Passando por um vaso de alabastro em uma vitrine, Shisui não pôde deixar de lembrar de Mikoto, que adorava qualquer tipo de artesanato. Ela foi uma das pessoas que defendeu com unhas e dentes o seu sonho e o de Itachi, chegando a trabalhar de meio período para pagar as aulas, quando Fugaku recusou-se.

Ela o aceitou sem hesitar quando seu pai morreu, de fato apesar de chama-la de tia, ela era como uma verdadeira mãe para ele.

Ele não se importava com Fugaku, mas lhe doeria muito não ver mais Mikoto.

Itachi segurou sua mão na rua e olhou-o de forma carinhosa. Seu coração palpitou e um sentimento quente floresceu em seu peito.

Aquela era a primeira vez que eles demonstravam afeto em público.

E apesar dos pesares, uma leveza nunca sentida antes pairou sobre eles.

Não importa o resultado, a partir de agora, eles nunca mais teriam que se esconder.

"Vamos dançar, Itachi." Ele declarou subitamente. "Eu quero dançar, eu quero te ver dançar." O desejo pela dança surgiu desenfreado, como uma doença que acorda após milhares de anos.

"Não tenho mais nada a fazer aqui..." Madara disse andando para longe.

"Vamos." 

E eles foram.