Querido diário,

Eu me confessei para Camila num impulso, sentindo minha mão gelar e soltar a dela logo depois, fazendo com que me levantasse do nada, com susto, para fitá-la. Ambas as suas sobrancelhas estavam arqueadas e seu rosto bastante sisudo, como se não acreditasse no que eu havia dito.

Pensei, seriamente, em desmentir o que havia dito, mas para minha surpresa ela apenas se levantou e deitou sua cabeça sobre meu colo, tocando minhas bochechas em seguida e sorriu.

“Não precisa ter medo, Elisa.”

Foi tudo o que ouvi me dizer, e realmente não sei como devo me sentir.