Caso Arquivado. escrita por Jeongguk2


Capítulo 5
Capítulo V — A paz voltou.


Notas iniciais do capítulo

Oi galerinha! Voltei com mais um capítulo dessa fanfic e espero que gostem assim como eu. Pelo que perceberam ela está se desenrolando aos poucos e logo tudo começará.

**SPOILER

Pelo que eu tenho em mente, as ''coisas'' realmente irão acontecer depois do capítulo oito, então aguardem e fiquem comigo nessa jornada.



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Capítulo V. 

Já havia se passado algumas semanas — exatas duas — desde o último assassinato no riacho de Tóquio. Todos estavam em repleta paz, as vítimas, agora, estavam ''em paz'', vivendo sua nova vida tranquilamente. 

Todos agiam como se nada tivesse ocorrido, tudo estava em perfeita ordem. Até porque, o próprio xerife confirmou que o caso havia sido solucionado — e arquivado. 

Agora, na delegacia municipal, as notícias não eram boas. Hinata Hideki havia pedido demissão dois dias depois do caso 428 ser arquivado, o que foi uma surpresa para uns; e alívio para outros. 

Iori havia entrado em uma depressão profunda desde a partida de Hinata para outra cidade, a mulher havia jogado toda a verdade em sua face, dizendo o quanto ele era inútil, estúpido e o principal que mais lhe magoou; o quanto transava mal. 

O Konoka decaiu bastante desde que Hideki partiu, seus casos agora, nunca eram solucionados ou averiguados corretamente, sempre alguém tinha que pegar tal caso para ele. Iori estava á um passo de ser demitido, e quem sabe, era o que ele mais queria?

— Konoka, tenho mais um caso para você. E será a última vez que irei lhe dar um caso, o que significa, dê seu melhor nisso, caso contrário, irá parar na rua. — O chefe ditou sério, jogando as papeladas na mesa do agente e saiu, tomando seu famoso cappuccino. 

O homem, ainda de cabeça baixa e olhar entristecido, pegou os papéis. Todos eles se tratavam da mesma pessoa, porém de diversos casos. Omoi Yushite, a maior assassina de Tóquio. Era procurada desde 2002, sendo presa apenas duas vezes, em 2004 e 2006, depois disso seu paradeiro desapareceu. 

Nos papéis retratavam os antigos crimes cometidos por Omoi, mas o que mais lhe chamou atenção foi a papelada feita dois dias atrás. 

‘‘Omoi voltou para Tóquio esta noite. Quando finalmente poderemos ter paz?” 

Soltou um suspiro, enquanto procurava sua caneta predileta — por algum motivo, só se sentia a vontade com ela. Talvez por ter ganhado da irmã mais velha aos dez anos... 

— Iori-kun! Vamos animar esse rosto. — Yumeko se aproximou, ajeitando seus óculos redondos. — Desde a partida de Hinata-chan você está entristecido... Eu sei, é difícil perder uma grande amiga, mas as pessoas vem e vão, não é?! 

— O-Obrigado, Miyamoto-sama. — O rosto corado e respiração ofegante denunciavam a situação de Konoka, ele nunca havia falado com outra mulher além de Hinata. 

— Ah! Não me chame assim, me sinto uma velha. — Riu, se sentando ao lado do homem, que finalmente levantou o olhar; os olhos sem brilho partiram o coração da ruiva. — Eu estou de folga hoje... passei aqui apenas para deixar meu novo artigo, que é esse que está lendo! 

— Hm. Está interessante, como sempre, Miyam-- Yumeko-sama. 

— Enfim, eu decidi passar aqui para ver como estava. Todos na delegacia estão falando que você parece um morto entre os vivos, então eu pensei: '’Por quê não animar meu grande amigo?!” — Deu uma pausa dramática, vendo Iori a encarar esperançoso. — Que tal ir numa lanchonete comigo? Tem umas rosquinhas maravilhosas! 

— Oh. Certo! 

Oito e cinco da noite, Terça feira de 2009. 

Se qualquer um que visse Yumeko e Iori na rua, diriam que eles eram um — belo — casal. Miyamoto se apoiava no braço do rapaz, que agora estava corado e de cabeça baixa.

Depois de uma longa caminhada, ambos pararam em frente a uma pequena lanchonete no final da rua, pouco frequentada. Adentraram sorridentes — por parte de Yumeko, e se sentaram na última mesa perto a janela. 

O silêncio reinou entre os dois, que apenas escutavam a música clássica ao fundo e algumas pessoas conversando. Na lanchonete, além deles e das garçonetes, havia um casal de idosos, três adolescentes e uma mulher sozinha.

Viram uma mulher se aproximar sorridente, espremendo seus seios para deixa-los farto, enquanto jogava seu melhor sorriso marcado pelo batom vermelho. Yumeko fez um bico e virou o rosto, cruzando os braços. 

— O que irá pedir? — A voz irritante e fina se pronunciou, enquanto se apoiava na mesa e pegava um bloco de notas. 

— A-Ah, bem... Um cappuccino com bastante chantilly junto de um bolo de morango, e você, Miyamoto-san? 

— Obrigada por perguntar, amor. Eu quero por favor um achocolatado e uma torta de limão, obrigada. — Yumeko respondeu, dando ênfase no ''amor''. Sabia da personalidade de Iori; que ele era inocente o suficiente para não ver maldade ou segundas intenções, e sentiu necessidade em protege-lo. 

A carranca se formou no rosto da garçonete, que tinha por voltar de trinta ou até mesmo vinte anos, se afastando dos mesmos e entregando os pedidos para a cozinheira. 

— P-Por quê me chamou de amor, Miyamoto? — Por mais que tenha gaguejado, Kodoka tinha uma feição séria em seu rosto. De alguma forma, não gostou tanto de ser chamado de amor pela sua colega de trabalho. 

— Desculpe, Konoka—kun. De alguma forma, eu vi maldade nos olhos daquela mulher, o jeito que ela se insinuava pra você. E eu tenho experiência nisso, eu já fiz faculdade de psicologia, você é muito... inocente, irá se machucar fácil. — Suspirou, apertando a mão do rapaz. — Eu não quero te ver triste. 

Pobre Yumeko. Se soubesse o que se passava dentro do coração do pequeno Iori, de quem foi a verdadeira causadora de sua tristeza e depressão, nunca teria se aproximado de Hinata. 

O homem apenas forçou um sorriso, assentindo e abaixando a cabeça. Apenas escutou Yumeko suspirar e balançar as pernas; sabia que era uma mania sua quando estava nervosa ou até mesmo entediada, não iria a encher por isso. 

'’Manias não podem ser mudadas. Personalidades também não.’‘

Era assim que Iori pensava. E pensaria, pensaria assim até que ele decidisse mudar. 

Estava tão perto, mas ao mesmo tempo longe.

'’Ouvi dizer que o caso do Riacho não é algo tão simples assim.’‘

‘‘E então? O que é?’‘

‘‘Se trata de canibalismo, pelo que meus informantes disseram. Ainda não sabem se é um grupo de índios fazendo isso, ou até mesmo pessoas normais. Os policias fingem que são animais selvagens, e a área está em restrição por um tempo’‘

‘‘Ela... realmente está restrita?”

‘‘Claro que não, idiota. Como uma delegacia pequena poderia fechar um local tão frequentado? Apenas o riacho está com alguns avisos de Urso e afins’‘

Iori escutava a conversa dos três adolescentes atentamente, e uma única pergunta se formava em sua mente; como eles descobriram aquilo tudo? Apenas os policiais e jornalistas sabiam do caso e seus segredos.

Olhou de canto para Yumeko, que estava assoprando suas mãos juntas e as esfregando para esquentar, era inverno e nevava lá fora. Logo viu uma garçonete diferente se aproximar, entregando os pedidos e soltando um pedido de '’Desculpe’’. 

As pessoas eram falsas. Foi o que Iori percebeu, até mesmo Yumeko. Seu sorriso dócil escondia uma pessoa triste e com um passado perturbado, então, por quê ele seria o único diferente


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Notas finais do capítulo

Seria Yumeko e Iori o novo casal da fanfic? Em breve mais novidades!



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