Penetrante...

Pertubador...

Plúmbeo, o olhar do menino me deu calafrios.

Ele parecia inocente, mas eu podia notar em seus olhos uma maturidade incomum. Apesar de baixo, aparentava ter quase dez anos e, a julgar pela cor dos olhos, ele e o rapaz deviam ser irmãos.

Apesar de mal iluminado, era possível ver muito dos traços deles, e ambos se pareciam muito, parados, lado a lado, na penumbra.

A ética... Alguém sussurrou, como um sopro, como um susto.

— Vocês ouviram? — perguntei, olhando para trás.

Todos observaram ao redor, assustados demais para não levar em conta qualquer informação, depois me fitaram irritados e acenaram que não.

— Temos que sair daqui — Um ignorou-me de vez.

— Podemos ira para o porão — o menino mencionou. — Ele não gosta de lá.

O rapaz retesou o maxilar e não respondeu logo, parecendo considerar a ideia ruim; vi suas mãos em punhos e ele tremer de leve.

— Acho melhor não S...

— Olha aqui, garoto... — Um declarou irritada. — Se esse monstro desgraçado não gosta de alguma porra de lugar por aqui, é justamente pra onde diabos eu quero ir.

— Não é uma boa ideia — ele insistiu, mas Um já puxava o menino pela mão, saindo e só nos dando a opção de segui-la.