Caça às Bruxas escrita por Any Sciuto


Capítulo 6
Réquiem




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O agente Hotchner juntamente com Reid chegou a sede NCIS. Ele parecia com raiva afinal uma suspeita havia sido levada de sua supervisão e ela poderia nem ser a assassina. Estava bravo por saber que um dos agentes era infiltrado no FBI e ele não percebeu.

— Agente Gibbs. Me perdoe pela confusão. – Disse Hotchner ao ver Gibbs. – Deixei aas provas me levarem para outra direção. O comportamento da Abby em relação a confirmar seu álibi....

— Deixa eu te interromper um minutinho agente. – Disse Gibbs. – Há um motivo muito bom para Abby não confirmar seu álibi.

— Então me diga. – Disse Hotchner.

— Certidão de adoção de uma garotinha chamada Emily Cartz. A mãe da verdadeira da menina é a Abby. A garotinha nasceu de uma relação que Abby teve há seis anos com um cara. – Disse Gibbs.

— Ela tem uma filha? – Perguntou Hotchner. – Como você não sabia disso?

—  Abby pediu uma licença de cinco meses para cuidar de uma tia.  Ela já devia estar de quatro ou cinco meses. – Disse Gibbs.

Gibbs parecia chateado ao falar essas coisas.

— Ela deu a garotinha para adoção, mas ficou acompanhando a garotinha de perto. Ela não podia ficar com a menina naquela época. – Completou Gibbs.

— E por isso ela não queria falar? – Perguntou Hotchner. – E o pai da menina?

— Não sabemos quem é. – Disse McGee.

Gibbs ficou em silencio se lembrando de uma noite na casa dele há seis anos.

 

Seis anos antes...

Abby estava bêbada demais para ir para casa. Ela e Gibbs dividiram uma garrafa de Bourbon enquanto ele cuidava dela durante uma investigação. A equipe estava sendo ameaçada por um terrorista e Gibbs levou Abby consigo para casa.

Abby se sentou no sofá de Gibbs. Ele estava sentado também. Ambos bêbados demais para saber que o que eles faziam era errado. Gibbs chegou mais perto de Abby e colocou a mão dele nas suas costas. Ela se virou rápido e quase caiu. Ele a pegou num abraço quente e suas bocas foram de encontro uma com a outra. Quando viram já estavam de pé se beijando. Ele a carregou pela escada e a deitou na cama. Ele deitou do lado dela e virou-se sobre ela beijando sua barriga. Quando perceberam já estavam sem roupas. Ele acordou ainda um pouco bêbado no outro dia. Tomou banho e saiu para ir à agência. Nunca comentaram um com outro sobre aquele acontecimento. Nunca mais se repetiu.

Cinco meses depois...

Abby pediu uma licença para Vance. Disse que precisa de cinco meses para cuidar de uma tia. Ela teria apenas esse tempo de vida. O câncer era terminal e ela queria cuidar da tia.

— Tudo bem. – Disse Vance.

Abby se sentiu enjoada depois de sair da sala de Vance e foi ao banheiro vomitar. McGee que viu a cena correu para lá para ajudar e viu Abby vomitando em uma das cabines.

— Abby. Você está bem? – Perguntou McGee ajudando Abby a se levantar.

— Claro McGee. – Disse Abby levantando. – Apenas uma indisposição pequena.

— Já foi ver um médico? – Perguntou McGee.

— Eu não preciso de médico McGee. – Disse Abby. – Vou ficar alguns meses fora para cuidar da minha tia.

— Quanto tempo? – Perguntou McGee.

— Cinco meses. – Disse Abby.

Abby se levantou e voltou para o laboratório. McGee também se levantou e foi para a sala dos agentes.

Dias atuais...

Gibbs queria descobrir se Emily seria filha dele. McGee trouxe alguns itens da casa de Abby inclusive uma caixa com uma trança de cabelo de criança.  Na frente da caixinha estava escrito: "Emily. 5 anos."

Gibbs pegou a caixinha e levou consigo. Ele encontrou um laboratório em Washington. Disse que queria discrição. Ele deu um pouco de DNA e queria um pouco de agilidade.

— Por que quer comparar com o seu DNA agente Gibbs? – Perguntou a moça do laboratório.

— A mãe da criança é uma antiga paixão e eu gostaria de saber se ela é minha filha. – Disse Gibbs.

— Entendi. – Disse a moça. – É um caso recente então?

— Ela tem seis anos. – Disse Gibbs.

— E a mãe da menina – Perguntou a moça.

— É por isso que eu quero discrição. – Disse Gibbs. – Eu só quero confirmar.

— Quer envelope confidencial e discreto? – Perguntou a moça.

— Total. E mande para a mina casa. – Disse Gibbs saindo.

— Resultado em 24 horas senhor. – Disse a moça.

— Obrigado. – Disse Gibbs saindo.

Gibbs desceu as escadas e entrou no carro. Ele ficou lá parado alguns minutos se lembrando de outro dia. O dia que Abby voltou ao trabalho.

 

Cinco anos antes...

Cinco meses se passaram e Abby finalmente voltou ao trabalho. Gibbs e a equipe receberam Abby quando ela finalmente chegou.

— Abby. – Disse McGee. – Quanto tempo.

— Oi Timothy. – Disse Abby.

— Abby. – Tony chegou correndo e abraçando Abby. – Quanta saudade.

— Também senti sua falta Tony. – Disse Abby abraçando Tony de volta.

— Abbs. – Gibbs e Abby se olharam e ele finalmente a abraçou.

— Oi Gibbs. – Disse Abby. – E a Ziva?

— Ela deixou o NCIS temporariamente. – Disse Tony. - A gravidez a impediu de continuar a ir para a linha de campo. Mas ela volta no próximo mês.

— Que bom. – Disse Abby.

— E a sua tia? – Perguntou McGee.

— Faleceu há duas semanas. – Abby mentiu.

Não havia tia nenhuma. Ela teve uma criança duas semanas antes de voltar para o emprego. Ela não podia contar. Ela deixou a menina sob os cuidados de uma amiga que adotou como sua filha. Abby teria muitos direitos. Sendo a mãe verdadeira ela poderia ter a menina de volta quando quisesse. Abby a ajudava com dinheiro e as coisas deram muito bem. Ela visitava sempre nas folgas que tinha na NCIS. Ninguém descobriu.

A menina precisava de uma bombinha de insulina por causa de uma diabetes.

Abby comprou e deu para a menina.

Dias atuais...

Enquanto a equipe procurava por Abby e por onde Anderson ou Nikolai poderia estar e onde ele teria levado Abby Gibbs estava no seu porão esperando os resultados do teste. Ele não queria acreditar porque Abby não ter contado aquilo. Uma noite de fraqueza havia mudado tudo. E tudo iria mudar quando os resultados chegassem.

Alguém bateu na porta, interrompendo Gibbs de seus sonhos.

— Correio. – Gritou o homem na porta.

— Já estou indo. – Gibbs gritou do se porão. Ele chegou à porta e atendeu.

— Leroy Jethro Gibbs? – Perguntou o homem.

— Sim. Sou eu. – Disse Gibbs pegando o envelope com o logo do laboratório.

— Precisa assinar, senhor. – Disse o carteiro.

— Ah. É claro. Aqui. – Disse Gibbs assinando.

— Obrigado. Tenha um bom dia agente. – O carteiro se afastou e saiu dali.

Gibbs fechou a porta e sentou no sofá. Ele abriu o envelope com medo. Respirou tão fundo quanto pode respirar. E abriu. Ele mal podia acreditar no que lia.

Teste de DNA.

Paciente: Leroy Jethro Gibbs.

Teste feito: DNA com cabelo do paciente A e sangue do paciente B.

Resultado: Positivo.

Gibbs não conseguiu acreditar. Tudo havia mudado outra vez. Ele estava mais disposto a encontrar Abby e trazer Emily consigo.

Gibbs chegou na agência naval disposto a entrevistar todos os agentes de lá se fosse necessário.

Gibbs separou os agentes em grupos e entrevistou cada um separadamente.

— Agente Erick Mellok. – Disse Gibbs com o primeiro entrevistado. – Onde você estava há duas noites atrás?

— Estava jantando com minha esposa no Jiggers Dinner. – Disse Mellok. – Usei cartão de crédito.

— Vamos confirmar seu álibi sobre isso. Agora quero falar sobre agentes duplos. – Disse Gibbs.

— Eu não sou agente duplo senhor. – Disse o agente. – Pode verificar minha conta.

— É já verificamos. Você pode me explicar o depósito de 5 mil anteontem? – Perguntou Gibbs.

— Vendi meu carro antigo. Chevrolet 66. Era do meu pai. – Disse o agente.

— Vamos verificar e se eu descobrir que mentiu para mim...  Vai ser preso. – Disse Gibbs.

O agente saiu e outra entrou.

— Agente Angel Marshall. – Começou Gibbs. – Onde você estava duas noites atrás?

— Em casa com meu marido. – Disse Angel.

— Pelos registros....  Você não é casada. – Disse Gibbs.

— Eu.... – Angel não sabia o que dizer.

— Bem...  E tem esse depósito de dez mil aqui ontem à noite. – Gibbs mostrou um recibo para a agente.

Ela não falou nada. Gibbs ficou nervoso.

— É esse o preço da vida da Abby? Dez mil? – Gibbs quase pulou em cima da moça.  – Porque se tornar uma agente dupla?

— Era tudo maravilhoso no começo. Achei que entrando no NCIS eu seria mais feliz. Que eu um dia chegaria a equipe principal. Então meu salário foi reduzido e eu me ferrei. – Angel parecia aliviada.

— Angel Marshall. Você está presa. – Disse Gibbs. – Apenas me diga onde Abby está.

— Acho que agora ela deve estar morta já. Então não faz mal. – Disse Angel. – Estrada Rollk Shoo. Numa cabana.

Gibbs saiu da sala de interrogatório.

—Dinozzo. McGee. Comigo agora. – Disse Gibbs.

— Para onde chefe? – Perguntou Tony.

— Estrada Rollk Shoo. Possível localização da Abby. – Disse Gibbs.

Estrada Rollk Shoo.

Gibbs e a equipe chegaram a estrada Rollk Shoo em alguns minutos. Gibbs logo avistou a cabana onde possivelmente Anderson mantinha Abby.

Gibbs saiu na frente com Tony e McGee e Ziva foram pelo outro lado.

—NCIS. – Gritou Gibbs chutando a porta.

Anderson estava com uma faca no pescoço de Abby.

— Eu não vou ser preso. – Gritou Anderson.

— Eu sei o que você fez Anderson. Ou devo chama-lo de Nikolai? – Disse Gibbs.

Hotchner, Reid e Morgan chegaram em seguida apontando as armas para Anderson que continuava com a faca no pescoço de Abby.

— Diga o que você quer  Anderson. – Gritou Hotchner. – Você fez grandes coisas elo FBI em onze anos. Eu nunca tive motivos para duvidar de você Anderson.

— Eu queria ser um agente de campo. E você me fez ficar só no escritório como se eu fosse uma baba de agentes. Podemos fazer um trato. Eu saio daqui vivo e levo a Abby junto ou eu mato essa garota e depois vocês me matam e nunca saberão do plano que estamos tramando. – Anderson aproximou mais a faca da garganta de Abby.

— Temos que deixa-lo ir agente Gibbs. – Disse Hotchner.

— Não. Não com a Abby. – Gritou Gibbs.

— Agente Gibbs se ele a matar vai ser fácil ser morto. Vai ser considerado um mártir. – Não posso permitir que você o mate. – Hotchner estava disposto a liberar Anderson.

— Abby tem uma filha. – Gritou Gibbs.

— Gibbs. Isso era pessoal. – Abby finalmente falou algo.

— Eu sinto muito Abby. Já sei toda a verdade. – Gritou Gibbs.

A luz  na cabana apagou e tiros foram ouvidos. Depois de alguns minutos o som de um carro acelerando foi ouvido. Depois, só silêncio.


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