“Achou mesmo que poderia vencer?” riu Midousuji, observando Shinkai ter dificuldades para desviar dos ataques de Manami enquanto tentava proteger o corpo de Arakita, agora uma carcaça vazia. “Ninguém me derrotou antes! Um bando de zakus sem inteligência!” zombou em divertido desprezo. “Logo você se unirá ao meu exército, também e fará tudo o que eu mandar...”

Shinkai não tinha tempo para pleitear com Midousuji, precisava deter Manami e, com sorte, prender os demais demônios soltos que ainda estavam adormecidos, antes que a agitação os despertasse para o caos na Terra.

Contudo, a criatura de olhos arregalados já sabia de suas intenções e não iria deixar Hayato sair vitorioso daquilo. Nem mesmo se ele lhe pagasse aquela dívida, daria paz ao amaldiçoado, mas Shinkai não precisava saber disso. Tudo o que Hayato queria, naquele momento, era descobrir alguma fraqueza de seu algoz. Se ele pudesse adivinhar, pudesse interferir, destruí-lo de uma vez, teria finalmente paz, poderia enfim recuperar a única alma que valia todas aquelas que estava caçando.

Uma brilhante luz estourou acima de suas cabeças, iluminando o galpão de uma só vez. Antes que pudesse se perguntar o que aquilo significava, ouviu apenas Midousuji murmurar:

“Amarelo...”