All i want for christmas is you escrita por Nymeria


Capítulo 7
Santa Claus is Going to... mall?? // Romione




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Hermione agasalhou os gêmeos devidamente para o frio que fazia lá fora. Os gêmeos, Rose e Hugo estavam extremamente ansiosos para ir ao shopping ver o papai noel, tão ansiosos que acordaram as seis da manhã naquele dia prontos para sair.

Foi um pequena batalha explicar para os pequenos que o shopping abriria as dez e que eles só estaria lá na parte da tarde.

As luzes e decoração do lugar os deixaram ainda mais encantados. Quem afinal não se sente um pouco mágico com o Natal? Até mesmo Hermione, cansada de uma semana de trabalho e sem um pingo de paciência para lidar com shopping lotados e suas pessoas mal-educadas se sentia mais leve apenas de entrar naquele clima.

A fila para ver o tal papai noel estava para variar, enorme. Algumas crianças já choravam ou faziam birra querendo que chegasse logo a sua vez. Os gêmeos, por incrível que pareça estavam se comportando.

Hermione tinha sorte com os filhos, eles eram geralmente calmos embora um pouco ansiosos como vimos essa manhã. Ela precisa confessar que um pouco da rebeldia piorou depois do divórcio com o pai deles, mas, apesar de tudo, eles estavam indo bem.

Os gêmeos eram os próximos, Rose segurou forte na mão da mãe em claro sinal de medo. Quando chegou oficialmente sua vez, antes do irmão, seus olhos se encheram e o choro invadiu o local.

— Tudo bem, querida, não precisa ir se não quiser. - Disse docemente, pegando a pequena nos braço. - Vai lá Hugo, é a sua vez.

O garotinho subiu as pequenas escadas até o velhinho com a ajuda de um dos seus elfos. Hugo mal podia acreditar que ele estava de frente com ele, sim, o próprio papai noel!

De primeira, o garoto achou o homem estranho, ele nem mesmo era velho, era bem jovem na verdade. Além do que, papai noel não deveria ter os cabelos brancos? As sobrancelhas daquele homem eram ruivas!

Hugo ficou um bom tempo encarando o papai-noel fajuto.

— Entããão pequenino, se comportou esse ano?

Era o primeiro ano de Ron como papai Noel. Não precisava realmente do emprego, na verdade estava cobrindo para um amigo e além do que o cache não era ruim. Gostava de crianças também, o que deixava as coisas mais fáceis. Mesmo que algumas delas fossem bem esquisitas como essa que estava em seu colo.

Hugo respondeu a pergunta com um aceno na cabeça. Esquisito, Ron pensou.

— Okay. Conhece as regras, se comporta e eu te trago um presente. O que você quer, menininho?

O pequeno encarou sua mãe, que estava balançando Rose de um lado para o outro. Hugo pensou em como sua mãe era ocupada e precisava fazer tudo sozinha, ele já sabia o que pedir.

— Eu quero um papai! – Disse animado. Aquela com certeza era a melhor ideia de todas.

— Oh, um papai... Esse é um pedido bem específico.

— Mas você consegue, não é?

Ron não conseguia negar algo aqueles grandes olhos brilhantes e cheios de esperança.

— Sim, claro. Pode me mostrar sua mãe? Assim o papai pode encontrá-la mais fácil.

— É aquela bem ali! De casaco marrom!

Veja bem, Ron nunca se apaixonou a primeira vista. Sua ex namorada, foi a única mulher que ele havia se envolvido. Mas quando aquela pequena mão apontou para a mulher que era a sua mãe, foi o suficiente para a toda as certezas que ele tinha sobre o amor ir por água abaixo. Não sabia se era o sorriso, o movimento leve dos quadris conforme dançava a música de natal com a menina em seus braços ou os cabelos volumosos, talvez o conjunto da obra, não importava, porque se Hugo queria um papai de natal, Ron queria a mãe de Hugo de presente.

Infelizmente a magia foi quebrada com o supervisor lhe dando um olhar irritado de que precisava despachar o menino e atender outra criança. Assim Hugo teve sua foto, desceu do colo e foi embora com sua mãe.

—x-

Hermione não podia imaginar que a fada que voa que comprou de presente para Rose na verdade não voava porcaria nenhuma. Sorte que ela viu antes de entregar o presente a filha, azar de que ia precisar trocar a boneca bem na véspera de Natal.

A loja de brinquedos estava apinhada e foi um sacrifício convencer a vendedora de que o brinquedo estava quebrado de fábrica e não por mau uso. Hermione teve que literalmente mostrar que era advogada e sabia os seus direitos para sair da loja não só com uma boneca nova como também uma roupinha para trocá-la. Rose ficaria feliz. Cansada, Hermione se sentou em frente à fonte de água, observando famílias e crianças de um lado para o outro, imaginando como seria ser casada de novo. Então desbloqueou o celular e viu o motivo de não estar com alguém até agora, ela nunca deixaria um desconhecido ficar no meio do amor e cuidado que ela tinha pelos seus filhos.

Ron estava muito perto dela, ela que ele não sabia o nome, ela que talvez ele tenha seguido com essa roupa de papai mole e a viu entrar na loja de brinquedos e depois se sentar ali perto da praça de alimentação. Ele pensou em ir embora, mas e se isso fosse o tal milagre natalino como dizem? Só seria um oi. O não ele já tinha.

— Olá.

Hermione levantou o rosto distraída e se assustou com o rapaz ruivo usando roupa de papai Noel.

— Hm... oi.

Pensou que ela o achava um idiota, mas ele já tinha dito oi. Se saísse correndo a situação pioraria.

— Eu sou o papai noel do shopping. – Riu nervoso.

— Percebi... – Aquele rapaz era muito, muito estranho. Ele passou a mão na nuca e bagunçou os cabelos ruivos com a mão.

— Bem... eu, bom eu... – Pigarreou. – Eu te vi passando e você é realmente muito bonita então eu pensei se talvez você pudesse tomar uma bebida comigo.

Hermione o encarou de boca aberta, era uma situação bizarra, não que ela não recebesse pedidos para tomar bebidas mas quando elas vinham de um homem vestido de papai noel era realmente um pouco bizarro.

Ela estendeu a mão para que ele a ajudasse a levantar. Por que não?

Ron sentiu todo o sangue sumir de suas veias quando segurou aquela mão pequena, estava realmente acontecendo. Harry ficaria orgulhoso.

Infelizmente ele só tinha tempo para um café, ainda estava em horário de trabalho e logo uma longa fila de crianças se formaria para ele anotar os seus pedidos inocentes de natal. Mas ele voltaria para aquela barba e fantasia quente de bom grado depois dos vinte minutos passados com aquela moça.

Hermione riu, de verdade, de todas as suas piadas e descobriu que apesar de diferentes, eles se encaixam em pequenas coisas um do outro. E tinha amigos em comum! Harry por exemplo.

Harry passava todos os natais com a família de Ron e Hermione nunca soube.

Isso nunca seria perdoado.

Eles tomaram três cappuccinos, Ron se atrasou para o trabalho e Hermione tinha 10 ligações perdidas de sua mãe e trabalho. Mas havia valido a pena.

Ron terminou o expediente segurando o guardanapo riscado com o telefone da garota com um sorriso que mal cabia em seu rosto. A lembrança da voz de Hermione lhe desejando Feliz Natal e que esperava que se vissem no ano-novo foi a gota de chocolate no panetone.

Enquanto Hermione, voltava pra casa tentando conter a empolgação de contar aos seus filhos que teve um encontro real com o próprio papai noel e como estava ansiosa pela ligação dele mais tarde.

Talvez fosse a hora de deixar alguém entrar em sua vida novamente.

Feliz natal.


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