que ele não quer falar, acho que você deve dar um tempo à ele... Talvez não seja nada demais.
— Você acha?
— É eu acho. - ela segurou minha mão, tentando me convencer daquilo.
— Fiquei sabendo do que aconteceu com Billy. Eu sinto muito.
— Eu também... Você ia ter adorado conhecê-lo. - ela tentava segurar o choro. - Mas e a casa nova? - ela mudou de assunto.
— Continua do mesmo jeito. Nós ainda não tiramos nada de dentro das caixas.
— Serio? Você bateu o meu recorde, hein.
— Pois é. - nós rimos. - Você tem que ir lá algum dia.
— Pode deixar. - o celular de Felicity vibrou na mesa. - Eu tenho que ir.
— Obrigada, por ter vindo.
— Quando precisar é só chamar que eu venho correndo. Não tão rápido quanto o Barry, mas eu venho.

Eu ri.

Nos despedimos e Felicity foi embora e eu voltei para o apartamento. Ao entrar em casa me deparei com tudo arrumado. Barry tinha desempacotado todas as caixas, colocando tudo no lugar.
— Sei que você queria arrumar tudo devagar, como um casal normal, mas... - ele me olhou confuso. -  Você odiou?
— Não, não odiei. Eu gostei muito.
— Apenas quis te dar o lar que você merece.
— Obrigada por isso.

Nos sentamos no sofá.
— Hoje é a inauguração do Museu do STAR Labs. HR quer todos nós lá.
— Você realmente acha que isso vai dar certo?
— Não sei. Vamos descobrir hoje.

Fiquei olhando para Barry por alguns instantes. Ele estranhou.
— O que foi? Por que está me olhando assim?
— Não é nada. É só que... quero que saiba que eu estou do seu lado para o que precisar ou o que quiser me contar, demore o tempo que for.

Barry recebeu uma mensagem no telefone.
— Desculpa. Tem um assalto acontecendo.
— Só vá e faça o que faz de melhor.
— Nos vemos mais tarde no STAR Labs. - ele disse, saindo em seguida.
                                                  ...

Já pronta para a inauguração do Museu e no Laboratório, encontrei Iris um pouco tensa.
— Aconteceu alguma coisa?
— Sinceramente eu não sei. O Barry está estranho. Hoje ele hesitou em prender um cara, o Saqueador.
— Por que?
— Eu não sei. Esperava que você soubesse.
— Não, eu não sei. E onde ele está?
— Disse que ia para casa trocar de roupa para a inauguração. Logo logo ele deve estar...

Barry entrou no salão principal, trazendo um vento consigo, fazendo com que alguns papeis voassem.
— Você está linda. - ele disse se aproximando de mim.

Olhei para a sua gravata e estava torta. Fui ajeitar.
— Você gostou dessa roupa? - ele disse em dúvida.
— Sim. O que não gosto é de você não me falar desses pesadelos.
— Já vi muita coisa terrível, Daphne, eles são só uma parte de mim.
— Sim, mas eu estive com você em boa parte dessas coisas terríveis. Esse é diferente. Parece diferente. O que não está me contando?

Ele não sabia o que falar.
— Iris me disse que você hesitou em prender um ladrão hoje. O que está acontecendo Barry? Eu estou tentando te dar espaço, mas... Já fazem semanas... e te ver assim, me deixa mal, ok.
— Ei, BA e DD. Vamos, vamos. Não vão perder a inauguração do Museu não é? - HR dizia, com as baquetas na mão.
— Nós já vamos, HR. Só...
— Não, não, não. Vocês têm que vir agora. Não querem se atrasar, não é? Vamos.

Tentei continuar a conversa com Barry, mas HR insistiu em nos levar naquele momento.

Fomos até a ala onde o Museu iria funcionar e estava tudo pronto.
— Está tudo muito animado por aqui, não é... - Cisco disse ironicamente.
— Calma, Francisco. As pessoas ainda estão vindo.

Esperamos por horas, mas ninguém chegou na inauguração. Olhei para HR, que parecia triste. Fui até ele.
— HR, eu sinto muito!
— Obrigado, DD.

Fui até Barry, o chamando à um lugar mais afastado.
— Nós temos que terminar aquela conversa.

Barry olhou para mim, parecia indeciso
— Ok.

Ele me levou até o cofre do tempo.
— Por que nos trouxe aqui?

Barry tocou no púlpito e o jornal do futuro apareceu, mostrando o seu sumiço em 2024.
— No ano passado, assim que saí da Força de Aceleração, eu vim aqui e o jornal tinha mudado. Iris não tinha mais o meu nome. Nós não éramos mais casados.
— E por que ali está West-Allen?
— Por que... quando eu joguei a Pedra Filosofal na Força de Aceleração, eu acidentalmente corri até o futuro. - ele me olhava triste. - E eu vi Savitar assassiná-la. E eu me vi. Eu não era veloz o suficiente para te salvar.
— Barry, nós... destruímos a Pedra. O Savitar se foi, então...
— Talvez não. Eu não sei...
— É por isso que está tendo pesadelos? Você fica me vendo...

Ele fez que sim com a cabeça.
— O que isso tem haver com o Saqueador?
— Ele já estava na cadeia no futuro, então... eu não sei.... Pensei que se eu não o detivesse, poderia impedir a linha do tempo de se manter, talvez até impedir a sua morte.
— Barry, você não pode parar de proteger a cidade para me salvar.
— Por que? Por que não? Desculpa, mas um roubo sair impune ou você perder sua vida...?

Virei de costas para ele.
— Daphne... Me desculpe por não ter te contado isso antes.

Comecei a chorar.
— Quanto tempo?
— Quanto tempo o quê?
— Quanto tempo até acontecer.
— Isso não vai acontecer. - Barry se aproximou de mim. - Olha pra mim, isso não vai acontecer. Jay disse que a sua morte é só um futuro possível. Isso nos da quatro meses para descobrir como parar Savitar. 
— Barry, o nosso filho! Você conseguiu ver se a minha barriga estava grande?
— Não, não dava pra ver. Você estava com um casaco grande...
— Bar, olha só, são quatro meses até acontecer, então eu vou estar com sete meses...
— Não. Eu não vou deixar nada acontecer com você. - ele colocou a mão na minha barriga. - Daphne, eu juro pelos meus pais, eu vou te proteger. Eu vou proteger vocês.

Comecei a chorar novamente. Minha voz estava embargada.
— Barry, eu sei que você vai fazer de tudo pra nos salvar, mas se acontecer, você tem que me prometer que vai salvar o nosso filho. Ele vai ser prematuro, mas você tem que salvar ele. Olha pra mim, Barry. - fiz ele olhar nos meus olhos. - Você tem que me prometer que vai fazer de tudo pra salvar ele e que vai cuidar dele. Você promete?

Ele apenas disse que sim com a cabeça e me abraçou, encostando sua cabeça em minha barriga.


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