All i want for christmas is you escrita por Nymeria


Capítulo 8
I do // wolfstar




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— NOS DEVERÍAMOS COMPRAR UM BAR! 

Sirius e James berravam a mesma frase toda vez que viravam um copo de bebida. E toda vez, ao final da frase, o rapaz se curvava para beijar os lábios de Remus, deixando um leve gosto de álcool e doce com ele. 

Os planos eram diferentes para aquela noite de natal, seriam apenas os dois, bebidas quentes e biscoitos. Mas acontece que seu namorado não conseguia ficar em casa, ainda mais com tanta luz e festa acontecendo do lado de fora. Ele havia descido as escadas em uma fantasia brilhante de papai noel, nada convencional, porque James e Lily estavam sozinhos com o pequeno Harry e que tipo de padrinho ele era se não levasse ao bebê um pouco da magia de Natal? 

Remus suspirou. Ele não conseguiria dizer não às calças vermelhas cintilantes de qualquer forma. 

Infelizmente a disposição de Harry e seus quatro meses de vida não durou muito e ele acabou dormindo depois da mamadeira, muito antes da meia-noite, o que deixou os adultos livres para aproveitarem a noite de Natal que estava apenas começando. 

— Se continuar bebendo desse jeito nunca vai conseguir acompanhá-los. – Riu Lily, sentando-se ao seu lado. Um grande sorriso nos lábios. 

— Alguém terá que cuidar dele, talvez seja melhor pegar leve. – Respondeu, seu corpo se afundando no sofá macio. Lily se aproximou do seu corpo, como um cachorrinho feliz, dando pequenos beliscões em seu braço. 

— Deixa eu ver mais uma vez? – Pediu com risadinhas. 

O rapaz manejou para puxar o fino anel prateado e brilhante do bolso. Os olhos verdes de Lily se expandiram como duas bolas de glitter e a garota tentou o máximo para não gritar. 

— Eu nem acredito que vocês finalmente vão deixar de negar que são feitos um para o outro! – Disse, olhando o anel brilhando na palma de sua mão.

Esse era um dos planos para aquela noite, Remus finalmente pediria Sirius em casamento. Ele sentia que deveria fazer em um dia especial, e qual a data mais mágica do ano se não o Natal? 

Seria uma pena se fantasias brilhantes e Firewhsikey atrapalhasse tudo. 

— James e eu vamos comprar mais bebida, ok? Volto logo. – Disse, depositando mais um dos beijos desajeitados em seus lábios. 

Remus o segurou pelas vestes. 

— P-Podemos conversar sobre algo antes? – Sussurrou entre seus lábios. – É importante. 

Remus sentiu seu rosto queimar um pouco, porque ele sabia que Lily escutara e estava cochichando algo para James que apesar de não estar entendendo muita coisa, soltou um som de excitação da garganta.

— Remmy, o que pode ser mais importante do que o meu drink especial de natal? Vamos conversar mais tarde.

Um balde de água fria, foi isso que o rapaz sentiu caindo na sua cabeça com aquele fora. O anel em seu bolso vibrou. Ele engoliu seco e concordou, ganhando mais um beijo torto e deixando seu namorado e amigo sumirem no ar. 

Remus afundou no sofá, em um suspiro longo. Lily que havia visto a cena de longe, correu pare ele o rosto triste e raivoso ao mesmo tempo. Ele nunca saberia como a garota conseguia demonstrar suas emoções ao mesmo tempo. 

— Eu estou bem... – Tentou dizer antes que a amiga viesse com todo um texto para consola-lo.

Tarde demais.

— Oh Remmy, eu sinto tanto que você namore um idiota! Eu juro que quando ele volta eu vou pegar ele pelo colarinho e---

Um choro fino e absurdamente alto, tomou conta de toda a casa. Remus nunca havia ficado tão feliz por Harry ter acordado do seu soninho calmo. 

— Eu volto num instante! Não sai dai! Nós vamos resolver isso! – Gritou enquanto subia as escadas para acudir o bebê chorão. 

A casa ficou silenciosa. As únicas coisas audíveis para Remus eram seus próprios pensamentos. Ele não queria ficar chateado, Sirius não tinha culpa de não saber que ele queria pedi-lo em casamento naquela noite. Imprevistos acontecem e ele conhece o namorado o suficiente para saber que entre eles e um pouco de agitação não haviam muitas escolhas. 

Ele suspirou mais uma vez, dava pra escutar Lily cantarolando Noite Feliz para Harry no andar de cima, o rapaz sorriu. No relógio marcava trinta minutos para a meia-noite, não faria mal se ele fosse dar uma voltinha, colocar os pés na neve. 

As casas estavam todas bem iluminadas, a rua cheia de luzinhas e viscos. Resolveu caminhar pela a rua mesmo, assim não ficaria tão longe para voltar quando precisasse. Precisou admitir que estava chateado sim, não pela necessidade de culpar alguém mas é que era tão frustrante! Ele sabe que não é de demonstrar grandes sentimentos e Sirius sempre da o primeiro passo em tudo, talvez essa seja isso, quando ele finalmente consegue admitir algo a si próprio e está pronto para mostrar para o mundo, esse mundo resolve não querer colaborar. 

Ele deu uma olhada para o anel prateado mais uma vez. Talvez ele devesse deixar para depois do Ano-Novo. 

— EU ACEITO! 

A voz vinha do fim da rua. Remus de primeira achou que tinha pirado, e estreitou os olhos mas começava a nevar e seus óculos haviam ficado em casa. 

— EU ACEITO! EU ACEITO! 

A voz ficava mais próxima e alta cada vez que o vulto vinha correndo na direção de Remus.

Não era possível.

Definitivamente não era possível.

— Sirius? 

O rapaz corria com toda a força que a bebida ainda não havia lhe tomado. No momento em que pôs os pés de volta na casa dos Potter, Lily o atacou com xingamentos e gritos de como ele era incrivelmente irresponsável com Remus. Ele ficou sem entender por alguns minutos até James contar o segredo. 

Digamos que ele está apanhando até agora. 

Então, sem saber onde o namorado estava, o rapaz resolveu que gritar que ele aceitava se casar pela rua era uma ótima ideia para encontrá-lo. É por mais que a maioria de suas ideias acabassem em fracasso, aquela deu mais do que certo. 

— EU. A-CEI-TO!! – Berrava, mas Remus já vinha em sua direção, o que o fez correr de encontro a ele ainda mais rápido, porém ainda gritando. – ENCONTREI! ENCONTREI VOCÊ!! 

Sirius pulou no namorado, entrelaçando suas pernas na cintura do rapaz, desajeitado como só ele consegue ser. Remus teve que se equilibrar e segura-lo no colo, para que não caísse no chão. 

— Eu encontrei você! – Disse alto, os braços ao redor do pescoço do rapaz.– Você me escutou? Eu aceito. 

Remus riu, jogando a cabeça para trás.

— Eu escutei sim. Mas eu deveria ter feito o pedido antes, quem te contou? 

Agora foi a vez da cabeça de Sirius ir para trás em um gesto impaciente. O rapaz grunhiu. 

— Não importa. – Disse, a voz arrastada. – Eu aceito, você não precisaria nem pedir. NÓS VAMOS NOS CASAR! 

Remus riu alto mais uma vez. Ele nunca conseguiria ficar bravo com Sirius, não quando mesmo sem perceber ele arrumava todas as coisas erradas que acontecia em sua vida. A neve estava ficando mais forte agora, caindo sem cerimônia nos cabelos escuros do rapaz. 

— Você está coberto de neve. – Disse. 

— E bêbado. Estou coberto de neve bêbado. – Disse, tremendo. – E com frio. 

Remus manejou para que ele descesse de seu colo, as mãos se entrelaçando em seguida. 

— Vamos voltar. Ja passou da meia-noite. 

— É Natal! – Saltitou o outro, esquecendo de repente do feito e da neve. 

— É Natal e nós vamos nos casar!

— Nós vamos casar! AAA! – Respondeu, segurando o rosto de Remus nas mãos, o beijando demoradamente. 

Sirius soltou o rosto do namorado do namorado e agora andava na sua frente, saltando e girando pela rua, o rosto para sua cima, a língua para fora deixando que os flocos de neve fria caísse em sua boca. 

Remus decidiu que aquela era sua cena favorita no mundo e que aquele era o homem que ele queria passar o resto da sua vida junto. 

Feliz natal.


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