Nova Terra escrita por Arymura


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Obrigada Pat Back pelo Beta.



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Mais um dia começa nessa nova Terra, Chakotay está fazendo nosso café da manhã novamente. Estamos aqui há poucos dias, mas após aquela tempestade em que perdi tudo, eu comecei a enxergar esse lugar como um novo lar... Pelo menos não estou sozinha, Chakotay tem me apoiado muito, além de que, ele cozinha muito bem.

 

— Kathryn — diz Chakotay —, nosso café da manhã está pronto, não demore, pois vai esfriar.

Kathryn levanta de sua mesa e se dirige a cozinha, agradecendo em pensamento pela comida de Chakotay ser melhor do que a de Neelix.

— Chakotay, parece que temos um banquete hoje?


— Tivemos uma colheita farta — responde ele.

Kathryn se senta e começa a comer. Por um instante, ao olhar para seu companheiro de exílio, ela se lembra de suas refeições ao lado de Mark, seu noivo. Uma dor de saudade tomou seu peito, mas, ao mesmo tempo, também uma felicidade por poder ter um pouco daquele passado de volta, desfrutando uma refeição normal, sem as formalidades exigidas de um capitão.

Após a refeição, Chakotay retorna aos projetos de expansão do seu novo lar, e Kathryn decide ajudá-lo.

— Teremos novos cômodos na nossa casa? — Kathryn pergunta com um olhar intrigado.


— Sim, talvez antes do que esperávamos, pois pretendo construir também uma estufa. — Chakotay sorri com orgulho de seus desenhos.


— Já está se preparando para o inverno? — ela comenta surpresa.


— Não sabemos com certeza como são as estações nesse planeta, e após aquela tempestade, penso que tudo é possível.


— É verdade. — Kathryn se senta em um banco, com um olhar preocupado. — Melhor estarmos prevenidos.


— Aquele dia foi muito difícil. — Chakotay senta-se ao lado dela. — Kathryn, tive tanto receio de não lhe encontrar — Chakotay diz com um olhar triste — e, no dia seguinte, descobrir que tudo havia sido destruído foi terrível, mas você nunca foi de se abater por qualquer problema.

Kathryn sente a angústia das lembranças daquele dia se esvair com as palavras de Chakotay. Por alguns momentos, há um silêncio entre os dois; a lembrança sobre aquela noite em que Chakotay contou sobre uma "lenda de seu povo" volta à mente de Kathryn constantemente.

— Podíamos fazer um piquenique amanhã, quem sabe no lago que avistamos alguns dias atrás? — Chakotay pergunta, tentando alegrar o momento.


— Creio que será interessante... — responde Kathryn com um brilho nos olhos de quem anseia por algo.

Nesta noite, enquanto Kathryn lê um livro, Chakotay desenha os projetos para sua estufa.

 — Kathryn, você tem um minuto?


— Claro! — Ela olha para ele interessada em saber o que ele tanto desenhava. — Achei que você nunca fosse me chamar!


— Como não? Eu preciso que a capitão aprove meu projeto! — Chakotay e Kathryn riem como se toda a formalidade de títulos fosse uma besteira que leram em uma revista.

Depois de algumas horas discutindo melhorias no projeto da estufa, Kathryn se larga numa poltrona.

— Quem pensaria que depois de toda aquela perseguição no quadrante Alpha, nós terminaríamos juntos num planeta distante, discutindo projetos de uma estufa. Isso é tão inacreditável, que se alguém me contasse, eu nunca levaria a sério!

Chakotay senta-se ao seu lado e se acomoda na poltrona.


— Realmente, eu não acreditaria. Não naquela época em que exista tanto ódio em mim. Agora me parece melhor viver aqui do que em busca de uma vingança eterna...

Kathryn se vira em direção a ele com um olhar calmo e sereno, um sorriso discreto em seus lábios, enquanto se perde em devaneios.


— No que tanto pensa, Kathryn? — questiona Chakotay, interrompendo os pensamentos dela.

— Eu até perguntaria se você está preocupada com algo, mas eu fui seu comandante tempo suficiente para saber que essa sua expressão não é de preocupação.

Kathryn fica desconcertada.

— O que há? — insiste Chakotay. — Quem sabe eu não possa ajudar?

 
— Não é nada — responde rapidamente Kathryn —, eu só estava pensando em... Ah, esqueci o que eu estava pensando.


— Tudo bem, quando você quiser me contar, eu estarei aqui para ouvi-la. — Chakotay pega as mãos de Kathryn. — Eu sempre estarei.

Kathryn se levanta, mas com suas mãos ainda entre as de Chakotay.


— Acho melhor irmos dormir, amanhã temos um piquenique, não é? — diz Kathryn, respirando fundo.


— É... Talvez seja melhor. — Chakotay solta às mãos de Kathryn. — Boa noite.


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