Friday the 13th escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 10
O passado de Pamela


Notas iniciais do capítulo

Neste capítulo descobriremos a real motivação de Pamela de ter matado tanta gente. Um triste capítulo em sua vida acendeu o fogo da sua sociopatia.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/743415/chapter/10

— A culpa foi dele. Por falta de aviso que não foi. A sofrimento de uma geração passada é o sofrimento da atual. Não tem como fugir disso. Vocês, monitores, estavam ocupados demais fazendo sexo, bebendo até cair e se drogando. Enquanto uma criança inocente se afogava no meio de um lago!

— Oh meu Deus. É a senhora...

— Eu precisava fazer isso. Impedir que vocês manchem o legado do meu filho com suas depravações. Por isso matei todos durante esses anos. Agora falta você para a minha missão terminar esta noite.

Alice correu na direção da porta. A cozinheira a segurou por trás e jogou sobre a mesa de centra. Tentou puxá-la pelos cabelos, mas a ruiva a chutou.

— Steven! — a voz de Sarah foi ouvida.

— Senhora Dawson. Socorro!

Kimble pegou Alice por trás, deu-lhe um tapa e tentou dar uma gravata na moça. Sarah entrou na casa e viu Kimble enforcando Alice.

— Ela é... a assassina...

— Por Deus, senhorita Kimble. Solte a moça e vamos conversar.

— Senhorita Kimble o escambau. Meu nome verdadeiro é Pamela. Pamela Voorhees!

— Calma. Por favor, não faça algo precipitado.

— Precipitado? Sabe quem eu sou? Por acaso me conhece? Pamela Voorhees nunca faz as coisas por impulso. Eu planejei milimetricamente como matar todos eles sem levantar suspeitas. Só falta essa aqui, mas acabei esquecendo de mais uma.

— Podemos conversar, okay? Talvez você esteja passando por um estresse, um trauma.

— Claro que passei por um trauma. Por culpa de vocês! Deixaram o meu pobre Jason morrer afogado naquele lago... Depois disso é olho por olho, dente por dente.

— Então esse Jason é o seu filho? Escute, eu também fui mãe e também meu filho morreu. Mesmo assim não saí por aí assassinando pessoas inocentes. Pense nisso.

— Cala a boca, cala a boca, cala a boca! Você não sabe de nada da minha vida. Eu sofri muito. Até mesmo esse sobrenome Kimble trouxe desgraça pra mim. A maldita amante do meu ex-marido... Minha vida foi um inferno. Apenas o Jason, meu bem, foi o consolo pra mim. Tiraram de mim parte da minha alma.

 

Lakeville - 13 de junho de 1953

Casa dos Voorhees

Pamela preparou um bolo bem gostoso para o seu filho, Jason. O menino, com 7 anos, adorava bolo de chocolate.

A casa da família Voorhees era de madeira e era em estilo vitoriano. Ficava na floresta, dois quilômetros a leste de Crystal Lake. Havia um pequeno balançador improvisado que o garotinho brincava sozinho.

— Jason, filho, preparei um bolo para você — disse Pamela.

Jason correu e abraçou a mãe. Depois foi com ela para a cozinha. O bolo era bem recheado, com calda de chocolate. A mulher pôs uma fatia num prato e pegou um garfo.

Jason Voorhees era uma boa criança. Apenas a sua aparência grosseira — problemas de hidrocefalia — o deixava assustador. Porém a criança era um doce.

Pamela colocou o filho para dormir e aguardou Elias Voorhees, o marido, chegar. Passava da meia-noite quando o homem chegou bêbado.

— Já encheu a cara, não é?

— Cala a boca e prepara meu jantar. Estou com fome.

— Cheiro de bebida, de perfume de mulher... Por acaso se encontrou com aquela vagabunda da Martha Kimble?

Elias deu um tapa nela que a fez cair no chão. Sempre foi assim. Brigas e a mulher apanhando. Jason sempre testemunhava as agressões.

Tempos depois o casal Voorhees se divorciou. Pamela descobriu que o ex havia ficado com a amante e tivera uma filha. A cozinheira nunca mais foi a mesma. Sempre com a cara de poucos amigos e impulsiva. Seu único alento era o filho, Jason.

Lakeville - 1957

Pamela se arrumou para o trabalho de cozinheira no acampamento de Crystal Lake. Não conseguiu deixar o filho com alguém, portanto teve que levá-lo.

Jason, com 11 anos, além do problema com a deformidade no rosto e na cabeça, tinha problemas de surdez, por isso ele não falava, apenas soltava alguns sons. A única palavra que ele aprendeu foi "mãe".

Os dois chegaram ao acampamento e foram falar com o dono. Jason ficou brincando com seu carrinho perto da casa quando alguns alunos chegarem e começaram a ofender o rapaz.

— Olha só, o monstro. O que um monstro faz aqui?

— É. Aqui serve para pessoas saudáveis.

Os meninos ficaram repetindo a palavra monstro diversas vezes. Jason não conseguia entender, mas ficou com medo e empurrou um dos alunos. O garoto caiu e bateu a cabeça numa pedra. Os monitores foram chamados.

Pamela foi chamada a atenção. Prometeu que pediria a uma amiga para levar Jason dali.

Enquanto isso, os garotos levaram Jason para a passarela de madeira e o empurraram. O garoto não sabia nadar e ficou se debatendo. Pamela ouviu os gritos e foi até lá. Os garotos sumiram antes que ela chegasse. A mulher viu o seu filho afundar no lago.

Um ano depois, o corpo de Jason jamais foi encontrado. A perícia nunca explicou como um corpo sumiu sem deixar vestígios. Isso arrasou com Pamela, que logo teve crises de depressão e sociopatia.

Naquele dia, descobriu que os dois monitores eram mancomunados com o trote fatal que fizeram com o seu filho, e que naquele dia estavam transando no celeiro.

A mulher pegou sua faca de caça e saiu ao acampamento. Era quase meia noite quando viu os dois jovens monitores indo para uma casa dormitório. Depois de um tempo, eles foram para uma segunda cabana buscar alimentos. Nesse momento, Pamela acendeu a sua lanterna diante deles.

— Quem é? — perguntou o rapaz se aproximando dela. Porém, antes de reagir, Pamela cravou a faca no estômago dele.

A moça soltou um grito e correu para a cabana. A senhora Voorhees lembrou que a janela daquela cabana costumava ficar aberta e entrou. Caminhou até chegar perto da monitora.

— Por favor, não.

Com a sua balestra, Pamela deu o tiro bem no peito dela. A jovem caiu morta. A sua vingança apenas começou ali.

Durante anos, Pamela boicotou qualquer tentativa de reabrir o acampamento. Assustou compradores, colocou fogo nas cabanas e até matou algumas pessoas. 

Na sexta-feira 13 atual, pela manhã, pegou carona com Steven. Este a deixou perto de uma garagem velha. A mulher pegou a sua picape que estava estacionada. Foi para a sua casa pegar os objetos de caça. Deu carona para Heather e a matou.

Estacionou a picape na estrada e ficou aguardando uma carona.

— Meu carro deu prego. Pode me levar ao centro?

O motorista fez a gentileza. Lá ela se reencontrou com Steven. Depois os dois voltaram ao acampamento, sem que ela fosse suspeita. Em seguida, saiu do acampamento e caminhou uma distância considerável até buscar a sua picape. O corpo de Heather estava na parte de trás, mas sem o saco preto. Ela levou a picape para perto da entrada do acampamento quando viu a moto da polícia. Pegou a sua balestra e matou o polícial.

Viu Kevin sair da casa principal. Entrou no dormitório. Foi seguida pelo jovem. Matou-o com vários golpes de facão. Colocou os pedaços sobre a beliche de cima e lavou o chão para não chamar atenção.

Escondeu-se num cômodo onde guardava produtos de limpeza. Esperou Scott e Melissa transarem e matou o loiro. Entrou no banheiro e deu a machadada em Melissa.

A próxima vítima foi Adrienne. Foi difícil atraí-la para uma armadilha. Estava chovendo e a chance da moça não sair era grande. Gritou por ajuda como se fosse vítima. Escondeu-se atrás do Mustang de Scott e aguardou a moça chegar. Ligou os refletores e deu um tiro de balestra nela.

Steven viu Pamela atrás da placa de boas-vindas. A mulher acendeu a sua lanterna e pegou a sua faca de caça. Assim que o homem se aproximou, enfiou a arma branca nele.

Por fim, matou Mark com uma paulada na cabeça e uma machadada nas costas. Arrastou seu corpo para a entrada a fim de aterrorizar ainda mais Alice. Foi buscar a sua picape para recolher os corpos, e possivelmente o de Alice.

Esqueceu completamente a professora Sarah Dawson.

 

Pamela continuou segurando Alice por trás com a gravata. A mulher não quis nenhum acordo. Logo pegou a sua faca de caça que estava na cintura e se preparava para atacar a ruiva. Alice deu uma mordida no braço da senhora Voorhees. Empurrou-a e correu para longe.

Pamela pegou a faca e enfiou nas costas de Sarah. A professora foi atingida tentando proteger a estudante. Alice ficou chocada com a cena.

— Minha querida, só falta você — disse Pamela com um sorriso no rosto.

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Próximo capítulo é o final. Fico feliz por terminar tão rápido assim.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Friday the 13th" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.