Em um momento, tudo estava amarelo; no outro, Shinkai ouviu algo trincar. O rosto incrédulo de Midousuji entregou o que teria acontecido, mas o outro só se deu conta quando viu a rachadura no dente frontal daquela criatura.

De repente, o brilho amarelo de antes vibrou em cada uma das entidades, parecendo abri-las daquela carcaça demoníaca e libertar as almas há tanto enclausuradas. Confusos, uns se olharam duvidosos, apoiando-se uns aos outros para saírem daquele lugar, em direção a uma luz pura que Hayato há muito tempo não via.

“...Yuuto?”

Respondendo com um sorriso, a pessoa pela qual Shinkai chamou guiou as almas para a luz, desaparecendo junto a ela pouco depois. Havia acabado.

“Não!!” o grito de Midousuji vibrou pelo galpão e fora dele. Isano, o demônio começou a se unhar, beliscando a pele e a puxando para baixo, cada pedaço espectral arrancado sendo uma parte sua que desaparecia. “Kimoi! Kimoi!”

O demônio desapareceu em um grito e, livre de sua presença, Shinkai voltou-se para Arakita, ainda desacordado.

“Não se preocupe, ele ficará bem” afirmou o fantasma de rosto rotundo. “Desculpe por Midousuji, eu não imaginei que fosse causar tanto problema. É que ele gostava de anime.”