Nós dois - tda escrita por Débora Silva, SENHORA RIVERO


Capítulo 36
Capítulo 36 - "Em casa"




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Foi ao quarto do filho e ele não estava e foi ao de Mel, encontrou a filha deitada. Ele foi a ela e estava com os olhos inchados:

− Estrelinha de papai... − ele disse meigo ao se sentar na cama e tocar ela com amor.

− Não vem de xamego, não.

− Por que? Não tenho mais uma pilata? Eu sou um pai abandonado?− ele deitou todo cheiroso e agarrou ela bem junto a ele.− Filha, eu estou triste, mas me diga uma coisa, nós podemos ferir uma pessoa pelos erros de outros?

− Você traiu a minha mãe e quer trazer essa menina pra cá!!

− Filha, eu fui drogado, eu nem sei o que houve.− ele a fez olhar para ele e virar para seu peito.− Me diz olhando seu pai, acha que trairia sua mãe?

− Então, porque vai trazer essa menina pra cá? Vai adotar assim como fez comigo e meu irmão? Você já fez um bebê!

− Vou adotar se sua mãe desejar porque ela apanha e é tratada como um animal.− ele sentiu uma pontada e apertou ela em seus braços.− Ela nem me deixou ver os braços dela, filha, está marcada no corpo e na alma. Ela não tem ninguém, a mãe dela é um monstro capaz de estuprar um homem porque ele não a quer.

− Você não é santo de caridade.− Falou sendo egoísta não queria dividir o pai.

Ele riu, achou engraçado o jeito dela.

− Eu queria ajuda de uma pessoa muito especial, ela é a melhor pessoa que eu conheço depois da sua mãe.

− Então, vai com ela.

− Ela é linda, inteligente, educada, amorosa e só ela pode me ajudar a salvar essa menina.− Empurrou ele. − Você conhece a pessoa que vai me ajudar?− ele disse carinhoso com ela.− Que tem esses elogios todos que eu disse ai em cima? Que é tudo isso?

− Não sou eu.

− É, sim, filha, é você, a minha melhor amiga e a pessoa que me apoia quando mais preciso, que saberá ajudar essa menina a ser feliz pela primeira vez na vida dela, que pode me ajudar a comprar roupa, sapatos, coisas de meninas da sua idade e talvez até uma boneca porque acho que ela nunca teve uma.− ele suspirou e se sentou.

− Quantos anos ela tem?− Sentou o olhando.

− Ela tem quatorze anos, mas quando você a conhecer vai ver que ela parece ter dez, é uma menina triste, tem medo que não gostem dela e é linda, não mais que você, porque você é a mais linda de todo planeta terra.− ele riu para ela bem leve olhando a filha linda que ele tinha.

− Não me bajula e eu vou querer algo em troca! E pode me chamar de mercenária é o meu lugar que está em jogo!

Ele a olhou mais empolgado.

− Primeiro o seu lugar nunca está em jogo, seu espaço no coração desse paizão lindo aqui não é ocupado por ninguém, segundo você pode escolher o que quiser, eu sempre te dou o que você quer. Pode escolher... e terceiro... Você é uma pilata, a pilata do papai...− ele abriu os braços para ela.

− Eu quero que aceite o meu namorado e eu te ajudo com ela.− Era uma barganha e sabia que o pai ia ficar puto da vida.

− O que?− ele se ergueu sem sair da cama.− Você está mesmo namorando, Melissa? É verdade?− ele ficou vermelho como um tomate.

− Eu não minto, pai!

− Meu Deus, minha filha, você está namorando...− ele bufou e a olhou.− E quer o que? que eu deixe você namorar e ficar lá vendo filme com ele todo dia? Nem pensar! Nem pensar, você é minha menina, não é assim não!− ele ficou de pé.

− Não é todo dia é só no sábado!

Ele bufou.

− E se eu não tivesse aqui falando disso, você ia me contar quando? Quando ia falar comigo?

− Pai, não é nada demais. Pai, eu te contei na outra noite lá na cozinha já esqueceu?

− Mas eu queria que fosse mentira!

− Na mesma noite em que ele me pediu, você não presta mais atenção em mim..

Ele sentiu o coração acelerado.

− Eu te amo, eu prestei, mas meu coração não quer aceitar isso não!− ele disse sincero.− Eu não vou autorizar porque quero barganhar, eu sou seu pai, eu não faço barganha com minha filha!− ele foi a ela.− Você o ama? O quer?

− Eu o quero sim!

Ele deu um suspiro pesado.

− Então, eu vou autorizar que ele venha aqui conversar comigo e acertaremos isso. Eu quero saber exatamente onde vocês vão estar e se ele fizer alguma coisa que eu não gosto você já sabe. Você é minha princesa, a minha filha, a minha rainha! Ninguém vai fazer você infeliz e tem que tomar muito cuidado porque eu sou um pai muito bravo.− ele falava com rosto sério por que era verdade.− ela pulou nele o beijando. 

− Eu te amo muito.− Ele a suspendeu no colo.

− Papai, te ama muito mais e você é a minha garotinha. Ninguém nesse mundo vai magoar a minha garotinha!− Ele apertou ela nos seus braços como se fosse uma criança de anos agarrada nele.

− Ele gosta de mim também, papai.− beijou mais ele.− Que horas vai buscar essa garota?

− Ela se chama Elisa, mas gosta que a chama de Lola, então, até que ela queira usar o nome dela, vamos chamar de Lola. Eu vou agora com sua mãe... Vamos jantar com ela? Você aceita pelo menos ver ela?

− Eu quero ver minha concorrente.− Ela sorriu soltando o pai.

− Quer, meu amor? Ela não é sua concorrente, ela precisa é ter alguém como você em quem se espelhar...− ele disse rindo.

− Iiiiiih, vou pensar nisso ai, papai.

Ele riu e cheirou ela.

− Só quem pode ficar cheirando minha docinho, sou eu! Avisa para esse cara que se ele ficar beijando minha filhota, já sabe.

Ela riu.

− Só você que faz isso pai só, você!

− Eu posso tudo, mas ele tem que chegar de mansinho ou já sabe, acabo com ele.− ele riu.− Agora eu preciso ir com sua mãe, eu vou trazer a Lola hoje e dependendo de como sua mãe ficar, buscamos ela para morar aqui, mas eu quero que se isso acontecer a minha filha linda, o meu amor, o meu benzinho vá comigo...− ele disse calmo.

− Eu faço tudo por você pai, mas não me peça pra gostar dela.

− Eu não peço... só trate ela com educação e se algum dia você gostar... você escolhe...− Ele a beijou com amor e apertou forte.− Eu te amo muito, sempre vai ser assim!

− Você é o meu gatão! Vai lá com a mamãe!

− E você minha gatinha.... − ela riu, ele riu.

Ela mandou beijo e deitou de novo em sua cama.Heriberto saiu do quarto, chamou Vick e os dois desceram e foram para o carro.

Os dois seguiam silenciosos e quando por fim, vinte minutos depois ele entrava na casa da mãe, segurou firme a mão da esposa quando Lola veio correndo sorrindo toda feliz sem saber que Victória estaria junto a ele. Ela parou abruptamente e congelou sem saber o que fazer seus olhos correram dele para ela diversas vezes naqueles segundos em que ela paralisou.

− Essa é Victória!− Ele disse calmo olhando para Lola.

Sabia que as duas estavam vivendo emoções completamente loucas naquele momento. Ele não podia controlar o que elas iriam sentir mas podia ajudar. Respirou fundo e tentou ser mais calmo do que elas duas.

− Essa vitória é Lola. Vem até aqui, Lola! − Ele suspirou e a olhou com calma nos olhos.

Victória a olhava com sentimentos desencontrados não sabia como reagir a ela e segurou as mãos umas nas outras e respirou fundo e tentou falar mais nada saiu e Lola no auge de sua adolescência e quando seus pés descongelaram ela correu agarrando Victória pela cintura e disse sorrindo:

− Me dá um autografo? Uma foto?− Victória a segurou para que no tranco as duas não fosse ao chão.

Heriberto sentiu o coração saltar dentro do peito com o modo como ela era carinhosa e educada.

− Victória... ai meu Deus, eu não acredito nisso!

Victória sentiu seu coração bater mais brando era apenas uma menina e podia sentir o quando ela tremia em seus braços. Ele suspirou e sentiu o rosto tensionar e depois ficar calmo. A mãe dele apareceu e ele abraçou a mãe beijando enquanto os dois olhavam a cena, estava feliz que a menina tivesse tomado a iniciativa.

− Calma, Elisa...

Lola a soltou e olhou o nome dela sendo pronunciado por Victória.

− Eu sou Lola!

Heriberto se aproximou e ficou mais perto.

− Lola, calma, Vick não fez por mal.− ele disse indo até ela e sem mais ele a pegou e puxou para ele beijando com amor, o coração dela estava acelerado.

− Me desculpe, eu não queria te deixar irritada!− Vick falou com cuidado.

Lola a olhou enquanto agarrava o pai.

− Você, eu deixo!− ela riu e Vick também mais sem mostrar os dentes.

− Filha, você se apresentou para Victória?− ele disse beijando ela carinhoso, mas sabendo que tinha que ir com calma. Lola parou frente a Victória e estendeu a mão.

− Lola Montenegro.

Vick pegou a mão dela.

− Victória Sandoval Rios Bernal.− Lola deu um grito ao ouvir o nome dela.

− Em cima de mim você pula e com Vick nem beija?− ele brincou com ela.

− Pai, eu não posso pular, ela está esperando meu irmão.− Tocou a barriga dela com receio de ser repelida e Olívia arregalou os olhos.

− O QUE?− Olívia deu um berro.

− É filha...eu sei...

− Me conta isso direito? Agora de preferência!− Olívia exigiu.

Heriberto olhou a mãe e foi até Vick colocando a mãe na barriga dela com amor.

− Estamos esperando um bebê, mãe, você será avó de novo...− ele sorriu.− O nosso novo herdeiro vem ai!

− Sim, eu queria mesmo ter um irmão!− Lola falou com a mão em cima da de Heriberto.

Olívia sorriu lindamente e abraçou os dois bem aperto.

− Meu Deus, mais um anjinho nessa casa!− suspirou.− A família esta crescendo lindamente!

− Está, mãe e vamos ser todos felizes!− ele disse com amor e beijou Vick e depois beijou Lola.− Sim, filha, você vai ser uma irmã maravilhosa!

Olívia sorriu para eles e Lola agarrou o pai receosa ainda.Ele a beijou e disse com calma.

− Vamos, amor? Mãe, você vem com a gente? Vamos jantar, deixa meu pai sozinho, ele não está, vamos conosco, os meninos vão gostar!

− Não posso ir marquei de ver uma amiga que está doente, deixa pra próxima.− sorriu.

− Tem certeza, Olívia?− Vick perguntou.

− Eu tenho sim, boa janta.

− Mãe, você nem vai mais lá em casa...− ele disse calmo.− Filha, vai levar algo?− ele perguntou natural, era como se conhecesse Lola a vida toda.

− A minha mala...− Ela o olhou com medo depois olhou Vick.− Eu não vou pra ficar?− Voltou a olhar para ele.

Heriberto olhou Vitória ela que ia decidir o que era o mais fácil e menos doloroso para ela naquele momento, porque ela que decidia, ela era a senhora da casa.

− Vai pegar suas coisas, meu bem, nos vamos pra casa.

− Eu vou morar com Victoria Sandoval!− Ela deu um pulo agarrando o pai.

Ele pegou a filha no colo e sorriu beijando ela.

− Vai pegar, filha, a sua mala.− ela apertou ele bem apertado e ele sorriu com os olhos cheios de lagrimas, desceu ela do colo e sabia que ela ia querer andar no colo dele até o carro.

− Papai, eu sou uma dama e não posso carregar peso, eu vou ficar aqui com a Victória te esperando.− Foi até Vick e segurou a mão dela o olhando. Victória segurou a mão dela com firmeza era isso que ela precisava.Ele sorriu e disse:

− Tá bem , dama, papai pega a mala! Papai é damo! − ele riu e foi pegar as coisas dela e veio com a mala e deu a mão a Vick depois de beijar a mãe e juntos foram para casa.

− Vick, que horas você vai tirar a foto comigo?− Falou empolgada por estar com ela e Vick riu.− Eu posso te chamar de Vick?− Se preocupou.

− Acho até melhor porque Victória é muito grande.

− Aaaaa pai ela é linda.− Ela estava tão feliz que gargalhava.

Victória ria da risada dela.

− É, minha filha, como você, ela linda e você também.− ele disse calmo.

− Aí, eu tô tendo uma coisa aqui...− Ela deitou no banco do carro rindo. Ele a olhou e sorriu da inocência dela.

Vick sorriu segurando a perna de seu amor, ela era somente uma criança e precisaria de amor.Ele chegou logo e parou o carro na porta de casa, quando desceu ele pegou a mala dela que se agarrou nele e deu a mão a Vick prestes a enfrentar sua guerra com os filhos. Respirou, sentiu o corpo todo em chamas entrou com ela e olhou os filhos...

João Pedro estava em pé esperando nem sabia como reagir. Lola se escondeu atrás de Heri. Ele suspirou e os olhou.

− Filhos, essa é Lola!− ele disse calmo.

Melissa nem se mexeu no sofá mesmo curiosa para ver o rosto dela.

− Oi, boa noite...− João falou todo sem jeito. − Seja bem vinda.− ele disse com calma, estava fazendo aquilo pelo pai que ele amava e se a mãe não estava impedindo e confiava ele ia confiar.

Ela o olhou como um bicho acuado segurando a roupa dele.

− Melissa, não seja mal educada!− Melissa revirou os olhos e levantou parando frente ao pai.

− Oi, pirralha, me chamo Melissa.

Lola saiu de trás do pai.

− Eu não sou pirralha, sou Lola, sua girafa!

A risada de João ecoou na sala.

− Tomou em mana, mas tá merecendo.− ele sorriu mais e se aproximou.− Eu sou o Pepe, é assim que meu pai me chama.− ele estendeu a mão para ela.

− Eu sou Lola Montenegro!− Segurou a mão dele com um meio sorriso.

Melissa os encarou com ciúmes.

− Seja bem vinda, Lola, eu quero que se sinta bem!− ele disse com calma.− Meu pai e minha mãe são os melhores, você vai gostar.− ele sorriu.− Me dá a mala, pai.− ele pegou a mala e Heriberto sorriu agradecendo.

− Pepe, como você se sente tendo uma mãe como Victória Sandoval?− Falou toda sorridente e fez Victória rir mais, ela estava mesmo com aquela ideia na cabeça.

− Eu não sei não, Lola, ela é só minha mãe.− ele beijou a mãe e alisou a barriga dela.− É minha dona Vick.

− Mentira...− Ela o olhou.− Eu tô tendo um treco!

Ele sorriu para ela e depois olhou a irmã. Olhava eles e tinha vontade de gritar toda vez que olhava para ela, esperava que ela falasse algo.

− Ser filha de Victória Sandoval é fazer inveja para as amigas. − Lola a olhou.

− Você me entende girafa!− Sorriu e Melissa olhou para o pai.

Heriberto puxou Melissa e beijou ela colocando do outro lado dele e conduzindo as duas para a mesa.

− Vamos, princesas, comer.− ele começou andar.

− Eu vou tomar meu remédio e já volto.− Vick se afastou e subiu até o quarto para tomar seu remédio. Ele levou ela e João foi guardar a mala.

Heriberto se sentou com uma de cada lado na mesa. Victória desceu minutos depois e se sentou a mesa junto a eles e o silêncio estava pairando no ar naquele momento. Heriberto olhava os filhos e nem sabia o que dizer estava mesmo cheio de sentimentos desencontrados era complicado para ele.

− Você gosta de peixe, Lola?− Vick quebrou o silêncio.

− Só um pouco, mas se tiver espinho não como não que tenho muito medo...

− Não se preocupe que não vai ter espinho.

Lola sorriu.

− Para Pedro e Melissa tem lasanha já que não gostam de peixe.

Melissa sorriu.

− Ainda bem porque não estou de dieta!

− Come lasanha, Lola, é melhor, quer?− João sorriu para ela com amor.

Heriberto olhou Melissa e disse calmo.

− Filha, tem biblioteca amanhã?

− Eu posso, pai, comer um pedaço?− Lola olhou para Heriberto.

− Não pai amanhã eu tenho trabalho na casa de Virgínia.

− Pode, Lola!− ele sorriu e segurou a mão dela beijando, depois passou a mão no rosto de Mel.− Filha posso te levar depois da casa Victória.− ele sorriu.

− Pai, eu não vou na biblioteca e nem na empresa da mamãe amanhã, não precisa cuida da sua filhinha aí.

− Eu vou cuidar das minhas filhinhas todas!− Ele fingiu não entender o que ela estava dizendo.− Inclusive eu estou aqui cuidando da minha filhinha!

Ela fez um gesto com os olhos e nada disse, Lola entendeu perfeitamente e comeu o que Pedro tinha dado a ela, Victória se serviu de seu peixe estava de dieta por conta da gripe e resolveu não arriscar em comer algo pesado e serviu Heriberto do mesmo que ela porque ele, sim, estava de dieta sem ele saber.

O jantar seguiu em poucas palavras e depois eles se sentaram na sala com Victória de uma lado com os dois filhos com ela e Heri com Lola no outro e eles se olhavam.

− Lola, porque não diz a eles o que estuda, conte um pouco para nós?

− Eu estudo em casa!− Deu de ombros.− Não tenho muito que contar.− Segurou a manga das blusas a prendendo.

Heriberto quase teve um troço.

− Você estuda em casa, Lola? Você não frequenta a escola? Não tem amigos da escola?− O coração dele começou acelerar porque ele estava com medo das perguntas que ia fazer e das respostas que ia receber.

− Não tenho nada disso não, só tinha uma babá, uma professora e depois de muito muito tempo o meu vovô.

− Pois amanhã, você vai escola, eu vou matricular você numa escola, que seu lugar é la com outras meninas de sua idade!

− Minha mãe diz que não posso ir na escola porque eu sou burra e pessoas burras não estudam em escola.

João Pedro quase morreu quando ouviu e o coração dele ficou partido e ele se agarrou a mãe.

− Essa sua mãe é uma bruxa! −Victória sentiu o sangue ferver no mesmo momento e ela aperto os filhos. Ele falou sem medo.− Essa bruxa aí mocréia! Desculpa, pai, mas eu tenho que falar!

− Meu filho, por favor, não piora as coisas!− Heriberto puxou ar bem fundo.− Você não é burra não, meu amor, você é muito inteligente e vai para a escola amanhã eu vou te matricular amanhã. Você quer ir?

Ela negou com a cabeça.

− Eu não, tem pessoas más lá!

− Minha filha, mas pessoas são importante na convivência, você não pode ficar trancada dentro de casa. Eu posso não te levar para a escola amanhã até você se acostumar, mas depois eu quero que vá!

Melissa que somente respirava passou a mão na barriga da mãe involuntariamente e Vick sorriu por um momento.

− Eu tenho vocês está ótimo.

Heriberto entendeu o que precisaria passar a menina por um psicólogo.Que teria como pai que fazer uma intervenção médica nela avaliar o estrago que a maldita Leonela tinha feito na garota.

− Então, amanhã, você não vai filha, vai outro dia!− Ela abraçou ele.

− Graças a Deus!

− Bom, pela hora vamos todos pra cama porque já está tarde e amanhã temos um dia cheio.− Vick falou.

− Vamos, amor!− Ele ainda estava processando aquelas coisas em sua cabeça.

Não tinha como acreditar numa coisa daquela em pleno século vinte e um. Melissa foi a primeira a levantar beijou a mãe o pai e deu tchau a Lola e subiu primeiro. Pedro foi logo em seguida depois de dar um beijo em Lola e no pai e na mãe.

− Pai, eu preciso que você me leve no treino.

− Eu levo você, filho, pode ficar tranquilo!− Ele saiu depois de se despedir e Heriberto sentiu que Lola agarrava mais o corpo dele.

− Pai, eu posso ficar mais um pouco com vocês.

Ela chamou Vick com a mão pra chegar mais perto e Vick sentou ao lado dela e sentiu o abraço apertado que Lola deu nela.

− Pode, filha, pode sim.− ele beijou o cabelo dela e suspirou olhando Vick, ele estava aos pedaços.

− Você quer que eu coloque o pijama em você, Lola?− Ela arregalou os olhos no mesmo momento e negou.

− Não, não precisa eu sei.

− Vitória sabe que você sabe, meu amor, mas aqui em casa todos cuidamos um do outro. Perguntamos se eles escovavam os dentes, se pentearam o cabelo, se tomaram um banho colocamos na cama às vezes tomamos banho juntos! Somos uma família!

Ela suspirou pesado e Victória percebeu.

− Meu amor, você não precisa ficar nervosa. Se não que tudo bem, com o tempo você vai permitir que a gente te cuide.

− Filha, eu quero perguntar uma coisa.− ele alisava o cabelo dela.− Você acha que alguém tem direito de bater no outro?− ele perguntou com tensão e ela o encarou antes de responder.

 


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